Por Felipe Araújo
Mouros são considerados os povos instalados na região da Península Ibérica durante a Idade Média. Os mais conhecidos eram os árabes e os berberes, mas existiam outros. Este termo foi empregado de forma especial no que se refere aos que se encontravam em áreas cristãs por motivo de cativeiro de guerra ou rendição de territórios. No início, os mouros eram aniquilados pelos povos que os conquistavam. Porém, após o século IX, eles passaram a ser poupados, alguns deles para serem utilizados no trabalho escravo, com maior concentração em Portugal.
Já na Espanha, os mouros viviam sob a proteção da monarquia, sendo beneficiados com diversas medidas a seu favor. Desta forma, com o passar dos anos, começa a ser estabelecida uma convivência entre os mouros e os cristãos. Porém, os mouros tinham uma moradia separada do resto da população, que tinha o nome de mouraria. Na época, eles começaram a ser chamados de mudejares e formaram uma parte de grande importância da sociedade espanhola no fim da Idade Média. Os mouros que não aceitaram o batismo foram expulsos tanto da Espanha como de Portugal, os que ficaram, após serem batizados, ganharam o nome de mouriscos.
Apesar de aparentemente terem concordado em seguir o cristianismo, os mouriscos, escondidos, mantiveram muitos de seus hábitos e rituais tradicionais como a comemoração do Ramadã, banhos e a circuncisão. Mas, essas manifestações acabavam sendo percebidas pelos espanhóis. Assim, em 1609, houve uma expulsão massiva dos mouriscos que continuavam com as práticas proibidas.
Assim que os mouriscos foram expulsos do território espanhol, a economia do país demonstrou grande queda. Isso ocorreu, pois, os mouriscos, apesar de divergirem religiosamente dos espanhóis, representavam uma parcela da população com habilidades para o artesanato e eram ótimos agricultores, pois aplicavam técnicas aprendidas com várias gerações anteriores.
Ao sentir o peso da expulsão dos mouriscos em seus bolsos, várias parcelas nobres da Espanha iniciaram um processo para evitar a saída de mais mouriscos. Só que isso não foi suficiente para combater os monarcas, que viam nos mouriscos um perigo à unidade da nação. Para a monarquia, eles eram inadaptáveis ao cristianismo, além de trazerem más influências externas de seu convívio com os estrangeiros.
O êxodo dos mouriscos ocorreu em diversos países, entre eles, Turquia, Tunísia, Argélia, Itália e França. Uma nação em que deixaram vastos traços culturais e influências foi a Espanha. A presença deste povo pode ser observada em diversos setores da sociedade espanhola.
Fontes:
AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. 3a. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-a-ocupacao-moura-da-peninsula-ibericahttp://www.ufrgs.br/gtestudosmedievais/artigos/mouros_e_cristaos.pdf
Mouros são considerados os povos instalados na região da Península Ibérica durante a Idade Média. Os mais conhecidos eram os árabes e os berberes, mas existiam outros. Este termo foi empregado de forma especial no que se refere aos que se encontravam em áreas cristãs por motivo de cativeiro de guerra ou rendição de territórios. No início, os mouros eram aniquilados pelos povos que os conquistavam. Porém, após o século IX, eles passaram a ser poupados, alguns deles para serem utilizados no trabalho escravo, com maior concentração em Portugal.
Já na Espanha, os mouros viviam sob a proteção da monarquia, sendo beneficiados com diversas medidas a seu favor. Desta forma, com o passar dos anos, começa a ser estabelecida uma convivência entre os mouros e os cristãos. Porém, os mouros tinham uma moradia separada do resto da população, que tinha o nome de mouraria. Na época, eles começaram a ser chamados de mudejares e formaram uma parte de grande importância da sociedade espanhola no fim da Idade Média. Os mouros que não aceitaram o batismo foram expulsos tanto da Espanha como de Portugal, os que ficaram, após serem batizados, ganharam o nome de mouriscos.
Apesar de aparentemente terem concordado em seguir o cristianismo, os mouriscos, escondidos, mantiveram muitos de seus hábitos e rituais tradicionais como a comemoração do Ramadã, banhos e a circuncisão. Mas, essas manifestações acabavam sendo percebidas pelos espanhóis. Assim, em 1609, houve uma expulsão massiva dos mouriscos que continuavam com as práticas proibidas.
Assim que os mouriscos foram expulsos do território espanhol, a economia do país demonstrou grande queda. Isso ocorreu, pois, os mouriscos, apesar de divergirem religiosamente dos espanhóis, representavam uma parcela da população com habilidades para o artesanato e eram ótimos agricultores, pois aplicavam técnicas aprendidas com várias gerações anteriores.
Ao sentir o peso da expulsão dos mouriscos em seus bolsos, várias parcelas nobres da Espanha iniciaram um processo para evitar a saída de mais mouriscos. Só que isso não foi suficiente para combater os monarcas, que viam nos mouriscos um perigo à unidade da nação. Para a monarquia, eles eram inadaptáveis ao cristianismo, além de trazerem más influências externas de seu convívio com os estrangeiros.
O êxodo dos mouriscos ocorreu em diversos países, entre eles, Turquia, Tunísia, Argélia, Itália e França. Uma nação em que deixaram vastos traços culturais e influências foi a Espanha. A presença deste povo pode ser observada em diversos setores da sociedade espanhola.
Fontes:
AZEVEDO, Antonio Carlos do Amaral. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos. 3a. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-a-ocupacao-moura-da-peninsula-ibericahttp://www.ufrgs.br/gtestudosmedievais/artigos/mouros_e_cristaos.pdf