por: denisedealmeida
A ditadura Vargas, período conhecido por Estado Novo, começou com o golpe de 10 de novembro de 1937 e se estendeu até 29 de outubro de 1945, quando Getúlio Vargas foi igualmente deposto por um golpe de Estado.
Pouco antes da queda, o ditador havia comunicado que decidira interromper o processo eleitoral em curso por considerar inoportunas as eleições que seriam realizadas em 2 de dezembro. Para neutralizar as reação da oposição, as forças políticas que apoiavam Vargas decidiram fazer um grande comício pró-getulista no dia 27 de outubro. A manifestação foi proibida pelo chefe de polícia do Distrito Federal. O Presidente, em represália, substitui o chefe de polícia pelo seu irmão Benjamin Vargas. A manobra irritou o chefe do Estado-Maior, general Góis Monteiro, que convocou uma reunião de altas patentes das Forças Armadas, para comunicar a troca da chefia da Polícia, e decidir qual medida adotar contra o ato arbitrário presidente.
A tarde do dia 29 foi marcada por intensa movimentação de tropas militares, com ordens às diferentes unidades para que deixassem as sedes e ficassem de prontidão nas imediações do Quartel General.
Às 21h30, o general Gustavo Cordeiro de Faria, acompanhado do ministro Agamenon e do general Firmo Freire, dirigiu-se ao Palácio Guanabara para informar ao presidente o desenrolar dos acontecimentos. Depois de ouvir o relato da comitiva, Vargas disse que estava pronto para entregar as funções de governo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares. Vargas foi conduzido por militares para o exílio, na sua cidade natal de São Borja, no Rio Grande do Sul. A presidência transitória de Linhares foi até 1° de fevereiro de 1946, quando Dutra assumiu.
A polêmica Era Vargas
As eleições do dia 2 de dezembro foram realizadas e Getúlio foi eleito senador, com a maior votação da época. O general Eurico Gaspar Dutra, candidato apoiado pelo ditador, foi eleito presidente.
Durante o Estado Novo foram criadas a Justiça do Trabalho (1939) e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), além de ser instituído o salário mínimo.
A ditadura também controlou com mão de ferro os sindicatos e fortaleceu a Polícia Secreta, chefiada por Filinto Müller, especializada em práticas violentas de perseguição, tortura e assassinato de opositores.
Fonte: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=10426