Você consegue imaginar o mundo sem museus? De imediato, assim, pode até conseguir, mas pense bem e veja se não seria estranho. Não teríamos contato com objetos ou mesmo com fósseis de seres da Terra que tiveram seu tempo de uso e vida em outra época que não a nossa. Quando entramos em um museu, não estamos, ao contrário do que muitos pensam ou dizem, entrando em um espaço de coisa velha e mofo. Estamos, isto sim, adentrando em uma verdadeira máquina do tempo, a nos proporcionar uma viagem pelos séculos de um mundo e de uma humanidade, que sequer sonhávamos existir, porque sequer existíamos. Se não fossem os museus, jamais teríamos a oportunidade de ver, por exemplo, o compasso geométrico de Galileu Galilei, conservado, nos dias atuais, no Castello Sforzesco, em Milão. Engana-se quem pensa que um museu precisa ser obrigatoriamente um lugar com porta de entrada e objetos ou quadros expostos sob determinada luz e ambiente. Após a criação pela UNESCO, em 1972, da Convenção do Patrimônio Mundial, isto perde um pouco o sentido ou, pelo menos, um sentido que deveria ser revisto. Com a Convenção, pretende-se incentivar a preservação de bens culturais e naturais, avaliados como marcos estéticos da humanidade. Valorizam-se cidades ou locais que, além de serem referência histórica e de identidade das nações nas quais se situam, podem ser concebidos como um patrimônio mundial. A preservação desses lugares fica a cargo do seu país de origem, que recebe o apoio da UNESCO nas atividades de proteção, pesquisa e divulgação. No Brasil, são dezessete os locais considerados como patrimônio de todos os povos: Ouro Preto (Minas Gerais); Olinda (Pernambuco); São Miguel das Missões (Rio Grande do Sul); Salvador (Bahia); Congonhas do Campo (Minas Gerais); Parque Nacional de Iguaçu (Paraná); Brasília (Distrito Federal); Parque Nacional Serra da Capivara (Piauí); Centro Histórico de São Luís (Maranhão), Diamantina (Minas Gerais), Pantanal Matogrossense (Mato Grosso do Sul), Parque Nacional do Jaú (Amazonas), Costa do descobrimento (sul da Bahia e norte do Espírito Santo), Mata Atlântica do Sudeste (da Serra da Juréia, em São Paulo, até a Ilha do Mel, no Paraná), Parque Nacional das Emas e Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (Goiás), Centro de Goiás (Goiás) e Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas (Pernambuco e Rio Grande do Norte). Os museus são uma contribuição única no mundo. Através dos anos, preservam os objetos que foram utilizados, inventados ou descobertos pelo homem ao longo de sua existência histórica. No caso das cidades ou locais preservados como patrimônio histórico e cultural, a própria arquitetura utilizada nas construções de moradias adquire, com o peso do tempo, uma dimensão de arte a ser preservada. E também cultuada. Pensem ainda nos seres que jamais poderíamos cogitar, não fosse o trabalho de exposição, em museus de história natural, dos esqueletos de animais pré-históricos. Sem dúvida uma fascinante viagem no tempo é o que os museus, em geral, costumam nos proporcionar. Isto porque tudo o que pode ser visto nos museus representa, na verdade, as riquezas naturais e culturais do mundo. As pessoas que trabalham em museu são, acima de tudo, profissionais que buscam alta qualidade. Todo museu, seja especializado em arte, história ou tecnologia, tem como objetivo principal a primazia cultural. Nessa área, a performance profissional qualificada é fundamental: atenção a detalhes; capacidade de análise, concentração, observação e organização; criatividade, curiosidade, gosto pela pesquisa e pelos estudos; habilidade manual, interesse em adquirir conhecimentos em outros setores, sensibilidade artística, senso crítico e estético são essenciais para se exercer um bom trabalho. Não esquecendo que o principal compromisso de um museu é servir ao público e que um bom profissional não deverá jamais perder esse compromisso de vista. Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística A mitologia grega conta que Mnemósine era a deusa Memória. Tinha nove filhas, as Musas, que se reuniam no Mouseîon (palavra grega que significa "museu") para estudar artes, filosofia e ciências. O Mouseîon, era também o palco das exposições organizadas pelas musas, para agradar aos deuses. Com o tempo, os museus ganharam vida e se espalharam pelo mundo. O primeiro espaço a receber o nome de "museu" foi o de Alexandria, no Egito, no século III a.C., no lugar onde se reuniam os cientistas da época. Durante a Antigüidade, surgiram vários museus que desapareceram na Idade Média, a partir do século V. O Renascimento, que ocorreu entre os séculos XV e XVI, reacendeu o desejo de conhecimento. Assim, surgiram coleções particulares de obras antigas, principalmente de estátuas gregas e romanas. O primeiro edifício projetado para ser museu foi a Galeria degli Ufizzi (Galeria de Escritórios), em Florença, Itália. começou abrigando obras de arte da família Médici, que financiou muitos artistas. No século XVIII, as coleções dos príncipes deram origem a grandes museus, como o Louvre, em Paris, e o Museu Britânico, em Londres, que reúnem obras do mundo inteiro. O Museu de Arte de São Paulo (MASP), um dos cartões - postais da capital paulista, é um mouseîon brasileiro. É o maior museu de arte da América Latina, com obras de grandes artistas estrangeiros - como Rembrandt, Van Gogh, Velásquez, Renoir, Cézanne, Manet e Picasso - e brasileiros - como Cândido Portinari, Anita Malfatti e Almeida Júnior. Em São Paulo, há outro museu de importância nacional: o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, inaugurado em 1895. Possui um grande acervo histórico, com mais de 125 mil peças, entre móveis, quadros, documentos e objetos. Há destaque para o Salão Nobre, onde estão objetos ligados ao dia 7 de setembro, como a carta de D. Pedro aos paulistanos e o quadro Independência ou morte, de Pedro Américo. O Mosteiro da Luz, construído e fundado em 1774, por frei Antônio Galvão, abriga o Museu de Arte Sacra, com peças religiosas do pintor Manuel da Costa Ataíde e do escultor Aleijadinho, entre outros. O Museu Nacional, fundado em 6 de junho de 1818, no Rio de Janeiro, por D. João VI, é o mais antigo museu brasileiro e o mais importante da América do Sul. Está instalado no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, que foi residência da família real. Antes chamava-se Museu Real, mas a partir de 1922 recebeu o nome atual. Em seu acervo há mais de um milhão de objetos brasileiros, egípcios, gregos, romanos, peruanos, mexicanos e norte-americanos. No mundo, atualmente, há museus para tudo. Em muitos deles, os visitantes podem interagir com o espaço, tocando nas peças, jogando com elas ou confeccionando seus "objetos de museu", mexendo com argila ou pintando. Com a recente tecnologia da computação, a internet possibilita ao internauta a visita a museus dos mais variados países, on-line, ou seja, sem que precise sair de casa. Fonte: www.paulinas.org.brDIA MUNDIAL DOS MUSEUS
18 de Maio
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O PROFISSIONAL DE UM MUSEU
DIA MUNDIAL DOS MUSEUS