Pesquisadores descobriram que uma grande esquadra chinesa fez uma viagem de exploração e comércio há seis séculos passados. A armada teria cruzado o Mar da China dirigindo-se para o oeste tendo chegado muito provavelmente ao Ceilão, Arábia e leste da África! Muçulmano, de família pobre, Zheng He foi capturado pelo Exército chinês e castrado quando criança. Depois disso, ele se dedicou ao estudo de línguas e de filosofia, até começar a trabalhar na corte da dinastia Ming. Zheng começou suas expedições aos 32 anos de idade e só parou de navegar quando morreu, aos 60. O aprofundamento das pesquisas constatam que não foi um feito isolado como pensou a princípio! Carregados com a seda, porcelana, e objetos de laca, visitaram muitos portos do Oceano trocando com os árabes e africanos por marfim, ervas medicinais, madeiras raras, tendo maior interesse pelas pérolas que eram muito desejadas pela corte imperial chinesa Entre 1405 e 1433, por sete vezes as frotas chinesas se aventuraram rumo ao mar desconhecido.Essas sete grandes expedições criaram uma rica rota comercial sob a égide do governo imperial chinês ligando Formosa às cidades do Golfo Pérsico, meio século antes dos portugueses contornarem o Cabo da Boa Esperança na África descobrindo o Oceano Índico! Apesar da força e da prosperidade que marcaram seu império, os imperadores da dinastia Ming deliberadamente não tentaram colonizar terras além do reino médio. Junco chines do século XIV encontrado em 1938 Dominando uma avançada tecnologia tanto na arte de navegar como em vários outros setores da atividade humana os chineses poderiam ter expandido suas influências além da Índia e da África!Mas, diferentemente dos portugueses, espanhóis, holandeses e ingleses, não houve por parte dos sucessivos imperadores chineses o desejo de colonizarem o mundo! Pelo contrário, um século depois, o comércio ultramarino foi proibido terminantemente! Quando Marco Pólo fez sua famosa viagem à corte Mongol, relatou que as enormes embarcações eram dotadas de mais de 60 cabines individuais para comerciantes, anteparas à prova d'água, e grupos de até 300. Um mapa, cópia feita em 1763 do original, que data supostamente de 1418 pode indicar que a América já teria sido visitada pelos chineses muito antes que Colombo! .A peça parece apontar as façanhas do almirante chinês, que cruzou os oceanos entre 1405 e 1418, e que ficaram bem documentadas em um livro publicado na China por volta de 1418 sob o título de "As Maravilhosas Visões da Frota Estelar". A maior embarcação da frota de Colombo que descobriu a América em 1492 era a nau Santa Maria. O seu comprimento estaria em torno de 27 m de comprimento. Comparando a embarcação do almirante Zheng he pode-se ter uma idéia da enorme diferença de tamanho entre as embarcações. Fonte: http://www.artimanha.com.br/Historia%20naval/Navegadores_china/naveg%20chinesa.htm
Especula-se que tenha mesmo chegado à América!
A frota era comandada pelo almirante Zheng he que por mais de 27 esteve a serviço do império chinês.
A frota que empreendeu a primeira viagem zarpou em 5 de março de 1421 do porto de Tanggu.
Zheng realizou suas viagens em um período de 28 anos, entre 1405 e 1433. A sua primeira expedição traçou a rota entre a Ásia e a costa leste da África, através do oceano Índico.
O tamanho das esquadras lideradas pelo navegador chinês também chamado de Cheng Ho não tem paralelo na história.
Oitenta e sete anos depois, Colombo descobriu a América do Norte com três navios e menos de 300 homens. As embarcações chinesas tinham 120 metros e eram cinco vezes maiores que as de Colombo, de 27 metros.
Na verdade, era uma prática bem comum!
A frota, segundo se sabe, seria composta por nove enormes embarcações de transporte, 24 outras embarcações de combate e apoio que traziam em seu bojo de água potável a cavalos para sua cavalaria dentre muitas outras coisas.
Ao todo a armada empregou 27.000 pessoas entre tripulantes e soldados.
Mas o que levou a essa atitude?
Para muitos pesquisadores esse atitude de pura xenofobia e isolacionismo acarretou o declínio do império chinês!
Os primeiro navios chineses para o comércio foram construídos durante a dinastia Song (960-1270). Mas os imperadores mongóis posteriores a dinastia Yuan é que incrementaram as primeiras frotas comerciais negociando nos entrepostos de Sumatra, Ceilão e sul da Índia.
Com o surgimento da dinastia Ming no século XIV, foi feito um exame da frota e de sua rede de comércio já existente. O espírito empreendedor da era Ming alcançou o clímax após a rebelião do príncipe Zhu que usurparia o trono em 1402. Em 1403 relata-se que 317 navios zarparam do porto de Nanquim rumo ao Ceilão e entrepostos dessa área do Oceano Índico!
Durante as primeiras três décadas do século XV, frotas de importância navegariam pelo oceano Índico sinalizando para as nações “bárbaras” do resto do mundo todo o poderio do império chinês!Mas, até onde isso pode ser verdade?
Segundo relatos de comerciantes da época os mesmo falam: “Os navios a vela do mar do sul são como casas. Quando suas velas estão abertas, parecem nuvens espalhadas no céu.” Eram factíveis as dimensões relatadas de grandes navios com 120 m de comprimento com 36 m de largura?
Ou tudo não passava de um enorme exagero?
Somente os navios de guerra de madeira do ocidente chegariam próximo disso na época Vitoriana. Esses navios para poderem ter uma estrutura firme, tiveram de recorrer ao ferro para solucionarem problemas decorrentes de seu tamanho!
Entretanto, em 1962, os restos de um navio chinês dessa época foi encontrado em Nanquim por arqueólogos! Possivelmente tratava-se de uma embarcação do período Ming! O madeiramento não tinha menos de 90 m de comprimento! Baseando-se nos relatos técnicos da época, chegou-se a conclusão que a embarcação teria tido o comprimento em torno de 150 m.
Outros achados arqueológicos dessa “idade dourada” foram achados fora do perímetro da costa chinesa. No ano de 1973, em Quanzhou, foram encontrados restos de uma embarcação do período Song. Esse navio provavelmente afundou no ano 1270. Seu casco era moldado em uma quilha de pinho de 30 m. Pelo que se pôde apurar, dentro de seus 13 compartimentos foram encontradas madeiras como cedro, madeiras aromáticas, escudos originários do leste africano. O navio de Quanzhou sugere que já naquela época, os chineses estiveram envolvidos em gloriosas façanhas negociando através do Oceano Índico. Indica também que seus navios eram muito resistentes e que já conheciam o conceito de seções estanques, coisa que o ocidente apenas viria a descobrir séculos depois!