Por Felipe Araújo
Palestinos são considerados os povos com origem muçulmana que se estabeleceram em uma área entre a Jordânia e o atual Estado de Israel, que era denominada Palestina. A dominação deste território, que no fim do século XIX contava com cerca de 500 mil habitantes, remete à crise do Império Otomano, que, anteriormente, controlavam aquela região.
As colônias agrícolas de palestinos começaram a ser fundadas no ano de 1862. Um nome importante para o início do povoamento e das atividades de subsistência naquela área foi barão de Rothschild, que tinha grande influência na economia da região.
A questão da divisão do território palestino, alvo de guerras ao longo dos séculos, tem início durante o período de sua formação. Provindo do Império da Rússia, vários israelitas foram na direção desta área. Em 1916, França e Inglaterra firam o acordo de Syke-Picot, que tornava os franceses donos do território onde se localiza o Líbano e a Síria. Já a Inglaterra obteve o Iraque, a Palestina e a Jordânia (antiga Transjordânia).
Neste período, houve a realização do Primeiro Congresso Sionista, que ocorreu na Suíça em 1897. Entre as decisões tomadas nesta ocasião, estava a indicação da criação de uma nação judaica dentro do território palestino. Os sionistas eram nacionalistas que lutavam pela criação deste território de soberania dos judeus.
No livro “1001 Dias que Abalaram o Mundo” (editora Sextante), de Peter Furtado, há a seguinte descrição sobre a criação do Estado de Israel, que já tinha sido aprovado pela Inglaterra e pela Liga das Nações: “No salão lotado fazia muito calor. Às 16h, David Ben-Gurion* entrou e bateu com um martelo na mesa pedindo atenção. Depois de cantar a Hativah, o hino nacional, ele leu a declaração de independência de Israel, firmada em seguida por 37 membros do Conselho Nacional. O Estado de Israel existia oficialmente (…)”.
Após a formação do Estado de Israel, ondas de violência irromperam entre palestinos e israelenses, dando início aos inúmeros conflitos entre os dois povos. A questão foi levada à Organização das Nações Unidas (ONU), que não conseguiu o consentimento dos povos para uma trégua. Neste período, foram feitas três guerras árabe-israelenses. Em 1964, foi criada a Organização de Libertação da Palestina, grupo que planejava e executava atividades terroristas e não reconhecia Israel como Estado. Nos anos 70, o Likud, partido conservador de Israel, foi fundado. Na década de 80, ocorreu a intifada, conhecida como “revolução das pedras”.
* primeiro chefe de governo de Israel.
Fontes:
http://www.sesisp.org.br/cultura/exposicao/palestina-uma-terra-dois-povos.html
http://www2.uol.com.br/historiaviva/multimidia/israel_palestina_-_historia_sem_fim.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Palestinos