30.9.21

As MULHERES da Força Expedicionária Brasileira



Imagens das Enfermeiras após o texto.



As MULHERES da Força Expedicionária Brasileira

Por Edson Day

Em uma sociedade extremamente masculina onde a mulher estava totalmente voltada para o âmbito familiar não era fácil para uma mulher ser selecionada para estar em frentes de combate ou para auxiliar até mesmo na retaguarda. 

As enfermeiras americanas estavam a quase 3 anos em guerra servindo de exemplo, e o Brasil tinha a necessidade de reforçar nosso corpo de saúde, assim sendo foi requerido o engajamento de enfermeiras Brasileiras.

Não era fácil e nem simples ser selecionada para ser enfermeira da Força Expedicionária Brasileira.

Para atuar no cenário da guerra, foi criado o Decreto-Lei nº 6097, de 13 de dezembro de 1943(2), com o Quadro de Enfermeiras de Emergência da Reserva do Exército (QEERE), Para se inscrever, a candidata teria que ter nascido no Brasil, ser solteira ou viúva, sem filhos.

A idade teria que ser entre 20 e 45 anos. Precisava ser diplomada em enfermagem ou possuir um certificado de curso de samaritana, socorrista ou uma declaração de um estabelecimento de saúde que atestasse o exercício da função de enfermeira.

Assim foram selecionadas as 67 jovens enfermeiras que iriam se juntar a F.E.B.

Foram para Itália e la serviram em quatro hospitais diferentes. Eram hospitais de campanha localizados em Nápoles, Valdibura, Pisa, Pistóia e Livorno.

Depois de algum tempo começaram a ser aceitas mulheres desquitadas, e casadas.
As casadas só eram aceitas se fossem autorizadas pelos maridos.

Este engajamento das Brasileiras fez com que mulheres que emergiram de um mundo familiar, protegido e limitado procurassem por escolas ou cursos de formação na área da enfermagem.

Esses cursos eram uma preparação para enfrentar um mundo heterogêneo de convivencia com homens militares e mulheres estrangeiras.

As americanas vinham de uma cultura onde a mulher estava muito bem inserida e habituada na vida militar. Assim sendo estava acostumadas com às rotinas hospitalares desenvolvidas no cenário de guerra, com maior poder de decisão e segurança do que as enfermeiras brasileiras, que foram enfrentar um universo novo e desconhecido.

As Brasileiras foram muito ousadas pois a aceitação deste grupamento foi sinônimo de resistência e crítica pela sociedade.

A maior parte dos diplomas apresentados eram de “voluntária socorrista”, curso de três meses ministrado pela Cruz Vermelha Brasileira. 

Vinham das mais variadas classes sociais e diferentes e níveis acadêmicos. Muitas delas tinham na família algum ente militar.

Foram selecionadas após um voluntariado assim ingressaram no Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEERE). Este curso possuía três módulos: parte teórica, preparação física e instrução militar. 

Este curso permitiu que houvesse uma integração entre as candidatas permitindo também mesmo que em um contexto de simulação o contato com a vida militar e as implicações que pudessem advir em uma zona de conflito.

Depois de formadas e já no Teatro de Operações foram promovidas a Tenentes-Enfermeiras pelo General Mascarenhas de Moraes. Dessa maneira tiveram sua situação profissional e militar regularizadas, reconhecidas legalmente como integrantes do Exército Brasileiro.

As enfermeiras serviram nos hospitais militares, comandados pelos norte-americanos. A proximidade com a linha de fogo variava de acordo com o tipo de hospital (estacionamento, campanha, evacuação). 

Isso não as livrou dos perigos da guerra, já que as áreas hospitalares também foram atingidas por bombardeios, incêndios, alagamentos e explosões de minas.

Algumas foram feridas e evacuadas devido a ferimentos graves, este é o caso de Graziela Afonso de Carvalho, evacuada de volta ao Rio de Janeiro, onde passou meses internada no Hospital Central do Exército, com uma fratura na coluna.

Elas tiveram que superar as diferenças de culturas e se integrar a vida militar, tiveram também que se adaptar e aprender as diferentes tecnologias da forma urgente que a ocasião necessitava.

Estas mulheres eram muitas vezes a primeira palavra de conforto ou o primeiro rosto que um soldado ferido via ao abrir os olhos no leito de um hospital. Deve ser por isso que alguns deles as chamavam de anjos.



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Enfermeiras da Força Aérea Brasileira

Regina Cordeiro Bordallo

Antonina de Hollanda Martins


Isaura Barbosa Lima
Judith Arêas

Maria Diva Campos
Ocimara Moura Ribeiro


Fotos do treinamento e do cotidiano dessas valorosas Heroínas Brasileiras.








 

































































Fontes:

As enfermeiras da força expedicionária brasileira no front italiano
Em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/jRSXyJXkFKnNw4kGYHcqT7N/?lang=pt

Enfermeiras brasileiras na retaguarda da Segunda Guerra Mundial: repercussões dessa participação
Em: https://www.scielo.br/j/tce/a/dggdPG5kkQSdYwvz6pTvPmK/?lang=pt


As enfermeiras brasileiras da 2ª Guerra Mundial
Contra Hitler, 67 enfermeiras voluntárias brasileiras se somaram ao Serviço de Saúde da Força Expedicionária Brasileira
Em: https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1660421453404164-as-enfermeiras-brasileiras-da-2-guerra-mundial

Defensoras da liberdade: história das enfermeiras brasileiras que lutaram na 2ª Guerra Mundial
Em:https://br.sputniknews.com/75-victory/2020051215571493-defensoras-da-liberdade-historia-das-enfermeiras-brasileiras-que-lutaram-na-2-guerra-mundial/

Capitã Altamira foi uma das 73 mulheres de Batatais na Segunda Guerra Mundial
Mulheres da região fizeram parte das "Febianas", enfermeiras enviadas junto aos soldados brasileiros
Em:https://www.revide.com.br/noticias/curiosidades/capita-altamira-foi-uma-das-73-mulheres-batataenses-na-segunda-guerra-mundial/

Mulheres também vão a guerra.
Em:http://www.gazetainformativa.com.br/mulheres-tambem-vao-a-guerra/

Força feminina contra o nazismo: a enfermeira brasileira Virgínia Portocarrero na Segunda Guerra Mundial
Em: https://www.cafehistoria.com.br/enfermeiras-na-segunda-guerra-virginia-portocarrero/

As enfermeiras brasileiras na Segunda Guerra
Em: https://brasildrummond.com.br/as-enfermeiras-brasileiras-na-segunda-guerra/

Enfermeiras brasileiras marcaram protagonismo feminino na 2ª Guerra Mundial
Pioneiras, voluntárias da FEB (Força Expedicionária Brasileira) passaram por treinamento militar e físico
Em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/03/enfermeiras-brasileiras-marcaram-protagonismo-feminino-na-2a-guerra-mundial.shtml

Enfermeira de guerra
Em: http://www.cml.eb.mil.br/ultimas-noticias/2020-hero%C3%ADna.html

ENFERMEIRAS- ANJOS DE BRANCO
Em: http://jonae.comunidades.net/enfermeiras-anjos-de-branco

Cuidados no campo de batalha Enfermeiras brasileiras que foram enviadas à Itália para salvar combatentes durante a Segunda Guerra Mundial deixaram suas memórias de como foi a assistência em campanha
Em: https://portal.coren-sp.gov.br/wp-content/uploads/2013/07/28_capa_historia.pdf

AS ENFERMEIRAS NA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA: A CRIAÇÃO DE UM HABITUS MILITAR NA 2ª GUERRA MUNDIAL
Em: https://www.redalyc.org/pdf/1277/127718062007.pdf

75 ANOS DO FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: OS TRAJES DAS ENFERMEIRAS DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (FEB)
Em: https://www.roupaecultura.com.br/2020/05/75-anos-fim-da-segunda-guerra-enfermeiras-forca-expedicionaria-brasileira-feb.html

As auxiliares de guerra da “Nação Armada” (1942-1945)
Em: https://www.redalyc.org/journal/3844/384464936009/html/

Centro de Documentação Histórica Capitã Altamira Pereira Valadares tem programação especial para a 15ª Semana de Museus
Em: https://depculturabatatais.blogspot.com/2017/05/centro-de-documentacao-historica-capita.html

O dia a dia da guerra por Altamira Pereira Valadares
Em: https://jornaldacidadebatatais.com.br/o-dia-a-dia-da-guerra-por-altamira-pereira-valadares/

Mulheres na Guerra: a participação das enfermeiras brasileiras no front italiano
Em: https://www.defesaaereanaval.com.br/geopolitica/mulheres-na-guerra-a-participacao-das-enfermeiras-brasileiras-no-front-italiano

As Enfermeiras do Brasil na 2ª Guerra
Em:http://ninja-brasil.blogspot.com/2012/01/especial-de-domingo.html?m=1

ENFERMEIRAS FEBIANAS - Mulheres Brasileiras na Segunda Guerra Mundial.
Em: https://henriquemppfeb.blogspot.com/2011/04/enfermeiras-febianas-mulheres_01.html