Resumo DEANE afirma que os fazendeiros inovadores, que investiam tecnologicamente na produção fizeram imensas fortunas, investimentos voltados às facilidades de estrutura de transportes básicos como portos, estradas, pontes, canais, estradas de ferro sejam de natureza geral social, sem dúvida, esse tipo de capital promoveu os mais ricos recursos naturais de uma economia planejada que sem ela poderiam permanecer inacessíveis e subdesenvolvidos. Tais investimentos caracterizam os fatos que: exigiram empates de capital superiores ao que é lícito esperar-se de um empresário;tomaram tempo para sua construção e mais tempo ainda para produzir lucro substancial;verdadeiro proveito do investimento era de ordem coletiva e atingiu direta ou indiretamente mais a comunidade como um todo, do que os empreendedores propriamente ditos. Conseqüentemente o uso do capital geral e social tem de ser fornecido coletivamente por iniciativa pública-governamental e privada (instituições financeiras internacionais). O contexto histórico do século foi favorável à mudanças técnicas e conseqüentemente organizacionais. As inovações elaboradas para superar limitações técnicas foram particularmente bem sucedidas e rapidamente difundidas. Com efeito, nesses setores de mudança técnica, a máquina à vapor leva lugar de destaque. O fato de que os empresários britânicos no final do século XVIII e princípio do século XIX conseguiram aumentar a produção e a capacidade industrial sem equivalência nos custos crescentes correspondentes à elevação no índice de salário real, investidor quanto consumidor. À medida que ampliava-se o incentivo ao consumo. Os lucros subiam e os preços baixavam. Da análise, o que fica, é a certeza de que todo fato histórico tem fatores que acontecem, que trazem muitas mudanças, implicam diretamente no padrão de vida da humanidade pois refletem nos aspectos formalizadores do cotidiano. [1] O tema deste artigo tem por base monografia desenvolvida nas disciplinas História Moderna I ministrada pelo Prof. Doutor João Klug (orientador) e a Disciplina Teoria e Metodologia IV do Curso de História na Universidade Federal de Santa Catarina. Fonte:
Este artigo é resultante de experiência de pesquisa a qual teve como objetivo relacionar a Revolução Industrial do Século XVIII com a Revolução Tecnológica do Século XX. Busca-se identificar os principais fatores que promoveram a Revolução Industrial e a Revolução Tecnológica. Objetiva-se caracterizar as fases da Revolução (suas etapas), identificar as mudanças que ocorreram no processo econômico, social e político desde a Revolução Industrial até os tempos atuais (Revolução Tecnológica e a Era da Informação). Neste sentido, este trabalho permite visualizar quais são os aspectos semelhantes nas concepções e impactos sociais da Revolução Industrial e Revolução Tecnológica na atualidade. Compreende-se que a Revolução Industrial precede cronologicamente a Revolução Tecnológica do século XX, porque é neste ponto da História que começa a insegurança econômica advinha da questão , a substituição do homem pela máquina. A partir do momento, que a máquina ganhou lugar no mercado, toda a estrutura sócio-econômica e ambiental sofreu modificações. A Revolução Industrial o auge tecnológico era mecânico. Na Revolução Tecnológica o apogeu do progresso está na eletrônica, na informação. O avanço passou a agilizar a mão-de-obra. Apresenta-se aí a conclusão: todo o serviço repetitivo foi e será substituído pela máquina. Se o avanço tecnológico e toda sua carga de significações são inevitáveis, onde fica a figura humana? A era tecnológica é a era da informação. Todos os aspectos negativos originados no poder das máquinas estão instrinsecamente ligados à incapacidade de adaptação do trabalhador (figura humana) às novas tecnologias. As mudanças profissionais do mercado em contínua evolução exigem um perfil de trabalhador capacitado para uma era altamente seletiva na esfera profissional. Para a realização desta pesquisa, utilizou-se procedimento de análise bibliográfica e documental.
Palavras-Chave: Revolução Industrial; Revolução Tecnológica; Tecnologia Moderna.
Introdução
A Revolução Industrial constituiu um marco significativo na História do mundo ocidental por ser considerado o ponto de partida de uma série de mudanças no cotidiano moderno. Os efeitos da substituição na manufatura(trabalho manual) pela manufatura (trabalho do homem manobrando aparelhos complicados) trouxeram uma carga hereditária ostensiva para a vida em sociedade. Deste ponto, surgiram revoluções na demografia, na agricultura no Comércio, nos transportes e principalmente nos princípios empresariais de administração com relação à inovação da produtividade.
Passado todo o período que distancia a Revolução Industrial da Revolução Tecnológica constata-se que ambas fizeram surgir fortes mudanças no panorama mundial. O papel das duas está centrado exatamente no “divisor de águas” e desta maneira no fator promotor da divisão entre beneficiados e beneficiadores. Com o advento da máquina, a mão-de-obra manual passou a ser agilizada. A ausência de especialização na operação industrial desencadeou a estagnação e a pobreza para os operários e a fonte de lucro para empresários. A queda na qualidade de vida tornou-se paupável de um lado e a riqueza de outro. Criou-se aí uma nova “Era Econômica” uma disparidade gritante entre os padrões de vida dos habitantes do século XX e os padrões predominantes nos países subdesenvolvidos ou atrasados de nossos dias, se deve essencialmente ao fato de que os primeiros se industrializaram e estes últimos não.
As características da nova organização e econômica constituem uma imagem genitora para a Revolução Industrial como sendo intrinsecamente relacionada com as revoluções a partir dela identificávies.
Um Conceito Para a Revolução Industrial
Pode-se conceituar Revolução Industrial como sendo um fenômeno de forte impacto social. Sabe-se que houve atividade industrial anteriormente embora “tosca” artesanato, manufatura, indústria, mas é a partir deste ponto específico da História, que surge a substituição do trabalho do homem pela agilidade da máquina. O homem passa assumir um papel de agente de direção, de manobra de aparelhos mais ou menos complicados. Assiste-se pois à passagem da manufatura para a maquinofatura. Estaria os princípios básicos da chamada Revolução Industrial,que pode ser identificado pela produção em série, em grande quantidade, para um consumidor não conhecido.
Enquanto as produções anteriores objetivam um mercado certo, determinado, a partir da produção em maior escala (Revolução Industrial), a produção é feita para um mercado anônimo. Enquanto antes o artigo era feito por um artesão (uma pessoa), após a Revolução Industrial a produção é feita pela máquina ou várias pessoas, que dividem a tarefa de forma tal que, o trabalho toma feições mais racionais e rentáveis. O poder produtivo da méquina, evidentemente, supera a força do trabalho humano.
Um gama de alterações permeiam a vida em sociedade a partir de então, modifica-se: modo de produção (com proveito para o agente produtivo); a quantidade e a qualidade e a quantidade do artigo a ser posto no comércio; o lucro do capitalista, que acumula bens e os inverte nos grandes estabelecimentos assiste a multiplicação de seus recursos; a fábrica agrupa centenas de trabalhadores e faz desaparecer a produção domiciliar; o empresário assume o papel de proprietário de máquinas e materiais e o artesão apenas o vendedor de sua força produtiva; o proprietário poderá ter lucro ou prejuízo; o operário terá única e exclusivamente seu salário; o diferencial entre lucro, salários, custos (de investimentos em geral) significará o ganho do investidor. Se o sistema capitalista teve antecedentes, é sem dúvida no século XVIII que se corporifica “O que é recente não são as máquinas diz Paul Mantoux, mas o novo, está no maquinismo”.[2]
O Impacto da Revolução Industrial e seus Efeitos na Sociedade
O ponto de partida para uma análise detalhada do impacto social provocado pela Revolução Industrial, tem raízes no consenso geral entre historiadores que afirmam que o crescimento continuado, crescimento segundo alguns, remonta suas origens às décadas de meados do século XVIII. O período anterior mostra que quadro lento (quanto não precipitado por catástrofes não econômicas). Os padrões de vida eram inconstantes e flutuavam violentamente a curto prazo, podendo elevar-se ou declinar-se de maneira imperceptível a longo prazo. Com o processo de insdustrialização, a mudança tornou-se contínua, patente e sistemática. Fazia parte de um processo de industrialização. O resultado mostrou-se no aumento visível da produção nacional, na produção e nas suas rendas “per capita” em ritmo ainda variável.
Associada com a Revolução Industrial no tempo e uma relação complexa de causa e efeito se desenrolou uma revolução demográfica cuja mecânica não é ainda completamente compreendida. Algo está claro, entretanto, uma das características que diferencia a moderna economia industrial (ou processo de industrialização) de suas predecessoras na cadeia de desenvolvimento econômico é fato de que a primeira implica em crescimento contínuo a longo prazo tanto em população em produção.[3]
Claro é, que a taxa de natalidade e mortalidade (fatores formalizadores do crescimento demográfico limitam as variações do aumento da população. O quadro econômico pré industrial com taxas brutas de natalidade de nascidos vivos por ano de 1000 habitantes variam geralmente entre 35 a 50. A taxa real equivale, de acordo com características específicas como sexo e composição etária, fatores sócio-culturais ( idade de casamento e atitudes para com o tamanho da família), fatores econômicos ( procura de menores para trabalhar ou os custos de ter filhos) e eventos como guerras, epidemias e o fato da taxa de mortalidade ser inferior à taxa de natalidade fortalecem a tese afirmativa do autor supracitado.
Os estudos mais atualizados que dizem respeito ao desenvolvimento econômico dos países subdesenvolvidos afirmam categoricamente que o caminho para o crescimento econômico prolongado tem bases sólidas na Revolução Industrial. O contraponto reside na estratégia de insdustrialização e o papel que a gricultura devia desempenhar no processo.
As teorias variam e constroem abordagens diferentes sobre o assunto. Para uns a exigência agrária devia absorver mã-o-de-obra de maneira eficiente e liberar força de trabalho e recursos nas técnicas agrícolas e nos métodos organizacionais promoveriam a modernização das insústrias maufatureira e do transporte.
Tais teorias partem partem do princípio de uqe só há crescimento bem sucedido na produtividade agrícola, uando há condições revolucionárias. Então, a economia pré-industrial deve depender da agricultura para adicionar continuiddae, matérias-primas, os mercados e o capital são fatores que permitem a industrialização evolutiva. A Inglaterra mostrou historicamente quatro caracterpisticas que reforçam a relação da Revolução Agrária. Destaca-se o cultivo de lavoura consolidadas em grande escala em lugar dos campos abertos medievais cultivados primitivamente, a adoção do cultivo intensivo da terra para a produção de alimentos e a ampliação da cultura arável às terras livres, a transformação no perfil da comunidade aldeã de lavradores auto suficientes num perfil de trabalhadores agrícolas cujos padrões dependiam da economia mercadológica e internacional.
O Impacto da Maior Produtividade no Comércio e nos Transportes
A expansão do horizonte econômico no período de transição pré e pós-industrial tomou proporções ágeis com a industrialização. A Europa ocidental, a Inglaterra encontrava-se em posição estrategicamente favorável. Obtivera êxito na implantação duma indústria manufatureira de exportação por meio da beneficiação da lã que possuía em quantidade relativamente abundante e de boa qualidade, por intermédio de desenvolvimento de habilidades técnicas e de técnicas comerciais, que as vendas manufatureiras de lã a preço baixos lideravam o mercado.
Com o avanço inegável da produtividade no período pós-industrial, a necessidade de agilidade no transporte dos produtos com uma nova forma de economia de capital. Embora seja claro, que todo aumento da produtividade agrícola (volume de bens produzidos por unidade de força de trabalho empregada na agricultura em tempo integral. A essência da produção agrícola tecnológica é caracterizada pela agilidade que as máquinas proporcionam ao plantio, às novas rotações de culturas, às safras e ao estoque. “Não há dúvidas de que essas inovações devem ter melhorado em muito a produção agregada da indústria de uma determinada unidade de terra ou mão-de-obra onde quer que foram introduzidas”.[4]
É bem verdade, que as estradas sempre foram produto de empreendimento coletivo, em grande parte porque estavam intimamente ligadas com as questões de segurança militar.
Em tempos feudais, as estradas romanas foram construídas quase exclusivamente por soldados, e desse modo, às custas de verba-pública. Todos os proprietários de terras eram teoricamente os responsáveis pelas estradas inclusas em seu território. Somente em locais em que a manutenção de ordem da lei estava em jogo é que havia alguma probabilidade do Estado medieval intervir invocando a responsabilidade e lançando impostos e taxas com vistas ao reparo das estradas.
“O caráter insatisfatório das estradas em face das exigências crescentes que eram feitas pela economia refletiu no interesse público intensificado pelas estradas. Na data de meados do século XVIII, cerca de oito leis rodoviárias, geralmente autorizando estradas foram aprovadas pelo Parlamento. O fluxo quintuplicou durante as duas décadas que terminaram e 1770, caiu lentamente para 37 leis por ano nas duas décadas seguintes e atingiu seu auge de mais de 55 leis por ano no período de vinte anos compreendidos entre 1991-1810.”[5]
A quantidade aqui não equivale à qualidade. Os perigos nas estradas apresentam-se sob várias formas para os viajantes. As novas técnicas de construção de estradas proporcionavam bem ou mal a existência de rodovias capazes de suportar tráfego pesado. Tem-se aí relação explícita de expansão comercial e do transporte.
Os Novos Velhos "Princípios Empresariais"
Os desenvolvimentos ocasionais pela Revolução Industrial introduziram novas atitudes empresariais no século XVIII. A alteração no padrão de oportunidade econômica para a comunidade comercial em geral revelou repercussões secundárias importantes. Os investimentos passaram a ser tomados como princípios norteadores de lucro máximo, então a economia em empresarial passou a ser planejada com vistas ao mercado potencial suficientemente elástica e justificar um aumento concreto e volumosa na produção, só assim a plebe dos empresários abandonou suas técnicas tradicionais e passou a tirar proveito das oportunidades da industrializaão abetas a eles.
Outro determinante primordial nos princípios empresariais à taxa de crescimento econômico diretamente proporcional entre o índice de expansão de oferta de mão-de-obra e a capacidade de produção maior de bens de serviços.
Se há trabalhadores dedicados com mais afinco ou por mais tempo ou ainda se há população ativamente ocupada de modo regular, que produz de modod regular uma elevação considerável na oferta produtiva.
O investimento empresarial volta-se ás máquinas mais modernas e eficientes capazes de suprimir os custos de capitação e associá-las a um aumento continuado na formação de capital, cresce do capital e no progresso tecnológico ininterrupto. Mesmo nos setores em que a mudança técnica da Revolução Industrial ocasionou a poupança de mão-de-obra em seus efeitos, o imenso ímpeto que deu à expansão aos investimentos fomentou um aumento líquido nítido na procura da mão-de-obra.
Outros fatores de suma importância nos princípios empresariais, diz respeito ao papel fundamental da mão-de-obra, pois a produtividade aumenta em detrimento da diminuição de mão-de-obra e capital, índice de investimentos por meio da ampliação no influxo de capital no processo produtivo, há conseqüentemente um aumento no número de navios ou canis capazes de transportar mais comércio. Uma maior quantidade de maquinaria de bombeamento ou de equipamento significa um uso maior de carvão refinado dos leitos, bem como, um princípio de seletividade de qualificação, na execução do trabalho.
Entretanto, a oferta de trabalho com caracterizações flexíveis, dá margem para o acesso de um suprimento abundante de trabalho a um preço relativamente baixo e isto obviamente estimula os investidores de potencial.
A proporção que os preços baixavam, a procura aumentava e uma vez que, a procura de produtos manufaturados tendia a ser elástica, tal instabilidade criava o poderoso efeito de que o gasto total crescia a despeitoda queda de preços, então o mercado estimulava um investimento qualitativo na procura de mão-de-obra. O processo era cumulativo. Assim, mão-de-obra em abundância promovia maior produção para menor insumo de capital ou da venda do poder produtivo. A economia tanto de capital, quanto na mão-de-obra gerava uma expansão cumulativa e auto-reforçada na atividade econômica.
Em suma, é fato notório que a chamada Revolução Industrial processou um complexo crescimento e mudança econômica na sociedade ocidental, seja relacionada à agricultura, transporte, comércio u manufatura, ela exigiu um aumento maciço no redimento de trabalho e ela mesma, forneceu parte da ocasião para tantas mudanças.
As Semelhanças Existentes Entre a Revolução Industrial e a Revolução Tecnológica
As mais evidentes semelhanças que aproximam as chamadas “Era Industrial” e a “Era Informacional”, residem no fato de que ambas corporificam a base de um sistema e exercem um impacto inimaginável sobre a organização e a estrutura da sociedade.
A questão econômica e a formalização e o fortalecimento do Capitalismo são outros fatores que unem os conceitos da Revolução Industrial, enquanto marco histórico responsável por uma série de transformações já mencionadas e o conceito de Revolução Tecnológica, entendida aqui, como sendo uma ‘era’ em que o ‘ capital de giro’ está centralizado na Informação e sua aplicabilidade.
Então, a mecânica da economia social na mudança de milênio, isto é, o que move as engrenagens da máquina administrativa está na oferta da maior qualidade e agilidade de serviços. A informatização tem um papel fundamental neste contexto. “ A passagem na mudança de milênio da era industrial para informal, da chamada globalização para a informatização tem um impacto jamais imaginado sobre a mentalidade dos indivíduos nela inseridos”.[6]
O avanço contínuo apresentado pela Revolução Tecnológica mostra, que a característica do saber e da informação (presentes nas revoluções anteriores) não é gênese de tantas mudanças. O que importa na nova revolução também chamada de ‘era digital’ é a aplicação dos novos saberes competências e tecnologias em ‘redes globais’ fato que, realimenta permanentemente novas formações (de redes) associadas ao mercado e ao poder (econômico-político).
O autor Manuel Castells expõe em várias teses que a nova sociedade informacional é altamente excludente, mas espera que essa condição seja temporárias. Ele afirma que a longo prazo,seria possível integrar frações da população excluída no Centro da ‘ sociedade informacional favorecida’.
“Aqueles beneficiados pelo novo modo de desenvolvimento informacional experimentam um feito benéfico sobre a qualidade de vida, onde se dá o controle da natureza hostil (externa: catástrofes climáticas, interna: saúde), prolongado a expectativa de vida e reduzindo a mortalidade precoce de grandes frações da população. A estrutura de emprego se diferencia e flexibiliza, o desemprego se reduz, os salários crescem, a sociedade como um todo se enriquece”.[7]
Os temas de exclusão e integração, embora tratem-se de oposições lógicas encontram-se destacadas na formação do sistema nos dois momentos históricos.<
A Revolução Industrial excluiu o trabalho manual e integrou o desenvolvimento industrial para a produção de massa, a Revolução Industrial exclui o trabalhador que mesmo possuindo saberes, precisa ter competência para integrar-se num mercado tecnologicamente seus conhecimentos.
As duas revoluções sistematizaram uma estrutura de sociedade com fluxos e trocas de informação que reorganizaram a produção e o consumo da economia no mundo interligado pela tecnologia. Com isso crescem novas divisões de trabalho, de estruturas de emprego, de enfraquecimento de Estado e dos Sindicatos, dos meios de comunicação em massa das sociedades contemporâneas, além de outros efeitos. Os dois processos revolucionários prescrevem de toda forma, uma permanente adaptação do ser humano a uma sociedade em crescente mudança.
Para a Professora Maria Viviane Eschher Antero, a teria de que a Revolução Tecnológica trouxe várias mudanças, sobretudo no paradigma educacional, econômico, político e social é verdadeira, mas ela concorda com Castells, quando afirma que:
“Saber é poder.E o mais importante disso tudo, é o homem saber usar inteligentemente e humanamente, pois não se deseja a desumanização do homem pela máquina. Trata-se de reconhecer a soberania da inteligência humana e dela tirar o proveito para o bem da própria humanidade”.[8]
Feitas as análises sobre as organizações duas aqui tratadas, constata-se que para promover o sucesso na era atual, faz-se necessário um investimento, maciço na conscientização e nas estratégias metodológicas educacionais para fins de atender a demanda na preparação do perfil de recursos humanos exigida pelo mercado.
Considerações Finais
No intuito de identificar as rotas que deram passagem as mudanças políticas econômicas e sociais no mundo ocidental (no período compreendido entre a Revolução Industrial e a chamada Revolução Tecnológica) os historiadores tem redimensionado a análise dos conceitos e teorias que remontam o fenômeno da industrialização bem sucedida.
O ponto crucial da presente pesquisa originou-se do interesse em estudar e conhecer os aspectos que assemelham duas realidades históricas ‘distintas’ e ‘distantes’.
O resultado do trabalho trouxe à tona uma percepção mais detalhada do conceito, formação e atuação do que se entende por sistema. A inter-dependência dos fatores econômicos e suas conseqüências no contexto social tornou-se evidente, após as leituras e obviamente favoreceu minha formação acadêmica como historiadora.
Referências
ARRUDA, José Jobson de Andrade. A revolução industrial e o capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1984.
CASTELLS, Manuel. A era internacional: economia, sociedade e cultura. Vol.1.São Paulo: Paz e Terra. 1990.
DEANE, Phyllis. A revolução industrial. Rio de janeiro:Zahar, 1969.
FREITAG, Bárbara. Congresso Internacional de Educação do Colégio Coração de Jesus (2:200:Florianópolis, SC). Anais II Congresso Internacional do Colégio Coração de Jesus: ética e Educação. Brasil. Anos 500.
HARDMAN, Francisco Foot. LEORNADI, Victor. História da industria e do trabalho no Brasil: das origens aos anos vinte. São Paulo: Global, 1982.
IGLÉSIAS, Francisco. A revolução industrial. São Paulo: Brasiliense, 1982.
MOITAYMA, Shozo. Tecnologia e industrialização no Brasil: uma perspectiva histórica. São Paulo: Ed. Universidade Estadual de Educação tecnológica. Paula Zouza, 1994.
NORT, Egon. Brasil Rumo ao primeiro mundo: solução dos problemas brasileiros. Florianópolis : ed. Autor, 1997.
SOROS, George. A crise do capitalismo: as ameaças aos valores democráticos, as soluções para o capitalismo global. Rio de Janeiro. Campus, 1999.
SWEEZY, Paul M. Teoria do desenvolvimento capitalista. Rio de Janeiro: Graal, 1977.
WOMACK, James, P.Jones; DANIELT, Roodaniel. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
Notas
[2] DEANE, Philyllis. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1969.p.23.
[3] DEANE, Philyllis. A Revolução Industrial.p.32.
[4] DEANE, Philyllis. A Revolução Industrial.p.53.
[5] DEANE, Philyllis. A Revolução Industrial.p.90.
[6] FREITAG, Bárbara. Congresso Internacional de Educação do Colégio Coração de Jesus (2:2000:Florianópolis, SC). Anais II Congresso Internacional do Colégio Coração de Jesus: Ética e Educação. Brasil Anos 500.p.206.
[7] CASTELLS, Manuel. A era internacional: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra. Vol. I. p.106.
[8] FREITAG, Bárbara. Anais II Congresso Internacional do Colégio Coração de Jesus: Ética e Educação. Brasil Anos 500.p.211.
Rejane Esther Vieira