Marcel Verrumo
Simplório, lerdo, louco e inconstante. Ser rei não é fácil – e pode render apelidos nada invejáveis. Há alguns meses, publicamos uma lista com 7 monarcas e seus codinomes infames. Nesta lista, mostramos outros quatro governantes poderosos que sofreram bullying da própria História. Eles carregaram no nome substantivos que todos repudiam. Pudera. Confira e entenda por quê.
1. Charles III, o simplório (879-925)
Deve ser mal de família. O rei dos francos Charles III era filho de Luís, o Gago, e ganhou seu próprio apelido devido à política de doação de terras aos invasores nórdicos para evitar a desintegração total de seu reino. Durante as doações, ele foi tão generoso que doou a mão da própria filha em casamento e o feudo de Normandia a Rollo, o líder nórdico. Seus atos não agradaram barões e Charles foi deposto e preso.
2. Charles IV, o louco (1368-1422)
Ele foi rei da França e, quando assumiu o trono do alto dos seus 12 anos, era apelidado de “Charles, o bem-amado”. Em 1392, Charles ficou doente e enlouqueceu: tinha convulsões e febre constante, rasgava as próprias roupas em público, quebrava as mobílias da casa. Deixou de ser “o bem-amado” e se tornou “o louco”. Grande transição.
3. Ethelred, o lerdo (968-1016)
Rei da Inglaterra, Ethelred ganhou o apelido devido à sua inabilidade diante da invasão dinamarquesa à Inglaterra. Inexperiente, ele até prestou uma homenagem aos invasores no início. Não deu muito certo: a invasão continuou e Ethelred, depois de muita enrolação, teve de fugir para a Normandia às pressas.
4. Fernando I, o inconstante (1345-1383)
Fernando, rei de Portugal, não sabia o que queria, tanto na vida pessoa quando na profissional. Rompeu um namoro com a filha do rei de Castella para ficar com uma nobre portuguesa, Leonora Telles. À frente do reino, suas decisões também não duravam muito… Resultado: de tão inconstante, seu apelido já dura oito séculos.
5.2.13
Reis com apelidos bizarros
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