9.11.12

7 de novembro de 1917: O alvorecer da Revolução Vermelha na Rússia

por: Lucyanne Mano

Em 20 horas de ação e ao custo de apenas seis vidas humanas, os bolcheviques tomaram o poder na Rússia. A ação começou às 2h, quando soldados do Exército Vermelho, comandado por Leon Trotski, invadiram a capital Petrogrado.

Em pouco tempo, já dominavam as centrais telefônicas, as estações de trens, os bancos e os ministérios. A tomada da sede do governo só não ocorreu nas primeiras horas porque uma brigada feminina estava encarregada de protegê-la. Com isso, o chefe do governo, Alexandre Kerenski, teve tempo para fugir em um carro cedido pelo embaixador americano. À noite, o palácio foi finalmente tomado e, às 22h, Trotski anunciou a queda do governo e a transferência do poder para o Comitê Militar Revolucionário. Pouco depois, seria proclamado o Estado dos Sovietes, sob a direção do Conselho de Comissários do Povo, presidido por Vladimir Lênin, que, da Finlândia, foi um dos mentores intelectuais da revolução.




A fuga de Lênin, em julho, deu-se praticamente no momento em que Kerenski chegava à presidência do governo provisório, instituído em março, após a queda do regime czarista. No dia 10, Nicolau II mandou a guarda reprimir uma manifestação de 200 mil grevistas em Petrogrado. Os militares se recusaram a atacar os manifestantes. A Duma também se voltou contra o czar e, sem consultá-lo, tomou para si o Poder Executivo do país. Acuado, Nicolau II abdicou em favor de seu irmão, que, sem condições de restabelecer a ordem, também recusou o trono.

Fonte: JBLOG

8 de novembro de 1923: Putsch de Munique, o Golpe da Cervejaria

 por: Lucyanne Mano

Uma tentativa de putsch na Baviera, Alemanha, foi orquestrada por membros do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores da Alemanha, liderados por Adolf Hitler. O golpe foi todo arquitetado em uma cervejaria de Munique. Hitler e seus homens invadiram o local onde se realizava uma reunião política. Para chamar a atenção, o líder deu um tiro para o alto. Antes, em local reservado, teve uma reunião com os líderes políticos da região, que lhe garantiram apoio para o putsch. Porém, na hora programada, os que lhe prometeram lealdade voltaram atrás e organizaram a resistência ao golpe. Na marcha sobre Munique, inspirada na Marcha sobre Roma, de Mussolini, Hitler teve o apoio de cadetes e oficiais militares, inclusive os de alta patente, como o comandante do Exército na guerra, Erich Ludendorff, e recebeu aplausos da população da cidade.

As tropas leais ao governo, no entanto, impediram a tiros que a marcha chegasse ao fim, deixando um saldo de 18 mortos e vários presos. O golpe foi sufocado. No momento da confusão, Hitler fugiu. A polícia de Munique foi à sua procura e logo Hitler estaria capturado com outros integrantes do putsch.


Em 1923, a Alemanha vivia seus dias mais difíceis. Os franceses ocuparam a região do Ruhr, área industrial, para garantir o pagamento das indenizações estipuladas pelo Tratado de Versalhes. As emissões cresciam desordenadamente. Em julho de 1922, o dólar valia 401 marcos; em janeiro de 1923 valia 7.260, em julho 260 mil, em setembro 13 milhões, chegando em novembro a 4 bilhões e 200 milhões. Cidades e empresas foram autorizadas a emitirem moedas auxiliares. O salário variava no decurso do mesmo dia, enquanto os camponeses se recusavam a ceder a produção em troca de papel-moeda, fazendo ressurgir o sistema de troca.

Greves e insurreições eclodiram por toda a parte. Aproveitando-se do descontentamento generalizado, Hitler planejou o golpe, pretendendo fazer uma revolução nacional, acusando os capitalistas e os judeus de conspirarem contra a República. O golpe fracassou. Mas a determinação de Hitler o levaria ao triunfo em pouco tempo... Em Abril de 1924, Hitler foi condenado a 5 anos de prisão no estabelecimento prisional de Landsberg. Estrategista, ele usou o seu julgamento como uma oportunidade de espalhar a sua mensagem por todo o país. Acabaria o Führer por ser anistiado passados pouco mais de 6 meses. Durante a reclusão, ele ditou o primeiro volume do livro Mein Kampf.
Fonte: JBLOG

9 de novembro de 1938: Kristallnacht - A Noite dos Cristais

 por: Lucyanne Mano

O atentado ao Secretário da Embaixada Alemã em Paris, Von Rath, por um refugiado judeu polonês no dia 7 de novembro de 1938, serviu de pretexto para que as autoridades alemãs confiscassem as armas de todos os judeus em Berlim. Outras medidas oficiais foram igualmente tomadas contra os judeus, em represália àquele atentado: interdição de todas as suas publicações; proibição de reuniões de qualquer natureza, inclusive culturais; e suspensão do ingresso de suas crianças em instituições de ensino alemãs.


Com a morte do diplomata, dois dias depois, recrudesceu em Berlim uma intensa campanha contra os judeus, que, desarmados, tornaram-se fáceis vítimas para que os nazistas promovessem o anti-semitismo. As lojas de propriedade judaicas foram depredadas e saqueadas, as sinagogas incendiadas e moradias invadidas. Horas mais tarde, a violência atingia também outras cidades do país. Mais de dez mil judeus foram agredidos ou presos. As ruas ficaram cobertas de vidros.



No outro dia, o Ministro da Propaganda Goebbels emitiu nota oficial solicitando que a compreensível manifestação do povo alemão fosse interrompida, "pois a resposta final aos judeus seria dada por decretos e leis".




Com as restrições mundiais impostas à Alemanha após a 1ª Grande Guerra, o partido nazista alemão ascendeu com promessa da reconstrução do país. Adolph Hitler assumiu o poder em 1933, demonstrando abertamente sua hostilidade ao povo judeu e conquistando prontamente as classes menos favorecidas. Colocou em prática seus ideais, privando os judeus progressivamente de seus direitos.

Ainda em 1933, promoveu uma jornada de boicote às lojas, assim como ações contra médicos, advogados, professores e estudantes daquela comunidade. E aprovou-se a primeira lei de privação da nacionalidade alemã e de confisco de bens de quem deixasse de ser cidadão.


O terrível episódio,
que ficaria conhecido como
"A Noite dos Cristais" (Kristallnacht),
era o prenúncio do holocausto
que exterminaria
mais de seis milhões
de judeus na Europa
até o final da Segunda Guerra.





Fonte: JBLOG

Qual a origem do beijo na boca?



Marcel VerrumoHistoriadores não identificam uma data exata. No entanto, as primeiras referências remetem a 2.500 a.C.: as carícias aparecem em colagens nas paredes dos tempos de Khajuraho, na Índia. Mas o beijo na boca nem sempre foi uma forma de demonstrar carinho. O ato teve muitos significados durante a História e ainda hoje é encarado de diferentes maneiras em cada sociedade. Do antigo beijo grego ao beijo-axila, conheça a História do beijo.
Reprodução

Beijo grego e persa

Na Antiguidade, os homens persas do mesmo nível hierárquico trocavam beijos na boca em sinal de respeito. Caso um dos homens fosse de um nível inferior, deveria beijar o rosto do outro. Na Grécia Antiga, por volta de 300 a.C., a hierarquia também determinava onde beijar. A quem fosse da mesma classe, era permitido trocar um beijo no rosto ou na boca; agora, quem fosse considerado inferior deveria se contentar com um beijo no rosto. Outra curiosidade: para homenagear os deuses, os gregos passavam as pontas dos dedos na boca e tocavam em obras de arte. Era uma demonstração de respeito e amizade aos deuses.

Súdito, só se beijar o pé…

Na Roma Antiga, a ordem social também estabelecia as carícias trocadas. Existia o beijobasium, dado na boca entre conhecidos; o osculum, entre amigos íntimos; o suavium, entre amantes. Lá, quem era nobre influente tinha permissão para beijar os lábios dos imperadores; agora, quem tinha menos poder só tinha farol verde para beijos nas mãos. Quem era súdito, então, deveria se ajoelhar e dar uma bitoca no pé do Imperador.

Beijo na Renascença

Na Inglaterra da Renascença, a população já era beijoqueira. Quem ia visitar um conhecido deveria, em sinal de respeito, beijar o anfitrião, sua esposa, filhos e até os bichos de estimação. Todos na boca! Mas nem sempre os ingleses foram tão liberais. No século 15, o rei Henrique VI, para evitar a proliferação de doenças, proibiu que os ingleses se beijassem. Mais tarde, no século 17, Oliver Cromwell proibiu a troca de beijo aos domingos. Quem desrespeitasse a lei poderia até ser preso.

Beijo brasileiro do século 18

Por aqui, o beijo já passou bem longe da boca. No século 18, para demonstrar afeto, bastava dar um beliscão no companheiro. Alguns historiadores relacionam o gesto ao “namoro camponês”, importado de Portugal. Lá, beliscões e outros gestos como pisadas no pé e mútuos estalos de dedos representavam os desafios da vida rural.

Beijo de esquimó

Na língua dos esquimós, a palavra “beijar” é sinônima de “cheirar”. Por isso que, na hora de dar um “beijo de esquimó”, esfregam-se os narizes. Lindo, não fosse piegas… Por aqui, “cheirar” também pode ser sinônimo de “beijar”, afinal, quem nunca ouviu alguém do Nordeste brasileiro mandar um cheiro?

E o beijo de língua?

Ao que parece, o beijo em que as línguas se entrelaçam é francês e a expressão surgiu por volta de 1920. Mas os franceses não assumiram a invenção. Por lá, o beijo francês – ou de língua – é conhecido como beijo inglês. Vai entender…

Vai um beijo na axila?

Mesmo hoje, o beijo tem diferentes significados. Na África do Sul, por exemplo, trocar saliva é um ato repulsivo para a tribo dos thonga (lá, a boca é encarada como a fonte da vida e o dono deve ter cuidado para não a contaminar). Nas Ilhas Trobriand, no Pacífico Sul, rola o contrário: antropólogos já observaram que a população passava horas se beijando (e dando umas mordidinhas no parceiro!). Ficou impressionado? Então, prepare-se: se você fosse de uma tribo da Nova Guiné, ao invés de dar um beijo de despedida, teria que dar uma passadinha de mão na axila do companheiro e, depois, esfregar o cheiro dele no seu próprio corpo. Você encararia?




Fonte:

Arqueólogos encontram restos de povoado pré-histórico na Bulgária


Fotos foram feitas em setembro pelo Instituto de Arqueologia da Bulgária.
Local pode ser a mais antiga cidade pré-histórica na Europa.




Fotos fornecidas pelo Instituto Nacional de Arqueologia da Bulgária, tiradas em 26 de setembro, mostram os restos de um pequeno povoado na cidade de Provadia, no leste da Bulgária.

Os arqueólogos também encontraram restos de um homem com uma tigela de cerâmica em uma necrópole.

O local pode ser a mais antiga cidade pré-histórica na Europa, fundada em torno de uma mina de sal e que remonta o século V a.C.
Restos de um homem com uma tigela de cerâmica foram encontrados em uma necrópole (Foto: National Institute of Archeology / AFP)
Povoado pré-histórico na cidade de Porvadia, no leste da Bugária (Foto: National Institute of Archeology / AFP)Fonte:

Grande Expurgo


Por Felipe Araújo

Após a adoção da Constituição de 1936 na URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), Stálin inicia um processo de ditadura ilimitado. Através de diversos expurgos, ele submete o partido e começa a aniquilar os possíveis cidadãos em que enxergava algum poder de crítica a sua política ou que pudessem criar um grupo alternativo.



Já na época do Primeiro Plano Quinquenal (1928 – 1932), Stálin inicia um processo no qual expulsa os camponeses contrários à coletivização da agricultura e os dissidentes do partido que apoiavam a manutenção da Nova Política Econômica (NEP), que era uma reeducação da economia.

Encontrando-se em dificuldades, Stálin adota medidas extremas e, em 1933, inicia um expurgo contra “os inimigos do povo, os arrivistas, os sabotadores hipócritas, os bêbados e os degenerados”. Em contraponto, no ano de 1934, a GPU, polícia política, é dissolvida e entra em cena a NKVD (Comissariado do povo para assuntos internos). Naquele mesmo ano, são desautorizadas as prisões em massa. Porém, mesmo com essas medidas, Stálin continua com o poder de condenação aos cidadãos considerados “socialmente perigosos”.

Com a ampliação destas ações, a URSS encontrava-se em um período de medo e terror. Os grandes expurgos não tinha apenas o objetivo de condenar os opositores do regime, mas, também, os bolcheviques. Antigos companheiros de Lênin começam a ser executados, além de altos funcionários do governo e comandantes da polícia.

Stálin, mesmo sem ter provas de que os acusados fossem contra o regime, (pois, de fato, eram cidadãos fiéis à revolução) imputava-lhes crimes que não existiam como espionagem, assassinato e envenenamento pró nações capitalistas.

Do comitê eleito no ano de 1934, 70% dos 139 membros foram eliminados. Fora isso, 80% dos militares recrutados antes da época de Stálin foram dados como desaparecidos. Entre os aniquilados, encontravam-se músicos, cientistas, escritores e artistas considerados como um perigo ao regime. Em 1937, o grande expurgo encontrou os comandantes do Exército Vermelho. Oitenta por cento dos coronéis foram mortos, chegando-se a um número de 90% no caso dos generais.

Estima-se que durante o grande expurgo, o número de vítimas aniquiladas fique entre 5 e 8 milhões de pessoas no que se refere aos detidos no campo. Já as pessoas eliminadas fisicamente contabilizam um número de 2 milhões de mortos.

Com essa repressão, alguns setores do regime da URSS ficaram enfraquecidos às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Os cidadãos viviam um clima de desconfiança e tensão, pois, até mesmo as pessoas que não denunciassem os supostos subversivos, seriam punidas com pena de morte. Desta forma, Stálin conseguiu impor um ditadura ilimitada, utilizando a propaganda para criar um culto de sua imagem.

Fontes:
BERNSTEIN, Serge, MILZA, Pierre (direção). História do século XX: volume 1: 1900-1945: o fim do mundo europeu. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Repress%C3%A3o_pol%C3%ADtica_na_Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9ticahttp://segundaguerra.net/historia-da-segunda-guerra-o-inicio-parte-iii/http://dazibaorojo08.blogspot.com.br/2008/07/stalin-un-novo-olhar.html

A História da Eletricidade


Palácio da Eletricidade e seu interior
Desde os primórdios da humanidade, o homem sempre se mostrou argumentativo sobre diversos assuntos, entre eles a eletricidade, que hoje é responsável por tantas facilidades no mundo moderno. Mas nem sempre foi assim...

A História da eletricidade tem seu início no século VI a.C., na Grécia Antiga, quando o filósofo Thales de Mileto, após descobrir uma resina vegetal fóssil petrificada chamada âmbar (elektron em grego), esfregou-a com pele e lã de animais e pôde então observar seu poder de atrair objetos leves como palhas, fragmentos de madeira e penas.

Tal observação iniciou o estudo de uma nova ciência derivada dessa atração.

Os estudos de Thales foram continuados por diversas personalidades, como o médico da rainha da Inglaterra Willian Gilbert, que, em 1600, denominou o evento de atração dos corpos de eletricidade.

Também foi ele quem descobriu que outros objetos, ao serem atritados com o âmbar, também se eletrizam, e por isso chamou tais objetos de elétricos.

Em 1730, o físico inglês Stephen Gray identificou que, além da eletrização por atrito, também era possível eletrizar corpos por contato (encostando um corpo eletrizado num corpo neutro). Através de tais observações, ele chegou ao conceito de existência de materiais que conduzem a eletricidade com maior e menor eficácia, e os denominou comocondutores e isolantes elétricos. Com isso, Gray viu a possibilidade de canalizar a eletricidade e levá-la de um corpo a outro.

O químico francês Charles Dufay também contribuiu enormemente para a aprimoração dos estudos da eletricidade, quando, em 1733, propôs a existência de dois tipos de eletricidade, a vítrea e a resinosa, que fomentaram a hipótese de existência de fluidos elétricos.

Essa teoria foi, mais tarde, por volta de 1750, continuada pelo conhecido físico e político Benjamin Franklin, que propôs uma teoria na qual tais fluidos seriam na verdade um único fluido. Baseado nessa teoria, pela primeira vez se conhecia os termos positivo e negativo na eletricidade.

As contribuições para o então entendimento sobre a natureza da eletricidade tem se aprofundado desde o século XIX, quando a ideia do átomo como elemento constituinte da matéria foi aceita e, com ela, a convicção de que a eletricidade é uma propriedade de partículas elementares que compõem o átomo (elétrons, prótons e nêutrons).

Por volta de 1960, foi proposta a existência de seis pares de partículas elementares dotadas de carga elétrica – os quarks, que compõem outras particularidades como os prótons que, então, deixam de ser elementares.
Fonte:

A Origem dos Deuses








O Surgimento dos Deuses
Para os gregos, não foram os deuses que criaram o Universo, e sim o Universo que os criou.

No princípio era o Caos (fenda), que gerou Géia ou Gaia (a Terra), que por sua vez espontaneamente gerou Pontos (o mar) e Urano (o céu).

A união entre Géia e Pontos gerou as antigas divindades marítimas, praticamente personificadas em Nereu, o velho do mar, que podia assumir todas as formas, diluir-se e desmanchar-se na água. Nereu é representado como um ancião de barbas brancas e corpo de peixe.

Géia e Urano tembém se uniram, deles surgindo os Titãs (Oceano, Coeus, Crius, Hyperion, Japetus e Cronos), e as Titânidas (Thétis, Phoebe, Mnemósine, Théia, Themis e Réia). Os irmãos uniram-se às irmãs, gerando uma série de divindades.

Por escolha de Géia, coube a Cronos destronar o pai Urano, o que fez com uma foice de ferro, metal gerado por Géia. Cronos castrou Urano, e atirou ao mar a bolsa escrotal e o pênis, que provocaram uma onda de espuma manchada de sangue, da qual nasceu Afrodite.

Cronos, por sua vez, foi destronado por Zeus, um dos filhos de sua união com Rhea. Cronos temia ser destituído como o pai, por isso devorava seus filhos. Quando do nascimento de Zeus, Rhea enganou Cronos, dando-lhe uma pedra envolta em cueiros, e entregou a criança aos cuidados da ninfa Adrastéia, que o alimentou de mel e do leite da cabra Amaltéia.

Zeus chegou rapidamente à idade viril, e com a ajuda de Géia, derrubou Cronos, forçando-o a ingerir um remédio de mostarda e sal; Cronos regurgitou primeiro a pedra, depois os demais filhos (Héstia, Hades, Posseidon, Hera e Deméter). Zeus e os deuses mais jovens combateram os Titãs, nas planícies da Tessália, e se apossaram do Monte Olimpo, que passou a ser a morada dos deuses. Na mitologia romana, Cronos é Saturno.

O encadeamento dessa sucessão de divindades tem como uma de suas explicações a própria história da Grécia, cujos habitantes primitivos, os pelasgos, sofreram as invasões dos aqueus, eólios, jônios e dórios, tribos de origem indo-européia ou ariana, que penetraram e se fixaram na Grécia entre os séculos 20 e 12 a.C.. Esses povos invasores fundiram seus mitos e lendas aos dos povos conquistados, daí resultando as diversas versões em torno da origem dos deuses, bem como a variação dos padroeiros das cidades e regiões.


Fonte: http://greek.hp.vilabol.uol.com.br/origem.htm


Beduínos



Por Emerson Santiago

São chamados de beduínos os povos nômades habitantes das áreas desertas do Oriente médio e norte da África. Acredita-se que essa cultura tenha surgido ainda na antiguidade (os indícios mais antigos desta cultura datam do Império Antigo do Egito, c. 2670-c. 2195 a. C.), e que seu nome é derivado das palavras árabes “al bedu” (habitantes das terras abertas) ou “al beit” (povo da tenda). Seu estilo de vida está associado à criação de cabras, ovelhas e camelos.



A grande maioria é seguidora da religião islâmica, e seu sistema político está baseado numa extensa unidade familiar de ordem patriarcal. O grupo é comandado por um líder político e/ou espiritual chamado de xeque (sheik), sendo que as várias tribos têm status diferentes: algumas são consideradas nobres, porque teriam importantes ancestrais; outras, sem ancestrais, servem as de maior status, e seus membros trabalham como artesãos, ferreiros, artistas, etc.

Os beduínos mais antigos são os responsáveis pela domesticação dos camelos. Quando chegam a um oásis esticam as suas tendas retangulares, feitas com tecido de pele de camelo ou de cabra. As tendas estão dividas em duas partes, uma para os homens, onde se encontra o espaço para receber os convidados e onde se fazem as trocas comerciais, além do local de convívio; na outra metade as mulheres e crianças ficam acomodadas, junto ao armazém, sendo que aí também se encontra a cozinha.

Para aqueles que ainda conservam seus costumes tradicionais, a família possui um grande peso. A mulher fica encarregada do trabalho doméstico, como por exemplo, trazer água para a casa, fazer o pão e lavar as roupas. Ao homem cabe o papel de trazer o dinheiro e a comida, assim como o de defender a família das outras tribos de beduínos, uma necessidade palpável durante séculos, mas que agora constitui uma hipótese bastante remota.

Da península arábica, os beduínos se transferiram para o norte da África, quando, a partir do século VII, os árabes passam a controlar a região. Os grupos principais, porém, sempre viveram na Arábia, onde as difíceis condições de vida do deserto geraram conflitos pelo uso de poços de água e pastagens, forçando muitos desses grupos a viverem da atividade predatória, ou seja, roubando caravanas, aldeias vizinhas e forasteiros. Após a Primeira Guerra Mundial, o estilo de vida dos beduínos começa a entrar em decadência, devido ao controle exercido pelos governos dos países onde viviam. O número de beduínos diminuiu e atualmente, o estilo de vida deles é cada vez mais sedentário.

Bibliografia:
Beduínos. Disponível em: < http://www.infopedia.pt/$beduinos >. Acesso em: 13 out. 2012.
Beduíno. Disponível em: < http://www.pedalnaestrada.com.br/pages.php?recid=455 >. Acesso em: 13 out. 2012.
Quem são os beduínos? Disponível em: < http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-sao-os-beduinos >. Acesso em: 13 out. 2012.




Fonte:

Nova interpretação sobre a Formação Lunar


O choque que deu origem à Lua, de acordo com a teoria do grande impacto, tem duas novas interpretações

John Matson

David Acosta Allely / ©Shutterstock


A explicação mais comumente aceita para a formação da Lua afirma que um protoplaneta gigante, às vezes chamado de Theia, chocou-se contra a Terra recém-formada há 4,5 bilhões de anos e criou uma nuvem de destroços que rapidamente se transformou na lua. Mas essa hipótese apresentava um problema incômodo. As colisões simuladas para a formação da lua mostraram que Theia teria sido o principal doador do material lunar. As análises de rochas lunares da missão Apollo, no entanto, mostraram que a lua se aproxima, de várias maneiras, a um clone químico da Terra, e não de Theia.

“A teoria do grande impacto explica muitos traços do sistema – e por isso é a preferida – mas essa discrepância é um pouco desafiadora”, admite a cientista planetária Robin Canup, do Southwest Research Institute em Boulder, no Colorado, que teve um papel fundamental no desenvolvimento da proposição de Theia [como doadora do material para a lua]. “Esse problema já é uma pedra no sapato da teoria do impacto há algum tempo”.

Mas essa pedra pode estar desaparecendo. Dois artigos publicados online em 17 de outubro na Science, um por Canup e o outro por cientistas planetários do SETI Institute, em Mountain View, na Califórnia, e na Harvard University, demonstram duas possibilidades de produzir uma lua muito semelhante à Terra, do ponto de vista químico, a partir de um impacto.

No modelo de Canup, o impactante é substancialmente maior que a Theia canônica – em vez de um objeto do tamanho de Marte colidindo com uma proto-Terra muito maior, seu novo estudo propõe um choque entre dois objetos de tamanho semelhante. “O conjunto de impactos que eu identifico como capaz de fazer isso envolve um impactante muito maior do que se considerava anteriormente”, explica ela. “O tipo de impacto que defendo aqui é a colisão de dois objetos com metade da massa da Terra. Eles se fundem para formar a Terra”. A lua então se formaria a partir dos destroços restantes, explicando suas semelhanças com a Terra naturalmente.

Uma concepção diferente, de Matija Ćuk do SETI e Sarah Stewart de Harvard, invoca um projétil pequeno, de alta velocidade, chocando-se contra uma proto-Terra em rotação rápida. Como um morteiro interplanetário, esse impacto de alta energia lançaria uma nuvem de destroços composta principalmente de material terrestre. “A diferença crucial é que a Terra giraria mais rápido”, aponta Ćuk. “Se você acertá-la com força, é fácil fazer com que seus destroços sejam lançados no espaço”.

Os dois estudos aproveitam a recente descoberta feita por Ćuk e Stewart de que as interações gravitacionais com o Sol podem rapidamente enfraquecer o momento angular do recém-nascido sistema Terra-Lua. Como resultado, a Terra pode ter girado muito mais rápido antes da formação da Lua do que se pensava anteriormente – um dia na Terra pode ter durado apenas duas ou três horas imediatamente após o impacto. E a possibilidade de uma Terra em giro rápido abre a porta para tipos de colisões antes consideradas inviáveis.

De fato, a principal contribuição dos novos estudos não está nas especificidades dos modelos revisados da formação lunar, mas no fato de que essas revisões agora parecem plausíveis, aponta Erik Asphaug, cientista planetário da University of California, Santa Cruz.

Ćuk também prevê a abertura de um novo capítulo na descoberta da história do nascimento lunar. “Esse será, espero, o primeiro de um novo conjunto de artigos, e não a última palavra sobre o assunto”, declara.

O único problema é que o tamanho e magnitude de Theia, que pareciam razoavelmente bem compreendidos, agora estão abertos a debate. E muitos outros cenários para explicar o sistema Terra-Lua podem surgir. “Isso me preocupa – me pergunto se a formação da lua se tornou um problema insolúvel”, desabafa Asphaug. “Se concebermos uma Terra que pode estar girando com qualquer velocidade, todas as apostas estão erradas”.


Fonte:
Sciam

Anarquismo


Segundo Bakunin, a idéia de que o Estado representa os interesses gerais é uma mentira.




O anarquismo foi um movimento contemporâneo às teorias socialistas desenvolvidas por Karl Marx e Friedrich Engels. Um dos primeiros a lançar as primeiras idéias anarquistas foi William Godwin (1756 – 1836), que propôs uma radical transformação nas bases organizacionais da sociedade. Ele acreditava na criação de uma organização comunitária fundada na abolição da propriedade privada e o repúdio a qualquer tipo de lei ou governo. A razão seria o guia maior dessa nova sociedade e a total liberdade ética e política deveriam ser garantidas.

Pierre-Joseph Proudhon (1809 – 1865) foi outro importante pensador anarquista. Em sua principal obra “O que é propriedade?”, propôs críticas contundentes ao sistema capitalista. Inspirado por alguns pressupostos do socialismo utópico, ele defendia a criação de um regime político que seria guiado por uma “república de pequenos proprietários”. Bancos e cooperativas deveriam ser criadas para fornecer, sem juros, recursos a toda e qualquer atividade produtiva realizável em pequenas propriedades.

O termo anarquismo tem origem grega, e não consiste em um sinônimo de desordem ou baderna. Sua significação mais simples é “sem governo” e, na verdade, resume a oposição política a qualquer forma de poder que limite as liberdades individuais. Os indivíduos na sociedade anarquista devem adotar formas de cooperação voluntária e autodisciplina, capazes de estabelecer um equilíbrio ideal entre a ordem social e as liberdades do indivíduo.

Mikhail Bakunin (1814 – 1876) foi um dos maiores seguidores das teses de Proudhon. Discordante das teorias marxistas, Bakunin não aceitava a idéia de que o alcance de uma sociedade comunista passava pela manutenção de um Estado transitório. Para Bakunin, a abolição do Estado deveria ser imediata. Por isso, ele defendeu o uso da violência para que os governos fossem rapidamente extinguidos. Nem mesmo os partidos políticos eram vistos como vias de representação da liberdade de pensamento humano.

Essa oposição do anarquismo às instituições se inspira na idéia de que o homem precisa ser completamente livre para o alcance da liberdade. Em outras palavras, o anarquismo defende que a liberdade humana parte dos próprios homens e não de suas instituições. A responsabilidade do indivíduo deveria tomar o lugar das regras dos líderes e governos. Inspirando diversos trabalhadores pelo mundo, a ideologia anarquista atuou fortemente nos sindicatos e mobilizações trabalhistas, entre o fim do século XIX e o início do século XX.

Por Rainer Sousa




Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/

A Reforma Religiosa




Ilustração - Martinho Lutero traduzindo a Bíblia do Latim para o Alemão

Por Lilian Aguiar

Os movimentos religiosos que culminaram na grande reforma religiosa do século XVI tiveram início desde a Idade Média, através dos teólogos John Wycliffe e Jan Huss. Esses movimentos foram reprimidos, mas, na Inglaterra e na Boêmia (hoje República Tcheca), os ideais reformistas perseveraram em circunstâncias ocultas às tendências que fizeram romper a revolta religiosa na Alemanha.

No começo do século XVI, a Igreja passava por um período delicado. A venda de cargos eclesiásticos e de indulgências e o enfraquecimento das influências papais pelo prestígio crescente dos soberanos europeus, que muitas vezes influenciavam diretamente nas decisões da Igreja, proporcionaram um ambiente oportuno a um movimento reformista.

No final da Idade Média surgiu um forte espírito nacionalista que se desenvolveu em vários países onde a figura da Igreja, ou seja, do Papa, já estava em descrédito. Esse espírito nacionalista foi estrategicamente explorado pelos príncipes e monarcas, empenhados em aumentar os poderes monárquicos, colocando a Igreja em situação de subordinação.

Nesse período, os olhos se voltaram para o grande patrimônio da Igreja, que despertou a ambição de monarcas e nobres ávidos em anexar às suas terras as grandes e ricas propriedades da Igreja, que perfaziam um terço do território da Alemanha e um quinto do território da França. Sem contar na isenção de impostos sobre esse território eclesiástico, que aumentava o interesse dos mais abastados.

Observa-se nessa fase o surgimento de uma nova classe social, que na Itália era formada por banqueiros e comerciantes poderosos. Mas essa classe social não era tão religiosa quanto à da Alemanha, para a qual a religião tinha um significado muito mais pungente.

O espírito crítico do Humanismo e o aperfeiçoamento da imprensa, por Gutemberg, contribuíram para a difusão das obras escritas, entre elas a Bíblia. Ao traduzir a Bíblia para outras línguas, vislumbrou-se a possibilidade de cristãos e não cristãos interpretá-la sem mediação, recebendo conhecimento imediato sobre o cristianismo e suas verdadeiras práticas.

O ponto de partida da reforma religiosa foi o ataque de Martinho Lutero, em 1517, à prática da Igreja de vender indulgências. Martinho Lutero era um monge da ordem católica dos agostinianos, nascido em Eisleben, em 1483, na Alemanha. Após os primeiros estudos, Lutero matriculou-se na Universidade de Erfurt, em 1501, onde se graduou em Artes. Após ter passado alguns anos no mosteiro, estudando o pensamento de Santo Agostinho, foi nomeado professor de teologia da Universidade de Wittenberg.

Lutero admirava os escritos e as ideias de Jan Huss sobre a liberdade cristã e a necessidade de reconduzir o mundo cristão à simplicidade da vida dos primeiros apóstolos. Através de exaustivo estudo, Lutero encontrou respostas para suas dúvidas e, a partir desse momento, começou a defender A doutrina da salvação pela fé. Ele elaborou 95 teses que criticavam duramente a compra de indulgências. Eis algumas delas:
Tese 21 - Estão errados os que pregam as indulgências e afirmam ao próximo que ele será liberto e salvo de todo castigo dos pecados cometidos mediante indulgência do papa.
Tese 36 - Todo cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado tem total perdão dos pecados e consequentemente de suas dívidas, mesmo sem a carta de indulgência.
Tese 43 - Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres ou empresta a quem necessita age melhor do que se comprasse indulgências.

Esses princípios foram considerados uma afronta à Igreja Católica. Em 1521, o monge agostiniano, já declarado herege, foi definitivamente excomungado pela Igreja Católica, refugiando-se na Saxônia. Lutero não tinha a pretensão de dividir o povo cristão, mas a repercussão de suas teses foi amplamente difundida; e suas ideias, passadas adiante. Através da tradução da Bíblia para o idioma alemão, o número de adeptos às ideias de Lutero aumentou largamente; e, por outro lado, o poder da Igreja diminuiu consideravelmente.

Seus ideais reformistas religiosos desencadearam revoltas e assumiram dimensões politicas e socioeconômicas que fugiram do seu controle. A revolta social instalou-se e o descontentamento foi geral. Os príncipes tomaram as terras pertencentes à Igreja Católica e os camponeses revoltaram-se, em 1524, contra a exploração da Igreja e dos príncipes. Lutero, que era protegido pelos príncipes, condenou a revolta dos camponeses e do líder protestante radical, Thomaz Munzer. Munzer foi decapitado e um grande número de camponeses revoltados foi massacrado pelos exércitos organizados pelos príncipes locais apoiados por Lutero, que dizia “não há nada mais daninho que um homem revoltado...”.

A preocupação de Lutero em defender as aspirações feudais fez com que sua doutrina fosse considerada uma religião, a religião dos nobres. Esses nobres assumiram cargos importantes na Igreja, que foi chamada de Igreja Luterana. A reforma religiosa de Lutero chegou a outros países, como a Dinamarca, Suécia, Noruega, os quais foram rompendo os laços com a Igreja Católica, fomentando a reorganização das novas doutrinas religiosas.




Fonte: http://www.historiadomundo.com.br

A queda de Constantinopla





Constantinopla

Constantinopla era uma das cidades mais importantes do mundo, ela funcionava como uma parte para as rotas comerciais que ligavam a Ásia a Europa por terra. Além de ser o principal porto nas rotas que vinham e iam entre o Mar mediterrâneo e o Mar Negro. O cisma entre as Igrejas Ortodoxa e Católica manteve Constantinopla distante das nações ocidentais. A ameaça turca fez com que o Imperador João VIII Paleólogo, promovesse um concílio em Ferrara, na Itália, onde as diferenças entre as duas igrejas foram resolvidas rapidamente.

Constantino XI e Maomé II

Com a morte de seu pai João VIII, Constantino assume o trono no ano seguinte. Ele era uma pessoa popular, tendo lutado na resistência bizantina no Peloponeso frente ao exercito otomano, no entanto ele seguia a linha de pensamentos de seu pai na conciliação das duas igrejas, o que gerava desconfiança não só ao Sultão Mura II (que via tal acordo como uma ameaça de intervenção das potencias ocidentais na resistência à expansão na Europa), mas como também ao clero bizantino.

Já no ano de 1451, Murad II morre, e seu jovem filho maomé II faz sua sucessão, já a princípio ele faz a promessa de não violar o território bizantino. O que fez aumentar ainda mais a confiança de Constantino, ele se sente tão seguro que no mesmo ano decidiu exigir o pagamento de uma anuidade para a manutenção de um prícipe otomano, que era mantido como refém,, em Constantinopla. Ultrajado com a exigência, Maomé II ordenou os preparativos para fazer um cerco total à capital binzantina.

Ataque turco

No dia 6 de abril de 1453 começa oficialmente o cerco a cidade bizantina, assim quando o grande canhão disparou o primeiro tiro em direção ao vale do Rio Lico. Até então a muralha era imbatível, em menos de uma semana começou a ceder, tendo em vista que ela não foi construída para suportat ataques com canhões. O ataque otomano restrigiu-se apenas um frente, o que colaborou prara com que o tempo e a mão-de-obra dos bizantinos fossem suficientes para suportarem o cerco.

Eles evitaram o atque pela costas, tendo em vista que deste lado as muralhas eram reforçadas por torres com canhões e artilheiros, o que poderia acabar sua frota. Nas primícias do assédio, os bizantinos obtiveram duas vitórias animadoras. No dia 20 de abril os bizantinos avistaram os navios enviados pelo Papa, juntamente com outro navio de grego com grãos da Sicília, as embarcações chegaram com êxito ao Corno de Ouro.

Já no dia 22 de abril, o Sultão aplicou um golpe ardiloso nas defesas bizantinas. Impedidos de cruzar a corrente que fechava o Corno de Ouro, o Sultão mandou que contruissem uma estrada de rolagem ao norte de Pera, por onde os seus navios podessem ser puxados por terra, contornando a barreira.
Com os navios colocados em uma nova frente, os bizantinos logo não teriam soluções para reparar suas muralhas. Sem opção, os bizantinos se viram coagidos a contra-atacar, então no dia 28 de abril arriscaram um ataque surpresa aos turcos no Corno de Ouro, no entanto foram descobertos por espiões e executados.

O último ataque

No dia 28 de maio as tropas foram ordenada por Maomé II a descansarem para realizarem o ataque final no dia seguinte. Após dois meses de intenso combate, pela primeira vez não se ouviu o barulho dos canhões e das tropas em movimento.

Para tentar levantar o moral para o momento decisivo, todas as igrejas de Constantinopla tocaram seus sinos durante o dia todo. Na madrugada do dia 29 de maio de 1453, Momé II concentrou um ataque concentrado no vale do Lico.
Por aproximadamente duas horas os soldados bizantinos sob o comando de Giustiniani conseguiram resistir ao ataque, mas as tropas já estavam cansadas, e teriam ainda que enfrentar o exército regular de 80 mil turcos.

Um grande canhão conseguiu abrir uma brecha na muralha, pela qual os turcos concentraram o ataque. Tendo chegado a esse ponto, Constantino em pessoa coordenou uma cadeia humana que mantive os turcos ocupados enquanto a muralha era consertada.

Após uma hora de combate intenso, os janízaros (escalavam a muralha com escadas) ainda não haviam conseguido entrar na cidade. Preocupados com os ataques no Lico, os bizantinos cometeram o erro de deixar o portão da muralha noroeste semi-aberto.

Com isso um destacamento otomano conseguiu por ali invadir o espaço entre as muralhas interna e externa. Com o comandante Giustiniani ferido e sido levado para o navio, os soldados gregos ficaram sem liderança, lutavam desordenadamente contra os turcos que eram disciplinados nesta questão. Tem-se como momento final quando o Imperador Constantino XI levantou sua espada e partiu para o combate, onde nunca mais foi visto, o que finaliza com a queda de Constantinopla.

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Arte Grega - História da Arte Grega



A literatura foi a maior e mais singular contribuição dos gregos a civilização ocidental.

Os arquitetos gregos demonstravam grande habilidade em seus projetos de tempos e edifícios públicos. Eles assentavam com perfeição os blocos de mármores ou de pedra calcária, sem usar argamassa e empregavam graciosas colunas para sustentar o trabalho dos tempos.

Na escultura usavam tanto mármore quanto bronze. Alguns famosos escultores: Fídias, Míron, Policleto, Lisípo, Praxíteles, Scópas.



As pinturas desapareceram em sua grande maioria. Apenas vasos pintados foram preservados.

A música era executada por um só instrumento de sopro ou de cordas acompanhado por uma forte batida rítmica. Os instrumentos favoritos era a lira, a cítara, parecida com o alaúde, e o áulo, que lembrava um pouco o oboé. Eles apreciavam bastante o canto e escreveram muitos poemas em forma de canção com acompanhamento de lira. Eles chamavam essa poesia de lírica.

Da Grécia vieram os primeiros filósofos e grande sabedoria nas ciências.

A civilização grega glorificou o homem como a mais expressiva criatura do universo. Todos os gregos, embora divididos politicamente tinham uma unidade cultural.

Os gregos lançaram os alicerces da cultura européia.

A literatura helênica do século VII em diante:

Hesíodo expôs em versos, concepções sobre a origem do universo e dos deuses.



Calino compôs alegrias, em que chorava a morte de pessoas queridas.
Terprando fez cantos de amor.
Alceu, poeta, cantou sentimentos de pureza.
Safo, poetisa, também compôs belos cantos de amor.
Anacreonte reproduziu apaixonados sentimentos de amor.
Alcmar foi o autor de cantos destinados a cantos corais.
Píndaro ( V a . C ) foi o maior dos mestres da poesia.
Hecateu ( séc. VI ) descreve fatos históricos.
A oratória desenvolveu-se principalmente em Atenas. Os atenienses cultivavam com carinho a arte de discursar e quase todos os lideres políticos eram notáveis oradores.
Temístocles convencia as massas.
Péricles empolgava a todos.

Legado Cultural

A base da cultura européia ocidental foi formada pelo legado dos gregos.

Sua Filosofia permaneceu viva nos ensinamentos de Demócrito, Anaxágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Tales de Mileto etc.

As obras dos grandes pensadores gregos são estudadas ainda hoje, como, por exemplo, "A república", "O banquete" e "Fedon" de Platão; e "A política" de Aristóteles.

Na medicina destaca-se Hipócrates; Euclides e Pitágoras, na Geometria; Arquimedes, na Física.

Nas artes a busca da perfeição estética foi uma constante.

Durante o século V a.C. a cultura grega atinge seu apogeu, sob o governo de Péricles, que protegeu os artistas e ordenou a construção de inúmeros monumentos.

Fídias é o maior escultor desse período. Sua estátua de Zeus Olímpico foi considerada uma das maravilhas do Mundo antigo.

Miron destaca-se com o "Discóbolo", em homenagem aos atletas.

Templos, teatros, anfiteatros e Odeons eram construído em mármore branco para a grandeza da Grécia, para que ela fosse vista pelos estrangeiros e sua beleza divulgada no mundo inteiro.

Seus padrões de colunas eram invejados e copiados por outros povos.

As peças de teatros ainda hoje são representadas em nossos teatros e seus autores, reverenciados: - Sófocles, Eurípedes e Aristófanes.

O grego Heródoto é considerado o pai da História.
Alcebíades era um dos mais aplaudidos pelo Dom de sua oratória. De estado ateniense estratego aos 30 anos, levou os atenienses a empreender a expedição da Sicília, comprometido em um escândalo religioso, fugiu para Esparta, visado pelos generais Lacedemonios, procurou refugiu junto ao Sátrapa tissafernes. Por meio de intrigas á distancia, conseguiu reatara as relações com as facções políticas de Atenas. Depois de uma série de sucessos militares, entrou triunfalmente em Atenas. Mas uma série de reveses obrigou ele a se refugiar na Trácia, onde morreu assassinado em 404 a . C por instigação dos espartanos.

Demóstenes (séc. IV a . C) foi o mais famoso orador ateniense e um dos maiores de todos os tempos (veja filípicas, onde advertiu os gregos contra o imperialismo macedônico). Depois da queda de Olinto, tornou parte na embaixada que concluiu a paz de Filócrates (346). Demóstenes incentivou Atenas a utilizar essa paz para se preparar para o conflito decisivo e, de 344 a 340 a. C., pronunciou as três últimas filípicas; nessa mesma época teve que lutar contra Ésquines, seu adversário político, a quem acusou de traição no seu discurso sobre a embaixada infiel. Até então, orador de oposição, Demóstenes chefe de partido. De 340 a 338, dirigiu a política ateniense e negociou uma aliança com Tebas contra Felipe; no entanto, este esmagou os coligados em Queronéia (338). Em (330) Demóstenes pronunciou seu discurso sobre a coroa, que justificava os atos e os princípios de sua política e redundou no exílio de Ésquines. Com a morte de alexandre iniciou a revolta das cidades gregas contra Antípatro. Em conseqüência a derrota de Atenas em Cranon (322), Demóstenes se envenenou. Sua obra de orador, composta de 60 discursos políticos e defesas civis, permanece até hoje como modelo.

Esquines , mestre de eloqüência, que travou duelo oratório com Demostenes.

Lisias foi um grande orador.

Isócrates, mestre de retórica.

O drama sempre foi uma das atividades cultivadas pelos gregos. Inicialmente, essas representações teatrais eram dedicadas ao deus Dionisio e consistiam em cantos corais. Mais tarde, em Atenas, um ator mantinha um dialogo com o mestre do coro. Destacam-se :
Esquilo grande dramaturgo, escreveu sobre a justiça dos deuses.

Sófocles, introduziu com esquilo a tragédia grega: ação, tempo, e local, onde as pessoa não podiam escapar a seu destino fantasma. Os maiores dramaturgos viveram em Atenas, na época de Péricles;

Euripedes introduziu inovações na arte dramática.

Aristofanes, comediógrafo, ridicularizou as idéias revolucionárias e criticou os costumes da época.

Homero escreveu livros que durante muitos anos foram considerados relatos de lendas gregas.
Mas quando o arqueólogo alemão Heinrich Schliemann escavou e descobriu, em 1870, Tróia, os textos de Homero adquiriram veracidade e importância histórica.



Esta máscara encontrada recentemente em um sítio arqueológico na grécia não se parece com um MOAI? Não se parece com o rosto das enigmáticas estátuas que existem na ilha de páscoa?

Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/grega/arte-grega.htm

Persa




As conquistas militares e a organização administrativa marcam a história dos persas.



Por Rainer Sousa



Localizados entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio, os persas estabeleceram uma das mais expressivas civilizações da Antiguidade no território que hoje corresponde ao Irã. Por volta de 550 a.C., um príncipe chamado Ciro realizou a dominação do Reino da Média e, assim, iniciou a formação de um próspero reinado que durou cerca de vinte e cinco anos. Nesse tempo, este habilidoso imperador também conquistou o reino da Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia.

O processo de expansão inaugurado por Ciro foi restabelecido pela ação do imperador Dario, que dominou as planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse momento, dada as grandes proporções assumidas pelo território persa, este mesmo imperador viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma administrativa. Pelas mãos de Dario, os domínios persas foram divididos em satrápias, subdivisões do território a serem controladas por um sátrapa.

O sátrapa tinha a importante tarefa de organizar a arrecadação de impostos e contava com o auxílio de um secretário-geral e um comandante militar. Para resolver os constantes problemas oriundos da cobrança de impostos, Dario estipulou a criação de uma moeda única (dárico) e a construção de um eficiente conjunto de estradas. Por meio destas, um grupo de funcionários, conhecidos como “olhos e ouvidos do rei”, fiscalizavam o volume de arrecadação de cada satrápia.

Essas ações garantiram o desenvolvimento de uma bem articulada economia baseada no comércio entre as várias cidades englobadas pelo império persa. Ao mesmo tempo, precisamos destacar que os padrões e regulamentos estabelecidos pelo próprio Estado foram responsáveis pela manutenção de um eficiente corpo administrativo e a realização de várias obras públicas. Somente após a derrota nas Guerras Médicas é que passamos a vislumbrar a desarticulação deste vasto império.

A vida religiosa da civilização persa atrai a curiosidade de muitas pessoas que se interessam pelos povos da Antiguidade Oriental. Seguidores dos ensinamentos do profeta Zoroastro, os persas possuem uma estrutura de pensamento religioso bastante próxima a de outras crenças, como o judaísmo e o cristianismo. Em suma, acreditam na oposição entre duas divindades (Mazda, o deus do Bem, e Arimã, o deus do Mal) e no fim dos tempos.

As manifestações artísticas persas foram visivelmente influenciadas pela esfera política. Em várias obras, monumentos e outras construções, há reproduções que homenageiam a vida e os importantes feitos dos reis. No campo arquitetônico, os palácios persas eram dotados por uma complexa gama de elementos de decoração e jardinagem. Segundo algumas pesquisas, os persas construíram alguns de seus palácios através da escavação de grandes rochas.

Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/persa/

Torquemada, o temível inquisidor



Torquemada realizou uma dura perseguição no período em que foi inquisidor.



Por Rainer Sousa



Na Baixa Idade Média e no período Moderno, a Inquisição Católica foi um artifício utilizado pela Igreja para se contrapor às pessoas que ameaçavam a hegemonia católica. Por meio de processos, pessoas eram presas, interrogadas, punidas e, em casos extremos, lançadas à morte na fogueira. Do ponto de vista católico, a perseguição era fundamental para que as heresias, o judaísmo e a bruxaria não desarticulassem o cristianismo na Europa.

As torturas eram julgadas como uma forma necessária de confissão. A possessão de um demônio era a mais comum das justificativas para que o interrogado não admitisse a natureza dos crimes que cometia. Dessa forma, as torturas eram utilizadas como uma forma de se atestar a culpa ou a inocência do acusado. As torturas inquisitoriais poderiam acabar sendo um instrumento de intimidação, mas não podem ser interpretadas como tendo este único fim.

Um dos mais temíveis representantes da Inquisição foi Tomás de Torquemada, um frade dominicano espanhol. Nomeado como inquisidor pelo papa Inocêncio VIII e prestigiado pela rainha Isabel de Castela, este clérigo promoveu uma feroz caçada contra bígamos, agiotas, judeus, homossexuais, bruxas e hereges. A sua ferrenha atuação acabou fazendo com que a sua fama percorresse os quatro cantos da Espanha e chegasse até aos ouvidos do próprio Vaticano.

Geralmente, baseado em denúncias de fraca sustentação, os investigados eram presos e submetidos a interrogatório nos calabouços da Inquisição. Enquanto os açoitamentos e torturas eram deflagrados, Torquemada passava o tempo sussurrando as suas preces. Segundo alguns documentos, os interrogados tinham as unhas arrancadas, a pele marcada com ferro em brasa e os dedos perfurados. Mulheres acusadas de bruxaria eram despidas para que fossem encontradas tatuagens de símbolos diabólicos.

Ao longo de uma vida toda dedicada a esse tipo de atividade, Torquemada acabou sendo visto com desconfiança pelos dirigentes religiosos da época. Segundo estimativas, através de seus métodos de investigação, cerca de 10 mil pessoas teriam sido condenadas à fogueira. Após ignorar os pedidos de moderação da Igreja, acabou sendo afastado de suas funções. Quatro anos depois, em 1494, acabou morrendo na clausura de um convento na região de Ávila.

Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/torquemada-o-temivel-inquisidor.htm

15 videoclipes que marcaram época

Anita Porfirio
Até os anos 1970, o videoclipe não era um formato tão famoso no mundo da música. Mas depois do dia 1º de agosto de 1981, esta história começou a mudar. Foi quando nasceu a MTV nos Estados Unidos. Desde então, muita coisa mudou na música pop – mas o videoclipe continua cumprindo um papel fundamental para a divulgação de uma banda.

Para comemorar os 22 anos da MTV Brasil (comemorado no sábado, dia 20), nós separamos alguns clipes marcantes que o canal ajudou a popularizar.

Michael Jackson – Thriller (1981)

É a obra-prima do rei do pop. Confessa que você também já arriscou uns passinhos da coreografia numa pista de dança.


 a-ha – Take On Me (1985)

Inovador para a época, o clipe mistura desenhos com filme e, claro, dancinhas típicas dos anos 1980. Marcou não só a década como a carreira do a-ha.


Madonna – Like a Prayer (1989)

Convenhamos, Madonna pintou e bordou com seus clipes lá nos anos 80 – e foi difícil escolher só um. “Like a Prayer” venceu pelo efeito surpresa: afinal, tem Jesus negro e outras polêmicas com a simbologia cristã.






Nirvana – Smells Like Teen Spirit (1991)

Um dos grande hinos grunge não tem um clipe tão elaborado assim. Mas o vídeo emplacou nas paradas da TV por um bom tempo.


Beastie Boys – Sabotage (1994)

Os Beastie Boys sempre curtiram se fantasiar para os clipes, que têm uma pegada bem escrachada e meio amadora. Sabotage inspirou muitos outros artistas e é referência até hoje.


Backstreet Boys – Everybody (Backstreet’s Back) (1997)

“Qual é oseu Backstreet favorito?” era uma pergunta muito comum na década de 1990. A boy band mais icônica foi buscar lá em Thriller a inspiração pra esse clipe que faz todo mundo dançar. (PS: claro que era o Kevin).



Britney Spears – …Baby One More Time (1998)

Quando ela surgiu, tinha pinta de boa moça e era a personificação do sonho americano. Aí mostrou que não era tão inocente, terminou com o Justin, beijou a Madonna e raspou a cabeça. Mas ainda tem muitos fãs.



Beyoncé – Single Ladies (Put a Ring on It) (2008)


Além de ter uma filha com nome de cor, Beyoncé dança que é uma coisa. E por isso esse clipe ficou marcado e a coreografia foi reproduzida em quase todas as baladas do mundo. Quem liga pra Destiny’s Child?



Lady Gaga – Bad Romance (2009)


Lady Gaga estourou com Poker Face, mas Bad Romance é o clipe mais icônico da loira. Com figurinos de Alexander McQueen e coreografia memorável, não passa despercebido.




Radiohead – Lotus Flower (2011)

Radiohead não é uma banda nova, aliás, já tem 24 anos de estrada. Mas quando Thom Yorke decidiu fazer sua dancinha nesse clipe, vixe, a banda praticamente renasceu. Fez tanto sucesso que viralizou e virou meme.




Gotye – Somebody That I Used to Know (2011)

Começou como um fenômeno hipster, estourou nas rádios e hoje até sua vó canta. O clipe tem dezenas de paródias no Youtube e até o pessoal do Saturday Night Live entrou na brincadeira. E não adianta xingar se você ficar com a música na cabeça. De novo.




Carly Rae Jepsen – Call Me Maybe (2012)

Essa é pra vocês amaldiçoarem essa lista mesmo, muahaha. A música mais grudenta de 2012 (até agora) tem mais paródias e versões do que é possível contar e isso levando em conta que é obra de uma novata no rolê. Agora, vai: hey, I just met you!


Fonte:


Últimas palavras de 5 pessoas que marcaram a História

Marcel Verrumo

No leito de morte, segredos são revelados, sonhos não realizados são declarados, medos são confessados. E essas últimas palavras refletem muito de quem o morimbundo foi durante a vida: indicam suas crenças religiosas, suas filosofias de vida, suas desilusões. Há quem não se simpatize muito em ter suas palavras anotadas, é o caso de Karl Marx. “Vá embora, últimas palavras são para bobos que nunca disseram o suficiente”, disse o filósofo, economista e teórico político à sua empregada doméstica. Ironicamente, essas palavras acabaram entrando para a História como seu último dizer.

Aliás, essas palavras de Marx já apareceram no site da SUPER na lista com 11 pessoas célebres e suas famosas últimas palavras. Como muitos leitores gostaram do tema e muitos personagens ficaram de fora, conheça outras últimas palavras de outras pessoas que marcaram a História.



5 “Amem uns aos outros”



Quem disse? George Harrison, guitarrista dos Beatles. Conhecido como o Beatle calado, na década de 1960 começou a seguir o hinduísmo. Compôs clássicos da banda inglesa como “Here comes the sun”, “Something” e “While my guitar gently weeps”.

Como morreu? Suas últimas palavras foram registradas por sua esposa em 29 de novembro de 2001. George lutava contra um câncer e fora submetido, uns meses antes, à radioterapia na Suíça. Antes de morrer, teria dita apenas: “Love one another”.

4 “Eu e meu papel de parede estamos em um duelo mortal. Um de nós precisa ir”



Quem disse? Oscar Wilde, escritor e poeta irlandês. Seu texto mais famoso, O Retrat0 de Dorian Gray, trata da vaidade dos homens e é tido por críticos como um dos melhores romances ingleses.

Como morreu? Sucumbiu a um ataque de meningite em 1900. Suas últimas palavras foram ditas em um quarto de hotel. Um detalhe: depois de a declaração vir a público, os donos do hotel decidiram mudar o papel de parede do quarto onde Wilde estava. No fim, nem Wilde nem o papel de parede resistiram.

3 “Bebam por mim, bebam por minha saúde. Vocês sabem que não posso mais beber.”



Quem disse? O pintor, escultor e desenhista espanhol Pablo Picasso, famoso por seu trabalho com técnicas cubistas. É autor de mais de 20 mil trabalhos, conhecidos mundialmente.

Como disse? Picasso já havia encerrado sua atividade artística na ocasião. O fim da carreira aconteceu após uma operação na próstata e na vesícula e depois de perder parte da visão. Em abril de 1973, enquanto jantava com sua esposa Jacqueline, proferiu suas últimas palavras. Jacqueline não bebeu. Em 1986, a esposa, ainda sem ter se recuperado da morte do pintor, pegou uma arma e tirou sua própria vida.

2 “O estado da Flórida está matando uma pessoa inocente. O estado da Flórida está cometendo um crime, porque eu sou inocente. A pena de morte não é somente uma forma de vingança, é também um ato covarde dos humanos. Sinto muito pelo que está acontecendo a mim e pela minha família, que está tendo que passar por isso.”

Quem disse? Ángel Nieves Díaz, porto-riquenho condenado por assassinato nos Estados Unidos e executado por injeção letal.

Como disse? A execução de Ángel foi polêmica. O executado morreu declarando-se inocente. Mais do que isso. Durante o processo de execução, que dura cerca de 15 minutos, tardou 37 minutos. Doses e mais doses da droga eram injetadas e o condenado não morria.

1 “Dinheiro não pode comprar vida”



Quem disse? Bob Marley, músico jamaicano.

Como disse? Em 1977, Marley foi diagnosticado com um melanona maligno. Quatro anos depois, em 1981, quando voava da Alemanha para a Dinamarca, suas funções começaram a piorar. Um desembarque forçado em Miami foi a última tentativa para levar o cantor a um hospital. Bob morreu, aos 36 anos, devido a disseminação do melanona para os pulmões e para o cérebro. No leito de morte, disse a seu filho Ziggy: “O dinheiro não pode comprar a vida”.

Fonte:

Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral: O que devemos a eles?

Por: Cristiano Catarin

Por oito décadas os portugueses alimentaram o sonho de conhecer e obter novas terras, dentre elas estava o desejo de dominar a rota das Índias.

Em meio à jornada de Pedro Álvares Cabral, os marinheiros acompanhavam atentos às evidências quanto à proximidade de terra à vista, algas marinhas em volta das naves, e para eles, o mais comum dos sinais desta proximidade era com o barulho das gaivotas fura -- buxos. Para os portugueses, seguir tais aves era certeza do encontro de terras.

No entanto, a história da empresa marítima portuguesa revela uma similaridade desta circunstância com Pedro Alvares em relação à expedição de Vasco da Gama, pois em 22 de agosto de 1497, como mostra registros do diário de um dos tripulantes da armada de Gama:


"achámos muitas aves, feitas como garções, e, quando veio a noite, tiravam contra o su-sueste muito rijas como aves que iam para terra; e neste mesmo dia vimos uma baleia, e isto bem oitocentas léguas em mar."

Vasco da Gama foi, na verdade, uma espécie de mentor de Cabral, visto que em meio a seus pertences o comandante da nau capitânia levava consigo um manuscrito de Vasco da Gama onde este havia relatado orientações para que a armada cabralina não fosse surpreendida em alto mar, como se fosse um manual para atingir as Índias.

De fato, todo cuidado era necessário, pois em meio ao trajeto a ser realizado pela armada de Cabral havia, pela frente, a necessidade de passar pelo Cabo das Tormentas, assim denominado pelos marinheiros mais expostos. Mas, este termo também foi rebatizado por D. João II por Cabo da Boa Esperança, chamado pelos determinados estudiosos dos mares como. Vasco da Gama conseguiu vencê-lo sempre mantendo o rumo a oeste, contrariando a tese do genovêz Cristóvão Colombo.

Difícil relatar sem revelar o prazer, ou melhor, o alívio de toda tripulação de Cabral no momento da manhã de 22 de abril de 1500, quando na oportunidade, é avistado um monte mui grande e revestido de arvoredos esverdeados, lindos. A armada ancorou-se a 36 Km da costa, ou como na época, à 6 léguas de distancia da hoje denominada Bahia de todos os santos.


O descobrimento do Brasil, ou achamento suscita, ainda em nossos dias, muita polêmica. Eduardo Bueno, não historiador, mas um pesquisador cuidadoso e, sobretudo, competente, afirma que realmente é difícil "decretar" que os portugueses não conheciam, ou não faziam a menor ideia das "novas" terras de Vera Cruz. Pois de acordo com relatos, a "escola" marítima portuguesa já era portadora de convicções de que havia sim novas terras para direção em que de fato, atingiram e lançaram âncoras, isto muito antes de Gama, seguindo a rota dos pássaros.



O grande objetivo português era atingir a Índia, descobrir a rota das riquezas, das cedas, do outro, das especiarias etc. Afinal, qual era o conhecimento, por parte destes perseverantes portugueses, quanto às riquezas, inclusive naturais, existentes do agora Brasil? Nenhuma.

Foram dez dias ancorados na ilha de Vera Cruz, Pedro Álvares Cabral junto a seus comandados entendiam que estava descoberta, na ocasião, uma nova ilha. Como é bom saber que quase meio século depois, todo este (detalhe dos portugueses) ganhara uma estrondosa importância para o cenário mundial.

Importância que dera inicio já com a confirmação do fracasso da empresa das Índias, 30 anos depois do "primeiro" contato com o Brasil.


Outro fato interessante fica por conta da grandiosidade da expedição de Cabral, uma empresa: náutica, militar e mercantil, extremamente onerosa. D. Manuel, a exemplo de D. João II, recorreu à iniciativa privada para realização de tal projeto. A Coroa portuguesa não reunia condições suficientes para suprir com todos os gastos envolvidos, tanto para manter toda tripulação nas condições mínimas de sobrevivência, tratava-se de 1500 tripulantes, distribuídos em 13 embarcações. Banqueiros como: Bartolomeu Marchioni e Girulamo Sernige contribuíram com o financiamento da expedição.

Bartolomeu Dias e seu irmão Diogo Dias também estavam presentes e faziam parte da chamada segunda divisão da esquadra, pois a primeira era formada por onze naus, sendo a nau capitânia sob comando de Cabral.
A Partida

Muita expectativa, tanto dento como também fora das naus, Lisboa, mais precisamente no Porto de Rastelo, encontrava-se totalmente tomado por familiares, pela nobreza, por escravos, pelo povo... , admirando o "desfile" das embarcações.

Muitos marinheiros olhavam para trás com verdadeiro pesar no coração, é sabido que a grande maioria não tinha esperança de um dia poder voltar, pois quase todos tinham conhecimento dos riscos envolvidos em tal jornada.

Dois a cada três jamais voltaram, segundo comparação feita pelo historiador Paulo Miceli, muitos, antes de embarcar, deixaram testamentos prontos.
Em 23 de março de 1500, ocorre a primeira de muitas tragédias em pleno mar, a nau de Vasto de Ataíde que compunha o comboio, desaparece sem deixar qualquer sinal.


A fantástica viagem de Vasco da Gama rumo à Índia é motivo de muito orgulho para os marinheiros portugueses que há oitenta e cinco anos mantiveram firmes em navegar pelos mares no sentido sul em busca desta terra detentora de muitas riquezas.



Colombo em 1492, seguindo caminho contrário aos feitos lusos, sempre afirmara ter atingido as Índias, quando na verdade havia descoberto um "novo mundo", a América.

Como já vimos, Vasco da Gama fora um grande modelo a ser seguido, três anos após sua viagem por Pedro Álvares Cabral. Gama chegou próximo ao monte que as aves "muito rijas" anunciavam, o próprio Diário que registra os principais momentos da viagem de Gama, escrito por Álvaro Velho, embora muitos tenham contestado a autoria de tal documento, temo cuidado de mostrar o aparecimento destas aves que mais tarde seria anunciadoras do Brasil com a expedição de Cabral. Mas em 22 de agosto de 1497, Vasco da Gama seguiu rumo ao Cabo da Boa Esperança em segmento a Índia. Muitos historiadores dizem que o principal fator para Pedrâ?? Alvares ter "descoberto" o Brasil dá-se a estes registros do caminho das aves também na viagem de Gama.

A nau São Gabriel foi quem acomodou o comandante Vasco da Gama, que navegou durante noventa e trêsdias sem avistar qualquer terra, muitas vezes em alto mar, ele foi o inventor da manobra marítima que ficou conhecida como "a volta do mar", ou "a volta do Brasil", uma tática audaciosa exercida para contornar a África.

A viagem de Vasco da Gama contribuiu muito para uma unificação geopolítica entre: Europa, Ásia, África e América, desenvolvendo novas relações econômicas, políticas e culturais, Gama ficou extremamente rico e desfrutou de muitas glorias após este feito, claro que não podemos esquecer da ajuda prestada no sentido de orientar a esquadra que em 1500 partira do Porto de Rastelo sob comando de Pedro Álvares Cabral precursor de um episódio não menos importante para todos nós brasileiros. O que seria do Brasil sem a viagem de Gama e, posteriormente a de Cabral?
Referência bibliográfica:

BUENO, Eduardo, A Viagem do Descobrimento: A verdadeira história da expedição de Cabral, Objetiva, RJ -- 1998, volume I, coleção Terra Brasilis.
VELHO, Álvaro, O Descobrimento das Índias: o diário da viagem de Vasco da Gama, introdução, notas e comentários finais Eduardo Bueno. Objetiva, RJ -- 1998.

Fonte: http://www.algosobre.com.br

Confira a vida de Sólon, o pai da democracia grega


Sólon, um dos Sete Sábios da Grécia, acabou com a transmissão de poder hereditária e abriu o acesso aos altos cargos do governo para (quase) toda a população ateniense

Texto Eduardo Szklarz | Ilustração Adams Carvalho



Na Grécia antiga, os aristocratas tinham tanto orgulho de sua origem que se diziam descendentes dos deuses. Cada família recitava a longa lista de antepassados até chegar ao patriarca divino. Com Sólon (638-558 a.C.), não foi diferente: ele traçava sua origem até Poseidon, o deus grego dos mares. Mas, diferentemente dos outros nobres, Sólon se importava com os "reles mortais" e dedicou a vida a construir uma sociedade mais justa e igualitária. Tanto que os historiadores o consideram o pai da democracia ateniense.



"Sólon integra a lista dos Sete Sábios da Grécia ao lado de figuras como o matemático Tales de Mileto", diz o filósofo Ron Owens, da Universidade de Newcastle (Austrália), no livro Solon of Athens (Sólon de Atenas, inédito no Brasil). "Foram feitas várias listas dos sete sábios, e Sólon está em todas elas. Sua influência não era mesmo de desprezar: ao menos 115 autoridades do mundo antigo o mencionam em seus escritos, entre eles Aristóteles (384-322 a.C.)."

Apesar da glória entre seus pares, Sólon é hoje quase um ilustre desconhecido. Sempre que se fala em Atenas, vêm à mente filósofos e matemáticos, mas nunca um sujeito como ele - misto de mercador, poeta e legislador. Afinal, quem foi Sólon? E o que ele agregou à história das ideias?

Sociedade em frangalhos

Sólon nasceu provavelmente em 638 a.C., em Atenas, numa família nobre em decadência. A Grécia estava dividida em dezenas de cidades-estados (poleis, plural de pólis), com governos independentes e uma cultura religiosa comum. Em Atenas, mandava a aristocracia dos eupátridas (os "bem nascidos"), que nomeavam arcontes (magistrados) para legislar em causa própria. Os pobres não tinham acesso ao poder político e muitas vezes pagavam suas dívidas com escravidão. Sólon presenciou essas injustiças ainda jovem, quando embarcou em viagens mercantes para tentar recompor a fortuna da família. Ele viu que artesãos e pequenos proprietários de terras eram alijados das decisões políticas e sempre perdiam para os nobres em disputas judiciais. "A maioria dos camponeses era leal aos aristocratas porque dependia deles para se proteger dos inimigos de Atenas. Mas a população em geral estava cada vez mais insatisfeita", diz o historiador Bernard Randall no livro Solon: The Lawmaker of Athens (Sólon, o Legislador de Atenas, inédito no Brasil).

A oligarquia vetava até os mercadores que enriqueceram com o comércio entre a Grécia e o mundo mediterrâneo. Eles tinham dinheiro suficiente para adquirir armas e terras e por isso esperavam obter uma fatia do poder político. Mas continuaram fora do Areópago, o conselho que escolhia os magistrados. Sua única chance de ganhar uma causa na Justiça era molhando a mão do juiz.

"Com o tempo, mais mercadores se tornaram ricos e viram que a única forma de obter poder seria por meio da força", diz Randall. De fato, ao longo do século 7 a.C., vários tiranos deram golpes em oligarquias gregas com o apoio dos novos-ricos. Em 632 a.C., o nobre Cylon tentou usurpar o poder em Atenas com o respaldo da ilha vizinha de Megara, onde seu sogro governava com mão de ferro. Mas o plano falhou e Cylon deu no pé.

Em 621 a.C., para tentar botar ordem no caos, o arconte Drácon elaborou um código de leis duríssimas contra o crime. Um simples roubo era punido com a morte. Não é à toa que "draconiano" virou sinônimo de extrema rigidez. No entanto, nem mesmo as leis de Drácon acalmaram os ânimos.

Da poesia para as leis

Sólon foi o primeiro poeta ateniense cujos versos sobreviveram até nossos dias. Fragmentos de sua obra, citados por Plutarco (46-120) e outros filósofos, mostram que ele denunciava as iniquidades da época. E nem por isso ele deixou de ser respeitado pelos nobres. Aliás, sempre manteve a fama de sábio e justo. Sua entrada na política aconteceu durante uma guerra entre Atenas e Megara pela soberania da ilha de Salamina (onde nasceu). Não há registros precisos, mas estima-se que milhares de atenienses tenham morrido em combate. O governo teria até jogado a toalha, mas tudo mudou quando Sólon correu para a ágora (praça principal da pólis) e declamou uma ode a Salamina. "Prefiro renunciar a minha cidade natal e me tornar cidadão de Folegandros (minúscula ilha grega no mar Egeu) a continuar sendo chamado de ateniense, marcado pela vergonha da rendição de Salamina!", teria dito, motivando os conterrâneos a retornar à batalha. Segundo Plutarco, Sólon teve papel ativo na estratégia militar que debilitou o inimigo e levou Atenas à vitória. Foi assim que ganhou fama de soldado. Em 594 a.C., foi nomeado arconte e realizou reformas que ajudaram a cimentar o caminho ateniense rumo à democracia.

Sua primeira medida foi promulgar um código de leis escritas que aboliu a escravidão por dívida e proibiu os homens de vender filhas e irmãs. Também deu uma suavizada no código penal de Drácon. Segundo a nova lei, o ladrão teria de compensar a vítima com o dobro do valor do produto roubado. Ao que tudo indica, o arconte poeta só manteve a pena capital para os homicidas.

Ascensão social

Talvez a grande sacada de Sólon tenha sido substituir o sistema de poder hereditário por outro baseado no dinheiro. Parece injusto, mas foi uma forma de aproveitar a mobilidade social para ampliar o acesso ao poder político. Classificou os habitantes em 4 classes. No topo, estavam os pentacosiomedimnos, donos de terras. Abaixo vinham os hippeis, que tinham grana suficiente para manter um cavalo a serviço do Estado nas guerras - um luxo para poucos. Em seguida, estavam os zeugitas (a "classe média") e finalmente os tetes, os mais pobres.

Quanto mais rico o cidadão, maior o cargo público que ele podia ocupar. Para quem viveu há 2,5 mil anos, quando o poder se perpetuava entre os mesmos sobrenomes, essa foi uma bela mudança rumo à democracia. Como muita gente podia acumular certa riqueza - graças ao comércio crescente, por exemplo -, o novo sistema era mais igualitário que o anterior. Os tetes não podiam disputar os cargos, pois temia-se que fossem mais propensos a receber propinas. Mas Sólon lhes deu o direito de se defender nos processos judiciais e integrar o júri. Mais importante: deu sinal verde para que o cidadão com mais de 18 anos participasse da Ekklesia (Assembleia), inclusive os tetes (mas não os escravos, pois eles não eram considerados cidadãos). A Assembleia promulgava leis e decretos, decidia a concessão de privilégios, servia de palco para debates políticos e influía na escolha de arcontes (magistrados). Portanto, quem diria, os mais pobres podiam influir na formação do temível Areópago. A pauta da Ekklesia era definida pelo Conselho dos 400 (formado por 400 cidadãos de todas as classes, exceto os tetes). As mulheres não votavam, mas justiça seja feita: no Brasil, o voto feminino só foi instituído em 1934. "Assim como o filósofo Sócrates (469-399 a.C.), Sólon tentou criar pontes entre os extremos da sociedade e uma nova unidade dentro do Estado", diz Victor Ehrenberg em From Solon to Socrates (De Sólon a Sócrates, inédito no Brasil). "Ambos são símbolos da moderação e clareza mental que fizeram a grandeza de Atenas." Em 561 a.C., 30 anos depois das reformas, o tirano Psístrato usurpou o poder em Atenas - com a bênção do Conselho dos 400. Ao saber da notícia, Sólon interrompeu uma longa viagem pelo Egito e Chipre e retornou a Atenas para tentar mobilizar a massa. Não conseguiu. Mas a democracia continuou evoluindo mesmo após sua morte (3 anos depois). Em 508 a.C., suas reformas foram levadas adiante pelo legislador grego Clístenes. E, no século 5 a.C., continuaram com Péricles e Efialtes. "O principal método de escolha para cargos públicos era o sorteio, tido como o mais igualitário", diz o cientista político Robert Dahl no livro Sobre a Democracia. Para ele, um cidadão ateniense tinha uma chance razoável de ser sorteado ao menos uma vez na vida.

Segundo alguns historiadores, Sólon decepcionou muita gente. Os ricos diziam que suas inovações foram longe demais, e os pobres reclamavam que foram insuficientes (queriam a reforma agrária). Nem o sábio conseguiu agradar a gregos e troianos.



Fonte:http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/confira-vida-solon-pai-democracia-grega-706665.shtml

Povos Ameríndios


Por Felipe Araújo

As denominações dadas aos habitantes do continente americano começaram após a chegada dos navegadores europeus. Entre várias tentativas de nomear os povos da América estão nativo americano, indígena e índio. Porém, até hoje ainda não se sabe como estes povos chegaram ao continente. As teorias são diversas, mas, a de maior aceitação indica que eles chegaram pelo Estreito de Bering, localizado ao Norte da Ásia. Esta faixa de terra faz uma divisão entre os E.U.A. e a Rússia. Na época da movimentação dos povos até a América, o mar estava em um nível mais baixo graças à glaciação. Desta forma, uma passagem de gelo natural foi formada entre a América e a Ásia, pela qual esta população chegou à América.



Outra hipótese indica que os povos ameríndios tenham chegado atravessando o oceano Pacífico. Assim, teriam vindo de partes da Ásia e da Oceania. De acordo com alguns historiadores, os primeiros povos da América teriam feito a migração há aproximadamente 70 mil anos e, devido à grande quantidade de pessoas, não poderiam ter utilizado apenas um caminho.

A nomenclatura que ficou mais conhecida para designar estes povos foi “índio”. Isso ocorreu devido a uma confusão feita por Cristóvão Colombo, líder da frota que alcançou o continente americano. Na verdade, Colombo achava que tinha descoberto as Índias, por isso nomeou desta forma os povos que encontrou no local. É por isso que atualmente as ilhas do Caribe ainda são chamadas de Índias Ocidentais.

No que se refere à América do Norte, os nomes dados a estes povos são: indígenas da América, nativos do Alasca, primeiras nações, índios americanos e povos aborígines. Um grupo que não se encontra nestas denominações são osesquimós (aleutas, yupik e inuit) e os métis encontrados na região do Canadá. Isso ocorre, pois tais populaçõesapresentam características genéticas diferentes em relação aos outros índios.

Primeiros povos no Brasil

Apesar de não existirem fontes seguras, tudo indica que os primeiros povos que chegaram ao Brasil localizavam-se no Piauí. Eram grupos de coletores e caçadores que já dominavam o fogo e sabiam fabricar instrumentos de pedra. Segundo pesquisas arqueológicas realizadas na região de São Raimundo Nonato, localizado no interior do Estado, existem indícios da presença de seres humanos na região datados em 48 mil anos. Outra região em que foi encontrado um cemitério de ossos é Lapa Vermelha, em Minas Gerais, com registros de 12 mil anos de existência.

Fontes:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_amer%C3%ADndioshttp://emdiv.com.br/pt/mundo/povosetradicoes/318-os-povos-amerindios.html

Tratado de Kadesh


Por Gabriella Porto

O Tratado de Kadesh, ou Tratado Egípcio-Hitita, foi um acordo de paz celebrado entre o faraó egípcio Ramsés II e o rei hitita Hatusil III que, segundo historiadores, foi celebrado em 1259 a.C., uma data que marcou o fim oficial das negociações e da aceitação por Ramsés II de uma tabuleta de prata, oferecida por diplomatas hititas, sobre a qual os termos do tratado foram escritos. Ainda não se descobriu onde, exatamente, o tratado foi escrito. O objetivo do acordo foi o de criar e manter relações de paz entre as duas partes. Ele é o primeiro acordo diplomática conhecido do Oriente Médio, sendo o mais antigo tratado escrito que ainda existe. Ele é conhecido como Tratado de Kadesh devido a um grande conflito na cidade de Kadesh em 1275 a.C., apesar desse conflito não ter sido o estopim para a criação do tratado.



O texto original escrito sobre a tabuleta de prata se perdeu, e o seu conteúdo só é conhecido por causa das diversas cópias que foram feitas nas paredes de muitos templos templos egípcios em escrita hieroglífica, e em tabuletas de barro no Império Hitita, que hoje corresponde ao território da Turquia. O exemplar mais famoso do tratado, está atualmente em exposição no Museu Arqueológico de Istambul. Ele foi descoberto em escavações arqueológicas nos grandes arquivos do palácio real da capital hitita, Hattusa. Os escribas, que escreveram a versão egípcia, incluíram descrições de figuras e selos que constavam da tabuleta de prata hitita.

O tratado foi assinado para encerrar uma longa guerra entre o império hitita e os egípcios, que havia combatido por mais de dois séculos para ganhar o domínio sobre as terras ao leste do Mediterrâneo. O conflito culminou com uma tentativa de invasão do Egito em 1.274 a.C, que foi impedido pelos hititas, na cidade de Kadesh, no rio Orontes, no que hoje faz parte da região da Síria. A batalha de Kadesh resultou em pesadas baixas para ambos os lados, e nenhum deles foi capaz de prevalecer de forma decisiva, nem na batalha e muito menos na guerra. O conflito continuou de forma inconclusiva por mais 15 anos antes do tratado ser assinado.

Embora seja conhecido como o Tratado de Kadesh, na verdade ele foi definitivamente assinado muito tempo após a batalha, e Kadesh sequer é mencionada no texto. O tratado foi elaborado para ser negociado exclusivamente por intermediários, sem a necessidade dos dois monarcas estarem presentes. Ambos os lados tiveram interesses comuns em fazer a paz, o Egito enfrentava uma crescente ameaça dos Povos do Mar. Os hititas, por sua vez, estavam preocupados com a poder dos assírios, ao leste. O tratado foi ratificado no ano 21 do reinado de Ramsés II (1258 a.C.) e continuou em vigor até que o império hitita entrasse em colapso, cerca de oitenta anos mais tarde.

A primeira tradução da versão acadiana do tratado foi publicada em 1916 pela E.F. Weidner. Ele foi estruturado de uma forma para ser quase que totalmente simétrico, tratando ambos os lados de forma igual e obrigando-os a assumir obrigações mútuas. Existem algumas diferenças, por exemplo, a versão hitita adota um preâmbulo um pouco evasivo, falando sobre deuses e destino, enquanto a versão egípcia afirma diretamente que as duas nações se encontravam em estado de guerra, e que o tratado pretendia pôr fim àquela situação.

O tratado proclamava que ambos os lados deveriam permanecer eternamente em paz, vinculando os filhos e netos das partes. Eles não iriam cometer atos de agressão contra os outros, repatriariam refugiados políticos e criminosos uns dos outros, além de se ajudarem mutuamente em revoltas. O tratado também mencionava um acordo de proteção militar mútua.

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Egyptian–Hittite_peace_treaty
http://www.reshafim.org.il/ad/egypt/egyptian-hittite-peace-treaty.htm
http://www.milestonedocuments.com/documents/view/egyptian-hittite-peace-treaty