Alguns meses mais tarde, ele ( Getúlio ) lidera um golpe que o conduz à presidência. Isso entrou para a história como a Revolução de 1930 e deu início a uma nova etapa na história do Brasil, conhecida como Período Getulista ou Era Vargas.
Vargas assumiu o governo provisório em 3 de novembro de 1930. E dominou a cena política brasileira durante 24 anos, até seu suicídio em 1954, quando ocupava a presidência pela segunda vez. Governou o pais no regime militar até 1945, e no segundo mandato eleito pelo povo em 1950, até cometer suicídio em 24 de agosto de 1954.
A frase do governador mineiro na época, Antônio Carlos: "Façamos a revolução antes que o povo a faça" - ajuda a explicar a Revolução de 1930. Foi um movimento das oligarquias que não se beneficiavam da política do "café-com-leite", como a do Rio Grande do Sul, com o apoio de setores sociais cansados da velha e corrupta república, tal como os tenentes e as classes médias urbanas.
Essa parcela da oligarquia que se revoltava queria acabar com o domínio da oligarquia cafeeira mineiro-paulista ou, ao menos, compor-se com ela. Ao mesmo tempo pretendia impedir que o poder lhe fugisse das mãos, tomado pelos tenentes ou qualquer outro grupo de oposição. Os paulistas tendo o presidente nas eleições de 1930 Júlio Prestes, que não tomou posse, e o atual presidente em exercício deposto (Washington Luiz)
O golpe militar de 1930 instaura a ditadura ou "Governo Provisório". Assim que se instala no poder Vargas fecha o Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputados), destitui as Assembléias Estaduais e Câmaras Municipais, anula a Constituição vigente de 1891 e substitui vereadores, prefeitos, governadores e deputados por delegados de polícia e interventores militares. Instaura-se a censura, perseguições, torturas, prisões e mortes.
A Revolução de 1932 foi principalmente gerada dentro da própria Aliança Liberal que solicitava a convocação de urna Assembléia Constituinte Nacional para a instituição de nova Constituição e retomo do Brasil ao Estado de direito. O governo provisório do ditador preferiu ignorar. "O mesmo grupo político e militar que colocou Vargas no poder se revolta contra a "provisoriedade", provocando uma cisão dentro da Aliança Liberal e a guerra civil".
Porque São Paulo comemora a derrota da revolução de 9 de julho de 32,( somente do lado paulista, somou cerca de oitocentos e trinta soldados mortos em 85 dias que durou a revolução ), e a união não comemora a vitória?
Aqui na cidade de SP os bairros são sub divididos em jardins, exemplo na zona leste em São Mateus temos sub divisões e aqui onde moro é JARDIM 9 DE JULHO, data em homenagem ao dia que começou a revolução de 32 , no centro da cidade tem AV. 9 de julho umas das mais tradicionais da cidade.
Os paulistas se revoltaram com a revolução de 1932, a favor da constituição, do candidato que venceu as eleições, com a renuncia de Jânio quadros em 1961, o povo se revoltou quando os militares não queriam que o vice Jango Goulart tomasse posse. Os paulistas se revoltaram quando o Presidente eleito foi deposto em 1964, criando assim a era militar 1964 a 1984. Os paulistas se revoltaram quando Collor, presidente eleito foi deposto e sucedido pelo vice Itamar Franco. Por essas e todas outras razões que não foi mencionado aqui, é que os paulistas sentem-se orgulhosos, por defender o que é de direito. E sendo assim é justo comemorar a revolução de 9 de julho de 1932, mesmo sendo derrotados nas trincheiras, o que culminou com o fatídico golpe do ditador Getulio. Entretanto cabe a pergunta , será que foram só os paulistas os derrotados?