O russo T-90, um dos mais modernos tanques de guerra produzidos na atualidade.
Considerados um dos mais potentes instrumentos de guerra contemporâneos, os tanques são utilizados desde a Primeira Guerra Mundial. Naquele tempo, a tensão política e o revanchismo entre as nações imperialistas abriram portas para o desenvolvimento de tecnologias de combate nunca antes observadas. A princípio, os tanques de guerra foram chamados pelos ingleses apenas como “tanks”, para que as nações inimigas não soubessem do potencial de destruição da tecnologia empregada nesse tipo de arma.
Uma das mais notórias vantagens contidas no uso dos tanques é a possibilidade de se atravessar territórios extremamente acidentados, atirar nas tropas inimigas e transportar vários soldados em segurança, tudo isso ao mesmo tempo. Contudo, até que todas essas vantagens fossem satisfatoriamente atendidas, os tanques ainda davam um enorme trabalho. Falhas mecânicas, o atolamento em terrenos movediços e a lentidão do carro eram as limitações mais comuns desta arma.
Com o passar do tempo, o desenvolvimento de novas pesquisas transformaram os tanques em uma opção de guerra mais ágil e poderosa. Segundo estimativas, um tanque de guerra tem hoje noventa por cento de chance de atingir em cheio outro tanque, mesmo que ele esteja em movimento. Toda essa eficiência gerou um custo que encareceu bastante a manutenção dessas máquinas. Rússia, Israel, EUA, Inglaterra, França e Alemanha, são exemplos de nações que produzem esse tipo de armamento.
É interessante notar que o aperfeiçoamento dos tanques de guerra não foi provocado por uma necessidade natural de se repensar as suas capacidades. Na medida em que se tornaram mais potentes, os tanques logo tiveram de enfrentar outro braço da tecnologia bélica dedicado à destruição de tanques. Hoje em dia, o míssil norte-americano “Hellfire” consegue destruir o sistema de proteção de qualquer tanque de guerra contemporâneo.
Usualmente, os tanques mais modernos adotam sistemas de blindagem feitos a partir de compostos de cerâmica ou com o uso do “Chobham”, um composto resistente que ainda tem sua fórmula mantida em segredo. Além desse tipo de proteção, existem os sistemas de blindagem reativa, onde os tanques são cobertos por placas que explodem no sentido contrário do projétil que o atinge. Por meio dessa explosão, o impacto causado pelos ataques diminui consideravelmente.
Mesmo com tantas mudanças e aprimoramentos, um tanque de guerra ainda pesa – em média – algo em torno de 60 toneladas. Para o futuro, se espera desenvolver tanques não tripulados que pesem cerca de um terço do valor atual. Ao invés de mísseis, alguns dos tanques do futuro utilizariam tiros a laser e micro-ondas. Apesar de tais projeções, é complicado saber quais as modificações que os tanques sofrerão para atender os objetivos militares do porvir.
Por Rainer Sousa
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