Por Felipe Araújo
No final do século XIX, a Rússia encontrava-se no seguinte panorama: o território era dominado pela monarquia, na qual o imperador, chamado de czar, era o líder soberano apoiado pela classe nobre. Naquela época, a maior parte da população que ocupava o território era formada por camponeses que se encontravam em situação decadente. Não somente russos formavam o Império, na região, eram encontrados povos de diversas etnias. Com a industrialização, que começou a se desenvolver com capital estrangeiro, a agrária sociedade do país começa a passar por dificuldades.
Um ano importante na Rússia Czarista de então foi 1880, quando foi estabelecido contato entre os intelectuais do operariado russo com ideias de cunho marxista e socialista, até mesmo anarquistas. Naquele período, os operários do país estavam em péssima situação e eram explorados. Desta forma, a mistura da situação precária com os ideais marxistas que foram incutidos na mente dos trabalhadores deram início as primeiras greves.
Dezoito anos depois, surge o Partido Operário Social-Democrata Russo, que apresentava seus integrantes divididos da seguinte forma: de um lado os bolcheviques, que eram a maior parcela do grupo, e de outro os mencheviques, que eram a minoria. O primeiro grupo estava sob liderança de uma das figuras históricas mais importantes da história russa, Vladimir Illitch Ulianov, mais conhecido como Lenin. Entre seus planos para o país, estavam a revolução do proletariado e a derrocada do governo imperial.
Um dos maiores problemas russos era o atraso em que seu desenvolvimento industrial se encontrava, destoando demais das outras nações europeias, que não lhe creditavam força. Na Europa, as maiores forças do socialismo jamais imaginariam que o país poderia passar por um processo revolucionário. Entretanto, este panorama começou a mudar com ações lideradas pelos bolcheviques, grupo que era conhecido por sua disciplina, organização e força de luta.
No ano de 1905 a Rússia sofre uma derrota em guerra contra o Japão e vê seu regime czarista enfraquecer. Esse foi o primeiro passo para a Revolução de 1905, que apresentou uma série de levantes nacionalistas e vários movimentos grevistas. A repressão por parte do governo monárquico foi violenta e centenas de cidadãos foram mortos, exilados ou presos pelas tropas czaristas em um episódio que ocorreu em São Petersburgo e ficou conhecido como Domingo Sangrento. Com o crescente descontentamento da população, surgem conselhos de soldados e operários. Estes núcleos organizados foram chamados de sovietes, fundamentais no processo revolucionário que estava por vir.
Fontes:
http://www.pucsp.br/neils/downloads/v7_michael_lowy.pdfhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Russohttp://www.g-sat.net/historia-1394/revolucao-russa-81561.html