28.12.12

Falange Espanhola


Por Felipe Araújo

Com sua fundação no ano de 1933, a Falange Espanhola é considerada um movimento e partido político inspirado nofascismo. Seu fundador foi José Antonio Primo de Rivera, advogado e político espanhol. Os ideais da Falange Espanhola eram disseminados para a população por meio de um programa de 26 pontos que colocava em evidência a unidade nacional, premeditando uma reação pública contrária às medidas republicanas vigentes no país naquele momento.



Fora a temática do nacionalismo, a Falange Espanhola apresentava propostas pela criação de dois tipos de propriedade, individual e sindical. Além disso, queriam realizar uma reforma agrária e nacionalizar o crédito. O lema mais conhecido entre os ideais do grupo era “Una, grande, libre” Espanha, em referência à criação de uma nação poderosa com um Estado autoritário.

Para aumentar ainda mais seu poder perante a população, a Falange Espanhola une-se, em 1934, às Juntas Ostensivas Nacional-Sindicalistas (JONS), que tinham ideias contrárias às do clero. Porém, José Antonio Primo de Rivera acaba sendo preso e fuzilado pelas forças republicanas. Com isso, os adeptos da Falange acabam unificando com os franquistas. Durante o início do governo de Franco, ditador espanhol, a Falange Espanhola tornou-se o órgão que determinava as decisões mais importantes no país. Além disso, assumiu o controle como única organização sindical e manobrava a economia. Uma das instituições que se opunha aos membros da Falange era a Igreja, que reprovava o fato de seus representantes terem posições anticlericais. Em 1957, com a influência de membros da Opus Dei no governo, o poder da Falange passa a diminuir.

Para se ter uma ideia do poderio que a Falange Espanhola exercia, no ano de 1939, seu número de membros era de aproximadamente 650 mil. Três anos depois, o integrantes do grupo chegaram a um milhão. O grupo, até mesmo, manteve relações e atividades em países da América Latina, principalmente no Brasil. Segundo a historiadora Eliane Venturine, “a primeira célula falangista no Brasil foi fundada em agosto de 1937, no Rio de Janeiro. Nessa época o país vivia uma intensa atividade política, pois o presidente Getúlio Vargas (1883-1954) se dedicava a retirar de seu caminho os seus opositores, preparando-se para a implantação de uma ditadura, o que ocorreria em novembro desse mesmo ano. A fundação de FET e das JONS no Rio de Janeiro efetivou-se graças a atuação de antigos funcionários da embaixada espanhola no país”.

Fontes:
http://www.coluni.ufv.br/revista/docs/volume03/falangeEspanhola.pdfhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Francohttp://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/2005/11/18/002.htm