A Revista de História Regional define-se como espaço de veiculação de trabalhos que tenham enquadramento dentro do campo da História e Região. Isto significa que a RHR objetiva discutir os espaços simbólicos e as práticas sociais, articulados ao debate epistemológico sobre tempo e espaço. A noção de “região” relaciona-se aos fenômenos culturais, sociais, econômicos e políticos e articula as dimensões consagradas na produção historiográfica, evidenciando sua complexidade. Dessa forma, não se trata da adoção do conceito tradicional de região como sendo uma porção da superfície terrestre que possui determinadas características homogêneas e limites - sociais ou políticos - rígidos. O conceito de região é plural, móvel e configurável de acordo com os diversos problemas de pesquisa. Considerando tal multiplicidade, definir a região implica em definir escalas de trabalho. Esta proposta apresenta-se como uma alternativa à adoção acrítica de quadros conceituais universais que pensam a sociedade homogeneamente, como se todos vivenciassem da mesma maneira as dimensões de tempo e espaço. Ao adotar uma perspectiva de escala, implícita ou explicitamente, define-se o que é significativo no fenômeno, ocultando ou dando visibilidade a determinados aspectos da realidade. Quando a escala muda, as variáveis significativas do fenômeno mudam e, nesse sentido, a complexidade do fenômeno histórico se impõe, construindo-se a “pluriversalidade” do conhecimento em oposição à universalidade gerada por uma dependência acrítica de padrões epistemológicos consolidados.
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