Durante a Primeira Guerra Mundial, pouco mais de dois meses após ser julgada por um conselho de guerra - acusada de espionagem em favor dos alemães - e ser condenada à morte, a dançarina Mata Hari, 41 anos, foi fuzilada na cidade de Vincennes, na França. Mata Hari não quis ter os olhos vendados para a execução. Ninguém reclamou o corpo que enfeitiçou Paris com sua dança sensual e ele acabou doado para aulas de anatomia dos estudantes de medicina.
Muito se escreveu sobre a vida polêmica e controversa de Margaretha Gertruida Zelle. Da mesma forma que houve quem tentou amenizar sua culpa, teve quem buscou provas de sua traição. Fato é que protagonizando uma história cercada de dúvidas, a exótica personagem que construiu - de uma dançarina falsamente indiana, assumiu sua personalidade e transformou a espiã numa lenda.
Nascida em 7 de agosto de 1876, na Holanda, Margaretha teve uma infância difícil. Assistiu a franca falência econômica de seu pai e perdeu precocemente sua mãe. Há que considere estes episódios argumentos para o destino que escolheu. Dona de espírito aventureiro, a dançarina começou a se apresentar na capital francesa em 1905 e, em 1914, foi para a Alemanha, onde se tornou amiga de políticos e militares, para os quais trabalharia como espiã. De volta a Paris, o governo francês pediu-lhe que fizesse um trabalho de contra-espionagem. Porém, antes de a missão começar, seu contato em Bruxelas foi assassinado, o que levou a França a prendê-la e acusá-la.
No início dos anos 30, Greta Garbo interpretou Mata Hari, no filme que leva seu nome e recorda seus últimos dias de vida.
Fonte: Jblog