13.3.11

OS GRANDES NOMES DA CULTURA GREGA

A filosofia e a ciência, tal como são entendidas hoje, surgiram na Grécia Oriental, na Jônia, durante o século V a.C. Sem negar a influência vinda da Ásia Menor, os gênios gregos estabeleceram as regras e os princípios que ficaram marcados na nossa história.


Heráclito (576-480 a.C.)

Conhecido como o “obscuro”, por seu estilo lapidar. “Tudo flui” ou “Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio” são fórmulas usadas freqüentemente para resumir sua filosofia, baseada no antagonismo (quente-frio, seco-molhado, etc.) como elemento constitutivo do mundo.

Pitágoras (570-480 a.C.)

Fundador de uma escola filosófico-religiosa cuja doutrina aproxima estudos matemáticos e misticismo. Para seus adeptos, "os números são a fonte e a raiz de todas as coisas". Eles desenvolveram as teorias de Pitágoras sobre a astronomia, a música e a arquitetura.

Platão (429-347 a.C)

Filósofo, discípulo de Sócrates, é o fundador de uma importante escola filosófica da Antiguidade: a Academia. Além da célebre Defesa de Sócrates, sua obra contém 25 diálogos em especial O Banquete e A República. Ele desenvolveu uma crítica da democracia.

Parmênides (544-440 a.C)

Dizem que ele conheceu Sócrates em 450 a.C., em Atenas. Seu pensamento , conhecido pelo Poema, é diretamente oposto ao de Heráclito. Para ele, “tudo permanece”.

Aristóteles (384-322 a.C.)

Um dos maiores filósofos gregos. É o fundador de uma escola filosófica de renome: o Liceu. Devemos a ele o essencial de nossa informação sobre as noções de cidadão e cidadania e nosso conhecimento sobre as instituições. Suas obras incluem ainda tratados de lógica, obras de metafísica, moral, filosofia política, retórica, ciências naturais e críticas literárias.




Zenão de Cício (344-264 a.C.)

Comerciante convertido à filosofia depois da leitura das Memoráveis, de Xenofonte, ele abre sua escola por volta de 300 a.C. Ensina na Ágora, sob um pórtico (em grego, stoá, a origem do termo estoicismo). Propõe uma moral exigente, mas que conduz a um certo igualitarismo: o homem deve se submeter às regras da natureza, distinguindo o que depende dele e o que não depende dele – como as paixões, às quais é preciso aprender a renunciar.




Sócrates (470-399 a.C.)

Filho de um escultor e de uma parteira. Seus ensinamentos marcaram profundamente o Ocidente. Racionalista, se recusa, com excepcional rigor intelectual, a admitir uma coisa sem submetê-la a um exame crítico. Ele da ênfase ao conceito do bem e lança as bases da ética como ciência. Em 399 a.C., foi acusado por impiedade por não reconhecer os deuses de culto oficial e por corromper os princípios dos jovens. Foi condenado a tomar cicuta.



Diógenes (413-324 a.C.)

Conhecido como o “cínico”, filósofo célebre, aluno de Antístenes. Diógenes dizia que o homem, para se proteger das mudanças da vida, devia se liberar do mundo exterior e desprezar seus bens.



Epicuro (341-371 a.C.)

Fundador, em Atenas, de uma escola de filosofia que renuncie a quase tudo, a começar pela Providência e os deuses da mitologia. Ele preconiza a doutrina do prazer, que faz o homem voltar-se para si mesmo, com o objetivo de atingir um equilíbrio espiritual perfeito.

Eurípides (480-406 a.C.)

Começou a escrever no mesmo ano em que Ésquilo morreu. Muito ligado a Sócrates, ele estudou filosofia. Compôs 92 peças e foi premiado cinco vezes. Foram preservadas 17 de suas tragédias, dentre elas As Troianas e As Suplicantes.


Homero

Segundo a lenda, Homero era um barbo cego que compunha seus poemas na Jônia entre o fim do século IX e o fim do século VIII a.C. Vê-se, nessa cegueira uma bela metáfora. Ele é herdeiro de uma longa tradição de poesia oral e, sem dúvida, contemporâneo da aparição da escrita alfabética. Sua Ilíada e sua Odisséia não cansam de intrigar os pesquisadores. Hoje alguns duvidam que Homero seja o autor.


Hipócrates (460-399 a.C.)

Sacerdote do santuário Esculápio, definiu o método de observação sobre o qual se baseia o diagnóstico médico. Ele afirmou: “Toda doença tem uma causa natural e, sem causas naturais, não há doenças”. É conhecido o seu juramento, prestados ainda hoje pelos jovens médicos.

Heródoto (485-420 a.C.)

Contemporâneo das Guerras Médicas, Heródoto percorreu todo o universo conhecido de seu tempo. Fundou a ciência histórica com sua obra Pesquisa, também chamada Histórias. Ele é tido como o primeiro historiador e também o primeiro geógrafo e etnógrafo.

Tucídides (470-400 a.C.)

Antigo estrategista que se tornou historiador. Faz, em oito livros, o relato da Guerra do Peloponeso, entre Atenas e Esparta (431-411 a.C.). escrita com rigor, a obra é marcada pelo racionalismo (nenhum deus esta presente na narrativa). É a primeira obra verdadeiramente histórica.

Aristófanes (455-386 a.C.)

O mais célebre dos autores gregos. Atacava, sem perdão, os políticos e demagogos, como Cleon – que acusava de enganar o demos (povo). Ele também zombou de Sócrates, em As Nuvens.


Sófocles (496-405 a.C.)

Poeta trágico, escreveu mais de 120 peças, das quais apenas sete chegaram até nós. As mais conhecidas são Épido Rei, Electra e Antígona. Sófocles morreu antes da tomada de Atenas, e o seu prestigio era tão grande que o general espartano Lisandro ordenou uma trégua às tropas durante a saída do corpo de Sófocles da cidade sitiada.



Ésquilo (525-456 a.C.)

Várias vezes vencedor dos concursos clássicos das festas religiosas em louvor ao deus Dionísio, Ésquilo escreveu mais de 70 tragédias, das quais sete foram conservadas. Ele é considerado o pai da tragédia.

Hesíodo (século VIII-VII a.C.)

Considerado por seus contemporâneos como o rival de Homero. Em sua obra, contou o nascimento dos deuses e evocou a condição humana (a justiça e o trabalho)


Píndaro de Tebas (518-438 a.C.)

Menos conhecido que Sófocles ou Ésquilo, é no entanto tido como um dos maiores poetas líricos. Escreveu poemas exaltando a glória dos vencedores dos jogos pan-helênicos.




Safo (625-580 a.C.)

Considerada por seus contemporâneos a maior das poetisas, Safo canta seu amor pelas mulheres em textos dos quais só sobraram alguns fragmentos. Fazendo música, assim como dança e poesia, ela criou ritmos e métricas novas, em especial a estrofe sáfica.


Xenofonte (430-355 a.C.)

Discípulo de Sócrates por 15 anos, escreveu sobre todos os assuntos relativos à política, filosofia, guerra e ata questões técnicas. Talvez por isso os antigos o chamassem de “abelha Ática”. Ele compôs um romance histórico e filosófico, A Educação de Ciro, em que esboça um retrato do chefe de Estado ideal.


Praxíteles (390-330 a.C.)

Sabe-se muito pouco sobre sua vida, apenas que foi inteiramente voltada para a criação artística. Ele nos deixou, principalmente, as esculturas Afrodite de Cnidos, o Hermes de Olímpia e o Fauno, dos quais temos cópias. Trabalhou o mármore e o bronze. Seus temas eram quase sempre personagens divinos.


Fídias (490-431 a.C.)

É um dos maiores escultores da Grécia Antiga. Seu patrimônio inclui a decoração e a pintura do templo de Zeus Olímpico, a parte esculpida do Parthenon e estátuas em ouro e marfim, como a Athena Parthenos e o Zeus Olímpico, que lhes garantiram um enorme sucesso. Acusado de ter desviado ouro, ele foi, segundo diferentes versões, condenado à prisão perpétua ou libertado.



Hecateu de Mileto (século V a.C.)

É considerado, como Heródoto, o pai da História, ele criou a Periegesis, uma descrição geográfica do mundo, e Genealogias, em que apresenta os mitos.

Fonte: http://www.dombosco.com.br/curso/estudemais/historia/culturagrega.php