12.8.11

Guerra do Congo

congo1O Congo localizava-se na África central e, com uma área de 2 milhões e 300 mil quilômetros quadrados, ocupava a maior parte da bacia do rio Congo, possuindo apenas uma estreita saída para o mar através do Atlântico Sul. A partir da Conferência de Berlim, em 1885, passou a ser propriedade pessoal do rei da Bélgica, Leopoldo II, sendo transformado oficialmente em colônia belga, em 1908. Diferentemente os outros países africanos, as lutas mais sérias ocorreram após a independência da metrópole.

Em 1960, após violentas manifestações populares ocorridas no ano anterior, a Bélgica foi obrigada a conceder independência ao país, que passou a ser governado pelo presidente Joseph savubu e pelo primeiro-ministro Patrícia Lomba.

O Congo era rico em diamantes, ouro, cobre, estanho e outros minerais, cujas Poucos dias após a proclamação da independência do Congo, o governador de Katanga, Moisés Tshombe, promoveu a secessão daquela província, mergulhando o pais na guerra civil. O movimento separatista era apoiado por tropas mercenárias belgas e financiado por grupos internacionais interessados na exploração das riquezas mineiras de Katanga.

jazidas eram exploradas por grupos econômicos e financeiros internacionais. Destes, o principal era a União Mineira do Alto Katanga, sociedade de capital transnacional sediada em Bruxelas, cuja política neocolonialista visava o controle econômico do novo Estado recém-independente.

A pedido do novo governo, a ONU enviou ao Congo uma força de paz que, entretanto, evitou qualquer envolvimento nas lutas intestinas. Logo depois, o presidente Kasavubu destituiu o primeiro- ministro Lumumba, que, entregue aos mercenários katangueses, foi assassinado em 1961. Nessa época o pais se fragmentou em diversas áreas controladas por facções rivais que lutavam entre si com apoio de forças mercenárias, de grupos belgas e norte-americanos, dos brancos da Rodésia e dos portugueses de Angola.

Em 1963, após a retirada da força de paz da ONU, Kasavubu cedeu a Tshombe o cargo de primeiro-ministro e com seu apoio derrotou as facções rivais, assegurando a unidade política do pais. Em 1965 Kasavubu destituiu Tshombe e, em seguida, foi destituído pelo comandante do exército congolês, o general Mobutu, que, como novo representante dos interesses neocolonialistas, implantou no país uma ditadura pessoal. Em 1971 Mobutu iniciou a campanha de “africanização” do Congo, cujo nome foi mudado para República do Zaire. Por trás dessa fachada, prossegue o controle neocolonial da economia do país por grupos financeiros europeus e norte-americanos. A partir de 1990, as pressões oposicionistas forçaram Mobutu a estabelecer o pluripartidarismo. No inicio de 1991, em meio a uma greve geral e manifestações de oposição, o ditador concedeu anistia aos exilados.

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