Da forma como são usadas hoje, as duas palavras costumam ser empregadas no sentido de Estado. "Os impérios são grandes, enquanto os reinos geralmente estiveram associados à idéia de dimensões territoriais menores. A figura de imperador se reveste de maior importância que a de rei", afirma o historiador Newton Barbosa de Castro, da Universidade Federal de Juiz de Fora. A questão da extensão territorial é relevante, mas talvez a diferença mais importante entre os dois conceitos seja outra: o rei governa seu próprio povo, enquanto o imperador é soberano de outros povos, conquistados não só pela força, mas também pelo poder econômico ou pela eficiência diplomática. Dentro de um império, podem coexistir várias etnias diferentes, unificadas por uma única administração e submetidas a uma mesma autoridade. Por isso, normalmente um reino é uma entidade político-administrativa mais estável, enquanto o império se caracteriza por uma constante tentativa de expansão. Um bom exemplo para diferenciar os dois conceitos é o do reino inglês. Com a conquista de territórios fora da Grã-Bretanha a partir do século 16, ele passaria a ser chamado de Império Britânico. Isso até perder quase todas as suas últimas colônias no século 20 e voltar a ser apenas um reino.