De acordo com os estudos destes pesquisadores, novas interpretações sobre Zumbi e os quilombos constatam que em Palmares havia uma hierarquia entre os integrantes que dividia os negros em servos e reis, sistema que já era adotado na África pelo mesmo povo. O próprio Zumbi era um chefe e tinha seus escravos, além da história de ele ter sido criado por um padre e saber latim não ter nenhum documento histórico de comprovação. Fora isso, Zumbi teria rompido um acordo com Portugal e antecipado a destruição de Palmares. De acordo com Ronaldo Vainfas, “É uma mistificação dizer que havia igualdade em Palmares”, afirma o historiador. Ele ainda diz que Zumbi e os grandes generais do quilombo lutavam contra a escravidão de si próprios, mas também possuíam escravos. No século XVII, época em que os ideais de liberdade e igualdade ainda não haviam sido consolidados na Europa, não seria possível que, entre os negros, tais conceitos fossem a força e ideal da formação dos quilombos e das atividades de Zumbi. Após os árabes conquistarem o norte africano, os próprios negros vendiam negros nas caravanas que cortavam oSaara. O jornalista Leandro Narloch cita o caso de um escravo brasileiro que, após conseguir sua libertação pela Lei Áurea, virou traficante de escravos da África para o Brasil e esta era a forma como se sustentava. Narloch ainda mostra diversas facetas dos quilombos, mostra a falsificação histórica da vida de Zumbi, que o fez se tornar num mito nacional da cultura negra, entre outras supostas verdades históricas. Fontes:Por Felipe Araújo
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_9463/artigo_sobre_zumbi_-_um_escravocrata,_o_movimento_negro_e_os_quilombolas
http://www.geledes.org.br/textos-relacionados-educacao/a-influencia-africana-no-processo-de-formacao-da-cultura-afro-brasileira.html
http://historiaobservatorio.blogspot.com/2009_12_01_archive.html
Narloch, Leandro. Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. São Paulo: Editora Leya, 2010.
16.7.10
Escravidão nos Quilombos
Zumbi dos Palmares é o ícone de resistência e liberdade mais reverberado na história do Brasil. Os livros tradicionais, utilizados na escola e até mesmo a cultura passada de pai para filho, colocam Zumbi como um revolucionário que lutava pelo fim da escravidão. Além disso, prega-se que os quilombos eram sociedades igualitárias. Porém, uma corrente de pesquisadores que inclui Ronaldo Vainfas, professor da Universidade Federal Fluminense e autor do “Dicionário do Brasil Colonial”, e Leandro Narloch, jornalista e autor do “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” contestam esta versão purista pregada há muito tempo no Brasil.