O Hezbollah (que significa Partido de Deus) foi criado com a união de grupos islâmicos xiitas depois que Israel invadiu o Líbano, em 1982.
O grupo, que nasceu sob a influência ideológica do aiatolá iraniano Ruhollah Khomeini, começou com ações guerrilheiras, mas é apontado como terrorista por EUA e Israel.
Com o fim da Guerra do Líbano, o Hezbollah permaneceu como uma milícia armada no Sul do país. A organização é reconhecida nos mundos árabe e muçulmano como um movimento legítimo de resistência.
Com suposto financiamento da Síria e do Irã, o grupo radical é acusado de estar por trás da morte de mais de 300 americanos, sendo que a ação mais célebre desse grupo pode ter sido o ataque à embaixada americana de Beirute, em 1983, que resultou na morte de 241 fuzileiros navais dos Estados Unidos O grupo foi sedimentando suas raízes políticas dentro de uma sociedade libanesa carente de serviços sociais e assistência aos mais necessitados. Assim sendo, o Hezbollah, com suporte de seus aliados fora do Líbano – como o Irã e a Síria, por exemplo – conseguiu angariar recursos em quantidade suficiente para estabelecer uma vasta rede de serviços sociais. Estes serviços incluem escolas, hospitais e até mesmo uma influente rede de TV.
Desde 1992, o Hezbollah também é um partido político. As conseqüências políticas das ações sociais e de resistência foram se consolidando no tempo para o grupo. Um dado que atesta os benefícios dessa ação cruzada para o grupo é visto no aumento do número de cadeiras pertencentes a eles no parlamento libanês. Nas eleições de 2005, a coligação do grupo com o partido Amal obteve 23 cadeiras no Parlamento. Apesar da participação parlamentar, o grupo continua tendo uma milícia.
Em 2004, o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) adotou uma resolução que exigiu o desarmamento do conjunto das forças não-governamentais no Líbano, ou seja, o Hezbollah. Mas o grupo recusou, até agora, qualquer desarmamento, alegando que o Exército libanês não pode assegurar o seu trabalho no sul do país.
Fonte: O Globo