23.5.13

4 hipocondríacos famosos e suas histórias

Júlia Matravolgyi


Atchim! Será que é gripe? Resfriado? Febre? Melhor ir direto para o hospital… Se é isso o que você costuma pensar ao ouvir um espirro, talvez faça parte de um grupo muito seleto: o dos hipocondríacos. Mas não precisa se preocupar, já que esse é um núcleo cheio de pessoas notáveis. Para mostrar que de médico e de louco todo mundo tem um pouco, o História Sem Fim apresenta uma lista com os hipocondríacos mais conhecidos da história:


1. Charles Darwin



Palpitações, dores abdominais e de cabeça eram alguns dos sintomas que atormentavam o pai da Teoria da Evolução das Espécies. Mas não precisa se preocupar, pois ele viveu muito bem, obrigado, até os 73 anos de idade. Alguns acreditam que Darwin sofreu com a doença de Chagas, outros discordam, já que ao longo da vida o estudioso apresentou melhoras que não costumam ocorrer em quem é atingido por esse mal. As “doenças” incentivaram as atividades de Darwin enquanto pesquisador – ele chegou a afirmar que “a saúde ruim me salvou das distrações sociais e da diversão”. Ele também era bastante preocupado com o tamanho de seu nariz.


2. Marcel Proust



O escritor francês tinha, de fato, uma saúde delicada. Mas conseguiu deixar tudo mais complicado ainda com suas ideias bizarras sobre como deveria se tratar. Entre suas excentricidades estavam cobrir sua casa toda com cortiça (pois acreditava ser excessivamente sensível a qualquer barulho) e uma certa obsessão por toalhas úmidas. Durante alguns anos, Proust passou dias inteiros na cama e se levantava à noite para escrever – foi assim que surgiram os 16 volumes da obra “Em busca do tempo perdido”.


3. Glenn Gould



O pianista, famoso por sua interpretação de obras como “Variações de Goldberg”, era conhecido também por sua aversão ao toque. Uma vez, durante uma visita a um famoso fabricante de pianos, um colega desavisado tocou seu ombro ao saudá-lo. Foi o suficiente: uma semana depois do cumprimento, Gould ainda reclamava das dores no ombro que o toque lhe causara. Ele chegou a se submeter a diferentes exames radiológicos, tomar remédios fortíssimos e até a cancelar uma série de shows por causa do mal estar.


4. Andy Warhol



Como todo bom artista, Warhol tinha suas obsessões: ter uma aparência e uma saúde perfeitas estavam entre elas. Essa idealização do corpo culminou em uma aversão a hospitais, que fizeram o artista adiar uma operação na vesícula até o limite de seu corpo. Conclusão: a cirurgia foi um sucesso, mas ele morreu pouco tempo depois por causa de complicações cardíacas. Ele manteve anotações detalhadas sobre seu medo de doenças.

Fonte: Muy Interessante