A península Ibérica foi invadida por vários povos e em 711, foi invadida pelos Árabes, impulsionados pelo ideal da "Guerra Santa" islâmica, em confronto com os cristãos europeus. Os mouros dominaram grande parte da península Ibérica e houveram várias lutas entre eles e os cristãos que tentaram expulsá-los de seu território, na chamada Guerra da Reconquista. A presença Árabe na península Ibérica, marcou profundamente a cultura da região, influenciando a língua, a arquitetura e as artes locais.
O território português foi expandido pelos monarcas da Dinastia de Borgonha, tomando terras aos Árabes em continuidade à Guerra da Reconquista. Esses reinados promoveram a agricultura a fim de garantir o povoamento rápido das terras reconquistadas aos mouros.
Em Portugal, uma relativa supremacia da autoridade do rei sobre a da nobreza efetivou-se precocemente. As terras doadas às ordens religiosas e militares, sobretudo a nobres escolhidos pelos soberanos, conhecidos como fidalgos, não possuíam caráter hereditário, permitindo ao rei transferir seu domínio a outro nobre. Tal situação, típica do reino Luso, obrigava os nobres proprietários a zelar por seus domínios, evitando uma possível reação árabe.
Durante o século XIV época em que a Europa mergulhou numa grave crise, decorrente da Guerra dos Cem Anos e da Peste Negra, o reino português também vivenciou importantes transformações econômicas, sociais e políticas ligadas ao desenvolvimento comercial e urbano e à decadência das estruturas feudais. Gênova e Veneza eram entrepostos comerciais do Mediterrâneo, com isso houve um grande desenvolvimento industrial nestas regiões, as especiarias que vinham do Oriente eram adquiridas com exclusividade, depois eram distribuídas por rotas terrestres aos mercados consumidores. As rotas terrestres eram bastante inseguras, assim eles passaram a usar o Mediterrâneo e o oceano Atlântico para distribuir as mercadorias. Com isso principalmente Lisboa e Porto, converteram-se em entrepostos de abastecimento para os navios cargueiros, dinamizando a economia lusa.
Avis (ou Aviz), Dinastia de (1385-1580), iniciada por D. João I (1385-1433), mestre da Ordem de Avis, que desempenha um papel central na crise política, econômica e social de 1383-1385, permitindo ultrapassar as dificuldades internas de Portugal, combatendo a intervenção estrangeira e garantindo a manutenção da independência.O início desta dinastia determina um novo rumo para Portugal. Reforçadas as resistências a Castela após as batalhas de Aljubarrota (1385) e Valverde (1386), e desenvolvida a aliança com Inglaterra (Tratado de Windsor,1396).
A conquista de Ceuta (1415) foi o primeiro passo para traçar um novo equilíbrio internacional, criando uma área de influência extra-peninsular, estratégica para a navegação do Mediterrâneo e do Atlântico e que se traduzia, ainda, numa forma de pressão sobre Castela.
O interesse pelo reforço do domínio português no norte de África é mantida e, em 1437, organiza-se uma expedição a Tânger que, todavia, redunda num fracasso. Com D. Afonso V (1438-1481), após a Batalha de Alfarrobeira (1449), é fortalecido o papel da grande nobreza, fator que influencia a retomada da política de conquistas marroquinas, então, desenvolvida com sucesso, conquistando-se importantes fortalezas (Alcácer-Ceguer, Arzila e Tânger) que possibilitaram um controle mais eficaz da ligação entre o Mediterrâneo e o Atlântico.Paralelamente, verifica-se o crescimento da influência de Portugal no Atlântico Sul, adquirindo, gradualmente, um papel destacado entre as potências marítimas do ocidente. Manteve, assim, o equilíbrio peninsular.
Os últimos vinte anos do século XV são marcados pela concepção do plano da ligação marítima com o Índico, definido pela coroa como objetivo estratégico. Para esse fim, D. João II (1481-1495) articula medidas de natureza política, econômica, e diplomática, revelando uma avançada visão geopolítica.
Neste reinado é acentuada a centralização do Estado e desenvolvida uma política de apoio à pequena nobreza nacional, limitando a autonomia militar dos grandes senhores e as suas ligações com Castela.
Com a descoberta do caminho marítimo para a Índia e a descoberta do Brasil, o Império Português adquire uma dimensão mundial. D. Manuel I (1495-1521) concentra a sua ação na imposição da hegemonia lusitana no Índico, golfo Pérsico e mar Vermelho, ocupação do reino de Fez, estabelecimento de alianças com a Etiópia e no projeto messiânico de destruir o Islã.
As lutas no Índico e em Marrocos, a disputa francesa pelo Brasil, a primeira crise econômica de Quinhentos, a chegada de Magalhães ao Pacífico e o conflito luso-espanhol pela posse das Molucas, traçaram uma conjuntura que levou D. João III (1521-1557) a modificar alguns traços da política anterior, abandonando fortalezas no Marrocos, orientando-se para a manutenção do comércio da Índia, para a hegemonia no Atlântico Sul, e dando início à colonização do Brasil. São estabelecidos, no reino, a Companhia de Jesus e o Tribunal da Inquisição.
A crise final da dinastia de Avis esteve ligada a um conjunto complexo de fatores, desde a frágil composição demográfica do reino, ao envolvimento em frentes diversificadas e longínquas, às dificuldades financeiras, ameaças à navegação no Atlântico e ao império colonial, enfim, a uma situação internacional em que se caminhava para a formação de grandes estados e se assistia ao fortalecimento do império vizinho.
O sucesso da viagem de Colombo serviu de impulso ao expansionismo espanhol, intensificando as disputas com os lusos pela posse dos territórios ultramarinos. O Tratado de Toledo o mais Antigo deles, estabeleceu que as terras descobertas ou a descobrir ao sul das ilhas Canárias caberiam a Portugal e as localizadas ao norte, à Espanha.
Tordesilhas, Tratado de, acordo firmado em 7 de junho de 1494, entre os reis da Espanha e Portugal, com o objetivo de dispor sobre a repartição das terras descobertas ou a descobrir pelos dois países. O Tratado de Tordesilhas está estreitamente relacionado com as Bulas Alexandrinas e seus efeitos foram imediatamente notados na América e na Ásia.
Assim como as Bulas Alexandrinas significaram um grande triunfo para os Reis Católicos, o Tratado de Tordesilhas impôs a habilidade de negociador do rei João II de Portugal, quando tudo estava a favor de Castela.
A partir de agosto de 1493, o monarca português tentava modificações e ampliações na linha de demarcação. Após muitos meses de duras negociações, embaixadores dos dois países reuniram-se na vila de Tordesilhas e assinaram um tratado.
Estabelecia uma linha imaginária de demarcação, de norte a sul, distante 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Desta forma, tudo o que se descobrisse, a partir de então, a leste da referida linha pertenceria a Portugal e o que se encontrasse a oeste seria de Castela.
Ambas as coroas comprometiam-se a respeitar a linha de demarcação, limitando-se cada uma a explorar somente a zona que lhe correspondesse. Pelo tratado, qualquer descobrimento que, casualmente, ocorresse na região pertencente à parte contrária deveria ser logo cedido.
O Tratado de Tordesilhas pretendia ser também, para a África, um marco de delimitação de fronteiras e um complemento ao tratado oceânico. Portugal cedia, na África mediterrânea, Ceuta e Melilha aos castelhanos. Em troca, assegurava o domínio integral do reino de Fez e reservava para si toda a atividade ao sul do cabo Bojador.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil. De acordo com a bula Inter Coetera, esse descobrimento deveria ser incorporado a Castela, mas, segundo o Tratado de Tordesilhas, pertencia a Portugal. A bula Ea quae pro bono pacis (1506) confirmou o tratado. A expedição de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano atingiu o seu auge em 1522, demostrando a alta rentabilidade das especiarias das Molucas, razão pela qual Espanha e Portugal reclamaram a possessão da referida região, apelando precisamente ao Tratado de Tordesilhas.
A França se sentindo prejudicada se lança ao mar no séc. XVI dominando as regiões do Canadá e Lousiana, ela não se conteve e tornou uma das maiores Piratas da história, a França pirateava barcos portugueses e espanhóis, principalmente quando eles estacam voltando de suas colônias, carregados de especiarias, Pau Brasil, escravos. Isto era bastante lucrativo para a Espanha. Ela também tenta invadir o Brasil várias vezes, chegou no Rio de Janeiro(França Antártica) e depois no Maranhão(França Equinocial) fundou a cidade de São Luís,
E posteriormente houve mais uma invasão ao Rio de Janeiro, mas nenhuma dessas invasões progrediu, elas foram expulsos de todas elas.
A expansão marítima Inglesa voltou-se para o litoral da América do Norte. Em seguida realizaram-se expedições corsárias(piratas), sobre os navios e domínios Ibéricos. Surgiram as Treze Colônias da Nova Inglaterra, embrião dos atuais Estados Unidos. As incursões corsárias eram atos legalizados pela coroa Inglesa. Nessa época a Inglaterra iniciou uma atividade bem lucrativa que é o tráfico negreiro.
A Holanda lança se ao mar no séc. XVI, dominam as Antilhas e a Guiana, invadem o Brasil na época da cana de açúcar, eles aprendem tudo a respeito de sua produção e quando foram expulsos do Brasil, eles vão para as Antilhas e produzem o açúcar mais barato e melhor, isto domina o mercado consumidor que o Brasil tinha e encadeia a crise da cana de açúcar.
Portugal buscava especiarias, seda, papel, perfume, porcelana nas índias. Mas Portugal era apenas um Intermediário desse comércio, quem distribuia as mercadorias pela Europa eram os Países Baixos, como Portugal não estava tendo muitos lucros, o seu Grande Império entrou em decadência,pois eles não tinham como manter. Portugal passou a importar vários produtos manufaturados, que custam mais. Inversamente a todo este processo de decadência do Império oriental luso,elevou-se em importância e peso a colônia portuguesa do Brasilcomo principal centro de exploraçãoe dominação, ativando as medidas para garantir o domínioe ampliar a lucratividade sobre ela.
Fonte:
http://www.estudanet.hpg.ig.com.br/hist-port.htm
17.10.11
História de Portugal
História de Portugal
Portugal sofreu a dominação do Império Romano, e assim houve a penetração do cristianismo em toda a península Ibérica e também firmaram-se estruturas administrativas, normas jurídicas e as bases da vida urbana municipal. A romanização da península foi responsável ainda pelo aumento das trocas comerciais, pela construção de estradas que ligavam as várias cidades fundadas ao centro do Império e pela generalização do uso da moeda. A península Ibérica tornou-se uma região economicamente importante na antiguidade.