23.5.13

Revolução Francesa - Diretório




A queima de assignats: efeito das reformas econômicas do Diretório.

A fase jacobina da Revolução Francesa marcou um período de grande instabilidade dentro do país. Os exércitos contra-revolucionários, a crise econômica e a perseguição política ameaçavam o sucesso revolucionário. Não conseguindo contornar os desafios do momento, as alas moderadas do cenário político francês tomaram a frente no governo. Os girondinos, representantes da alta burguesia, iniciaram uma nova fase revolucionária.

Em agosto de 1795, criaram uma nova constituição nacional. Nela, todos os direitos de propriedade revogados pelos jacobinos foram revalidados. Dessa forma, a burguesia voltava a ter o controle sobre seus bens e negócios. Além disso, o governo seria controlado por um diretório composto por cinco deputados. Inconformados, os radicais jacobinos tentaram reverter o cenário político. No ano de 1796, sob o comando de “Graco” Babeuf, golpistas tentaram acabar com o Diretório

Impedidos pelos girondinos, os participantes da Conspiração dos Iguais não concretizaram a reviravolta jacobina. Além de sofrer pressão das alas mais inflamadas da revolução, o Diretório ainda enfrentou um golpe realista no ano seguinte. Esse último episódio forçou o Diretório girondino a reforçar os exércitos sobre a ameaça do fim da revolução.

No plano econômico, o novo governo resolveu anular as assignats e criar uma nova moeda: o franco. O processo de revitalização econômico era de extrema importância para que os exércitos da revolução pudessem combater seus opositores. É nesse contexto que surge a figura de Napoleão Bonaparte. Exímio estrategista, Napoleão garantiu importantes vitórias contra as tropas monarquistas que lutavam contra a revolução.

Se no plano externo as tropas francesas pareciam garantir a vitória revolucionária, internamente o Diretório temia por uma nova radicalização política em solo francês. Para impedir, talvez, um novo “Terror” os girondinos apoiaram um golpe militar encabeçado por Napoleão Bonaparte. Tendo ele grande prestigio entre seus comandados, Bonaparte logo tomou posse do governo pela força, em novembro de 1799, no conhecido golpe de 18 de Brumário.

O Consulado passou a ser o novo órgão máximo político francês. Nele, três membros tomavam as principais político-admininstrativas. Entre seus integrantes, que no total chegavam a três, estava Napoleão com o cargo de primeiro-cônsul. Uma nova constituição fora redigida. Em seu texto vários mecanismos deram condições para a ascensão política de Napoleão. Este último, que ganhava ares de herói nacional e principal condutor do processo revolucionário francês.

Por Rainer Sousa

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