13.12.10

Carlos Drummond de Andrade

Poeta brasileiro nascido em Itabira, MG, considerado a expressão máxima da poesia nacional e o mais influente da literatura brasileira em seu tempo. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade natal, em Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, e formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto (1925). Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Transferiu-se para o Rio de Janeiro (1934), onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, (1934-1945). Também trabalhou no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional até se aposentou (1962).

Iniciou-se como cronista quando passou a colaborar para o Correio da Manhã (1954) e depois para o Jornal do Brasil (1969). Admirado irrestritamente, tanto pela obra quanto pela retidão de seu comportamento como escritor, morreu no Rio de Janeiro RJ, em 17 de agosto (1987), poucos dias após o desaparecimento de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade. Seus livros e poemas foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas.

Entre suas muitas criações poéticas, entre coletâneas e poesias isoladas, citam-se Alguma poesia (1930), Brejo das almas (1934), Sentimento do mundo (1940), José (1942), Poesias (1942), A rosa do povo (1945), Poesia até agora (1948), A mesa (1951), Claro enigma (1951), Viola de bolso (1952), Fazendeiro do ar (1953), Soneto de buquinagem (1955), O ciclo (1957), Cinqüenta poemas escolhidos pelo autor (1958), A vida passada a limpo (1959), Poemas (1959), Lição de coisas (1962), Antologia poética (1962), Obra completa (1964), Versiprosa (1967), José & outros (1967), Reunião (1969), Menino antigo (1973), Impurezas do branco (1973), Amor, amores (1975), Corpo (1984), Amar se aprende amando (1985). Também publicou vários livros em prosa e traduziu importantes livros de autores estrangeiros como Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino). Também publicou vários livros em prosa como Contos de aprendiz (1951), e se destacou como um excelente cronista em títulos como Confissões de Minas (1944), Passeios na ilha (1952), Fala, amendoeira (1957), A bolsa e a vida (1962), Cadeira de balanço (1966), Caminhos de João Brandão (1970), O poder ultrajovem (1972), De notícias & não notícias faz-se a crônica (1975), Boca de luar (1984) e O observador no escritório (1985).

Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/