31.10.13

29 de outubro de 1956 – Começa a Guerra do Suez



por: Thiago Jansen


Há exatos 53 anos, Israel, com o apóio do Reino Unido e da França, invadia o Canal de Suez, um estratégico porto egípcio no Mar Mediterrâneo que permite às embarcações da região navegarem da Europa à Ásia sem precisarem contornar o continente africano. O motivo da invasão foi a nacionalização do canal e o fechamento do porto de Eilat, no golfo de Ácaba, pelo então presidente egípcio Gamal Abdel Nasser. Essa atitude prejudicou os projetos judeus de irrigação do deserto de Neguev e cortou o único contato de Israel com o Mar Vermelho. Era o início do conflito entre Israel e Egito que ficou conhecido como Guerra do Suez.

Pouco antes de anunciar que suas forças estavam a somente 30 quilômetros do extremo-meridional do canal, Israel emitiu um comunicado oficial informando que havia estabelecido posições à oeste do importante entroncamento rodoviário de Nekhi, que se encontrava a 112 quilômetros a leste do Canal de Suez. Um alto funcionário israelense afirmou que a invasão não se tratava de uma operação de represália, nem de um a guerra.

– É uma operação demasiada grande para que seja chamada de represália. É demasiada pequena para que seja qualificada de guerra. Não há aviação de bombardeiro nem artilharia – disse o funcionário, que ainda afirmou que, dependendo das circunstâncias, Israel poderia continuar mantendo ocupado o deserto de Sinai.

O comunicado também informava que as forças terrestres judaicas partiram da fronteira, de um ponto próximo ao povoado egípcio de El Kuntilha, e avançaram através de colinas abruptas que margeiam o platô de El Tih, atacando no caminho as bases dos “Fedayeen”, como eram conhecidos os comandos suicidas egípcios.

A invasão do território egípcio por forças israelenses precipitou uma intensa atividade diplomática nas Nações Unidas, já que a Jordânia anunciou que levaria a questão ao Conselho de Segurança da ONU. Até então o Egito também já havia solicitado ao conselho sanções econômicas e diplomáticas contra Israel pela invasão de seu território.

Em sete de novembro de 1956, a Assembléia Geral das Nações Unidas tomaria a resolução que exigiu a imediata retirada dos exércitos inglês, francês e israelense da região. Os Estados Unidos e a União Soviética também contribuíram para o fim do conflito, pressionando os três países para que retirasse suas tropas do Egito. Ao final da guerra, o Egito manteve seu direito sobre o canal. Entretanto, as tensões entre Israel e árabes persistiriam, ocasionando novos embates no decorrer da história.



Fonte: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=16830