por: Lucyanne Mano
As primeiras notícias oficiais sobre a morte de Hitler revelavam que o Fuherer teria sucumbido combatendo russos no comando de um dos últimos setores bélicos nazistas ainda em atividade, em Berlim. Especulações quanto às circunstâncias reais de sua morte, contudo não demoraram a surgir. Muitas evidências históricas indicam que o Fuherer foi levado ao suicídio juntamente a Eva Braum, com quem se casara um dia antes.
Para o homem que disseminou o terror em nome de sua ambiciosa teoria da superioridade ariana, cometendo atrocidades sem precedentes na História contra a própria humanidade, o suicídio correspondeu mais à antecipação da morte oficial ou ao desejo de evitar a humilhação da prisão e julgamento, insuportável para quem prometia mil anos de III Reich e o predomínio de uma raça superior.
A supremacia de Adolf Hitler suscitou sentimentos extremos, conforme a perspectiva histórica e geográfica que se tome ao retratá-lo. Foi um homem que se valeu de todas as fraquezas do homem - a ambição das Forças Armadas, a miopia do poder econômico, a ingenuidade do donzelismo político, a boa fé das massas - para chegar ao Poder.
O estudo biográfico sobre as origens de sua obsessão inclui uma infância marcada por rancor e mania de perseguição, onde já revelava acessos de cólera contra quem o contradissesse e uma adolescência de amarguras: o fracassado sonho de se tornar pintor, a morte precoce de sua mãe às vésperas de um Natal e a sobrevivência miserável pelas ruas de Viena. Como se fosse necessário encontrar quem pudesse arcar com o fardo da derrota, da humilhação e da miséria sofridas.
Polêmicas à parte, com a morte de Hitler, estavam contados também os últimos instantes da resistência alemã na Segunda Guerra Mundial.
Fonte: JBLOG