Por Pedro Augusto Rezende Rodrigues
Na região sul do Rio Nilo, onde hoje é o atual Sudão, um antigo império se formou e se consolidou enquanto o Egito estava passando por uma de suas crises da sua historia. Esse império era dos povos Nubios.
Assim que consolidado, começaram sua expansão até que o Egito começou a olhar para esse império, que estava em completa ascensão, como um grande rival que poderia ameaçar seu território.
Dessa maneira o Egito começou uma política de invasão e dominação do Núbios. Conseguiram a dominação, porém não adotaram uma política muito opressiva.
Posteriormente, o império Egípcio estava sob o domínio dos líbios e completamente divido, até que o rei da Nubia, Piye, lançou uma política de investida militar que seria responsável pela tentativa de reunificação política do egito. Depois de vencer várias batalhas o Rei Piye vai se sagrar o primeiro faraó negro do Egito marcando o início da 25ª dinastia de faraós egipcios, e de uma série de Faraós Negros que tinham como origem a Núbia.
Piye foi conhecido pelo seu arrojo militar, e pricipalmente pelo amor que sentia pela sua terra natal, a Núbia, ficando conhecido como o “Senhor das Duas Terras”, pois logo após a tomada de poder, conduziu seu exército pelo Nilo e retornou para a Nubia sem nunca mais voltar ao Egito. Morreu aos 35 anos de idade, por volta de 715 a .C.
Com sua morte quem subiu ao poder foi seu irmão Shabaka, que protagonizou uma série de obras públicas, além de – ao contrário de seu irmão-, ter governado o império no território Egípcio, mais precisamente na cidade de Menfis.
Logo após a administração de Shabaka, quem chega ao poder é Taharqa, filho do ex-faraó Piye. Seu governo foi marcado por uma grande estabilidade, pelo menos até a civilização Assíria oferecer perigo para a dinastia Núbia. Dessa maneira, Taharqa enviou tropas para aniquilar o exército assirio que oferecia perigo ao governo, porém ofereceram uma grande resistência ganhando as batalhas e invadindo o Egito por volta de 674 a .C, decretando assim o fim do reinado de Taharqa e o fim também da dinastia dos faraós negros.
É importante analisar a questão “cor da pele” em meio a todos esses fatos. Na antiguidade, a cor não era fruto de preconceito. Os faraós negros tinham peles escuras e isso não era um fator relevante.
Automaticamente, quando pensamos em negros em períodos remotos na história, pensamos em escravidão. Mas na civilização Egípcia, a escravidão não era imposta pela cor e sim por dois motivos, ou eram prisioneiros de guerra, ou se tornava escravos por dívidas.
Dessa maneira a cor da pele não interferia em nada em relação a dominador ou dominado, rico ou pobre.
Fontes:
http://viajeaqui.abril.com.br/materias/faraos-negros
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/voce_sabia/faraos_negros
http://www.historiadomundo.com.br/egipcia/faraos-negros.htm