26.1.12

Erwin Rommel

Erwin Rommel era um dos integrantes da alta cúpula militar que integrava o exército alemão na Segunda Guerra Mundial. Nascido em Heidenheim an der Brentz, Rommel não tinha nenhum tipo de relação com as elites que tradicionalmente formavam os exércitos alemães. Isso aconteceu graças às mudanças empreendias por Guilherme II, que permitiu que pessoas de outras classes sociais pudessem fazer parte do exército alemão.

A sua carreira iniciou-se já na Primeira Guerra Mundial, quando entrou como cadete nas Forças Alemãs. Nos combates da Primeira Guerra, ascendeu ao posto de tenente obtendo grande destaque nos conflitos ocorridos na Itália, França e Romênia. No entanto, a derrota alemã trouxe um período de pouco prestígio à carreira militar de Rommel. As imposições do Tratado de Versalhes reduziram o contingente militar alemão a poucos postos militares.

Nesse tempo, Rommel produziu um livro onde compartilhava de toda sua experiência bélica. A obra intitulada “Ataques de Infantaria” teve grande sucesso e acabou chamando a atenção do novo líder nazista Adolf Hitler. Nos primeiros anos do regime nazista, Rommel foi designado para treinar os integrantes da “Juventude Hitlerista”. Depois disso, com início da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o militar foi destacado para conduzir o comboio que escoltava as comitivas de Adolf Hitler.

Hitler que já admirava o trabalho do militar, indagou Rommel sobre qual função ele gostaria de ocupar no conflito. Não perdendo tempo, o militar foi remanejado para a 7ª Divisão de Blindados. Mesmo não tendo experiência com esse tipo de equipamento bélico, Rommel logo se destacou no processo de ocupação à França. A velocidade de penetração territorial da divisão blindada de Rommel era tanta que nem os próprios alemães sabiam localizar a sua famosa “Divisão Fantasma”.

As vitórias obtidas na ocupação francesa foram decisivas para que Rommel fosse indicado para auxiliar as tropas italianas na ocupação do continente africano. Na famosa divisão “Afrika Korps” o afamado militar alemão, também ficou conhecido como “Raposa do Deserto” e começou a perceber as imprudências militares de Adolf Hitler. Apesar de ter prestígio junto ao Füher, Rommel não foi atendido quando clamou por novas tropas.

No ano de 1943, Erwin Rommel se afastou dos campos de combate para recuperar-se dos ferimentos de guerra. No ano seguinte, foi mais uma vez convocado por Adolf Hitler para comandar tropas que deveriam evitar o avanço dos Aliados rumo à França. Insatisfeito com as medidas militares descabidas de Adolf Hitler, Rommel resolveu participar de um golpe que pretendia assassinar o líder nazista e remodelar o projeto militar alemão.

O coronel Claus von Stauffenberg foi responsável por executar o atentado contra Adolf Hitler. No entanto, a tentativa acabou não funcionando e a alta cúpula alemã perseguiu cada um dos envolvidos na trama golpista. Em pouco tempo o nome de Rommel apareceu como “novo füher” e, com isso, os líderes nazistas se depararam com uma delicada situação. Como o governo poderia afirmar a coesão política do comando nazista quando um dos seus mais fiéis representantes tenta matar Adolf Hitler?

Para resolver este impasse, Hitler enviou Ernst Maisel e Wihelm Burgdorf à casa de Erwin Rommel. Chegando lá, os dois militares revelaram que ele fora desmascarado e que teria duas opções: ou matar-se envenenado e morrer como um herói alemão ou sofrer uma morte humilhante seguida pela perseguição a todos os seus familiares. Preferindo proteger sua família, Rommel comunicou a situação à sua esposa e saiu de casa trajando a farda nazista.

Pouco tempo depois, sua esposa recebeu uma ligação de um hospital que deu a notícia de sua morte. Nos meios de comunicação da época, deu-se a notícia de que Erwin Rommel não teria resistido aos ferimentos de guerra. Um grande cortejo fúnebre foi organizado em homenagem à “raposa do deserto”, que levava no caixão o segredo de um governo em crise.

Por Rainer Sousa
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