O Nobel da Paz de 1979 foi concedido à Madre Teresa de Calcutá, na época com 69 anos, uma freira católica que trabalhou durante mais de 40 anos entre os pobres, crianças, leprosos e moribundos das favelas indianas.
Ao justificar a concessão do prêmio, a Comissão Nobel do Parlamento norueguês afirmou que Madre Teresa renunciou totalmente ao mundo para devotar sua vida à caridade entre os “mais pobres dos pobres da Índia, que receberam das suas mãos a compaixão fundamentada na reverência ao ser humano.”
Havia 56 concorrentes ao prêmio daquele ano, entre os quais estava o presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, por seus esforços para se chegar à paz no Oriente Médio, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e o Estadista finlandês Urho Kekkonen.
Ao saber que fora homenageada com o prêmio, Madre Teresa reuniu um grupo de freiras e voluntários em Calcutá para anunciar a notícia. Após longos minutos de orações, ela disse: “Agradeço a Deus. Acredito que, ao me darem o prêmio, reconheceram a presença do pobre no mundo, que ele é nosso irmão e nossa irmã. Se aprofundarmos nosso amor pelo próximo, haverá paz no mundo”. Quando perguntada sobre o investimento que faria com os 191 mil dólares do prêmio, ela disse: “Construirei casas para os leprosos”.
Nascida em 1910 na Albânia, Madre Teresa fundou, em 1950, as Irmãs Missionárias da Caridade, para trabalhar pelos abandonados e agonizantes. A ordem espalhou-se da Índia para o exterior. Dois saris brancos, um suéter de lã, uma sombrinha, um par de sandálias e uma bacia. Era todo o seu patrimônio. O estilo de vida da Ordem fundada por ela era de estrita austeridade pessoal. Em 1997, aos 87 anos de idade, morreu de um ataque cardíaco, na sede da Ordem, na Índia. Em 2003, a freira foi santificada pelo Papa João Paulo II.
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