Texto extraído da revista Odisséia Digital 2,
exemplar integrante da revista Superinteressante.
Direitos autorais: Max Gehringer e Jack London. >>>
Publicado pela Editora Abril.
Acesso – O conjunto de formalidades necessárias para alguém ingressar na web. Pelo lado técnico, é preciso ter um modem e um programa de discagem e pelo lado financeiro, uma conta aberta num provedor. Antes de ganhar o sinônimo atual de entrada, a palavra latina accessus significava manifestação de uma doença e é por isso que muita gente ainda fala em acesso de tosse.
Ada - Linguagem de programação avançada desenvolvida no final dos anos 70, para uso do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Desde 1986, é utilizada para aplicativos com objetivos militares. O nome Ada é uma homenagem à inglesa Ada Byron, condessa de Lovelace. Ela foi a primeira pessoa a escrever um programa de computador, em 1833. O pai de Ada foi o famoso poeta inglês Lord Byron, pândego, glutão e beberão que legou à humanidade jóias do tipo "Comer, beber e amar... Que importância tem o resto?" Como é que com um pai exemplar desses, Ada se interessou por computadores é um mistério secular...
Ajuda - Ver Help
Alias - Em inglês, significa outro nome. Se o usuário John quer ser conhecido como Margareth, diz-se John alias Margareth. A pronúncia é a mesma usada para falar o nome Elias se o acento caísse no E. Já em português, aliás tem um sentido diferente: é a retificação de uma informação errada: a República foi proclamada em 15 de setembro, aliás, novembro. Embora discrepantes, as versões portuguesa e inglesa estão ambas corretas, já que alium, em latim, significa outra coisa.
Alt – Tecla auxiliar. Alt é a abreviação de alternate, mudar. Sozinha, ela não desempenha nenhuma função, só funciona quando apertada simultaneamente com outra tecla. No Macintosh a tecla Alt tem o nome de Option.
Altair – O primeiro microcomputador a ser vendido para o consumidor. Desenvolvido em 1975 pelo Massachusetts Institute of Technology and Systems, o Altair custava 395 dólares e tinha uma minúscula memória de 256 bytes. Seu chip era da Intel e seu sistema operacional, no padrão Basic foi de autoria de Bill Gates então com 18 anos de idade e já proprietário, junto com seu sócio Paul Allen, de uma microempresa chamada Micro-Soft.
Ampulheta – Aquele objeto que aparece na tela para nos tranqüilizar quanto ao fato de que, ao contrário do que imaginamos e tememos, o sistema está em operação (no Mac é um reloginho). Ampulheta vem do latim ampula, pequeno tubo do qual se originou também a ampola de injeção. É interessante que a computação tenha escolhido a ampulheta como um símbolo, porque ela é um dos mais antigos sistemas para marcar o tempo de que se tem notícia, já conhecida há 1700 anos.
Analógico – O que não é digital. A palavra grega analogos significa comparação.
Apache – O mais conhecido dos servidores da Internet. É responsável pela hospedagem de mais de 50% dos sites existentes no mundo inteiro. O Apache é de domínio público e foi desenvolvido em 1995. O nome Apache não tem nada a ver com os índios do Velho Oeste americano, é apenas um trocadilho. Quando o servidor foi desenvolvido, seus programadores partiram de um código existente, o NCSA, ao qual acrescentaram vários remendos – em inglês, patches. Daí, o servidor ficou remendado – patchy – e a similaridade fonética o transformou em Apache. V. Servidor.
Aplicativo – Imagine que alguém queira ter um carro, mas para isso terá que montá-lo em sua própria casa. Lá nos primórdios, a informática funcionava assim: cada programa era construído para um cliente específico e desenvolvido por um profissional especializado em informática. Já os aplicativos são a mesma coisa que um carro pronto: O usuário vê, gosta, compra, sai pilotando e não precisa saber como ele foi construído. São softwares como o Word, o McWrite, o Excel, o McPaint, o Explorer, ou o Netscape.
Apple – A marca do segundo microcomputador a entrar no mercado, o primeiro foi o Altair, mas foi a Apple quem transformou o computador num eletrodoméstico. Construído numa garagem pela duplaSteve Jobs e Stephen Wosniak, o primeiro micro da Apple fez sua estréia nas prateleiras em 1976. V. Altair.
Arpanet – Rede da qual brotou a Internet. Projetada a partir do final da década de 50, era parte de um projeto de contra-espionagem da Agência para Desenvolvimento de Projetos Avançados (Advanced Research Project Agency, donde vem a sigla ARPA), do Ministério da Defesa dos Estados Unidos. A idéia era conectar grandes computadores de universidades e centros de pesquisa científica em vários pontos do país, algo que nem passava pela cabeça dos construtores dos primeiros computadores. A primeira conexão bem sucedida ocorreu em 1969, quando o computador da Universidade da Califórnia, na costa oeste americana, recebeu do computador da Universidade Stanford, na costa leste, uma mensagem com duas letras: um L e um O. E aí o sistema travou.
Arquivo- Do grego arkheia, documentos do governo. V. File.
Arroba – O símbolo gráfico @. Em inglês é a abreviação de at, uma preposição que indica lugar. Um endereço como jim@school quer dizer que Jim pode ser encontrado na escola. Mas, como a arroba foi parar na web? Em 1972, ao estabelecer os padrões para o que viria a ser o correio eletrônico, o engenheiro Ray Tomlinson procurou no teclado de sua máquina de datilografia um símbolo para separar o nome e o endereço de um usuário. E encontrou o @, já meio em desuso, utilizado apenas pelos contabilistas. O símbolo @ existe desde os tempos do Império Romano, quando representava a palavra latina ad, da qual derivou a inglesa at. No Brasil, houve também a apropriação do pouco usado @ para representar uma medida de peso, a arroba, que eqüivale a 15 quilos. A nossa palavra foi importada da Espanha e vem de um termo árabe para peso ar-rubá.
Atalho – Um ícone que pode ser colocado na tela inicial do micro, para facilitar o acesso a um programa ou arquivo. Assim, em vez de procurá-lo em diretórios e pastas, basta clicar duas vezes em seu ícone para abri-lo. Os atalhos não precisam ter o mesmo nome do arquivo, pode-se dar a ele qualquer apelido e associá-lo ao arquivo em questão. Em inglês, shortcut (cortar caminho).
Attach – Anexar. Muita gente escreve atachar para se referir a um documento que está sendo anexado a outro, e isso soa como um atentado à língua portuguesa, porque temos o verbo anexar para esta finalidade. O engraçado é que em inglês também existe a palavra annex, a qual, da mesma forma que a nossa, veio do latim annexus, colocar junto. Mas o pessoal da informática resolveu emprestar attach do francês attacher.
B2B – Comércio Business to Business ou uma empresa que vende para outra empresa pela Internet. Há também o B2C, Business to Consumer, a empresa que vende diretamente para o consumidor. O 2 da sigla é uma brincadeira fonética com a preposição inglesa to, para, que é pronunciada quase igual a two, dois. Como B2B é uma sigla fácil de memorizar, a partir dela uma enxurrada de outras siglas surgiu na Web, como B4U, Business For You.
Backbone – Os fios e cabos que conduzem os dados dentro de um micro e para seus periféricos. Backbone (o osso de trás) é a espinha dorsal de um sistema.
Backup – Cópia de segurança. O idioma inglês está cheio dessas palavras que são a mistura de outras duas e resultam numa terceira com um sentido totalmente diferente. Uma delas é backup. Quando juntas, back, para trás e up, para cima, formam uma nova palavra, que tem várias traduções: engatar a ré, apoiar, recuar, ajudar e até cantar (backup vocal, aquele corinho de fundo). Em informática, significa salvar uma cópia do trabalho, coisa que quase ninguém faz, e quando lembra de fazer, a energia sempre acaba um segundo antes.
Banco de Dados - V. Database
Banda Larga – Serviço de acesso à web, em altíssima velocidade. É mais ou menos como substituir um cano que transporta água por uma adutora: num mesmo intervalo de tempo, muito mais dados vão passar de um sistema para o outro. As TVs a cabo funcionam com banda larga, a broadband, o que permite que elas transmitam a programação de vários canais ao mesmo tempo. A TV normal funciona com banda básica, a baseband, que só pode transmitir um canal por vez. A palavra larga se originou do latim larga, abundante e o inglês band se originou do francês bande, faixa ou cinta.
Banner – Espaço em um site para a propaganda. A palavra veio do francês bannière, bandeira. O preço que se paga por um banner varia, pelo mesmo motivo que varia o preço de um outdoor à beira de uma estrada: depende de quantas pessoas passam por ali diariamente. Os grandes portais têm uma tabela de preços para anúncios, que pode servir de base para qualquer site. No Brasil, um banner custa, por mês o equivalente a 20 dólares por 1000 acessos diários. Anunciar num portal ou site que tenha 1 milhão de acessos diários, custa 20.000 dólares por mês. V. pop up.
Bill Gates - William Henry Gates III, é famoso por ter fundado junto com Paul Allen a Microsoft, a maior e mais conhecida empresa de software do mundo. Segundo a revista Forbes, é atualmente o homem mais rico do mundo. Nascido em 28 de outubro de 1955 numa família de posses - seu pai era advogado de grandes empresas e sua mãe pertenceu a diretoria de vários bancos - Gates frequentou as melhores escolas particulares de Seattle, sua cidade natal. Foi admitido na prestigiosa Universidade de Harvard, mas abandonou a faculdade de matemática antes de obter seu diploma. Em Harvard ele desenvolveu junto com Paul Allen um interpretador da linguagem BASIC para um dos primeiros computadores pessoais a ser lançado nos EUA - o Altair 8800. Após um modesto sucesso na comercialização deste produto, Gates e
Allen fundaram a Microsoft, uma das primeiras empresas no mundo focada exclusivamente no mercado de programas para computadores pessoais ou PCs. Gates adquiriu ao longo dos anos uma fama de visionário (apostou no mercado de software na época em que o
hardware era considerado muito mais valioso) e de negociador agressivo, chegando muitas vezes a ser acusado por concorrentes da Microsoft de utilizar práticas comerciais desleais. Junto com sua mulher, Melinda, Gates fundou uma organização filantrópica que tem por principais objetivos promover a pesquisa sobre a AIDS e outras doenças que atigem os países do terceiro mundo. Em junho de 1999, Gates doou a quantia de US$ 5 bilhões para a fundação, até então a maior soma já doada por uma pessoa em vida. No ano 2000, Gates promoveu Steve Ballmer, seu amigo de longa data, ao posto de presidente da Microsoft e publicamente passou a ter uma participação menos ativa nos processos decisórios da empresa.
Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org)
Bit – A menor medida de informação em um sistema de computação. É um semi-acrônimo para Binary Digit, dígito binário, expresso convencionalmente como 0 ou 1 (zero, a energia é bloqueada – um, a energia é transferida). Quando se lê que um micro é 32-bits, isso significa que ele consegue processar 32 unidades de informação ao mesmo tempo e portanto, é mais rápido que um 16-bits. Oito bits compõe 1 byte, uma unidade completa de informação. Os bits são geralmente usados como uma medida de velocidade na transmissão de dados (um modem 14400 transmite 14400 bits por segundo), enquanto os bytes são associados à capacidade de armazenamento de dados (um disco rígido com memória de 20 gigabytes). V. Byte.
Bookmark – Marcador de página. No mundo analógico, é aquela tira de cartolina que enfiamos no meio do livro para saber em que página paramos a leitura. No mundo virtual, é a coleção de sites preferidos pelo usuário (também chamados de Favoritos), que ele deixa marcados num canto da tela, para poder acessá-los mais rapidamente na próxima vez.
Boot – Iniciar. Em inglês é bota e o termo boot é uma espécie de brincadeira com uma expressão – pull up by the bootstraps – que equivale ao nosso dar uma força. Se o micro não está conseguindo auto-iniciar, ele nos manda uma mensagem pedindo uma forcinha. Aí, para ajudá-lo, bota nele, damos um boot.
bps – Bits por segundo. É a medida mais usual para medir a capacidade de um modem. Um modem 28800, por exemplo, consegue transferir 28800 bits por segundo.
Browser – Programa para abrir e exibir as páginas da web. Os mais populares são o Explorer da Microsoft e o Navigator da Netscape. A palavra vem do antigo francês broster, fazer a colheita, que é exatamente o que tentamos fazer na web: encontrar os sites que julgamos mais apetitosos.
Bug – Inseto ou besouro. É o apelido que se dá a uma falha no sistema, quase sempre como conseqüência de um erro de programação. O apelido vem de uma simpática mariposa, que em 1945 resolveu das as suas revoadas dentro de um computador Mark II, na Universidade Harvard e travou todo o sistema. Ao reportar o incidente, o mecânico escreveu no relatório para sua chefe Grace Hopper: "Havia um bug no sistema".
Busca – V. Search.
Byte – Embora os termos bit (uma unidade de informação) e byte (um conjunto de 8 bits) dêem a impressao de ter nascido no mesmo dia, o bit é 7 anos mais velho que o byte. Foi a IBM quem inventou o nome byte, em 1956, mas não há registros sobre o inventor, nem sobre sua inspiracao. Há quem diga que byte significa binary term e há quem diga que ele é uma brincadeira com as palavras bit (pedacinho) e bite (morder).
Cache – Lugarzinho na memória em que o sistema guarda os endereços dos sites que visitamos, sem a gente pedir. Não é à toa que a palavra vem do francês cacher, esconder. A coisa funciona mais ou menos como aquela agenda na qual anotamos endereços e telefones: na hora em que o browser procura algum endereço já armazenado, o acesso ao site fica bem mais rápido. Mas, de vez em quando, é bom fazer uma faxina, porque a quantidade de lixo acumulada pode começar a consumir memória demais. A pronúncia é quéch, igual à da palavra cash.
Case Sensitive – É com letra maiúscula ou com letra minúscula? Se um endereço for case sensitive, o sistema não entende da mesma forma quando digitamos max.g ou Max.G. Temos que acertar na mosca. O Windows não é sensitivo, portanto ele não nos cria problemas se digitamos em maiúsculas ou minúsculas.
CC – Com cópia para alguém. É a abreviatura de Carbon Copy, uma herança dos tempos da máquina de datilografia, quando se fazia cópias usando papel carbono.
CD – Compact Disc. Foi a invenção que apresentou o som digital ao público consumidor. Desenvolvido conjuntamente pela Sony japonesa e pela Philips holandesa, chegou ao mercado no início da década de 80. Como o CD é gravado digitalmente (ou seja, sons são transformados em bits e bytes, enquanto nos discos de vinil o som era registrado mecanicamente), sua duração está sujeita à capacidade de bytes que ele pode armazenar. Ao definir o tamanho do disquinho (que poderia ser qualquer um), os japoneses usaram como base a Nona Sinfonia, para orquestra e coral, composta em 1824 por Ludwig von Beethoven, que dura exatamente 72 minutos. Isso determinou
o tamanho padrão, 12 cm de diâmetro, numa homenagem digital ao eterno (e analógico) Ludwig.
CD-ROM – O disquinho de mil e uma utilidades. A sigla é de Compact Disc Read Only Memory. Esse ROM, Memória Somente para Leitura, significava que o micro estava capacitado apenas a reproduzir o conteúdo do CD, o que já não é mais verdade: os CD-Rs (de Recordable, gravável) e os CD-RWs (de Rewritable, regravável) tornaram o termo ROM uma contradição, embora o nome tenha sido mantido. Um CD-ROM tem uma capacidade de armazenagem equivalente à de 700 disquetes comuns e nele é possível gravar qualquer coisa que possa ser transformada em bytes, como sons, textos e figuras.
Chat – Bate-papo. Numa sala virtual de chat, os usuários, em tempo real, podem botar seus assuntos em dia, sem compromisso – e na maioria dos casos anonimamente – digitando suas mensagens. A linguagem dos chats originou abreviações para agilizar a conversa, como PQ (por que), VC (você), KD (cadê), o que torna incompreensíveis para os leigos frases como KD VC? A palavra chat é uma abreviação do inglês chatter, algo como jogar conversa fora.
Chip – Microprocessador. É uma pecinha plana, de pouco mais de 1 centímetro quadrado, feito de um metal semicondutor de eletricidade – normalmente o silício – sobre o qual são implantadas algumas dezenas de milhões de minúsculos transistores. O tamanho do chip tem variado pouco, mas os transistores vêm diminuindo com o passar do tempo, e é por isso que os computadores vão se tornando cada vez mais poderosos. Os chips são depois montados numa placa maior – chamada de circuito impresso – que é aquele caminho-de-rato que a gente vê quando abre a CPU. Chip, em inglês, significa fatia ou pedaço, donde vem as populares batatinhas chips.
Ciberespaço – V. Cyberspace.
Cibernética – Uma ciência com inúmeras ramificações, sendo uma delas a computação. Originalmente, há meio século, a cibernética era só o estudo dos meios biológicos de controle e comunicação, ou, em português, como a natureza fazia as suas artes sem desestabilizar o mundo. Daí a ciência se alastrou para os controles artificiais, a mãozinha do ser humano para a natureza funcionar melhor – e depois para uma infinidade de campos. Em computação a cibernética trata da comunicação entre sistemas e de seus
mecanismos reguladores. A palavra, inventada em 1948 pelo matemáticoNorbert Wiener, no livro Cybernetics, vem do grego kubernetes, título do marinheiro encarregado de manobrar o timão do navio. Mas, espremendo toda essa historia, o que fica mesmo é a meia palavra Cyber, que sozinha não quer dizer nada, mas se transformou em um prefixo e deu origem a vários termos familiares, como cyberspace e Cyborg, o homem de 6 milhões de dólares.
Clique – Clicar, embora não pareça, existe em português, é imitar aquele som de tlóc ao estalar a língua contra o céu da boca. Mas o sentido de apertar o botão do mouse, vem do inglês click, emprestado do francês clique, o barulhinho feito pelo mecanismo do relógio, o popular tic tac.
Compressão – Armazenamento de dados em espaços mais reduzidos. Isso se consegue comprimindo os dados, de modo que a mesma informação use menos bits para ser guardada, sem perder suas características. Como se faz isso? Evitando repetições desnecessárias. Por exemplo, numa imagem há zilhões de microscópicos pontos, os pixels, com cores exatamente iguais e cada pixel necessita de muitos bits para ser armazenado. O sistema de compressão registra as características do primeiro pixel e transforma todos os outros iguais a ele em uma simples fórmula matemática, que precisa de muito menos bits. É como escrever uma longa frase de 500 letras e em vez de repeti-la várias vezes, transformá-la em apenas quatro letras: idem. Compressão vem do latim premere, apertar.
Computador – Até 1945, "computadora" era qualquer maquina simples capaz de fazer as quatro operações aritméticas. Isso porque o verbo original francês – computer – significava somar. Mesmo os primeiros computadores, por assim dizer modernos, eram chamados de cérebros eletrônicos, porque a palavra computação era modesta demais para exprimir as maravilhas que eles eram capazes de fazer. Foi só a partir da metade do século 20 que o nome computador pegou de vez e isso provavelmente se deve à fama mundial do Eniac, considerado o primeiro computador. Para divulgá-lo, a imprensa usou a palavra mais fácil para o leitor memorizar e que ocupava menos espaço, computer, deixando de lado a que talvez o definisse melhor, integrador. Já os franceses não gostaram de nenhum dos dois nomes, eles chamam o computador de ordenador. V. Eniac.
Configuração – Ajuste, quando feito pelo próprio usuário. Pode-se configurar uma tela e dar a ela mais ou menos definição; ou configurar um micro, para que ele possa alimentar adequadamente uma impressora. No caso do sistema, ele já vem pré-configurado pelo fabricante, mas muita coisa pode ser alterada, quase sempre através da opção Ferramentas. Em latim, fingere, a raiz de configurar significa amoldar.
Conteúdo – Tudo que um site pode oferecer ao usuário em termos de informação ou diversão. Há dezenas de milhões de sites na internet. O que levaria um usuário a acessar um deles por diversas vezes? A resposta, qualquer que seja, é o conteúdo.
Control – A tecla Ctrl. Não controla nada, apenas auxilia. Mais ou menos como a tecla Shift (Fixa), que é usada quando queremos digitar uma letra maiúscula. Cada programa define funções específicas para a tecla Ctrl (que num micro da Apple, tem a figura de uma maçãzinha). Curiosamente, control e controle vêm do latim contra, com o sentido que conhecemos, o da discordância. Controlar quase sempre significa impedir alguém de fazer o que gostaria.
Cookie – Aceita um biscoitinho? Alguns sites, quando acessados, plantam na memória do micro
um arquivo com a terminação cookie. A partir daí, aquele site pode rastrear as futuras visitas do usuário, mais ou menos como um grampinho telefônico. Mas nem o usuário nem o micro correm risco de vida por causa disso. Cookie é um tipo de biscoito doce (vem do holandês koekje, diminutivo de bolo) e é oferecido às visitas como sinal de boas-vindas. Essa é exatamente a intenção do site...
Copyright – Direito autoral – Quando o símbolo © aparece, o produto ou serviço está protegido por alguma lei de patentes, o que na prática significa que os infratores ou aproveitadores serão processados. Mas isso todo mundo já sabe. O que muita gente não sabe é como fazer esse símbolo, o © e outros que não estão no teclado (como o ® ou o §) aparecer num documento sem precisar procurá-lo em outros tipos de fontes. No Word, eles surgem quando usamos as teclas numéricas (as que ficam do lado direito do teclado) combinadas com a tecla Alt. Ao pressionar o Alt e digitar 0169 no teclado numérico, o © aparece. Muitos símbolos, inclusive o ©, estão na opção "Inserir – Símbolo" no Menu do Word.
CPU – Unidade Central de Processamento (Central Processing Unit). A parte mais importante e cara de um computador. Os primeiros computadores eram maiores que um trator exatamente por causa da CPU, cheio de válvulas enormes. Com a invenção dos microprocessadores, os chips, as CPUs diminuíram tanto de tamanho que acabaram ficando menores que um monitor. Uma CPU tem duas partes: A unidade de controle que decodifica as instruções e executa as tarefas e a unidade de aritmética lógica que faz as contas necessárias.
Crash – Pifou! No meio do nada, o micro apaga, ou trava, deixando de responder aos comandos. Pode ser uma falência total no sistema operacional, ou um bug de proporções transatlânticas. Mas, no meio da desgraça, sempre surge uma boa notícia. E nesse caso, é que o usuário pode até ficar angustiado, mas não precisa se sentir culpado, não há como ele provocar um crash, é puro azar mesmo. Crash é uma onomatopéia derivada de crush, esmagar.
Criptografia – Escrita codificada. Um dos maiores temores do freguês do comércio eletrônico é informar o número de seu cartão de crédito, porque sabe-se lá quem pode descobri-lo e usá-lo de maneira perversa. Aí o site tranquiliza o usuário ao informá-la de que todos os dados confidenciais serão encrypted, isto é, transcritos em uma linguagem que nenhum sapo de fora vai entender. Kruptos é grego e significa esconder.
Ctrl Alt Del – Apertadas juntas, essas três teclas reiniciam um micro IBM ou compatível. Quando todas as outras tentativas de consertar algum estrago falharem, essa ainda é uma opção mais recomendável do que desligar o micro.
Cursor – Num processador de texto, é aquela barrinha na vertical que fica piscando na tela. Ela indica onde a próxima ação irá acontecer. No caso do mouse, é um símbolo (um l mais crescidinho ou uma setinha) que fica viajando pela tela. Cursor vem do latim cursus e originalmente se referia ao mensageiro que ia correndo entregar recados urgentes.
Cyberspace – O território não físico por onde os dados são transportados de um sistema para outro. É um espaço virtual pelo qual circulam coisas concretas, como os e-mails, mas que não pode ser percebido pelos cinco sentidos humanos.
Database – Banco de dados. É uma compilação de informações sobre algum assunto, organizadas de uma maneira a que o sistema possa pinçar rapidamente uma delas. Pode ser por exemplo, o livro de receitas da vovó, um catálogo telefônico ou todas as vendas que uma empresa fez no ano passado, dia a dia, cliente por cliente, produto por produto, incluindo preços, condições de pagamento, e horário da entrega. E é aí que mora o perigo: como o tamanho da memória dos computadores aumenta a cada dia, cresce também a tentação de criar um database monstruoso, porque ele dá aquela sensação de controle absoluto sobre a situação. Diz-se que nas corporações, a atual geração de dirigentes aprendeu a acumular dados. E delegou para a próxima geração o problema de decidir o que fazer com eles...
Default – Quando fazemos uma instalação por default, parece que estamos tomando uma decisão, mas na verdade estamos sendo omissos. Ao instalar um novo programa, o sistema abre um quadrinho em que indica um arquivo e nos pergunta se temos uma sugestão melhor. Se nos omitimos, então a instalação é feita onde o sistema havia sugerido. A palavra default é francesa e significa falta.
Delete – Apagar. A palavra deletar não existe em português, mas há um traço dela em nosso indelével, ou impossível de remover. Tanto delete quanto indelével vêm do latim deletus, remover.
Demo – Abreviatura de demonstração. No cinema, isso se chama trailer. São os melhores momentos de um software, ou de um filme, recortados e montados, para criar no usuário e no espectador a vontade de ver mais.
Desktop – O nosso micro, ou a tela inicial do nosso micro. Livremente traduzido, o termo inglês significa em cima da mesa. Se olhássemos a nossa mesa do alto, como se estivéssemos grudados no teto da sala, veríamos papéis e pastas, arranjados em alguma ordem. A tela inicial é a reprodução dessa imagem: como em nossa mesa, podemos mover as pastas de um lado para outro, empilhá-las, colocar mais pastas ou simplesmente jogá-las no lixo.
Dial up – O programinha que faz um micro discar um número de telefone e conseguir a conexão com o provedor. O termo dial é uma herança dos telefones antigos: o dial era aquele disco em que as pessoas tinham que enfiar o dedo no buraco e girar no sentido horário (no Brasil era discar). Mas um dial pode ter também qualquer outra forma, desde que tenha um mostrador com graduações. Os antigos locutores de rádio diziam: "PRZ 560, bem no cantinho do seu dial". O pai de todos os dials foi o relógio de sol, há 2000 anos. A palavra dial vem do nome que os gregos davam a esse relógio solar: dies, dia.
Digital – Uma tradução em dígitos do mundo analógico (que é como os nossos sentidos percebem o mundo). Quando ouvimos música em um CD, ela nos parece analógica, porque captamos suas variações pelo nosso sentido da audição. Mas no CD não há música, apenas uma enorme quantidade de zeros e uns (0 e 1), os bits. Na verdade, nós não ouvimos um som digital. O que ouvimos é uma transcrição analógica dos códigos digitais, executada por nossa mente. Digital vem do grego digitus, dedo, herança da mais primitiva das formas de contar, usando os dedos das mãos. A palavra ganhou sua conotação futurista depois que os dígitos – números e letras – foram transformados em bytes de computador.
Diretório – Maneira como os arquivos de programas são organizados. Quando a gente vê uma linha como C:\Arquivos de Programas\Fotos\Casamento\Lua-de-Mel, o C:\ é como se fosse o quarto onde guardamos tudo o que não temos coragem de jogar fora. O Arquivo de Programas seria o armário onde estão nossos livros e documentos, ou o diretório principal. O Fotos seria a gaveta onde conservamos nossos álbuns, ou subdiretório. O Casamento seria o álbum com as fotos do evento e o Lua-de-Mel, as páginas específicas desse álbum, onde estão aquelas fotos de Cancún. O francês directoire – que originou directory e diretório – era uma lista de endereços, e o termo veio do latim directorium, no sentido de orientação. É por isso que os espanhóis até hoje chamam endereço de dirección.
DNS– Sigla de Domain Name Service. É o tradutor de nomes para números na Internet. Ao acessarmos um site, nós digitamos o nome dele (www-qualquer-coisa.com), porque palavras são muito mais fáceis de memorizar do que números. Esse nome é o DN, ou Domain Name, ou Nome do Proprietário do site. Só que as conexões via Internet não são baseadas em nome, mas em números, os IPs, Internet Protocol, que funcionam da mesma maneira que um imenso catálogo telefônico: cada site tem seu próprio número. Aí, o Serviço de DN, ou DNS, transforma o endereço no número do site. É por isso que escrevemos o www-qualquer-coisa.com lá no alto da página e no pé dela aparece a mensagem "Conectando-se ao site 20580324126".
Download – Baixar um arquivo ou documento de outro computador. Load em inglês é carga e down, para baixo, portanto, descarregar. A palavra que a gente nunca usa no Brasil, mas que também existe, é upload, carregar. É quando fazemos o caminho inverso, ao enviarmos um arquivo ou um documento para alguém descarregar do outro lado.
DVD – Sigla de Digital Video Disc. É a utilização do CD, que era apenas sonoro, para a reprodução de imagens digitalizadas. Em um DVD cabem 4,7 gigabytes (quase 5 bilhões de bytes), suficientes para reproduzir um filme de 120 minutos.
E-mail – Correio eletrônico ou electronic mail. A palavra inglesa mail vem do francês malle, mala, donde também veio o nosso malote. O número anual de mensagens enviadas por e-mail caminha para os 20 bilhões. Um usuário médio manda três mensagens por dia.
Emoticon – Imagens emocionais. Tradução da junção de emotion com icon. Na correspondência eletrônica, essas emoções são expressas em forma gráfica, quando são usados sinais e letras em vez de palavras e frases. O mais conhecido de todos os emoticons é o sorriso :) , que substitui a expressão escrita Hehehe ou He, he, he... Eles pegaram porque são visualmente atrativos ou porque são mais rápidos de digitar. Alguns emoticons até que são bem criativos:
\o/ = Viva!
(_)] = Um chope pra você!
Enquanto outros só são entendidos pelos que têm Ph.D. em emoticon:
{} = Abraço
:* = Beijo
@}- = Rosa
Ah, e como não podia deixar de ser, emotion veio do latim emovere, mover; transformou-se depois no antigo francês émouvoir, demonstrar sentimentos e posteriormente no francês moderno emotion. E icon, ou ícone, é grego: eikon era qualquer imagem feita à semelhança do retratado.
Eniac – Computador eletrônico desenvolvido entre 1942 e 1946 na Universidade da Pensilvânia nos Estados Unidos por encomenda do Departamento de Defesa do governo americano. Recebeu tanta atenção por parte da imprensa, já que foi construído durante a Segunda Guerra Mundial e era considerado vital para a segurança nacional, que até hoje é chamado de o primeiro computador. Na verdade, havia muitos outros projetos paralelos em andamento na época, um deles era o Z1 do alemão Konrad Zuse, que funcionou a contento 5 anos antes do Eniac. O problema é que o Z1 virou picadinho quando os aliados bombardearam Berlim. O Eniac pesava mais que um navio e tinha o tamanho de um apê de classe média.
Estação de Trabalho - V. Workstation.
Ethernet – Rede de computadores pessoais. Foi desenvolvida na Xerox em 1976, por Bob Metcalfe e David Boggs. O mais incrível é que a Ethernet surgiu junto com os primeiros microcomputadores, o Altair e o Apple – numa época em que ninguém imaginava que os micros pudessem vir a ter o sucesso que tiveram, e a web ainda era só uma miragem. Os antigos gregos chamavam de aither o espaço inatingível, muito acima das nuvens, que é onde os cientistas da Xerox deviam estar com as abençoadas cabecinhas quando delinearam a Ethernet, que ainda existe.
Exabyte – Tamanho de memória. Corresponde a 1 152 921 504 606 846 976 bytes, ou a 2 elevado à potência 60. Só para que não fique aquela impressão de infinito absoluto, um número 15 vezes maior que esse é a quantidade de moléculas existentes numa simples gota de água salgada. O termo exa é uma variação do grego hexa, seis.
exe – Sinal de perigo. Essa é a terminação para os arquivos executáveis, aqueles que depois que a gente aciona, parecem adquirir vida própria e saem fazendo estripulias dentro de nosso micro. Os vírus vêm todos com essa terminação, daí abrir qualquer arquivo que tenha .exe sem estar absolutamente certo da origem é um risco danado. E certeza da origem não é só um e-mail de uma pessoa conhecida, sem nenhuma mensagem além do anexo em .exe, porque os espalhadores de vírus podem mandar um e-mail para qualquer um de nós, usando o nome do nosso melhor amigo, sem o coitado saber de nada.
Fapesp – O organismo brasileiro responsável por registros de sites (www.fapesp.com.br). Quem decide ter seu próprio site começa fazendo uma pesquisa na Fapesp para saber se o nome já está registrado. Se não estiver, há uma taxa anual para o registro do domínio. Fapesp é a sigla para Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, um nome que parece não ter muito a ver com a internet. É que antes do surgimento da web, em 1990, os cientistas das universidades foram os primeiros no Brasil a se ligar à internet, então basicamente uma rede de contatos entre escolas. Como a Fapesp era o órgão do governo paulista que administrava a pesquisa acadêmica, na época ela ficou responsável pela parte administrativa da internet. Logo universidades de outros estados brasileiros começaram também a usar os serviços da Fapesp e quando a web apareceu, o governo federal decidiu aproveitar a infra-estrutura já existente na Fapesp e delegou a ela a burocracia do sistema.
FAQ – Perguntas mais frequentes ou Frequently Asked Questions. Todos os programas (e muitos sites) têm esse dispositivo para responder às dúvidas dos usuários. É como um serviço de atendimento ao consumidor, com a diferença de que o sistema já sabe as perguntas que queremos fazer.
Favoritos - V. Bookmark.
Ferramentas – Pequenos programas auxiliares, como um dicionário para checar a ortografia, um classificador alfanumérico, ou um dispositivo para contar quantos caracteres tem um texto. Tradução do inglês tool. A nossa palavra se originou diretamente do latim ferramentum, porque há 2000 anos o ferro era o metal mais usado na fabricação de instrumentos de trabalho.
Fibra Óptica – Fiação de vidro com o diâmetro de um fio de cabelo, que consegue transportar, sem interferências eletro-magnéticas, uma quantidade estupidamente grande de bits (exatamente 17 bilhões deles por segundo). Essa é uma das muitas pegadinhas do léxico português, que só otorrinolaringologista conhece, que é a diferença entre ótico e óptico. Óptico com pê, diz respeito à visão. Já ótico sem pê, se refere à audição. E a culpa é dos gregos, que tinham duas palavras muito parecidas: optos, ver e otos, escutar. É por isso que tem o oto no otorrino: ele trata do ouvido. Em inglês, as duas palavras também existem: otic para o que se ouve e optic para o que se enxerga. A fibra ótica em inglês, tem o nome de fiber optic wire, com pê, ou fio óptico de fibra. É claro que isso não vai mudar o modo com os beija-flores batem as asas, mas tanto as lojas que vendem óculos quanto a fibra para transmissão de dados são, na verdade, ópticas.
File – Arquivo. Vem do francês filer, enrolar a linha no novelo, de onde, como é fácil deduzir, surgiram nossas palavras fiar e fiação. E tudo isso brotou do latim filum, novelo. O sentido atual da palavra nasceu na França, no século 16 quando os burocratas viram alguma semelhança entre os depósitos onde eram armazenados os padronizados novelos de linha e os gabinetes onde eram classificados papéis e documentos.
Firewall– Sistema de segurança. É um programa implantado em sistemas que filtra os visitantes e barra aqueles que não preencham certos pré-requisitos, como o conhecimento de uma senha.
Fonte – Tipo de letra. As duas mais comuns são a Arial e a Times New Roman, mas há milhões delas, que podem ser descarregadas gratuitamente na web. E porque as fontes têm esse nome, assim, aquático? Na verdade, não têm: o verbo francês fondre, fundir, tem o particípio passado fonte, fundido. Nas primitivas máquinas impressoras de séculos atrás, a composição do texto se fazia manualmente, com letras fundidas em chumbo.
Fórum – Uma sala virtual para debates. A pessoa entra e dá seus palpites, democraticamente. A palavra veio sem modificações do latim. O fórum romano era o local onde os políticos se reuniam para fazer politicagem, e o nome vem de fores, porta que dá para a rua. A diferença entre fórum e newsgroup é que no fórum os assuntos vêm e vão e no newsgroup eles são permanentes. V. Newsgroups.
Forward – Passar adiante. Em português sisudo, encaminhar. Forvardar não existe, mas se um dia existir, saberemos que isso veio de forthweard, dirigir para a frente.
Fragmentação – Essa coisa é a responsável por aquela mensagem que, de quando em quando, aparece no correio eletrônico: "Há muito espaço desperdiçado em sua caixa de mensagens. Deseja compactar agora?" Na verdade, o que está fragmentado é o conteúdo do disco rígido. Ela funciona como uma gôndola de supermercado, cheia de prateleiras e divisórias. Os programas são instalados em suas respectivas seções e ficam ali, bem arrumadinhos. Mas à medida que se colocam e tiram coisas do disco rígido, a situação vai assumindo aquele aspecto de bagunça: espaços vazios ou parcialmente preenchidos. Aí é preciso desfragmentar, que é mais ou menos a mesma coisa que os promotores de vendas fazem nos supermercados: arrumar tudo de novo, aproveitando bem cada pedacinho de espaço. Fragmento vem do latim fragmentum, caco de objeto quebrado.
Freeware – Qualquer software grátis. Tanto os que podem ser descarregados pela web quanto os CD-ROMs promocionais entregues junto com jornais ou revistas. Free é uma das palavras mais antigas do mundo, suas origens remontam ao indo-europeu, língua-mãe de quase todos os idiomas e manteve ao longo dos milênios o seu sentido original, de liberdade.
Gadget – Brinquedos tecnológicos. A internet sem fio, o fone de ouvido, a câmera em cima do micro, tudo é gadget. Em inglês, a palavra tem o sentido de ferramenta auxiliar. E a palavra inglesa foi uma tentativa fonética de reproduzir o francês gâchette, peça de um mecanismo.
Game – Jogo. Game é uma palavra germânica com mais de 1000 anos e seu sentido sempre foi o mesmo, diversão. Dela derivou o jogo de gamão, um dos mais antigos que se conhece. Na era dos computadores, o primeiro videogame foi o Spacewar, que três colegas do Instituto Ingham, de Massachusetts, inventaram em 1962 para matar o tempo.
GIF – Formato de arquivo para transferência de imagens. Sigla para Graphics Interchange Format, Formato Gráfico Intercambiável. O GIF é muito usado na web, porque além de mostrar a imagem estática, permite também uma animação curta. O interchange da sigla significa que o GIF é um padrão que pode ser lido por qualquer sistema. Mas, como trabalha com apenas 256 cores, o formato GIF é mais usado para logotipos e ícones. Para fotos, o padrão preferido é o JPEG. V. JPEG.
Gigabyte – Vulgo giga, equivale a 1 073 741 824 bytes, ou o número 2 elevado à potência 30. Uma página normal de um livro tem cerca de 3000 caracteres, logo um gigabyte seria equivalente a mais de 6000 livros com 500 páginas cada um. A palavra giga é grega e significa gigante.
Glossário – Uma lista, em ordem alfabética, de termos ou palavras técnicas. A palavra vem do grego glossa, língua, mais a terminação latina arius, pertencente a um determinado grupo. Quer dizer, a diferença entre um glossário e um dicionário é que no glossário, a admissão das palavras é muito mais seletiva (no nosso caso, o universo digital). Já num dicionário, entra toda e qualquer palavra, independentemente do grupo a que pertença.
Os termos relativos à informática e ao mundo digital, são em sua quase totalidade, ingleses. Muitos deles foram traduzidos para o português e outros mantiveram, mesmo no Brasil, a sua grafia original. Não houve na elaboração deste glossário, uma preocupação em ser brasileiro ou americano. De maneira aleatória, alguns termos aparecem em português, outros em inglês. E isso tem um motivo tanto histórico, quanto curioso: como os leitores notarão, cerca de 80% das palavras "americanas" aqui listadas, não são de origem inglesa, elas vieram exatamente como as nossas, do grego e do latim. O Império Romano emprestou milhares de palavras gregas para formar o latim. Do latim derivaram várias línguas, entre elas o português, o espanhol e o francês. O francês foi durante séculos, a língua das cortes européias e a Inglaterra chegou a ser literalmente governada por reis franceses durante um bom tempo. Por isso as palavras de origem latina, que hoje são parte do inglês, foram quase todas importadas da França.
O Brasil, embora geograficamente distante, também integrava as cortes européias, tanto que dom Pedro I, dom Pedro II e a princesa Isabel foram casados com membros da nobreza de lá e conversavam entre si em francês. No período da monarquia e no início do século 20, uma enxurrada de palavras francesas se incorporou ao nosso idioma.
Olhando-se para o vocabulário inglês contemporâneo, percebe-se que aquele ancestral idioma dos tempos do rei Arthur e da Távola Redonda, anglo-saxônico e germânico, contribuiu com a minoria das palavras. Embora às vezes não pareça, quando trazemos para o português uma expressão "100% inglesa", como file directory, estamos na verdade importando duas palavras francesas, filer
e directoire, só que via Estados Unidos. Hoje, brasileiros, hispânicos, franceses e ingleses usam basicamente o mesmo léxico. O inglês people vem do latim populus, do qual nós tiramos povo, os franceses peuple, os espanhóis pueblo e os italianos popolo. O que mudou com os séculos foi só a pronúncia das palavras e sua redação.
Google – O farejador mais popular do mundo, criado pelo americano Larry Page e o russo Sergey Brin.
Sergey Brin (29 anos) natural de Moscou, destacou-se ao concluir o curso de bacharel em Matemática e Ciência da Computação na Universidade de Maryland em College Park. Atualmente, está de licença do programa de Doutoramento em ciência da computação da Universidade de Stanford, onde concluiu o seu mestrado. Brin é beneficiário de uma Comunidade da Fundação Nacional de Ciência para Graduados.
Foi em Stanford que ele conheceu Larry Page e
trabalhou no projeto que viria a se tornar o Google. Juntos, eles fundaram a empresa Google Inc., em 1998, e Brin continua a partilhar a responsabilidade de operações diárias com Larry Page.
Larry Page (30 anos) foi o Oficial Executivo Principal (CEO) fundador da Google, e fez crescer a companhia para mais de 200 colaboradores e deu-lhe uma natureza lucrativa antes de ocupar o cargo de presidente, em Abril 2001. Continua neste momento a partilhar responsabilidades relativas às operações quotidianas da Google juntamente com Sergey Brin.
Filho de Dr. Carl Victor Page, um professor de ciências informáticas da Universidade do Estado de Michigan, Page iniciou sua paixão por informática quando tinha apenas seis anos. Enquanto seguia os passos de seu pai em termos acadêmicos, tornou-se um estudante honorário da Universidade do estado rival, a Universidade de Michigan. Aqui veio a obter um bacharelato de ciências em engenharia, com um forte foco em engenharia informática. Durante o tempo que permaneceu em Ann Arbor, Page recebeu inúmeros galardões de liderança pelos seus esforços no sentido de melhorar o Colégio de Engenharia; serviu como presidente da sociedade honorária de "Eta Kappa Nu" da Universidade; e construiu um "plotter" programável e uma impressora a jacto de tinta a partir de Lego's.
Page conheceu Sergey Brin enquanto estava a tirar o seu doutoramento em ciência computacional na Universidade de Stanford. Juntos desenvolveram o Google e puseram-no em funcionamento em 1998. Page despediu-se de Stanford depois de ter conseguido tirar o doutoramento. Depois do desenvolvimento do Google, tornou-se um programador de software na "Advanced Management Systems" em Washington D.C., e na "CogniTek" em Evanston, Illinois.
Hacker – Palavra inglesa cujo sentido original há um milênio era retalhar. Hoje, designa um invasor de sistemas alheios. Há uma sutil diferença entre o hacker – alguém que por uma curiosidade, resolve fazer uma brincadeira que acaba escapando ao seu controle – e o cracker, que invade sistemas com o deliberado fim de anarquizar ou causar prejuízos. Xeretar dados alheios é coisa antiga e até romantizada em livros de espionagem. E o termo hacker já existia bem antes do computador pessoal: na década de 50, os hackers de então invadiam rádios e faziam transmissões piratas. O primeiro hacker a ser processado e condenado na era da internet foi o estudante americano Robert Morris Jr. que em 1988 produziu o medonho "Verme da Internet". Já o mais famoso dos hackers conhecidos é Kevin Mitnick, que desde 1989 acumulou 25 processos movidos contra ele pelo governo de Tio Sam, por bisbilhotar arquivos de órgãos federais.
Hardware - V. Software.
Help – Geralmente Ajuda, mas em alguns casos, Socorro!. Quase todos os programas disponibilizam parte do manual de instruções na própria tela. O tópico Ajuda, geralmente traz uma lista, em ordem alfabética, para o usuário ir procurando aquela explicação que vai resolver seu problema. Um dos inconvenientes da maioria dos sistemas de ajuda é que eles não contêm apenas uma única informação: exatamente aquela que você quer. Para alegria de muitos usuários do sistema Windows (e tristeza de outros), o clipezinho intrometido que surge de repente na tela para dar um help vai desaparecer nas versões posteriores ao Windows 2000.
Hipertexto – A linguagem da web, que permite a movimentação de textos, sons e figuras de um micro para outro. Foi desenvolvida – e doada gratuitamente à humanidade – pelo britânico Tim Berners-Lee, em 1990. Nós reconhecemos o hipertexto por duas abreviações: o HTML (Hypertext Markup Language, usado pelos programadores para criar as páginas) e o HTTP (Hypertext Transfer Protocol, que permite o acesso dos usuários a elas.) A palavra hipertexto foi inventada em 1965 pelo engenheiro Ted Nelson, num estudo teórico sobre escrita não seqüencial, a transferência de textos entre dois sistemas, não na base de um sinal gráfico de cada vez, como fazia o telégrafo, mas de blocos inteiros. A palavra combina o grego huper, muito além e o latim textus, tecido ponto a ponto. V. Web.
Hit - V. Visitante.
Home – Início. Embora a palavra inglesa home seja mais conhecida no seu sentido de lar, lugar onde a gente mora, ela tem um segundo significado, menos usado: o de retorno à base. Por exemplo, o de um pombo-correio, após entregar a mensagem. Ou, para quem gosta de beisebol, o home run, quando o rebatedor dá uma volta completa no campo até chegar à base inicial. Esse segundo sentido é a razão pela qual, na web, se traduz home page, como página inicial, e é por isso que a tecla Home do computador nos conduz ao início de um trabalho ou parágrafo, assim com a tecla End nos leva ao fim dele. A palavra inglesa home, é uma modernização do arcaico ham e essa é a razão para a existência de tantas cidades inglesas que terminam em ham: Buckingham por exemplo, é o lar dos Bucking, embora ninguém saiba para onde foram os Bucking, porque lá, hoje, mora a família real inglesa, os Windsor.
Host - V. Servidor.
HTTP – Protocolo de transferência de textos, ou Hypertext Transfer Protocol. Na rede, é o idioma dos browsers. Por isso, a sigla HTTP aparece antes de WWW nos endereços, para o sistema ficar sabendo que língua é aquela. V. Hipertexto.
ICQ – A maior comunidade mundial de bate-papo. Parece uma sigla, mas é apenas um trocadilho fonético, ICQ pronuncia-se igualzinho a I Seek You, Estou Procurando Você. A razão de tanto sucesso: O software da empresa israelense Mirabilis pode ser descarregado e usado gratuitamente. E, além disso, é simples, o usuário faz sua lista de contatos com outras pessoas que também tenham ICQ e quando se conecta, o programa informa quais deles estão online naquele momento. Em 2001, o ICQ ultrapassou a marca de 100 milhões de cadastros.
Inch – Polegada. A palavra inch vem do latim uncia, a décima segunda parte, porque a polegada corresponde a 1/12 de um pé (foot) e o foot equivalia a 30,48 cm, porque no ano 800 d.C. era o tamanho do pé do rei dos francos, Charlemagne, portanto, sua majestade devia calçar sapatos 45. Quando Charlemagne foi nomeado imperador romano pelo papa Leão III, a medida do seu pé – chamada le pied du roi – tornou-se oficial. Já a nossa palavra polegada vem do latim pollex, polegar. Ao perceber que o inch tinha o comprimento da segunda falange do dedo polegar, os romanos passaram a chamá-la de pullicata.
Input – Alimentar o sistema com dados. No Brasil, existe a expressão bota-fora. Traduzida ao pé da letra para o inglês, seria output. Já input é exatamente o contrário: bota-dentro.
Inteligência Artificial – Ramo da cibernética que se dedica a desenvolver computadores com a capacidade de raciocinar por conta própria. A sigla AI, para Artificial Intelligence, foi criada em 1955, por John McCarthy, em contrapartida à imagem de burro que o computador tinha (e tem) porque não pensa, só obedece
a comandos. Até hoje, nenhum projeto de AI funcionou na prática. Segundo o cientista Douglas Lenat, que na década de 80 coordenou um ambicioso e caro projeto chamado CYC, isso se deve a uma característica dos humanos que os computadores jamais terão, a ambigüidade. Em situações iguais, dois humanos podem tomar decisões radicalmente diferentes. A própria palavra artificial talvez explique por quê: ela vem do latim artis+facere, fazer arte e os computadores, ao contrário dos humanos, não são arteiros...
Interagir– Influir no resultado. Num aparelho de tevê, ou num CD player, não há interação, simplesmente assiste-se a algo ou ouve-se algo já predeterminado e imutável. Num sistema interativo, o usuário pode cortar, acrescentar, mixar, apagar e criar um novo produto, diferente e único. A palavra latina inter+agere significa fazer junto.
Interface – Uma superfície entre dois espaços. Por exemplo, a tela do micro, que é a interface entre o usuário e o sistema. Ou um ícone na tela, que é a interface entre o usuário e um programa.
Internauta – Pessoa que navega na internet. O nauta foi emprestado de kosmonavt, cosmonauta, nome com que os russos batizaram os primeiros homens a ir para o espaço, na década de 50. O navt russo vem do grego nautes, marinheiro.
Internet – Rede de computadores por meio da qual qualquer comunidade, desde especialistas em física quântica até interessados em fotos de mulher pelada, pode se comunicar e trocar informações. O inter já vem de interligada e o net de network, malha de comunicação. Quando a internet começou a ser definida em 1958, nada indicava que ela poderia vir a ser o que é hoje. Na época, ela se chamava Arpanet, era uma instituição militar associada a cientistas de universidades e havia sido criada com a finalidade de proteger os Estados Unidos da ameaça comunista. E isso seria feito quebrando documentos confidenciais em pequenas partes e espalhando-as por vários computadores ao longo do território dos Estados Unidos, de modo a que os comunistas poderiam até achar algumas árvores, mas jamais conseguiriam visualizar a floresta.
Intranet – Uma rede fechada, que funciona interligando os computadores de uma mesma empresa, no mesmo prédio, ou de uma corporação, nos escritórios de diversos países, ou de uma associação de pessoas unidas por algum objetivo específico. A diferença é que a intranet não pode, ao contrário da internet, ser acessada por alguém que não seja da turma. Intra é um prefixo latino que quer dizer dentro.
IP - Protocolo da internet ou Internet Protocol. É o código numérico para cada endereço existente na web. V. DNS.
IPO – O aipiô é a sigla para Initial Purchasing Offer, Oferta Inicial de Ações. É o sonho máximo de quem abre um site ou um portal: ir ao pregão da Bolsa de Valores de Nova York e tornar a empresa pública, por meio da oferta de ações aos investidores. O sistema é simples, o proprietário estabelece um valor para cada cota da empresa e depois o mercado se encarrega de determinar o preço correto. Nos anos pirotécnicos da internet, de 1997 a 2000, esse preço correto se multiplicava como coelho em cativeiro. Empresas passavam a valer várias vezes o seu preço original em poucas semanas, criando milionários digitais instantâneos.
Java – Linguagem de programação desenvolvida pela Sun Microsystems. Por sua facilidade de uso e a possibilidade de rodar, sem necessidade de mudanças em outros sistemas operacionais, a linguagem Java tornou-se uma das preferidas pelos programadores da web. A palavra java, é uma gíria para café, daí a xicrinha que aparece no logotipo.
JPEG – Ou JPG. Formato para compressão de arquivos de imagens coloridas. A sigla é de Joint Photografic Experts Group, o Grupo da Associação dos Entendidos em Fotografia. Embora o JPEG consiga realmente reduzir o tamanho de um arquivo até 18 vezes, uma parte da definição se perde no processo. Mesmo assim, é um dos formatos de compressão mais usados, porque para os leigos, a diferença não é tão claramente percebida. Fotografia significa escrever com luz. As palavras photos e graphos são gregas, mas o termo fotografia, evidentemente, não é. Ele foi criado pelo astrônomo John Herschel, em 1839.
Junk Mail – Refugo. Mensagens, na maioria das vezes indesejadas e inúteis, que chegam às dúzias pelo correio eletrônico. Também são conhecidas como spam. Nos Estados Unidos há um lanche de presunto moído, carregado de pimenta e outros condimentos, chamado, exatamente, spam (sp de spicy, condimentado e am de ham, presunto). Só se digere em caso de extrema necessidade como
o nosso famigerado churrasco-de-gato.
Key – Tecla. Na década de 70, os proprietários dos recém-lançados microcomputadores viviam cheios de dúvidas. Uma das queixas mais comuns dizia respeito à mensagem "Press Any Key", Aperte Qualquer Tecla, que aparecia na tela. Os neófitos ligavam para reclamar do erro do fabricante, porque no teclado não havia nenhuma tecla chamada Any. A palavrinha inglesa key é multiuso, além de tecla, significa também chave e nota musical.
Keyboard – Teclado. Mesa de trabalho ou superfície, na qual estão instalados os comandos pelos quais se opera um sistema. Pode ser o teclado do computador ou de um piano.
Kilobyte – Tamanho de memória. Corresponde a 1024 bytes ou 2 elevado à potência 10. A palavra quilo vem do grego khilioi, que significa mil.
Linguagem– Instruções dadas ao computador. Existem várias alternativas que os programadores podem escolher e elas se dividem em duas categorias: as linguagens de alto nível e as linguagens de baixo nível. Exatamente ao contrário do que possa parecer, as linguagens de baixo nível são extremamente sofisticadas e dificílimas de aprender. Mal comparando, elas seriam o mesmo que tentar discutir combustão de motores com o engenheiro projetista de um automóvel, enquanto as linguagens de alto nível são o modo como conversaríamos com o mecânico sobre um ruído no painel, algo bem mais próximo do nosso linguajar normal. V. Programa e Software.
Link – Elo, ligação, conexão. Na web é um endereço que aparece sublinhado, ou em uma cor diferente da cor do resto do texto e que permite a conexão com um outro site a um simples clique do mouse. A palavra teve origem no antigo germânico lenkhake, gancho.
Linux – Linguagem de programação. Considerada uma espécie de Xanadu por quem a conhece bem, foi desenvolvida pelo finlandês Linus Torwalds em 1991. Baseada na linguagem Unix, o Linux funciona em qualquer sistema operacional, é gratuito, flexível e mais um monte de coisas. Quem quiser pode acompanhar a historia de seu desenvolvimento passo a passo, por meio da reprodução de documentos da época e comentários do autor, no site www-li.org/linuxhistory.php do próprio Torwalds. V. Unix
Log on – Reconhecimento. Alguns programas e equipamentos, antes de autorizar o acesso do usuário, precisam se certificar de que ele é ele mesmo. Aí entram as passwords e outros códigos de identificação. Nos filmes de ficção cientifica, essa identificação é feita pelas impressões digitais (segundo o FBI, há uma chance em 64 milhões de duas pessoas terem impressões digitais idênticas) ou pela íris do olho. Log e log in são a mesma coisa que log on.
Mailing List – Quem recebe pelo correio normal, um monte de folhetos de ofertas, já deve ter se perguntado: onde essa gente conseguiu o meu endereço? Ele foi fornecido por alguma empresa na qual a pessoa algum dia se cadastrou, um banco, uma seguradora, uma corretora, um jornal). A versão eletrônica do mailing list é bem mais simples, porque só precisa do endereço na web e elimina o correio normal. Por meio de um dispositivo simples no sistema de e-mail, a mesma mensagem pode ser enviada, com um simples Send, para milhões de pessoas no mundo inteiro.
Mega byte – Tamanho de memória. Corresponde a 1 048 576 bytes, ou 2 elevado à potência 20. O termo mega teve origem no grego megas, grande.
Megahertz – É a medida para a velocidade de processamento de um computador. Um megahertz equivale a 1 milhão de ciclos por segundo e em termos científicos, serve para medir qualquer coisa que oscile a intervalos regulares, como as ondas de rádio, ou um bip contínuo enviado por um alien da galáxia Zmorf. Quem tem por exemplo, um daqueles relógios de parede antigos, com pêndulo, notará que o pêndulo faz um vai-e-vem a cada 2 segundos. O relógio, portanto, oscila a uma velocidade de 0,5 hertz (dois segundos divididos por quatro movimentos), ou 0,0000005 megahertz. Os computadores funcionam a mais de 200 milhões de ciclos por segundo, ou 200 megahertz.
Memória – A capacidade do computador para processar e armazenar dados. Há dois tipos de memória, a ROM e a RAM. A ROM, Read Only Memory, Memória Somente Para Leitura, ocupa um espaço pequeno e faz o micro funcionar ao ser ligado, ou lê dados contidos num disquete ou CD-ROM. Já a RAM, Random Access Memory, Memória de Acesso Randômico, é a que realmente trabalha quando um micro está em operação. Ela faz todos os cálculos e executa todas as instruções. Quanto mais memória RAM um micro tiver, mais rápido ele será. Randômico, palavra que significa ao acaso, vem do francês randir, galopar sem destino. No contexto de um micro, significa que a memória RAM não é uma serie de instruções escritas e predeterminadas, o que vier ela traça. E, assim que o micro é desligado, nada fica armazenado na memória RAM, ela é apenas uma executora de tarefas. Memória vem do latim memor, pensante.
Menu – Lista de opções possíveis, como num cardápio de restaurante. A palavra vem do latim minutus, no sentido de resumo. Daí derivaram também mini e minuta, aquela agenda resumida de uma reunião. Por que então, já que tantos termos aplicados à informática foram traduzidos para o português, menu não virou cardápio? Porque cardápio foi uma palavra inventada no Brasil, no fim do século 19, e tem só um sentido, bem específico, lista de comida (do latim charta, relação e dapis, alimento). Já o francês menu é mais abrangente, pode ser uma lista de qualquer coisa.
Microcomputador – Um computador que funciona com um microprocessador e foi daí que se originou o nome micro.
Microsoft – A primeira empresa a perceber que o futuro da computação não estava nas máquinas, o hardware que muitas empresas poderiam produzir mas nos programas, o software, que seriam propriedade exclusiva do fabricante. Fundada em 1975 por Bill Gates e Paul Allen, ambos na época com menos de 20 anos de idade, no início a Microsoft tinha um hífen no nome, Micro-Soft, que logo foi eliminado. Na década de 90, a Microsoft quase perde o bonde da história, quando ignorou o potencial da internet. Mas, apesar de seu tamanho, reagiu rápido e segundo seus concorrentes, pesado demais... Isso rendeu à Microsoft uma série de processos (por concorrência desleal e formação de monopólio e investigações) pelo Departamento de Justiça americano. Apesar de tudo isso, ela entrou no século 21 como a mais influente empresa do setor de computação.
Modem – Modulador e demodulador, ou codificador e decodificador. Aparelho usado para transmitir e receber dados, através de linha telefônica ou cabo de fibra óptica. O modem modula as mensagens emitidas na linguagem do computador, transformando-as em sinais que podem ser transportados por um sistema de telecomunicação. Na chegada, outro modem demodula esses sinais, fazendo-os retornar à forma original, que pode ser entendida pelo computador que a recebe. O primeiro modem recebeu o nome de Dataphone e foi desenvolvido pela empresa americana AT&T, em 1960. Esse modem original não tinha nada a ver com computadores, foi ele quem viabilizou as transmissões via fax.
Mosaic – O primeiro browser comercial, criado por Marc Andreessen, colocado no mercado em fevereiro de 1993 e sempre distribuído gratuitamente. Aos 22 anos de idade, Andreessen tornou-se vice-presidente da Netscape, a empresa que desenvolveu o Navigator, o browser que dominou o mercado até a Microsoft lançar o Explorer. O nome mosaico vem do grego mouseion, museu. Na antiguidade, museus não tinham o sentido genérico que têm hoje, eram templos construídos para homenagear as musas, as dondocas da mitologia. Mosaico era o nome dado às paredes desses templos, decoradas com pequenas pedras coloridas.
Mouse – Camundongo. O aparelhinho que permite abrir programas e páginas em um computador por meio de um simples clique. Foi inventado pelo engenheiro e técnico em radares Douglas Engelbartem 1963, quando trabalhava no SRI, Standford Research Institute. Engelbart chamou sua invenção de Indicador de Posição XY, mas ao perceber que ninguém conseguiria memorizar esse nome técnico, apelidou-o de mouse, pela sua semelhança com um ratinho. O SRI patenteou o mouse, ganhou um caminhão de dinheiro e deu a Engelbart um prêmio de consolação de 10 000 dólares... O plural de mouse é mice.
Mouse Pad – A superfície plástica sobre a qual o mouse desliza. O mouse se tornou uma pecinha inseparável do computador a partir de 1984, quando a Apple lançou o Macintosh, mas o mouse pad não fazia parte dos acessórios do velho Mac. A Apple simplesmente recomendava que o mouse corresse sobre uma superfície lisa e sem poeira. O primeiro mouse pad, uma idéia simples mas brilhante, surgiu em 1985. Ela era e é até hoje, composto de duas camadas: a superior na qual o mouse se apoia é feita de polipropileno microgranulado e a inferior é constituída por uma espuma microcelular, que permite sua aderência à mesa onde está apoiado. Os primeiros mouse pads eram espartanos, com cores sóbrias e sem nenhuma ilustração. Mas, em pouquíssimo tempo as empresas descobriram que ele poderia se tornar uma forma nova e poderosa de mídia, porque ficava horas a fio à vista do usuário (e potencial consumidor).
MP3 – Formato de arquivo comprimido especialmente para música. Foi uma criação de Leonardo Chariglione, estudante do Instituto Alemão de Franhofer, em 1988. Até então, descarregar música num computador requeria uma enorme quantidade de memória (650 megabytres para 1 hora de som).A forma compactada que Chariglione desenvolveu, permitia uma redução de 92% na memória necessária. O novo formato foi submetido ao Grupo de Especialistas de Cinema (Motion Picture Expert Group). O MPEG é um organismo filiado ao ISO, aquele instituto mundial de padronização,
do qual a gente começou a ouvir falar quando as empresas brasileiras passaram a adotar o sistema ISO 9000 de qualidade. O MPEG foi criado com a finalidade de definir e regular os padrões de reprodução digital de vídeo e áudio, chamados de MP. O MP3 é um padrão de áudio e pode ser ouvido em um aparelho tão compacto e versátil quanto um CD player, mas os experts não previram o terremoto que o MP3 iria causar e o epicentro ocorreria em 1999, quando o Napster apareceu. V. Napster.
Nanossegundo – Medida de tempo equivalente a um bilionésimo de segundo ou a base 10 elevada
à potência –9. O nanossegundo é um espaço de tempo tão insignificante para os padrões humanos que é quase impossível imaginar quanto ele dura. Mas para a computação capaz de realizar milhões de tarefas por segundo, ele é uma medida normal. Como é mesmo que se eleva um número a uma potência negativa? Dividindo uma unidade pela base tantas vezes quanto for o número expresso na potência. O número 10 elevado ao expoente –9 é igual a 1:10x10x10x10x10x10x10x10x10, ou 0,000000001 de segundo (mas para o micro, isso deve ser realmente uma eternidade). Nano vem do grego nanus, anão, que originou também o termo nanico. Já a palavra segundo foi retirada da expressão latina pars minuta secunda, a segunda parte do minuto. O minuto em si veio de pars minuta prima, a primeira parte do minuto.
Napster – Em 1999, Shawn Fanning, um estudante americano de 19 anos, criou o programa Napster para a troca de arquivos de música em formato MP3. O nome, segundo o próprio Shawn, veio de seu apelido de infância, nap, soneca. Napster significa um membro da turma do soneca. Mas o que fez a fama do Napster não foi o nome duvidoso e sim a facilidade com que ele permitia o intercâmbio grátis de músicas entre seus usuários que alvoroçou a industria fotográfica. As vendas de CDs e os direitos autorais começaram a ir direto para o ralo. Em 2001, depois de dois anos de batalhas judiciais, o Napster foi obrigado a filtrar os arquivos trocados, um eufemismo para impedir
a troca. V. MP3
Nasdaq – Sigla para National Association of Security Dealers Automated Quotation. A Nasdaq é uma bolsa de valores independente, onde são negociadas ações de empresas de tecnologia e de internet. Apesar de sua notoriedade no período 1997/2000, quando houve o boom das ações de empresas ligadas à internet, que até gerou o termo nova economia, a Nasdaq é bem antiguinha, iniciou suas atividades em fevereiro de 1971. As subidas e descidas malucas da Nasdaq ocorrem pelo mesmo motivo que faz a Bolsa de São Paulo oscilar tanto, poucas empresas são responsáveis pela maioria da movimentação, se duas ou três delas disparam ou despencam, elas arrastam consigo o índice, diferentemente do índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, no qual há mais equilíbrio entre as empresas.
Navegar – Percorrer as páginas da web. O termo se popularizou por influência do browser Navigator, da Netscape e caiu no gosto do jovem brasileiro, que apelou até para a literatura clássica na hora de explicar aos pais por que passava tantas horas, aparentemente inúteis, zanzando para lá e para cá na web: "Navegar é preciso, viver não é preciso". A frase era o lema da Escola de Sagres, de onde, há 500 anos, saíram as naus descobridoras portuguesas, e tem sido o bordão dos marujos desde os mais remotos tempos da navegação marítima. Em latim, navigare necesse est.
Nerd – Sujeito meio desligado, fanático por computadores. A palavra foi inventada por um escritor americano de livros infantis, o Dr. Seuss (Theodore Seuss Geisel), em sua obra de 1950, If I Ran to the Zoo, Se eu fosse ao zoológico. Nela, o Dr. Seuss descreve um nerd como sendo um humanóide alto, magro e vesgo, imagem imediatamente (e pejorativamente) associada aos garotos de óculos, cheios de espinhas e normalmente calados que se dedicavam anormalmente aos estudos e esqueciam do resto. A vingança dos nerds veio quando um deles, Bill Gates, se tornou o homem mais rico do mundo...
Newsgroups – Grupos de noticias. São fóruns de debates na web, nos quais os cadastrados escrevem e lêem mensagens sobre um determinado assunto. Normalmente sem o charme de uma página multicolorida, os newsgroups vão direto ao ponto: um participante faz uma pergunta, quem tem a informação dá a resposta, quem não concorda com a resposta contesta e assim por diante. Há newsgroups para qualquer assunto que se possa imaginar, desde a criação de jacarés até a possibilidade de vida inteligente numa nebulosa a pirilhões de anos-luz da Terra. Quem inventou a moda foi um grupo chamado SF-Lovers, Apreciadores da Ficção Científica em 1979, quando a internet ainda era uma comunidade acadêmica. A palavra grupo é de origem germânica, kruppa, aglomeração. V. Fórum.
Newsletter – Serviço extra prestado por um site. Os usuários recebem, quase sempre por e-mail, um resumo atualizado de noticias de seu interesse. Ou então a newsletter faz parte do próprio site
e é (ou deveria ser, como seu nome sugere) uma carta de novidades.
Offline – Fora do ar. A palavra tem dois sentidos ou o usuário prefere trabalhar fora do ar (ou seja, redigir as suas mensagens sem se conectar ao provedor) ou o provedor pode ficar fora do ar por algum problema técnico ( e nesse caso, ele jamais confessa isso, mas fica atazanando o usuário com mensagens do tipo "Confira a sua senha e tente novamente".
Page View - V. Visitante.
Palmtop - Um computador que cabe na palma da mão. O nome palm serve para diferenciá-lo de laptop (que cabe no colo) e de desktop (em cima da mesa). Também conhecido por handheld, para levar na mão, o palmtop tem menor capacidade de memória, porque foi desenvolvido para trabalhos específicos, equipes de vendas, por exemplo, o utilizam para emitir pedidos e acessar os dados do cliente. O palmtop não tem teclado nem mouse, uma caneta especial os substitui.
Password – Senha. É o código alfanumérico que nos garante que ninguém vai acessar nosso computador ou xeretar nossos arquivos. O problema é que na hora de inventar uma senha, muita gente dá preferência a algo fácil de memorizar, iniciais do nome, data do aniversário ou cidade onde nasceu. E se é fácil para o usuário, é fácil também para alguém mal intencionado. A palavra password, passa-palavra, deriva de passport, ou passa-porto, que era a maneira como se controlava o fluxo de entrada de estrangeiros num país, quando o único meio pelo qual eles chegavam era o navio. A nossa palavra conservou quase inalterada a grafia francesa, passeport. Já senha, vem do latim signum, sinal. Os primeiros cristãos se identificavam pelos sinais secretos que só eles entendiam, porque se fossem apanhados, iriam ter que encarar os leões no Coliseu romano.
Pentium – Um caso raro de componente que virou sinônimo do produto do qual faz parte: Eu tenho um Pentium, substitui Eu tenho um microcomputador. Fabricado pela Intel, o microprocessador da linha Pentium apareceu no mercado em 1993 e recebeu esse nome, derivado do grego penta, cinco, porque a idéia original da Intel era identificar sua linha de microprocessadores com números de três dígitos, sempre começando com um 5 (o primeiro seria o Pentium 586). O primeiro Pentium tinha 3,3 milhões de transistores. O Pentium 4, lançado sete anos depois tinha quase 15 vezes mais. Além do progresso técnico, a Intel introduziu uma novidade no Pentium 4, os algarismos romanos (como nos Pentium II e III) foram abandonados. Na progressão geométrica com que os microprocessadores se desenvolvem, daqui a algum tempo vai ser meio difícil lembrar de um nome como Pentium LXVIII, portanto, faz sentido.
Periférico – Qualquer aparelho que pode ser conectado à CPU de um micro, como monitores, impressoras, CD-ROMs externos, câmeras digitais, tudo é periférico. Antes do micro, nós já conhecíamos a palavra periferia, a parte da cidade mais afastada do centro. Os periféricos e a periferia vieram do grego periphereia, o perímetro de um circulo.
Petabyte – Tamanho de memória. Corresponde a 1 125 899 906 842 624 bytes, ou 2 elevado à potência 50. Não é para ninguém ficar preocupado, mas esse é também o número de formigas existentes na face da Terra. Há mais de 150 000 delas para cada ser humano. O termo peta é uma variação do grego penta, cinco.
Pirata – Programa não autenticado pelo fabricante. Custa mais barato, porque está isento de impostos e outros custos. Não há estimativas confiáveis sobre o volume de dinheiro que rola na pirataria, mas os grandes fabricantes insistem que ele é igual, se não for maior, que o do mercado legal. A palavra vem do grego peiran, atacar.
Plugar – Ligar na tomada. O termo plugado é usado em substituição ao inglês online, quando o usuário está conectado via modem. A palavra plugue existe em português, é o nome da peça com dois ou três pinos, que se introduz na tomada. E plugge, o termo do qual ela deriva, é holandês e se referia aos pedaços de madeira usados para tapar vazamentos nos diques.
Plug & Play – Ligue e divirta-se. Essa expressão eliminou uma dor de cabeça comum até os anos 90, quando, para conectar uma simples impressora a um micro, era preciso usar três ou quatro disquetes que continham o programa de instalação. No Plug & Play, o programa já vem pré- instalado na memória do micro e basta apenas ligar os cabos.
POP – Ponto de Presença, tradução de Point of Presence. Significa Onde Você Está: para ser habilitado a acessar a internet, o usuário precisa receber do provedor uma espécie de atestado de residência.
Pop up – Emergir. É aquele anúncio que pipoca de repente na tela, num quadrinho à parte, não dá para deixar de ver, antes mesmo de o site entrar no ar. Por isso mesmo, ele custa estupidamente mais caro, de trinta a cinqüenta vezes mais que um banner. V. Banner.
Portal – A porta principal, pela qual se entra na web. Os portais são megasites que oferecem centenas de opções aos usuários numa única tela: serviços, links, chats, musica ao vivo, notícias, etc. (este é o único etc. que aparece neste glossário, mas, no caso dos portais, ele faz jus a seu sentido de e o resto, e muito mais).
Processador de Texto – De longe, o software mais usado no mundo inteiro. Exemplos conhecidos são o Word da Microsoft e o McWrite da Apple. O motivo é mais ou menos óbvio, o processador substitui a máquina de datilografia, algo que a maioria das pessoas já conhecia. Mas o salto tecnológico da datilografia para a digitação de textos foi enorme. Pela primeira vez, nos cinco milênios da historia da escrita, foi dado ao usuário o sagrado direito de errar, sem que isso significasse começar tudo de novo, ou desperdiçar muito tempo para corrigir ou, pior ainda, apresentar um trabalho de má qualidade.
Programa – Software. Uma lista de instruções para que o computador saiba como proceder. Sem os programas – incluindo o sistema operacional – o micro seria apenas ma caixa de plástico sem nenhuma finalidade prática. O computador é como uma criança, para que ele entenda o que deve ser feito, é necessário que a linguagem utilizada pelo programador lhe seja familiar. O computador é também como um adulto, para que não haja mal-entendidos, é preciso que a ordem seja clara e não deixe margem a dúvidas. Para isso, há várias linguagens que podem ser empregadas: Cobol, Fortran, C, Basic, para citar apenas algumas. V. Software e Linguagem.
Propriedade de Domínio – Nos primórdios da web, muitas corporações levaram algum tempo para perceber o potencial comercial da rede. Aí, os anônimos espertos (e o mundo está coalhado deles) aproveitaram o vacilo das múltis para registrar nomes como cocacola.com. Obviamente, houve uma enxurrada de processos, que culminaram com o aparecimento de uma Lei da Internet, segundo a qual o direito do uso de um nome é baseado na máxima first in time, first in right (quem já detinha o direito ao nome antes da web tem a preferência para usá-lo na web). A regra vale também para variações de um nome, por exemplo, em 1994 alguém registrou o domínio MicrOsoft com o maroto O maiúsculo. Essas pendências legais são resolvidas dentro da própria internet por um comitê de apelação chamado Domain Name Policy Dispute, Causas Referentes á Política de Registro de Nomes.
Provedor – Intermediário entre o nosso computador e a internet. Quando acessamos a internet, estamos na verdade acessando um provedor que nos conecta com a internet. Ele funciona como as antigas telefonistas da metade do século 20, para quem nossos avós tinham que pedir para completar a ligação. O sentido original da palavra latina pro+videre, enxergar antes, foi mudando com o tempo e acabou virando sinônimo de suprir uma necessidade. A internet ajudou a resgatar o sentido primitivo, os primeiros provedores da internet foram os que enxergaram a oportunidade antes que todo mundo. V. Servidor.
Quid Pro Quo – Quem assistiu ao filme "O silêncio dos Inocentes" lembra que, nos diálogos entre o psicopata Hannibal Lecter e a agente Clarice Starling, Hannibal não cansava de repetir: "Quid pro quo, Clarice", no sentido de, uma mão lava a outra, ou toma lá, dá cá e nós temos a palavra qüiproquó, que quer dizer confusão. Qual é a versão correta? Por incrível que pareça, a brasileira. Em latim, quid pro quo significava trocar a palavra quid pela palavra quo, causando uma confusão gramatical. O que isso tem a ver com a informática? Nada. É só uma pausa, porque ninguém é de ferro, digo, de silício. V. Silício.
RAM - Random Access Memory. V. Memória.
Realidade Virtual – Um ambiente simulado. Com o auxílio de alguns brinquedinhos – luvas, viseiras, capacetes – e de um software que lhe permite que tome suas próprias decisões, o usuário se sente dentro de um mundo que não tem nada a ver com as paredes de seu quarto. Com isso ele mantém (por enquanto) o controle sobre seu tato, seu olfato, seu paladar e delega ao sistema sua visão e sua audição. O termo virtual reality foi inventado pelo cientista e músico Jaron Lanier, em 1983. Foi sua empresa, a VPL, que produziu a primeira luva interativa, em 1984. Mas a aplicação prática dos recursos da realidade virtual vai bem além dos games, ela é usada em simulações cientificas, em áreas como a medicina e a engenharia.
Robótica – A ciência que trabalha no desenvolvimento de robôs, tanto as máquinas quanto os programas que as tornam operacionais. Pelo menos nos filmes sobre o futuro da humanidade, a robótica é extremamente bem sucedida (na verdade, até demais, porque os robôs sempre acabam adquirindo vontade própria e só não conseguem dominar o mundo porque Arnold Schwarzenegger chega bem na hora). A palavra robot, é uma das raríssimas contribuições checas ao vocabulário universal, significa escravo e se popularizou depois do sucesso do livro Robôs Universais, de 1920, do autor checo, Karel Capek.
ROM – Read Only Memory. V. Memória.
Save – Salvar. Vem do latim salvus, inteiro, intacto. De todos os problemas que o usuário não precisaria ter, esse talvez seja o mais comum: perder um documento porque esqueceu de salvá-lo no disco rígido ou num disco auxiliar. E aí, não há S.O.S. que resolva. Por falar em S.O.S., essa é a sigla para salvamento mais famosa no mundo inteiro. Em 1908, um comitê de especialistas navais se reuniu para definir um sinal telegráfico que fosse fácil de emitir e simples de reconhecer. Como o telégrafo, inventado por Samuel Morse em 1835, representava cada letra do alfabeto usando combinações de impulsos elétricos curtos (pontos) e longos (linhas), o comitê se decidiu por um sinal de três pontos – correspondente à letra S – três linhas, a letra O – e novamente os três pontos do S. A partir de então o código ...- - -... foi adotado como pedido de socorro em qualquer língua, mas jamais foi oficialmente traduzido para Save Our Souls ou Save Our Ship (Salvem nossas Almas ou Salvem nosso Navio), como diz a lenda. Foi invenção de jornal. Na era da computação, S.O.S. provavelmente significa Salve Ou Sofra.
Screen Saver – Protetor de tela. Uma herança dos primórdios dos microcomputadores que resistiu bem ao tempo. Há vinte anos, quando telas de monitores eram monocromáticas, de fósforo verde, a exposição contínua de uma mesma imagem podia queimar certas seções da tela, que ficariam marcadas para sempre. Aí nasceu o screen saver, que entrava em ação após alguns minutos de ócio do sistema, deixando a tela branca, ou gerando imagens com movimentos contínuos até que o usuário retomasse a operação. As novas tecnologias tornaram o screen saver obsoleto, mas ele ressurgiu das cinzas, como uma decoração da tela, ou como um espanta-curioso.
Search – Busca. É o mecanismo que permite ao usuário digitar algo que está procurando e aí o sistema se encarregará de vasculhar toda a web para encontrar. Search vem do francês chercher, procurar, que por sua vez remonta ao latim circare, andar em círculos, o que muitas vezes é o que ficamos fazendo numa busca na web, principalmente quando estamos com pressa de encontrar algo.
Senha - V. Password.
Servidor – No caso da internet, o provedor é uma empresa e o servidor é o ambiente onde os sites ficam hospedados. Quem desenvolve um site pode aproveitar as facilidades oferecidas por esses servidores, que já vêm previamente preparados para interagir com a linguagem da internet e com os browsers mais conhecidos. É mais ou menos como comprar um apartamento mobiliado e acrescentar a ele apenas o toque pessoal de decoração. Antes da era WWW, servidor era uma palavra utilizada apenas para designar o funcionário público. Nada a ver, mas a palavra servir vem do latim servus, escravo. V. Apache.
Shareware – Software que funciona mais ou menos como o test-drive de um carro, o prezado cliente experimenta e se gosta, adquire. O shareware tanto pode vir pelo correio, ou ser baixado da internet. Normalmente ele é anunciado com uma mensagem: "Free Shareware!!!", na qual o free
e os três pontos de exclamação estão estampados em caracteres infinitamente maiores do que o resto do texto. Dá a impressão de ser de graça, mas não é bem assim, baixar é de graça, ficar com ele para o resto da vida não é. Depois de um mês, o programinha emperra e aí surge na tela uma mensagem perguntando se o prezado cliente deseja comprá-lo em definitivo. Se a resposta for sim, às vezes é preciso correr o risco de informar o número do cartão de crédito a um sujeito chamado Fröxkz, que mora numa cidadezinha da Caspóvia. E se a resposta for não, o programa é difícil de deletar, porque não tem o obvio comando Uninstall.
Shortcut - V. Atalho.
Silício – Elemento semicondutor de eletricidade utilizado na fabricação de chips. A palavra inglesa para as nossas silício e silicone é a mesma, silicon. Daí se originou o nome de Silicon Valley para a região da Califórnia onde está instalada a maioria das grandes empresas de tecnologia. O silício provem da sílica – do latim silex – que é depois do oxigênio, o mais abundante dos elementos existentes na Terra. Portanto, pode até faltar computador neste mundo, mas nunca será por escassez de matéria prima, isso tem de sobra...
Sistema– Conjuntos de elementos que se relacionam ou operam entre si. O governo é um sistema político; o corpo humano é um sistema biológico; num time de futebol, as jogadas ensaiadas pelo treinador são o sistema tático. Em computação, um sistema é qualquer combinação dos diversos tipos de hardware e software. A palavra vem do grego sustema, combinar.
Sistema Operacional – O programa básico e pré-instalado, sem o qual o micro não funciona. Cada ação do usuário (clicar o mouse, digitar uma letra, apertar uma tecla de função...) é recebida e interpretada pelo sistema operacional, que toma as devidas providências para a execução. É também o sistema operacional que controla o trabalho dos periféricos (impressoras, teclados, monitores...). Enfim, é o faz-tudo ali dentro da caixinha. Há várias versões disponíveis: Windows, MS-DOS, Linux, OS/2.
Site – Lugar. Embora a gente já tenha se acostumado a chamar uma página da web de site, na verdade o site é o local onde essa página pode ser encontrada na web. Vem do latim situs, posição da qual derivou também o português sítio, que no Brasil tem o sentido restrito de chácara, mas em Portugal quer dizer lugar.
Slot – Até o surgimento do computador, slot era apenas aquela abertura nas máquinas americanas chamadas de vending, em que se coloca uma moeda e ela expele um refrigerante. Num micro, são aqueles espaços livres dentro da CPU, em que é possível instalar novas placas para aumentar a capacidade de processamento. A palavra slot é de origem francesa, esclot, valeta.
Software – Programa. Software é uma palavra que assim como marketing entre outras, na falta de uma tradução convincente para o português, acabou sendo adotada na sua forma original. Ware é uma terminação comum em inglês e significa pertencente a uma mesma espécie. Corresponde ao nosso aria (como em hotelaria, funilaria, pastelaria...). E soft é qualquer coisa mole ou macia. E que, como se percebe, nem de longe lembra os disquetes ou CDROMs que contem programas ou jogos. O soft entra nessa composição para diferenciar os programas, manipuláveis pelo usuário, da parte do sistema ao qual ele não tem acesso, a porção hard, dura, que é como foram batizados os micros e seus periféricos. V. Hardware.
T1 – Uma linha telefônica especial para transferir grandes quantidades de dados em alta velocidade. Uma linha T1 envia 1,5 megabytes por segundo, opera com 24 canais individuais de transmissão e é principalmente utilizada por empresas que fazem negócios pela internet.
Teclado - V. Keyboard.
Terabyte – Tamanho de memória. Corresponde a 1 099 511 627 776 bytes ou 2 elevado à potência 40. A palavra tera vem do grego teras, monstro.
TMP – Formato de arquivos temporários. Esses arquivos são criados pelo próprio sistema e ficam na memória do computador, mas o fim do temporário é por nossa conta, temos que ir até lá e jogar tudo fora, senão a memória começa a ficar sobrecarregada.
3D – Tridimensional. Qualquer figura que tenha altura, largura e profundidade. Uma ilustração normalmente é bidimensional, porque lhe falta a profundidade que é a terceira dimensão. A quarta dimensão, segundo Einstein, é o tempo. E a quinta, de acordo com a antiga série de TV "Além da Imaginação", é a fantasia. A palavra dimensão vem do verbo latino dimetiri, medir, cujo particípio passado é dimensus, medido.
Trojan Horse – Um vírus disfarçado. Diferentemente dos vírus normais, o Trojan Horse não se multiplica por vários micros através do correio eletrônico, ele ataca só um, mas é altamente destrutivo. O nome cavalo de Tróia foi inspirado no famoso presente de grego, o gigantesco cavalo com que os gregos presentearam os troianos há 3000 anos, como sinal de paz, mas dentro do qual havia soldados, que à noite abriram os portões de Tróia para que o exercito grego atacasse de surpresa. Como o cavalo grego, o Trojan Horse vem disfarçado como um aplicativo bonzinho.
Tutorial – Aulas particulares. São aqueles programinhas que ensinam passo a passo, didaticamente, como um aplicativo funciona. A palavra vem do latim tutus, proteger. Os tutoriais protegem o usuário das armadilhas do programa, ou resguardam a integridade do computador das investidas dos usuários mais afoitos. Normalmente, o tutorial parte do princípio de que o usuário não sabe distinguir uma tomada de um plugue, por isso a didática é de aula de primeiro grau.
Undo – Comando maravilhoso: Desfaz o que foi feito errado. Dependendo do programa, o sistema registra a última ou as últimas operações executadas e se o usuário se arrepende do que executou, um simples undo faz tudo voltar ao que era antes. Se a gente pudesse escolher uma única opção de comando de um computador para aplicar na vida real, essa opção certamente seria o undo...
Unix – Sistema operacional lançado em 1971 por Ken Thompson e Dennis Ritchie. O Unix está para o software assim como o Macintosh está para o hardware: quem tem acha o máximo e não troca de jeito nenhum. Quando apareceu, o Unix tinha inúmeras vantagens, era distribuído gratuitamente, funcionava em qualquer computador e era tão flexível que podia ser moldado e reprogramado pelo
próprio usuário, além de ser poderoso o suficiente para suportar grandes quantidades de dados. As desvantagens: era preciso ser um iniciado em computação para entendê-lo e a flexibilidade fez com que centenas de versões do Unix começassem a pipocar no mercado. Usada principalmente por universidades e cientistas, a linguagem Unix começou a cair no gosto dos entendidos em microcomputadores quando surgiu o Linux, uma versão mais amistosa e mais acessível. V. Linux.
URL – Nome cheio de pompa para qualquer endereço na web. É a sigla para Uniform Resource Locator. Mais ou menos como chamar chefe de vossa excelência. Uma URL tem duas partes, separadas por uma barra dupla. À esquerda dela está o protocolo que deve ser usado na comunicação e à direita o endereço. V. HTTP.
Utilitários – Programas auxiliares que raramente usamos, mas que podem ser extremamente úteis: compactador ou desfragmentador de arquivos, sistemas de alerta contra vírus. Utilities é uma palavra inglesa normalmente traduzida para o português como utilidades, mas no sentido original é bem menos vago: água, energia e rede de esgoto, por exemplo, são utilities. Ou, como bem expressa o latim utilis, é qualquer coisa que podemos usar de maneira útil.
Virtual – Algo que existe, mas não pode ser percebido pelos cindo sentidos. Um bom exemplo são as chamadas virtudes humanas que vêm, assim como virtual, da mesma palavra latina, virtus, valor. Em computação, virtual é qualquer coisa que não é real, mas que nossa imaginação transforma em algo que nos parece familiar, para nosso melhor entendimento. Assim, quando lemos amazon.com, imediatamente pensamos numa livraria, enquanto o amelia.com nos faz imaginar prateleiras de supermercados. O chamado espaço virtual é uma área fisicamente indefinida, em que as trocas de informações entre diferentes sistemas acontecem.
Vírus – Palavrinha latina que muito antigamente, significava líquido com mau cheiro e por extensão, veneno. A medicina a adotou, há 600 anos, para definir os agentes infecciosos capazes de se reproduzir no corpo humano e causar danos à saúde. Exatamente a mesma coisa que um vírus faz num computador, espalha-se e destrói o seu sistema vital. O primeiro vírus de computador apareceu em 1986. Curiosamente, sua intenção não era de bagunçar, mas a de proteger. Um paquistanês, Basit Farouk, desenvolveu o Vírus do Cérebro, ou Brain Virus, quando descobriu que um software que ele e seu irmão vendiam estava sendo pirateado. O Brain Virus melava as cópias piratas ainda no disquete mas não causava nenhum dano ao resto do sistema. Comparado aos vírus de hoje, o de Farouk era uma minhoquinha inocente, mas o nome que ele usou sobreviveu e virou história...
Visitante – No fim de uma página da web, aparece aquela mensagem: "Você é nosso visitante n.º 003875496". E a gente fica pensando: "Será? Ou isso é tão confiável como odômetro de carro usado depois de passar pelo Estacionamento do João Bafo-de-Onça?" A desconfiança faz sentido quando no pé do site, não aparecer o nome de uma auditoria independente que garanta a veracidade daqueles numerinhos. Mas assumindo-se que o site seja íntegro, há uma diferença entre paga view e hit. Num site que tenha por exemplo, uma página contendo uma foto, são dois hits, um para a página e um para a foto. Já o page view é contado como um acesso ao site, independentemente do número de páginas visitadas. Para quem interessa isso? Para os potenciais patrocinadores do site, porque o preço do anúncio é proporcional ao tráfego de visitantes.
Web – O lado gráfico da internet. A internet é a rede, enquanto a WWW, World Wide Web (teia do tamanho do mundo), é a parte visível dela, que podemos acessar e com a qual podemos interagir. O nome World Wide Web, de tão sonoro e ritmado, parece obra de agência de publicidade, mas foi sugerido por Tim Berners-Lee, durante um descontraído bate-papo, em maio de 1990, no restaurante da CERN, Organização Européia de Pesquisa Nuclear. A CERN é o berço do hipertexto, que deu à luz a web. V. Hipertexto.
Webcam – Câmara da web, que conectada ao sistema com um software apropriado permite a captação e o envio de imagens em tempo real.
Webdesign – Fazer um design. Do francês désigner, escolher – é criar uma embalagem, ou um produto, que seja ao mesmo tempo, visualmente atrativo, do tamanho correto e de desempenho perfeito. Por exemplo, uma Ferrari. Ou um clipe de papel. Do ponto de vista do usuário, um site tem três aspectos básicos: a qualidade gráfica (o que a gente vê), a funcionalidade (a transição entre páginas ou quadros) e o conteúdo (o quanto a gente aprende ou se diverte). O webdesigner é o responsável pelos dois primeiros. E, no caso da parte gráfica, sua tarefa é brutal, a tela inicial de um site é assim como a capa de uma revista, deve mostrar o que há de mais interessante lá dentro. Só que a capa da revista pode ser despojada, como o painel de um automóvel, enquanto o site precisa parecer mais com um painel de avião. Daí, o grande desafio do webdesigner: mostrar sem confundir. V. Conteúdo.
Windows – Sistema operacional desenvolvido pela Microsoft. É o software que contém todas as instruções que fazem o micro funcionar. A palavra windows, janela, vem do nórdico vindauga, olho da porta, já que nas antigas residências e ainda em algumas cidades do interior do Brasil, a porta se dividia em duas partes e a parte de cima funcionava como janela.
Workstation– Estação de trabalho. Pode significar duas coisas: a primeira, um micro que faz parte de uma rede interna de uma empresa, por exemplo. A segunda, mais sofisticada, se refere a um tipo específico de micro, com altíssima capacidade de resolução gráfica, usado para projetos de engenharia ou tarefas de design e publicidade. A única coisa que não combina direito com tudo isso é a palavra estação. Seu sentido de local onde pára o trem tem menos de 200 anos. Originalmente, a palavra latina stationis significava o que hoje significa status, posição social. Naquela mesma época, status queria dizer momento de crise aguda durante uma doença. O station inglês, que faz parte do workstation, está mais para o sentido de posição da pessoa: é o local onde ela se encontra ( o soldado está stationed no Líbano, por exemplo). Então, workstation e estação de trabalho não são as mesas frias onde ficam os micros, é o local aconchegante onde uma pessoa está trabalhando. Sutil, porém um pouco mais humano...
Yottabyte – Tamanho de memória equivalente ao número 2 elevado à potência 80 ou 1 208 925 819 581 336 886 706 176 bytes. Foi em 1965 que Gordon Moore, co-fundador da Intel, criou a Lei de Moore, segundo a qual a capacidade dos chips dobra a cada dezoito meses. Como até agora ele acertou, o yottabyte seria a memória padrão de um micro – ou de qualquer engenhoca que venha a substituí-lo no futuro – aí pelo ano de 2008. É difícil imaginar o que isso vai significar na prática, já que hoje ainda estamos encantados com um terabyte, que tem uma memória um trilhão de vezes menor do que um yottabyte. O termo yotta é uma variação de yocto, notação científica para oito.
Zettabyte – Tamanho de memória. Corresponde a 1 180 591 620 684 899 303 424 bytes ou 2 elevado à potência 70. Esse incrível número é também a quantidade de filhotes que um simples casal de moscas seria capaz de gerar se conseguisse viver apenas quatro meses. Mas a natureza é sábia, as moscas vivem em média 37 dias. Se vivessem só uma semana a mais, em pouco tempo elas infestariam o mundo. É esse equilíbrio ecológico que não tem uma contrapartida no equilíbrio tecnológico, os microprocessadores continuam a se reproduzir em proporções que vão além de nossa imaginação. O termo zetta é uma variação de zepto, notação cientifica para sete. V. Yottabyte.
Zip - Programa de compressão de dados. Foi criado por Phil Katz e consegue espremer o tamanho de arquivos enormes, reduzindo a área necessária para arquivá-los. O truque do Zip, é um artificio até que simples: se num arquivo há 1000 pixels exatamente iguais (por exemplo, um ponto azul-turquesa, que requer milhares de bits para ser codificado), o Zip reproduz o primeiro ponto e informa ao sistema, por meio de uma fórmula que utiliza meia dúzia de bits, que cada um dos outros 999 pontos é idêntico ao primeiro. O Zip requer um periférico, software e disquetes próprios (além da compressão há uma segunda vantagem: um disquete Zip armazena até 200 megabytes, o equivalente a 125 disquetes comuns). Zip não é sigla nem acrônimo, apenas uma onomatopéia para rápido. Incidentalmente... a palavrinha zip foi a mesma que batizou o zíper, inventado em 1893, com o nome de clasp locker, fecho de gancho. Durante 37 anos, o zíper foi apenas um substituto para os cadarços de sapatos e só em 1930 ele começou a ser usado em roupas.
zzzz – Onomatopéia para dormir, utilizada nos balões das histórias em quadrinhos. Mas o sujeito lá da Microsoft que fez o programa do corretor de textos em inglês do Word não pensa assim. Quando o usuário pede uma sugestão para substituir o sonolento zzzz, o corretor sugere, sexo.
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Obs: As imagens: Charlemagne, fibra óptica, glossário, mouse, navegar, nerd, Paul Allen, silicone e telefones antigos, foram escaneadas da revista Odisséia Digital 2. As 27 imagens restantes foram acrescentadas por uma iniciativa da Lost Design (lostdesign.net) em 20 de março de 2004.
Adições:
Google: inserido em setembro de 2004
Bill Gates: inserido em dezembro de 2004
Fonte: http://www.lostdesign.net/glossario/informatica.htm