11.5.09

Centenário da Retirada de Laguna

8 de maio de 1967 — Centenário da Retirada de Laguna


Jornal do Brasil: Centenário de Laguna
O centenário da Retirada de Laguna, um dos episódios mais famosos da Guerra do Paraguai (1864 a 1870), foi lembrado em uma solenidade realizada junto ao monumento de Laguna e Dourados, na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. 

A batalha um dos mais brilhantes exemplos de resistência de uma tropa, foi descrita no clássico homônimo de Affonso Escragnolle de Taunay, o visconde de Taunay, que à época era secretário do corpo de engenheiros do Exército brasileiro. Durante cerca de dois anos, na Guerra do Paraguai, os brasileiros enfrentaram os perigos do pantanal, e os soldados de Solano Lopez, com pouquíssimos recursos. 

A saga começou quando o governo imperial decidiu reunir as tropas em Uberaba (MG) para dali alcançarem o Mato Grosso, a fim de expulsar os paraguaios, que haviam invadido essa Província. Em 18 de julho de 1865, 3 mil homens chegaram às margens do Rio Parnaíba, onde receberam ordens para marchar sobre a cidade de Miranda, que estava sob o domínio do inimigo.

A coluna brasileira percorreu em dois anos 2.112 km a pé, saindo do Rio e passando por São Paulo e Uberaba, até finalmente chegar a Coxim, no atual Estado de Mato Grosso. Nessa altura grande parte do efetivo havia morrido de exaustão e diversas doenças, e a cidade havia sido saqueada e abandonada. A coluna prosseguiu, atravessando o Pantanal até Miranda. 

Sob as ordens do coronel Carlos de Morais Camisão marcharam até Nioaque, e de lá até a fazenda Jardim, às margens do Rio Miranda, de propriedade de Francisco José Lopes. O fazendeiro ofereceu-se como guia para o exército e doou seus bois para alimentá-los. A tropa chegou a Bela Vista, ao Rio Apa no território paraguaio, e seguiu até Laguna, fazenda de Solano López. 

A volta das tropas ao Brasil
Cercado pelos paraguaios, exaustos, já sem alimentos e com pouca munição, o coronel Camisão decidiu bater em retirada de Laguna no dia 8 de maio de 1867. 

Dos 1.680 soldados que invadiram o Paraguai, 700 conseguiram voltar e chegaram em 11 de junho a Porto Canuto, depois de percorrer 350 quilômetros. Os paraguaios usaram sua cavalaria contra os brasileiros a pé, e tocavam fogo ao mato, seguindo a direção do vento para sufocar os soldados brasileiros e fazer com que se queimassem as chamas. Na fuga, a tropa teve de abandonar 122 feridos e doentes.

Fonte:JBonline
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