15.3.12

14 de março de 1822: O nascimento da terceira Imperatriz do Brasil, Teresa Cristina Maria

por: Lucyanne Mano

Nascida sete meses antes da declaração da Independência do Brasil, Teresa Cristina Maria, a nossa terceira Imperatriz, chamada a Mãe dos Brasileiros nasceu no dia 14 de março de 1822, em Nápoles, então capital do Reino das Duas Sicílias, filha do Rei Francisco I das Duas Sicílias e de D. Maria Isabel de Bourbon, infanta espanhola. Foi assim, princesa italiana e neta do Rei da Espanha, Carlos IV.

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A influência italiana na cultura brasileira, chegou na época colonial, através da metrópole, com exemplos notáveis como o do arquiteto Giuseppe Landi e do cientista e militar CCarlos Antonio Napion. E ganhou impulso forte com o casamento de Pedro II com D. Teresa Cristina.

Essa ficara noiva aos 20 anos, por efeito do contrato nupcial - realizado após negociações diplomáticas efetuadas em Viena - assinado pelo diplomata Ramirez, que representava Nápoles junto à Corte Austríaca, e pelo conselheiro Bento da Silva Lisboa, em 20 de abril de 1842. Foi referendado pelo nosso Imperador em 23 de julho daquele ano.

O casamento teve lugar quase um ano após, por procuração, na capela napolitana do Palácio Real. Pedro II representou-se na cerimônia, realizada em 3 de maio de 1843, por Leopoldo de Bourbon, Conde de Siracusa, também Próincipe das Duas Sicílias.

A fragata brasileira Constituição foi buscar a nova Imperatriz brasileira, que D. Pedro II conhecia só de retratos. Partiu da Itália no início de julho, desembarcando no Rio de Janeiro, sob grande festança, dois meses depois, em 4 de setembro.

Desde então, levou vida tranquila, sobretudo recolhida aos deveres familiares ou externando caridade, a bem das classes desprotegidas.

Teve dois filhos, falecidos após o nascimento, e duas filhas, a Princesa Isabel Cristina - que governou o Brasil como Regente - e D. Leopoldina, casada com o Duque de Saxe.

D. Teresa Cristina faleceu aos 67 anos de idade, logo depois da Proclamação da República, ao chegar, em viagem de exílio à cidade portuguesa do Porto, em 28 de dezembro de 1889. Na época, circulou um soneto em sua homenagem, atribuido ao Imperador, mas que segundo historiadores deve ter sido escrito por um saudosista da Monarquia. Seu título é A Imperatriz e os dois quartetos dizem:

"Corda que estala em harpa mal tangida,
Assim te vais, ó doce companheira
Da fortuna e do exílio, verdadeira
Metade de minha alma entristecida.
De augusto o velho tronco haste partida
E transplantada à terra brasileira
Lá te fizeste a sombra hospitaleira
Em que todo infortúnio achou guarida"
Em 3 de setembro de 1920, o Presidente Epitácio Pessoa revogou dois artigos do decreto que banira a Família Imperial e os restos mortais de D. Teresa Cristina e D. Pedro II, vieram, em 1921, para o Brasil, a bordo do encouraçado São Paulo.

Hoje estão na Catedral de Petrópolis.

Fonte: JBlog