29.12.10

Afonso Pena (1847-1909)

Affonso Penna
Defensor da legalidade, Afonso Pena renunciou ao mandato de deputado em protesto contra a dissolução do Congresso Nacional pelo marechal Deodoro da Fonseca. Afonso Augusto Moreira Pena nasceu em Santa Bárbara MG, em 30 de novembro de 1847. Fez o curso secundário no Colégio Caraça, dos padres lazaristas, em Minas Gerais. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1870, onde foi colega de Rodrigues Alves, Rui Barbosa e Castro Alves. Em seguida, doutorou-se e dedicou-se à magistratura, logo abandonada em favor da carreira política. Foi deputado provincial e elegeu-se quatro vezes deputado geral, de 1878 a 1889, pelo Partido Liberal. Durante o governo liberal, a partir de 1878, foi ministro da Guerra, da Agricultura e da Justiça. Aceitando a república e desejoso de ver restaurada a ordem civil, tomou parte na Assembléia Constituinte mineira e foi relator da constituição estadual. Assim começou sua aproximação com o grupo republicano. Com o afastamento de Cesário Alvim da presidência de Minas Gerais, foi eleito para completar seu mandato. A sede do governo era Ouro Preto, e coube a Afonso Pena resolver o problema da transferência da capital. O Congresso escolheu Curral del-Rei, onde, em 1894, teve início a construção da nova capital, Belo Horizonte. Afonso Pena fundou a Faculdade de Direito de Minas Gerais, onde foi professor mesmo durante o período em que governou a província. Ocupou a presidência do Banco do Brasil, no mandato de Prudente de Morais, e, em 1900, a presidência do conselho deliberativo de Belo Horizonte, cargo correspondente ao de prefeito. Apoiou Floriano Peixoto por ocasião da guerra civil, o que foi importante para a continuidade do governo federal, mas também deixou claro ao vice-presidente que a realização de eleições normais era imperiosa. Essa atitude, prudente mas firme, contribuiu decisivamente para que a república retornasse à normalidade constitucional. Com a morte de Francisco Silviano de Almeida Brandão, eleito mas não empossado, elegeu-se vice-presidente da república no quatriênio 1902-1906. Em 1905, na sucessão de Rodrigues Alves, foi escolhido candidato à presidência da república, com Nilo Peçanha, e elegeu-se sem opositor. Escolheu seu ministério e logo fez uma viagem de quatro meses por todos os estados litorâneos brasileiros, para ouvir diretamente os governos locais e a opinião pública. Afonso Pena afirmou sua autoridade de chefe com um governo essencialmente presidencialista e deu toda a ênfase às questões econômicas. Cuidou do povoamento da terra, com a imigração em massa; incentivou a indústria, de que a Exposição Nacional de 1908 é prova significativa; e reformou o sistema monetário, por intermédio da Caixa de Conversão, que passou a receber toda moeda estrangeira de curso legal (marcos, francos, liras, dólares, libras esterlinas). Suas prioridades foram sanear e colonizar. Realizou muitos empreendimentos ferroviários e apoiou a obra de penetração de Rondon, encarregado, em 1907, de ligar por telégrafo a Amazônia à capital da república. Criou também o Serviço Geológico e Mineralógico, para pesquisa e aproveitamento das riquezas minerais do país. Sempre deu mais atenção à administração do que à política e essa foi uma das razões da grave crise causada por sua sucessão, geradora da famosa campanha civilista. Afonso Pena morreu no ápice da crise, em 14 de junho de 1909, após rápida enfermidade, no palácio do Catete, no Rio de Janeiro.
Fonte: E-Biografias - Seu portal de biografias na Internet

Ficha de Afonso Pena

Nome completo: Afonso Augusto Moreira Pena
Data de Nascimento: 30 de novembro de 1847
Local de Nascimento: Santa Bárbara (MG)
Data da Morte: 14 de junho de 1909
Local da Morte: Rio de Janeiro (RJ)
Primeira-dama: Maria Guilhermina de Oliveira
Partido: Político: PRM
Profissão: Advogado

Mandato de Afonso Pena

Início do mandato: 15 de novembro de 1906
Fim do mandato: 14 de junho de 1909
Tempo de Mandato: 2 anos e 7 meses
Vice-Presidente: Nilo Peçanha
Precedido por: Rodrigues Alves
Sucedido por: Nilo Peçanha

Fonte: www.duplipensar.net

AFONSO PENA





Afonso Augusto Moreira Pena (segundo a antiga norma ortográfica grafava-se Affonso Penna) foi um político brasileiro (Santa Bárbara, 30 de novembro de 1847 — Rio de Janeiro, 14 de junho de 1909). Presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1906 e 14 de junho de 1909, data de seu falecimento. Antes da carreira política, foi advogado e jurista.

Seu primeiro mandato político foi como deputado pelo estado de Minas Gerais, em 1874. Nos anos seguintes, enquanto se mantinha como deputado, também ocupou alguns ministérios: da Guerra (1882, da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (1883 e 1884), e da Justiça (1885). Presidiu a seguir a Assembléia Consituinte de Minas Gerais, nos primeiros anos da república.

Affonso Penna
Affonso Penna

Foi governador do estado de Minas Gerais entre 1892 e 1894. Foi durante seu governo que se decidiu pela mudança da capital do estado, de Ouro Preto para Curral d'El Rei, hoje Belo Horizonte.

Tornou-se vice-presidente quando da eleição de Rodrigues Alves, em 1902 (substituindo Francisco Silviano de Almeida Brandão, morto antes da posse); e na eleição seguinte, foi elevado à presidência (posse em 15 de novembro de 1906).

Apesar de ter sido eleito com base na chamada política do café-com-leite, Pena realizou uma administração que não se prendeu de tudo a interesses regionais. Incentivou a criação de ferrovias, e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico, por meio da expedição de Cândido Rondon).

Fez a primeira compra estatal de estoques de café, transferindo assim, os encargos da valorização do café para o Governo Federal, que antes era praticada regionalmente, apenas por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que haviam assinado o Convênio de Taubaté. Modernizou o Exército e a Marinha por meio do general Hermes da Fonseca, e incentivou a imigração.

Seus ministérios eram ocupados por políticos jovens e que respeitavam muito a autoridade de Afonso Pena. Chegou mesmo a declarar, em carta a Ruy Barbosa, que a função dos ministros era executar seu pensamento: "Na distribuição das pastas não me preocupei com a política, pois essa direção me cabe, segundo as boas normas do regime. Os ministros executarão meu pensamento. Quem faz a política sou eu."

Em virtude de seu afastamento dos interesses tradicionais das oligarquias, Pena enfrentou uma crise por ocasião da sucessão. David Campista, indicado pelo presidente, foi rejeitado pelos grupos de apoio a Hermes da Fonseca (principalmente por Pinheiro Machado, mais influente congressista daquela época). Afonso Pena ainda tentou indicar os nomes de Campos Sales e Rodrigues Alves, sem sucesso. Em meio a tudo isso, iniciou-se também a campanha civilista, lançada por Ruy Barbosa.

Acabou falecendo durante o mandato, em 1909, em meio à crise e pouco depois da morte de seu filho, Álvaro Pena. A presidência foi transferida a Nilo Peçanha.

Fonte: pt.wikipedia.org