5.9.08

História da África




Introdução
Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características culturais.



Território Bérbere


O povo Bérbere
Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc. Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.



Os bantos
Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente. Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.A condição do negro no Brasil Colonial

Entre os negros trazidos para o Brasil a maioria eram bantos (provenientes do Congo, Angola e Moçambique) e sudaneses (habitantes da Costa da Mina e da Guiné Portuguesa). Geralmente eram prisioneiros de guerra trocados por aguardente e tabaco. Os maltratos se iniciavam já no navio negreiro ou tumbeiro: onde os escravos vinham aglutinados e presos uns aos outros nos porões dos navios durante meses. Ali mesmo faziam suas necessidades e quase não se alimentavam. Tais condições precárias de higiene e alimentação geravam doenças e mortes. Tal situação foi brilhantemente descrita por Castro Alves em seu poema "Navio negreiro". Chegando ao Brasil, os negros eram vendidos em praça pública como mercadorias. Eles eram adquiridos, em sua maior parte, por senhores de engenho para serem usados no corte de cana e em outros trabalhos, dos mais leves aos mais pesados. Os escravos viviam e trabalhavam sob vigilância dos feitores. As punições aplicadas, por menor que fossem, faziam com que o negro se acostumasse à disciplina rígida imposta pelos brancos (a condição do negro podia ser resumida em PPP, pão, pano e pau, que representavam respectivamente a má alimentação, o vestuário simples e os constantes castigos aplicados). Tais fatores, junto com a exaustiva jornada de trabalho (em média 16 horas), faziam com que a vida do escravo geralmente fosse curta. O negro escravizado se encontrava afastado de sua cultura natal, estava separado da família, era constantemente maltrado e desrespeitado o que gerava uma depressão profunda denominada banzo. Alguns não aceitavam essa situação e muitas vezes se revoltavam realizando um trabalho lento e pouco produtivo e, às vezes, chegavam ao extremo de se suicidarem ou matarem os filhos para que estes não sofressem a escravidão. Outra forma de rebelião era a fuga. Os negros fugidos iam para comunidades organizadas chamadas quilombos. Normalmente os quilombos não duravam muito tempo pois uma vez descobertos eram destruídos completamente. Mais informações relacionadas à situação do negro no Brasil poderão ser obtidas através do texto



A condição do negro no Brasil Atual.
Segue-se um trecho do poema "Navio negreiro" de Castro Alves, conhecido também como o "poeta dos escravos".


Navio Negreiro
Era um sonho dantesco!... O tombadilho, Que das luzernas avermelha o brilho, Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar... Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras, moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se orquestra, irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais... Se o velho arqueja, se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais... Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que de martírios embrutece, Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra. E após fitando o céu que se desdobra Tão puro sobre o mar, Diz do fumo entre os densos nevoeiros: "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!..."
E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais... Qual num sonho dantesco as sombras voam!... Gritos, ais, maldições, preces ressoam! E ri-se Satanás!...

Os soninkés e o Império de Gana
Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.
Fonte: Sua Pesquisa