Por Ana Lucia Santana
Um mito nasceu em princípios do século XX; não se sabe sua origem, mas o poder da imprensa contribuiu para disseminar esta crença: a Maldição do Faraó. Segundo a lenda do mundo moderno, quem causar transtorno ao repouso das múmias reclusas em seus sarcófagos desde a era do Antigo Egito será atingido em pouco tempo pela foice da morte.
Esta civilização acalentava uma visão sobrenatural da morte. Para preservar os corpos em suas jornadas para outros mundos, criaram o mecanismo da mumificação. Mesmo no século XXI, com todo o desenvolvimento tecnológico, não foi possível ainda compreender como este procedimento era realizado. Como se acreditava que eles necessitariam ainda de seus bens materiais, eles eram enterrados junto com os faraós.
Como prevenção para que as tumbas não fossem violadas e sua existência pós-morte seguisse em paz, seus sepulcros eram ocultos em lugares praticamente inacessíveis. As maldições também cumpriam esse papel. Para esse povo era algo natural, tanto quanto práticas científicas são normais hoje em dia.
A maldição mais conhecida é a da tumba do Rei Tutankamon, da XVIII Dinastia, morto aos 19 anos. Tudo tem início quando, em 1891, o britânico Howard Carter vai ao Egito com a intenção de encontrar um sepulcro ainda não profanado, no qual o então desconhecido faraó estaria enterrado.
Lord Carnarvon, nobre inglês, estudioso do Egito Antigo, custeou a expedição, mas durante cinco anos Carter nada achou. Seu mecenas o pressionou a desistir das pesquisas, mas o jovem insistiu e demoveu-o de seu intento, prorrogando as investigações por mais algum tempo.
Dizem as lendas que antes de voltar ao Egito o aventureiro adquiriu um canário dourado e o pássaro foi seu talismã, pois logo depois finalmente encontraram a tumba, exatamente no dia 04 de novembro de 1922, no Vale dos Reis. No limiar do sepulcro, porém, ele e seus companheiros se depararam com a maldição; uma ameaça a quem abalasse o descanso do Faraó. A múmia de Tutankamon estava intocável em seu sarcófago, protegido por uma máscara dourada, no interior de um esquife igualmente tecido por ouro maciço.
A primeira a morrer teria sido a ave, vítima do ataque de uma serpente, logo associada à que acompanhava o Rei. Lord Carnarvon chegou ao Egito poucos dias depois, eufórico com o sucesso da expedição. Cinco meses após esse evento, ele foi o primeiro a adoecer e morrer, sem que ninguém soubesse precisar as causas de seu mal.
Diz-se que provavelmente ele foi picado por um mosquito que provocou a infecção da qual foi vítima. Assim como se conta que na bochecha esquerda do Faraó foi encontrada uma lesão no mesmo local em que o nobre teria sido ferido. Em 1929 mais dez pessoas envolvidas com a descoberta teriam morrido sem qualquer razão aparente ou prematuramente. Esta maldição jamais foi completamente elucidada.
Fontes:
http://chavemagica.tripod.com/misterios/misterio7.htm
http://medob.blogspot.com.br/2010/08/maldicao-do-farao.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maldi%C3%A7%C3%A3o_do_fara%C3%B3