HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO
A Terra formou-se há cerca de quatro a cinco bilhões de anos. Há fósseis de criaturas microscópicas do tipo de bactéria que prova que a vida surgiu há cerca de três bilhões de anos.
Em algum momento, entre estas duas datas — a evidência molecular indica que foi há cerca de quatro bilhões de anos — deve ter ocorrido o incrível acontecimento da origem da vida.
É provável que no princípio a atmosfera da Terra contivesse metano, amoníaco, dióxido de carbono e outros gases, hoje abundantes em outros planetas do sistema solar.
Os químicos reconstruíram em laboratórios, a nível experimental, estas condições primitivas, misturando os gases adequados e a água num recipiente de vidro e adicionando energia, através de uma descarga elétrica.
Desta forma, sintetizaram substâncias orgânicas de forma espontânea.
O fato de as moléculas orgânicas aparecerem nesse caldo primitivo não seria suficiente.
Pode haver sido pouco depois deste estágio que criaturas simples como as bactérias deram lugar aos primeiros fósseis, há mais de três bilhões de anos.
Os fósseis depositaram-se em pequena proporção no período cambriano, há quase 600 milhões de anos.
Naquela época, a maioria dos principais filos animais havia aparecido.
Como é óbvio, as criaturas com partes esqueléticas duras, incluindo os dentes, têm mais probabilidades de fossilizar-se, e portanto predominam no registro de fósseis.
Grande parte dos primeiros vertebrados apareceram em depósitos de mais de 300 milhões de anos: criaturas pisciformes, completamente cobertas por um esqueleto duro.
A Terra foi colonizada pelos vertebrados há aproximadamente 250 milhões de anos, por peixes com barbatanas lobuladas e pulmões, depois por anfíbios e por vários tipos de animais mais aperfeiçoados, que denominamos “répteis”.
Os mamíferos, e mais tarde as aves, surgiram de dois ramos diferentes de répteis.
A rápida divergência dos mamíferos numa rica variedade de tipos que existe hoje em dia parece ter se originado do vazio deixado pela extinção catastrófica dos dinossauros, há 65 milhões de anos.
A evidência molecular sugere que nosso último ancestral comum com os chimpanzés e gorilas viveu há menos de cinco milhões de anos.
HISTÓRIA DAS IDÉIAS EVOLUCIONISTAS
No decorrer da história, respeitou-se a crença de que a grande diversidade de vida só poderia ser obra da criação divina.
Na primeira metade do século XIX, a antiga idéia grega de que algumas espécies se transformam em outras se tornou habitual nos círculos intelectuais.
Lamarck estabeleceu uma teoria evolucionista que enunciava que as melhoras adquiridas durante a vida de um organismo, como o crescimento dos órgãos com o uso e sua atrofia com o desuso, eram hereditárias.
Foi Charles Darwin quem, incitado pela publicação da descoberta de Alfred Russel Wallace de seu princípio da seleção natural, estabeleceu em 1859, a teoria da evolução, na obra A origem das espécies. Os estudos de Gregor Mendel, retomados no final do século XIX, demostraram o que Darwin insinuou vagamente: que a hereditariedade é particular, não combinada.
Sejam ou não os descendentes formas intermediárias entre seus pais, eles herdam e transmitem partículas hereditárias separadas, que hoje em dia denominamos genes. Os genes únicos e separados se distribuem de forma independente através das gerações, como nas cartas de um baralho. Se a herança é particular, a seleção natural pode atuar. Como estabeleceram pela primeira vez o matemático britânico G. H. Hardy e o cientista alemão W. Weinberg, não existe uma tendência própria de desaparecimento dos genes do “conjunto” de genes.
Se isso acontecer, será por causa de processos fortuitos, ou da seleção natural.
A versão moderna do darwinismo, chamada de neodarwinismo, está baseada nesta idéia, elaborada entre os anos 1920 e 1930 pelos geneticistas R. A. Fisher, J. B. S. Haldane e Sewall Wright.
A teoria genética moderna da seleção natural pode ser assim resumida: os genes de uma população de animais ou plantas que se entrecruzam sexualmente constituem um “conjunto” de genes.
Os genes competem neste “conjunto” da mesma maneira que as moléculas primitivas que se reproduziam faziam-no no “caldo” primitivo. Na prática, a vida dos genes do “conjunto” de genes transcorre de duas formas: ou assentando-se em corpos individuais que ajudam a construir, ou transmitindo-se de um corpo ao outro, através do espermatozóide ou do óvulo, no processo de reprodução sexual.
Qualquer gene que se origina no “conjunto” genético é resultado de uma mutação ou erro aleatório, no processo de cópia dos genes.
Uma vez que se produziu uma mutação nova, esta pode se estender através do “conjunto” genético, por meio da mistura sexual.
A mutação é a última origem da variação genética.
Existem várias razões que explicam a causa da freqüência de variação dos genes: imigração, emigração, deslocamentos aleatórios e seleção natural.
A imigração, emigração e desvios aleatórios não têm demasiado interesse do ponto de vista da adaptação, embora na prática possam ser muito importantes.
No entanto, a seleção natural é fundamental para explicar a melhora da adaptação, a complexa organização funcional da vida e os atributos de progresso que, discutivelmente, podem-se classificar como evolução. Alguns têm mais qualidades para sobreviver e reproduzir-se do que outros.
Os organismos cujas características para sobreviver e reproduzir-se são melhores, tenderão a contribuir com mais genes para os “conjuntos” genéticos do futuro do que aqueles cujas características sejam más para esta finalidade: os genes que tendem a formar organismos bons serão predominantes nos “conjuntos” genéticos.
A seleção natural traduz-se nos diferentes níveis de sucesso que alcançam os organismos na sobrevivência e reprodução: isto é importante por causa dos requisitos necessários para a sobrevivência dos genes no “conjunto” genético.
Fonte:
http://www.slimsite.hpg.ig.com.br/evoluc.html
8.7.10
Evolução
INTRODUÇÃO