Em pouco tempo, novos ideais surgiam como uma resposta a toda uma massa responsável pela produção de riqueza na era industrial. Vivenciando bem essa época, Karl Marx e Friedrich Engels atuavam como importantes pensadores sobre as contradições que marcavam a sociedade burguesa. Paralelamente, vários trabalhadores aglomeravam-se em pequenas sociedades, interessadas na luta contra a miséria e na desigualdade de sua própria classe.
Rodeados por tantas manifestações de transformação, Marx e Engels realizaram a produção do chamado “Manifesto Comunista”. Encomendado pela chamada “Liga dos Justos” – uma sociedade de operários alemães alocados em Londres, o documento dizia que os operários deveriam se organizar para que a classe trabalhadora realizasse uma mudança de grande profundidade. O que se propunha era uma grande comunhão em que os trabalhadores se pusessem a serviço de um grande objetivo comum.
Lançando a proposta de uma revolução trabalhadora, o manifesto teve a preocupação em apontar as falhas do Estado Liberal. Visto como simples representante do interesse da sociedade burguesa, essa forma de governo deveria ser combatida para que assim, as diferenças sociais fossem verdadeiramente combatidas. Por tal razão, o Manifesto Comunista afastava-se das propostas socialistas que simplesmente reconfiguravam as relações sociais, econômicas e políticas vigentes.
Publicado em 1848, o manifesto somente se popularizou quando uma nova onda de mobilizações começou a desenvolver-se nos fins do século XIX. Em pouco tempo, várias edições e traduções viriam espalhar-se pelo Velho Mundo e alcançar outras sociedades expandidas pelo mundo. Daí em diante, vemos que uma obra de aproximadamente vinte páginas fez-se reconhecida pelos vários partidos, acontecimentos históricos e reflexões que ainda marcam nossa vida presente.
Por Rainer Sousa
Mestre em História