por: Lucyanne Mano
Engasgados com o governo provisório de Getúlio Vargas, estabelecido na Revolução de 1930, a elite política paulista promoveu um movimento armado para derrubar o poder Executivo vigente e promulgar uma nova Constituição. O último grande movimento armado do Brasil acabou esmagado pelo Exército, abrindo portas para que Vargas assumisse de vez o cargo que seria ocupado pelo mesmo durante os 13 anos seguintes.
Na tarde do dia 9 de julho, a situação em São Paulo já era tensa. A cúpula do governo local reuniu-se para decidir o rumo da revolução armada, que era iminente. Desde que Júlio Prestes, candidato paulista na eleição presidencial, foi impedido de assumir a Presidência após vitória marcada por diversas fraudes sobre Vargas, São Paulo vinha sofrendo cada vez mais intervenções e censuras do Governo Provisório. Em janeiro do mesmo ano, manifestantes paulistas já tinham organizado uma passeata com grande adesão popular, sinalizando o que estaria por vir.
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A reunião para a instalção de uma Assembléia Constituinte, organizada por Vargas no Rio de Janeiro, não conseguiu conter a agitação popular, política e militar que grassava no estado vizinho. Uma junta revolucionária assumiu o governo de São Paulo, convocando a população para se alistar para a luta armada contra o Governo Provisório. Os insurgentes acreditavam na adesão de outros estados, como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, coisa que não aconteceu.
Dessa forma, com soldados despreparados, em menor número e com armamento precário, os paulistas partiram para a luta. Em meados de setembro, enfraquecidos, sem munição e cercados pelo Exército, as tropas da Força Pública Paulista, se rendeu. Em outubro foi a vez da liderança do movimento.
Começava, assim a Era Vargas, que atravessaria toda a década, só terminando em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial.
Fonte: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=31458