A heróica travessia EUA - Brasil |
Euclides Pinto Martins |
O AVIÃO |
Na foto o hidroavião Sampaio Correia II, bimotor, biplano, da fábrica Curtis, com 28 metros de envergadura (de uma ponta da asa para a outra), dois motores Liberty de 400 HP cada, com 8 mil kg de peso. |
O REIDE |
Euclides Pinto Martins tinha 16 anos quando aprendeu a pilotar um navio, e, aos 17 anos foi morar nos Estados Unidos, onde fez curso de engenharia mecânica, casando com uma americana. Volta ao Brasil onde trabalhou em obras contra a seca. A sua esposa falece no Brasil. Viúvo, volta aos Estados Unidos onde pratica aviação. Em 1921 conseguiu o brevet de Piloto, quando conhece Walter Hilton, instrutor de vôo na Flórida. Com o novo amigo e a afinidade de idéias, concebe a idéia de um reide New York-Rio de Janeiro, para o ano de 1922, celebrando o centenário da nossa independência, desbravando assim aquela rota aérea. Conseguiram a adesão de um banqueiro americano, Andrew Smith Jr, que asseguraria verbas para o atrevido projeto. Contrataram à Fábrica Curtis, um hidroavião biplano, com 28 metros de envergadura e dois motores Liberty de 400 HP cada. O nome do avião foi uma homenagem ao senador e presidente do Aeroclube do Rio de Janeiro, Sampaio Correia. A tripulação estava composta pelo piloto Walter Hilton, pelo co-piloto Euclides Pinto Martins, o mecânico John Edward Wilshusen (da fábrica Curtis), do jornalista George Thomas Bye do New York Word e do cinegrafista John Thomas Baltzel da Pathé News. O hidroavião deveria decolar no dia 16 de agosto de 1922, mas ao colocá-lo no rio Hudson, houve uma pequena avaria na asa esquerda, adiando a partida. No 17 de agosto finalmente o avião decolou aplaudido por milhares de pessoas. No trecho entre Nassau e Porto Príncipe (Haiti) foram surpreendidos por forte borrasca e cairam no mar ao leste da ilha de Cuba, no dia 22 de agosto de 1922. Mas a equipe não desistiu e , assim, acabaram conseguindo que o jornal New York Word lhes dessem um outro avião, um hidroavião do mesmo modelo, com seis anos de uso, que pertencia à Base Naval de Pensacola, ao qual apelidaram de Sampaio Correia II. No dia 3 de setembro de 1922, partiram de Pensacola, Florida e aterrissaram em Porto Príncipe em 7 de setembro; Tiveram que passar 30 dias esperando peças de reposição para o sistema de refrigeração.
Em 7 de outubro de 1922 eles decolaram de Porto Príncipe rumo a São Domingos na República Dominicana, em seguida Guadalupe, Trinid e Tobago, Georgetown, Paramaribo, Cayena e, finalmente, em 1º de dezembro de 1922, amerissa no Rio Coreau, no Estado do Pará. Depois de outras escalas, chegaram a Recife, em fins de dezembro de 1922, onde conseguiram peças de reposição.
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O HERÓI |
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