Sustentou-se que o Pala-Pala é de origem quichua - quiçá por causa do texto bilíngüe quichua-castelhano com que nos chegou - , mas as versões que conhecemos atualmente são de neta fatura europeu-crioula, como todas as demais danças nossas de galanteio. C. Vega indica que não é senão uma variante da Joaninha, e por sua vez I. Arétz manifesta que "a música do Pala-Pala conhecida hoje, sobretudo em Santiago do Estero, deriva daquela dança .
O Pala-Pala se dançou principalmente em Santiago do Estero, nas últimas décadas do século passado e nas primeiras do presente. C. Vega indica que também se cultivo em Tucumán e Salta.
A voz “Pala-Pala” - que significa CORVO em quichua -, com que se inicia o texto e que lhe dá nome à dança, deu motivo para que o significado desta se interpretasse de muito diversa maneira, originando formas mímicas no baile. Quis-se ver nela uma pantomima em que o corvo persegue a sua presa - uma doce pomba - até que consegue ataca-la e extrair-lhe as vísceras, representadas por um ou dois lenços vermelhos, já com a mão, já com os dentes; ou bem a representação de uma luta entre dois corvos que se disputam a presa, amém de outras pelo mesmo tenor. Uma versão indica que à medida que o canto vai nomeando aos diversos animais (corvo, sapo, lagartixa, etc.), os dançarinos imitam seus movimentos.
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