Por Emerson Santiago
São conhecidos pelo nome de hicsos um grupo misto semita-asiático que se estabeleceu no norte do Egito durante o século XVIII a.C. Por volta de 1630 a.C., tomaram o poder, e seus reis governaram o Egito como a décima quinta dinastia (c. 1630-1521 a.C.). Exerceram uma grande influência na história egípcia, mas acabaram sendo expulsos pelo último governante da décima sétima dinastia e pelo primeiro governante do Novo Reino.
Boa parte do que sabemos sobre a origem e história dos hicsos vem de fontes escritas dos egípcios, com destaque para o Papiro Rhind. Também é de grande importância a escavação sistemática da sua capital, Avaris (a moderna Tell el-Dab’a, a nordeste do delta do Nilo).
Aamu era o termo contemporâneo usado para distinguir o povo de Avaris, a capital dos hicsos no Egito. Os egiptólogos convencionalmente traduzem Aamu como “asiáticos”. O historiador judeu Flávio Josefo, em seu Contra Apionem, afirma que Manetho foi o primeiro a utilizar o termo grego, Hicsos, traduzido equivocadamente como “pastores-reis”. Os egípcios que testemunharam a invasão dos hicsos os chamavam “hikau khausut’, ou “governantes de países estrangeiros”, termo que, inicialmente, apenas referiu-se à casta dominante dos invasores, mas que quase certamente serviam para designar dinastias estrangeiras ao invés de uma nação inteira.
Especula-se que eram hurritas ou mesmo hititas, porém, muitas características desse povo permanecem ignoradas. Outra provável hipótese sobre os hicsos é que, eles entraram pacificamente em território egípcio como imigrantes, vindos primeiro dos atuais Líbano e Síria, e depois de Chipre e Palestina. Com o tempo, os líderes dessa comunidade teriam se unido a famílias egípcias por meio do casamento, chegando assim, a exercer o poder como elite um bom tempo depois.
Aos hicsos é creditada a introdução do cavalo e carruagem, o arco composto, machados de batalha melhorados e técnicas avançadas de fortificação. A sua capital, Avaris, foi construída sobre as ruínas de uma cidade do Império Médio. Escavações na antiga capital dos hicsos, iniciadas nos anos sessenta, revelaram um templo em estilo cananeu, restos de funerais e cerâmica de estilo palestino, uma boa amostra de suas armas de tecnologia superior, além de uma série de afrescos minóicos que demonstram semelhanças estilísticas aos de Knossos e Thera.
Aparentemente, os hicsos não exerceram muita influência na maior parte do Egito. Está claro que em Avaris se estabeleceu um povo que tinha traços culturais bem diferentes dos egípcios. Encontramos isso nas características básicas da cidade, nas casas, e, particularmente, nos enterros, que eram realizados próximo ao centro urbano, mas seus traços não vão muito além desta cidade.
Bibliografia:
Hyksos (em inglês). Disponível em: <http://www.britannica.com/EBchecked/topic/279251/Hyksos>. Acesso: 17/01/13.
DUNN, Jimmy. Whi Were the Hyksos (em inglês). Disponível em: <http://www.touregypt.net/featurestories/hyksos.htm>. Acesso: 17/01/13
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/hicsos/
São conhecidos pelo nome de hicsos um grupo misto semita-asiático que se estabeleceu no norte do Egito durante o século XVIII a.C. Por volta de 1630 a.C., tomaram o poder, e seus reis governaram o Egito como a décima quinta dinastia (c. 1630-1521 a.C.). Exerceram uma grande influência na história egípcia, mas acabaram sendo expulsos pelo último governante da décima sétima dinastia e pelo primeiro governante do Novo Reino.
Boa parte do que sabemos sobre a origem e história dos hicsos vem de fontes escritas dos egípcios, com destaque para o Papiro Rhind. Também é de grande importância a escavação sistemática da sua capital, Avaris (a moderna Tell el-Dab’a, a nordeste do delta do Nilo).
Aamu era o termo contemporâneo usado para distinguir o povo de Avaris, a capital dos hicsos no Egito. Os egiptólogos convencionalmente traduzem Aamu como “asiáticos”. O historiador judeu Flávio Josefo, em seu Contra Apionem, afirma que Manetho foi o primeiro a utilizar o termo grego, Hicsos, traduzido equivocadamente como “pastores-reis”. Os egípcios que testemunharam a invasão dos hicsos os chamavam “hikau khausut’, ou “governantes de países estrangeiros”, termo que, inicialmente, apenas referiu-se à casta dominante dos invasores, mas que quase certamente serviam para designar dinastias estrangeiras ao invés de uma nação inteira.
Especula-se que eram hurritas ou mesmo hititas, porém, muitas características desse povo permanecem ignoradas. Outra provável hipótese sobre os hicsos é que, eles entraram pacificamente em território egípcio como imigrantes, vindos primeiro dos atuais Líbano e Síria, e depois de Chipre e Palestina. Com o tempo, os líderes dessa comunidade teriam se unido a famílias egípcias por meio do casamento, chegando assim, a exercer o poder como elite um bom tempo depois.
Aos hicsos é creditada a introdução do cavalo e carruagem, o arco composto, machados de batalha melhorados e técnicas avançadas de fortificação. A sua capital, Avaris, foi construída sobre as ruínas de uma cidade do Império Médio. Escavações na antiga capital dos hicsos, iniciadas nos anos sessenta, revelaram um templo em estilo cananeu, restos de funerais e cerâmica de estilo palestino, uma boa amostra de suas armas de tecnologia superior, além de uma série de afrescos minóicos que demonstram semelhanças estilísticas aos de Knossos e Thera.
Aparentemente, os hicsos não exerceram muita influência na maior parte do Egito. Está claro que em Avaris se estabeleceu um povo que tinha traços culturais bem diferentes dos egípcios. Encontramos isso nas características básicas da cidade, nas casas, e, particularmente, nos enterros, que eram realizados próximo ao centro urbano, mas seus traços não vão muito além desta cidade.
Bibliografia:
Hyksos (em inglês). Disponível em: <http://www.britannica.com/EBchecked/topic/279251/Hyksos>. Acesso: 17/01/13.
DUNN, Jimmy. Whi Were the Hyksos (em inglês). Disponível em: <http://www.touregypt.net/featurestories/hyksos.htm>. Acesso: 17/01/13
Fonte: http://www.infoescola.com/historia/hicsos/