Político e militar revolucionário italiano nascido em Nice, hoje na França, filho de um pequeno armador italiano, na época pertencente à Itália. Ingressou na marinha mercante da Piemonte-Sardenha (1832). Republicano fervoroso foi influenciado pelas idéias do filósofo francês Saint-Simon, criador do chamado socialismo utópico, e filiou-se ao partido da Jovem Itália, sociedade secreta fundada pelo nacionalista italiano Giuseppe Mazzini, que pregava a revolução popular como forma de conquistar a unificação e a independência da Itália. Obrigado a exilar-se em Marselha (1834), de lá partiu para o Rio de Janeiro, chegando (1835) e, viajando para o sul, aderiu à causa dos farroupilhas. Lutou pela República de Piratini e, durante ataque a Santa Catarina, em Laguna, conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, a Anita Garibaldi, que abandonou o marido para seguí-lo. Anita destacou-se por sua bravura participando ao lado dele das campanhas no Brasil, no Uruguai e na Europa. Dirigiu as defesas de Montevidéu (1841) contra as incursões de Oribe, ex-presidente da República, então a serviço de Rosas, o ditador da Argentina. Voltou à Itália (1847) e integrou-se às tropas do papa e do rei Carlos Alberto. Regressou à Itália (1848) para lutar pela independência de seu país contra os austríacos. Derrotado, perseguido e preso, perdeu também a companheira Anita (1849), morta em batalha. Refugiou-se por cinco anos nos Estados Unidos e depois no Peru, até voltar à Europa (1854). Numa nova guerra contra a Áustria (1859), assumiu o posto de major-general e dirigiu a campanha que terminou com a anexação da Lombardia pelo Piemonte. Comandou os célebres camisas vermelhas (1860-1861) que utilizando táticas de guerrilha aprendidas na América do Sul, conquistou a Sicília e depois o reino de Nápoles, até então sob o domínio dos Bourbons. Conquistou ainda a Umbria e Marcas e no reino sulista das Duas Sicílias, porém renunciou aos territórios conquistados, cedendo-os ao rei de Piemonte, Vítor Emanuel II. Liderou uma nova expedição contra as forças austríacas (1862) e depois dirigiu suas tropas contra os Estados Pontifícios, convencido de que Roma deveria ser a capital do recém-criado estado italiano. Na batalha de Aspromonte foi ferido e aprisionado, mas logo libertado. Participou depois da expedição para a anexação de Veneza. Em sua última campanha, lutou ao lado dos franceses (1870-1871), na guerra franco-prussiana. Participou da batalha de Nuits-Saint-Georges e da libertação de Dijon. Por seus méritos militares foi eleito membro da Assembléia Nacional da França em Bordéus, mas voltou para a Itália e elegeu-se deputado no Parlamento italiano (1874) e morreu em Caprera. Fonte: www.dec.ufcg.edu.br A principal figura militar e o herói mais popular na época da unificação da Itália que ficou conhecida como RISORGIMENTO. Com Cavour e Mazzini ele é considerado um dos criadores da Itália Moderna. O patriota e soldado italiano Garibaldi, filho de Domenico Garibaldi, um pescador, e de Rosa Raimondi, nasceu em Nice em 4 de julho de 1807, sendo a cidade controlada pela França, não havia a Itália mas apenas um grupo de pequenos estados atrasados, há muito tempo sob o domínio estrangeiro. Camillo Cavour é tido como o "cérebro da unificação", o que organizou o novo estado, Mazzini "a alma", pois foi ele quem inspirou o povo a exigir a libertação e Garibaldi " a espada". Por suas batalhas pela liberdade na América do Sul, Itália, e mais tarde França, ele é o " Herói de Dois Mundos". Em busca de uma vida de aventuras, quando garoto foi para o mar. Marinheiro do Mediterrâneo, da marinha do reino de Piedmonte-Sardinia, foi capitão mercador em 1832. Durante a jornada para Raganrog, no Mar Negro, ele foi iniciado no movimento nacional italiano por um amigo liguriano, Giovanni Battista Cuneo. Em 1833 aventurou-se para Marselha onde encontrou Mazzini e entrou na sua Giovane Italia, ou Jovem Itália. Mazzini teve um impacto profundo em Garibaldi, que sempre reconheceria esse patriota como " o mestre". Em fevereiro de 1834 ele participou em uma abortada inssureição Mazziniana em Piedmont para tomar a fragata na qual navegava a fim de ajudar na libertação de Genova. A conspiração foi descoberta, ele foi sentenciado à morte in absentia por uma corte genovesa, e fugiu para Marselha. No exílio foi primeiro para Tunísia aí encontrando eventualmente o seu caminho para o Brasil, onde conheceu Anna Maria Ribeiro da Silva, "Anita," uma mulher de ascendência portuguesa e indígena, que se tornou sua amante, companheira de armas, e esposa. Com outros exilados italianos ele lutou em favor da separação do Rio Grande do Sul do Império e de uruguaios que se opunham ao ditador argentino Jan Manuel do Rosas. Reunindo os italianos em Montevideo, Garibaldi formou a Legião Italiana em 1843, cuja bandeira negra representava a Itália de luto enquanto o vulcão ao centro simbolizava o poder adormecido em sua terra natal. Foi no Uruguai que a legião usou pela primeira vez as camisas vermelhas, obtidas de uma fábrica em Montevideo, que pretendia exportá-las para casas de abate na Argentina. Isso se tornaria o símbolo de Garibaldi e de seus seguidores. A formação de sua força de voluntários, sua maestria em técnicas de guerrilha, sua oposição ao imperialismo argentino e brasileiro, e suas vitórias nas batalhas de Cerro e Santo Ántonio em 1846 não apenas asseguraram a liberdade dos uruguaios, mas o tornaram e a seus seguidores heróis na Itália e Europa. Porém, o destino de sua pátria continuou a preocupar Garibaldi. A eleição de Giovannni Mastai-Ferretti como Papa Pio IX em 1846 levou muitos a acreditarem que ele era o papa liberal profetizado por Gioberti, que proveria a liderança para a unificação da Itália. De seu exílio, Mazzini aplaudiu as primeiras reformas de Pio Nono. Em 1847 Garibaldi ofereceu ao núncio apostólico no Bedini do Rio de Janeiro, o serviço da sua legião italiana para a libertação da península. Notícias do rebentar da revolução em Palermo em Janeiro de 1848, e agitação revolucionária em outros pontos da Itália, encorajaram Garibaldi a liderar uns sessenta membros da sua legião para casa. Garibaldi retornou, um mestre da guerrilha, e considerado o "herói de Montevideo". Ele uniu voluntários e foi-lhe dado o comando das forças da curta República Romana que Mazzini havia formado. Após uma defesa desesperada ele foi forçado a fugir com seus seguidores através da península, sendo perseguidos pelos austríacos. Mais uma vez Garibaldi se tornou um exilado. Por algum tempo trabalhou como fabricante de velas em Nova Iorque. Retornado à Itália em 1854, Garibaldi comprou parte da pequena ilha de Caprera e estabeleceu uma fazenda. Em 1859 uma nova guerra estourou com a Áustria. Após lutar nos Alpes, Garibaldi decidiu ajudar os sicilianos, que se tinham revoltado contra o seu rei, Francisco II de Nápoles. Em 1860 seus 1000 " camisas vermelhas" em duas pequenas embarcações a vapor chegaram à ilha. Ele tomou a Sicília em nome de Victor Emmanuel II. Milhares de voluntários correram para se unirem ao exército de Garibaldi. Em Agosto chegou a terra para marchar em Nápoles. Quando ele entrou na cidade, a multidão cantava o hino nacional, agora chamado o Hino de Garibaldi. Após entregar a cidade a Victor Emmanuel II, Garibaldi retornou à sua vida humilde em Caprera. No dia 18 de fevereiro de 1861 o reinado da Itália foi finalmente proclamado. Garibaldi estava determinado a tomar Roma, que ainda estava sob o domínio do Papa. Isso teria feito que a França e a Áustria ficassem contra a Itália. Por duas vezes o governo italiano foi forçado a levar o radical Garibaldi como prisioneiro. Quando as tropas italianas finalmente entraram em Roma, em 1870, ele não compartilhou do triunfo. Ele estava ajudando os franceses na guerra franco-prussiana. Quando esta guerra acabou, Garibaldi retirou- se mais uma vez, com uma pensão generosa, para Caprera. Lá passou o resto de sua vida, morrendo em 2 de junho de 1882. Fonte: br.geocities.com O revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi foi o homem cuja liderança possibilitou a unificação da Itália pela primeira vez desde a época dos imperadores romanos. Nascido em Nice, que hoje fica na França, ele se juntou ao movimento nacionalista liderado pelo patriota genovês Giuseppe Mazzini (1805-1872), na época em que tinha cerca de vinte anos de idade. Depois da queda do Império Romano no século V, a Itália se fragmentou numa porção de cidades-Estados independentes. No final da Idade Média, diversas cidades-Estados, como Veneza e Gênova, tornaram-se potências comerciais mundiais. E durante o Renascimento, Florença, capital da Toscana, tornou-se o centro da arte e da cultura. No século XVIII, porém, o poder das grandes cidades-Estados havia declinado, e potências estrangeiras, como a Espanha, França e especialmente a Áustria, passaram a dominar politicamente a Itália. Em 1796, Napoleão Bonaparte invadiu a Itália e enfraqueceu o controle austríaco no norte da região. Então, ele incorporou Nice e Savóia à França – onde continuam até hoje –, e várias outras partes, incluindo a Toscana. Em outras partes da Itália, ele reformulou as cidades-Estados como repúblicas segundo o modelo francês. Na década de 1830, muitos grupos, incluindo a Jovem Sociedade Italiana, de Mazzini, tinham começado a reivindicar uma Itália unificada e independente. Garibaldi, então soldado e líder de guerrilha, era o típico jovem que aderiria à causa da liberdade italiana. Forçado a deixar o país em 1834, ele passou algum tempo nos Estados Unidos e lutou na Rebelião do Rio Grande do Sul, no Brasil, em 1836. Em 1848, quando a revolução irrompeu na França e na Áustria, e o povo da Itália também se rebelou, ele voltou para casa e se uniu aos patriotas que atuavam em Roma e em suas redondezas. Forçado a fugir uma segunda vez, ele foi para os Estados Unidos, mas em 1859 retornou à Itália. Em 11 de maio de 1860, Garibaldi atracou na Ilha da Sicília com mil homens – conhecidos como "Os Mil" ou "camisas vermelhas", devido à cor da roupa que vestiam – para iniciar sua campanha militar. Depois de conquistar a Sicília e de estabelecer um governo provisório, ele uniu forças com o rei da Sardenha, Vitório Emanuele II (1820-1878), que havia anexado a Lombardia a seu reino em 1859. Juntos, eles libertaram os estados italianos, um a um. Em 1861, Vitório Emanuele foi coroado rei da nova Itália unificada. Em 1866, a Itália se aliou com a Prússia em sua guerra contra a Áustria, e, como resultado, Veneza foi anexada h Itália no mesmo ano. Os Estados Pontificais também foram incorporados, mas Roma continuou a ser protegida pelos franceses, que queriam que o papa ficasse independente do reino da Itália. Depois da derrota dos franceses pela Prússia na Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) e do colapso do império francês, Roma foi anexada à Itália e se tornou a capital de um país totalmente unificado. Garibaldi atuou no Parlamento italiano em 1874. Morreu em 2 de junho de 1882, em sua casa na Ilha de Caprera. Referências bibliográficas YENNE, Bill. 100 homens que mudaram a história do mundo. São Paulo, Ediouro, 2002. (bibliografia completa) Fonte: www.meusestudos.com Giuseppe Garibaldi (Nizza, 4 de julho de 1807 — Caprera, 2 de junho de 1882) foi um guerrilheiro italiano, alcunhado de "herói de dois mundos" devido à sua participação em conflitos na Itália e na América do Sul. Uma das mais notáveis figuras da unificação italiana, ao lado de Giuseppe Mazzini e do Conde de Cavour, Garibaldi dedicou sua vida à luta contra a tirania. Nasceu em Nizza (hoje Nice, na França) então parte do reino da Sardenha-Piemonte. Após participar de um levante frustrado na Itália e ser condenado à morte, fugiu para a América do Sul. No Brasil, aproximou-se dos republicanos que haviam proclamado a República Riograndense (11 de setembro de 1835), no Rio Grande do Sul e tornou-se uma figura importante na Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupillha, na qual os republicanos do sul combateram o Império do Brasil. Ao lado do general Davi Canabarro, tomou o porto de Laguna, em Santa Catarina, onde foi proclamada a República Catarinense (República Juliana). A marinha da jovem República Riograndense estava bloqueada na lagoa dos Patos, pois as forças imperiais dominavam a cidade de Rio Grande, na saída da lagoa para o mar. Para levar as forças republicanas até a cidade de Laguna, Garibaldi levou seus dois barcos através de um trecho de 86 quilômetros de terra, utilizando enormes carretas puxadas por duzentos bois. Em Laguna, Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida depois como Anita Garibaldi com quem se casaria e que se tornaria sua companheira de lutas na América do Sul e depois na Itália. Quando, após quase uma década de luta, ficou evidente que a República Riograndense estava condenada a desaparecer, o presidente Bento Gonçalves dispensou Garibaldi de suas funções, e ele então mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, com Anita e seu filho Menotti, nascido em Mostardas, no litoral sul do estado do Rio Grande do Sul. Garibaldi regressou à Itália em 1848 para lutar na Lombardia contra o exército austríaco e iniciar a luta pela unificação italiana. Sua tentativa de expulsar os austríacos fracassou e teve que refugiar-se primeiro na Suíça e depois em Nice, atualmente na França. Ao final de 1848, o papa Pio IX, temendo as forças liberais, abandonou Roma, para onde foi Garibaldi junto com um grupo de voluntários. Em fevereiro de 1849 foi eleito deputado republicano na assembléia constituinte da República Romana. Em abril, enfrentou um exército francês que tentava restabelecer a autoridade papal. Em maio, um exército napolitano juntou-se aos franceses. Ainda que não tivesse opção alguma para evitar a queda da cidade, sua luta se converteu em uma das mais épicas passagens do Risorgimento. Em 1º de julho Roma finalmente caiu. Quando a assembléia da República Romana decretou o fim da luta frente aos franceses, Garibaldi recusou o salvo-conduto que foi oferecido a ele e a sua família pelo embaixador americano, e preferiu continuar a luta: “A sorte, que hoje nos traiu, sorrirá para nós amanhã. Estou saindo de Roma. Aqueles que quiserem continuar a guerra contra o estrangeiro, venham comigo. Não ofereço pagamento, quartel ou comida. Ofereço somente fome, sede, marchas forçadas, batalhas e morte. Os que amam este país com seu coração, e não com seus lábios apenas, sigam-me.” (1) Seguiram-lhe 3.900 soldados (800 deles a cavalo). À sua caça, três exércitos (franceses, espanhóis e napolitanos) com 40 mil soldados. Ao norte lhe esperava o exército austríaco com quinze mil soldados. Na fuga, sua esposa Anita Garibaldi, conhecida com o Heroína dos Dois Mundos, faleceu em 4 de agosto de 1849, em Mandriole, na Itália. Anita está enterrada no Gianículo em Roma, onde há um monumento em sua homenagem. Condenado pela segunda vez ao exílio, em 1849, residiu em Tanger, Staten Island (Nova Iorque) e Peru, onde exerceu outra vez seu ofício de capitão de navio mercante. Garibaldi voltou à Itália em 1854. Em 1859, participou da Segunda Guerra da Independência. Cavour, primeiro ministro piemontês, o nomeou comandante das forças piemontesas em luta contra os austríacos na Lombardia. Venceu, com seu regimento de 3.000 homens conhecido como os Cacciatori delle Alpi (Caçadores dos Alpes), em Varese e em Como, ambas em maio de 1859, e entrou em Bréscia no mês seguinte, com o que a Lombardia foi anexada ao reino do Piemonte. Conseguida a unificação do norte do país, Garibaldi voltou sua atenção à Itália central. Vítor Emanuel II, rei piemontês, em principio deu o apoio a um ataque contra os territórios papais, mas à última hora o obrigou a abandonar o projeto. Garibaldi aceitou a decisão e se manteve fiel, porém a cessão de Nice e Savóia à França por parte de Cavour e Vítor Emanuel lhe pareceu um ato de traição e decidiu atuar por sua conta. Como ao norte um acordo era impossível, em 5 de maio de 1860 Garibaldi deixa o porto de Gênova com mil soldados (os “camisas vermelhas”) para iniciar a luta pela libertação do sul da Itália. Conquistou então a Sicília e, em setembro, o Reino de Nápoles. A luta terminaria em 26 de outubro de 1860 quando Garibaldi, então governante absoluto do sul da Itália, promove, nas proximidades de Nápoles, o encontro de suas tropas com as do rei Vítor Emanuel, do Piemonte, que se torna o primeiro rei da Itália unificada, em 1861. Garibaldi então recusou o título de nobreza e a pensão vitalícia que o rei lhe ofereceu. Garibaldi, porém, não considerava terminada sua missão, pois Roma continuava fora do Reino da Itália. Em 1866 voltou à luta, para libertar Veneza, ainda sob domínio austríaco. Em 1869 realizou... Fonte: pt.wikipedia.org
Giuseppe Garibaldi 1807 - 1882
1807-1882
Giuseppe Garibaldi
Giuseppe Garibaldi
Revolucionário italiano (1808-1882). Liderou a reunificação da Itália, depois de fragmentada durante séculos em várias cidades.REVOLUÇÃO FARROUPILHA
RETORNO À ITÁLIA
A FUGA DE ROMA E A MORTE DE ANITA
O SEGUNDO EXÍLIO
A SEGUNDA GUERRA DA INDEPENDÊNCIA
A CONQUISTA DA SICÍLIA
O RETIRO DO HERÓI
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