por: Lucyanne Mano
Em 20 horas de ação e ao custo de apenas seis vidas humanas, os bolcheviques tomaram o poder na Rússia. A ação começou às 2h, quando soldados do Exército Vermelho, comandado por Leon Trotski, invadiram a capital Petrogrado.
Em pouco tempo, já dominavam as centrais telefônicas, as estações de trens, os bancos e os ministérios. A tomada da sede do governo só não ocorreu nas primeiras horas porque uma brigada feminina estava encarregada de protegê-la. Com isso, o chefe do governo, Alexandre Kerenski, teve tempo para fugir em um carro cedido pelo embaixador americano. À noite, o palácio foi finalmente tomado e, às 22h, Trotski anunciou a queda do governo e a transferência do poder para o Comitê Militar Revolucionário. Pouco depois, seria proclamado o Estado dos Sovietes, sob a direção do Conselho de Comissários do Povo, presidido por Vladimir Lênin, que, da Finlândia, foi um dos mentores intelectuais da revolução.
A fuga de Lênin, em julho, deu-se praticamente no momento em que Kerenski chegava à presidência do governo provisório, instituído em março, após a queda do regime czarista. No dia 10, Nicolau II mandou a guarda reprimir uma manifestação de 200 mil grevistas em Petrogrado. Os militares se recusaram a atacar os manifestantes. A Duma também se voltou contra o czar e, sem consultá-lo, tomou para si o Poder Executivo do país. Acuado, Nicolau II abdicou em favor de seu irmão, que, sem condições de restabelecer a ordem, também recusou o trono.
Fonte: JBLOG