No livro do Eclesiastes, se lê esta frase: 'Lembra-te que és pó. E ao pó retornarás'. Além de lembrar ao homem sua condição perecível e transitória, esta sentença recorda a aniquilação física, a decomposição do organismo, após a morte. A realidade é constatada quase universalmente. Digo quase universalmente, por se darem exceções, embora raríssimas, de não decomposição física. Exceção esta conhecida pelo nome de Incorrupção. A Incorrupção é a preservação do corpo humano da deteriorização que comumente afeta todo organismo poucos dias após a morte. É evidente que são excluídas as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação dos corpos dos mortos; pois seriam incorrupções artificiais.rci pede. Nasceu em Sena de Toscana. Viveu em humilde simplicidade, atendendo a um pobre lar com sete filho, vendo-se obrigada em várias ocasiões a sustentar a casa com seus trabalhos de costura, quando seu marido perdeu seu emprego. Foi uma mulher de luzes extraordinárias e rodeada de maravilhosos carismas e dons extraordinários. O cardeal Pedicini refere a sua declaração juramentada sobre os portentos que ele presenciou nessa mulher extraordinária, e que podem ser consultados no processo de sua beatificação. Diz o citado Cardeal que Ana Maria Taigi vinha os pensamentos mais secretos das pessoas presentes ou ausentes; os acontecimentos dos séculos passados, e a vida que levavam as mais importantes personagens. Poderia se dizer que este dom era onisciente, era conhecimentos de todas as coisas em Deus, na medida em que a inteligência humana é capaz de conhecê-lo nesta vida. E acrescenta o Cardeal:Diz o citado Cardeal que Ana Maria Taigi vinha os pensamentos mais secretos das pessoas presentes ou ausentes; os acontecimentos dos séculos passados, e a vida que levavam as mais importantes personagens. "Me sinto impotente para descobrir as maravilhas de quem fui confidente durante 30 anos". O decreto de beatificação a aponta como:"pródigo único nos fastos da Santidade". Nasceu nos arredores de Sevilha em 30 de Janeiro de 1846, tendo sido baptizada no dia 2 de Fevereiro seguinte na paróquia de Santa Luzia. Pouco tempo teve de escola, aprendendo a escrever, algumas noções de aritmética e catecismo. Apesar da sua pobreza, desde pequena se habituou a partilhar os bens da sua casa com os mais pobres. Na família aprendeu a rezar o Terço e a celebrar o mês de Maio, dedicado à Virgem Maria. Manhã cedo, acompanhava seu pai para a oração do Terço; em 1854 fez a Primeira Comunhão e recebeu a Confirmação no ano seguinte. Começou a trabalhar aos doze anos numa sapataria, onde também se rezava o Terço, diariamente; ali começaram as suas experiências místicas. Começou a ensinar a sua profissão a outras meninas numa instituição chamada "As arrependidas", em Sevilha. O seu confessor ajudou-a a encontrar a sua vocação: ser monja. Por falta de saúde, não foi admitida no Carmelo fundado em Sevilha por Santa Teresa de Jesus, mas em 1868 entrou como Postulante nas Filhas da Caridade do Hospital central de Sevilha, de onde foi trasladada para Cuenca, com melhor clima para a sua saúde. Em 1870 teve de abandonar definitivamente a Instituição. Teve de viver como "monja sem convento", voltou ao seu trabalho, aceitou a orientação do seu director espiritual, escrevendo os seus pensamentos e desejos da alma, até descobrir a sua vocação perante uma Cruz: a fundação de um Instituto que, "por amor de Deus, abraçasse a maior pobreza, para poder ajudar os pobres". Com essa intuição, redigiu um projecto, com uma dimensão caritativa que a levasse a identificar-se com os menos afortunados: "fazer-se pobre com os pobres". Depois de participar na Santa Missa, instalou-se com outras três mulheres, num quarto alugado, onde tinham lugar principal um Crucifixo e um quadro da Virgem das Dores. Nasciam as Irmãs da Cruz. As casas da "Companhia" deviam ter um ambiente de limpeza, saudável alegria e contida beleza, com estilo simples para mulheres simples, afastadas da grandiosidade, mas com ar de doçura, de modo a que todas sentissem uma nova maneira de querer Deus e os pobres. Começaran a recolher meninas órfãs, as casas começaram a crescer, atendiam as pessoas na sua própria casa, pediam esmola com uma das mãos e distribuiam-na com a outra. Em 1879 foram aprovadas as primeiras Constituições pelo Bispo diocesano, tendo conmo carisma a oração, a austeridade, contemplação e alegria no serviço dos pobres. Depressa se estenderam por toda a Espanha, chegaram à Itália e à América. Madre Ângela encontrou-se com o Papa Leão XIII na beatificação de João de Ávila e de Frei Diogo de Cádiz, mas o assinatura do decreto de aprovação da Companhia só foi assinado por Pio X, em 1904. A Irmã Ângela foi nomeada Superiora-Geral, reeleita por quatro vezes, destacando-se pelas suas virtudes de naturalidade e simplicidade. Em 7 de Julho de 1931, foi atacada por uma trombose cerebral que a levaria à morte nove meses depois. Apesar de paralizada, mais procurava agradar do que incomodar. Faleceu em 2 de Março de 1932 e Sevilha passou durante três dias diante do seu cadáver. A Câmara Municipal celebrou uma Sessão extraordinária para elogiar a Irmã Ângela e deu o seu nome a uma rua da Cidade. Também ela foi beatificada por João Paulo IIem 5 de Novembro de 1982, para ser, agora canonizada durante a viagem pastoral a Madrid. O seu corpo encontra-se incorrupto na Capela da Casa Mãe. Também conhecida como Santa Maria Bernadete e Santa Bernadete Soubirous. Ela nasceu no dia 7 de janeiro de 1844, em Lourdes, na França. Era de família pobre e chegou a trabalhar como empregada doméstica e pastora de ovelhas. Santa Bernadete tinha constantes visões da Virgem Maria. Em uma delas, a Santa foi conduzida a uma fonte que curava. Ela entrou para o Convento das Irmãs de Nevers. Lá aprendeu a ler e a escrever. Tinha saúde frágil. Morreu no dia 16 de abril de 1879, em Nevers, na França, enquanto orava a Maria. Vivendo pobremente e por algum tempo empregada em tomar conta do gado, crescia sem alguma doutrina humana, mas em suavíssima simplicidade de costumes e admirável candura de espírito, querida por Deus e pela Santíssima Virgem Mãe. Maria observou a humildade de sua filha e dignou a inocente menina , entre 11 de fevereiro a 16 de julho de 1858, de 18 aparições e de celeste colóquio. Na época, o bispo local, que inicialmente duvidara da versão da inculta menina, que afirmava as aparições, pôs ela à prova e pediu para que, na próxima aparição, perguntasse à ela qual o seu nome. Bernardete, cumprindo o pedido do bispo, esclareceu à Virgem a indagação do bispo, no que Nossa Senhora respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição". Ao retornar, o bispo ouviu estupefato a resposta da menina, já que tratava-se de um dogma recém proclamado, o dogma da "Imaculada Conceição" firmado há menos de quatro anos por Pio IX (1854) que, pelas dificuldades de comunicação da época, estava restrito ao conhecimento ainda dos setores mais elevados da Igreja. Nesta, tão célebre aparição e ilustrada por Deus por tantos sinais, pode-se notar um tríplice carisma, conferido à piedosa jovem. Chamamo-la antes de tudo: Vidente, porque diante de numeroso povo, arrebatada em êxtase, foi maravilhosamente deliciada com o bondoso aspecto da Virgem. Chamamo-la de Mensageira da Virgem ao mundo, porque por ordem de Maria pregou penitência e oração ao povo; mandou aos sacerdotes, que naquele lugar construísse um Santuário; predisse a todos a glória, a santidade e os futuros benefícios do mesmo lugar. Por fim vemos nela a Testemunha da Verdade, porque a muitos contradizentes, com o máximo candor de simplicidade, junto com suprema prudência do mandamento confiado da Virgem, com admiração de todos os eclesiásticos e de juízes seculares. Admiravelmente fulguraram nela as virtudes, mas sua alma virgem foi principalmente adornada daquelas que mais convinha à discípula predileta da Virgem Maria: Humildade profunda, terníssima pureza e ardente caridade. Provou-as e aumentou-as com as dores de uma longa enfermidade e angústias de espírito que a atormentaram suportando-as com suma paciência. Na mesma casa religiosa a humildíssima virgem ficou até a morte, que depois de recebidos os sacramentos da Igreja, invocando sua dulcíssima Mãe Maria, descansou santamente a 16 de abril de 1879, no trigésimo sexto ano de idade, e duodécimo de vida religiosa. "Os acontecimentos que então se desenrolaram em Lourdes e cujas proporções espirituais melhor medimos hoje, são-vos bem conhecidos. Sabeis, caros filhos e veneráveis irmãos, em que condições estupendas, apesar de zombarias, de dúvidas e de oposições, a voz daquela menina, mensageira da Imaculada, se impôs ao mundo. Sabeis a firmeza e a pureza do testemunho, experimentado com sabedoria pela autoridade episcopal e por ela sancionado desde 1862. Já as multidões haviam acorrido e não têm cessado de precipitar-se para a gruta das aparições, para a fonte milagrosa, para o santuário elevado a pedido de Maria. É o comovente cortejo dos humildes, dos doentes e dos aflitos; é a imponente peregrinação de milhares de fiéis de uma diocese ou de uma nação; é a discreta diligência de uma alma inquieta que busca a verdade... Dizíamos nós: "Jamais num lugar da terra se viu semelhante cortejo de sofrimento, jamais semelhante irradiação de paz, de serenidade e de alegria!. E, poderíamos acrescentar, jamais se saberá a soma de benefícios de que o mundo é devedor à Virgem auxiliadora! "Ó gruta feliz, honrada pela presença da Mãe de Deus! Rocha digna de veneração, da qual brotaram abundantes as águas vivificadoras!" (...) Estes cem anos de culto mariano teceram, ademais, entre a Sé de Pedro e o santuário pirenaico laços estreitos, que nos apraz reconhecer. A própria virgem Maria não desejou essas aproximações? "O que em Roma, pelo seu magistério infalível, o sumo pontífice definia, a Virgem Imaculada Mãe de Deus, a bendita entre as mulheres, quis, ao que parece, confïrmá-lo por sua boca, quando pouco depois se manifestou por uma célebre aparição na gruta de Massabielle". Certamente, a palavra infalível do pontífice romano, intérprete autêntico da verdade revelada, não necessitava de nenhuma confirmação celeste para se impor à fé dos fiéis. Mas com que emoção e com que gratidão o povo cristão e seus pastores não recolheram dos lábios de Bernardete essa resposta vinda do céu: "Eu sou a Imaculada Conceição"! " (Trecho da Carta Encíclica do Papa Pio XI - durante o centenário das aparições da SS. Virgem em Lourdes - 02 de julho de 1957) Nasceu em 1620 no povo italiano de Sezze. Um dia um bando de aves espantou os bois que Carlos dirigia quando estava arando, e estes arremeteram contra ele com grave perigo de matá-lo. Quando sentiu que ia perecer no acidente, prometeu a Deus que se fosse salvo se tornaria religioso. E milagrosamente ficou ileso. Pediu então a uns religiosos franciscanos que o ajudassem a entrar em sua comunidade e eles o convidaram a que fosse a Roma para que fale com o superior da congregação. Assim o fez junto com três companheiros mais e após ser provados com na humildade tratando-os com muita dureza, o superior permitiu admiti-los. Diante do pedido de muitas pessoas que lhe pediam incessantemente que redigisse algumas normas para orar melhor e crescer em santidade, o santo publicou um folhetim lhe causando diversas difuculdades pelo que quase é expulso de sua comunidade. Humilhado se ajoelhou diante de um crucifixo para lhe contar suas angústias, e ouviu que Nosso Senhor lhe dizia: "Ânimo, que estas coisas não lhe vão impedir de entrar no paraíso". A petição mais freqüente do irmão Carlos a Deus era esta: "Senhor, me acenda em amor a Ti". E tanto a repetiu que um dia durante a elevação da Santa hóstia na Missa, sentiu que um raio de luz saía da Sagrada Forma e chegava a seu coração. Ao fim os superiores se convenceram de que este singelo religioso era um verdadeiro homem de Deus e lhe permitiram escrever sua autobiografia e publicar dois livros mais, um a respeito da oração e outro a respeito da meditação. O Papa João XXIII o declarou santo em 1959, porque sua vida é um exemplo de que ainda nos ofícios mais humildes e em meio de humilhações e incompreensões podemos chegar a um alto grau de santidade e ganhar a glória do céu. íntima da Mãe de Deus Catarina Labouré - que disse que viu a Virgem Maria "em carne e osso" e que teve o privilégio de se ajoelhar a Seus pés e descansar no Seu regaço, favor que não foi concedido a nenhum outro vidente - nasceu durante o repicar dos sinos do Angelus, no dia 2 de Maio de 1806. A mãe morreu-lhe quando tinha só nove anos de idade. Viram-na então a abraçar a estátua da Mãe de Deus, dizendo: "Agora Vós sereis a minha Mãe!" e alimentava um desejo ardente de ver Nossa Senhora. Era esse o pedido constante nas suas orações, e ela confiava serenamente que se realizaria. São Vicente de Paulo visitou-a num sonho aos dezoito anos, e foi aceite na sua comunidade em 22 Janeiro de 1830, com a idade de vinte e três anos. Santa Catarina considerou as aparições de um modo adequado: não como um favor pessoal (embora em certo sentido o tenham sido), mas como uma bênção geral para a humanidade. Considerou-se apenas como "um instrumento" e pediu ao seu confessor que lhe prometesse que guardaria sigilo da sua identidade, segredo que foi guardado durante 46 anos, mesmo das próprias religiosas da sua comunidade. Catarina foi canonizada em 1947, e por ordem do Arcebispo, seu corpo foi exumado. Verificou-se então que seu corpo estava perfeitamente conservado, e até os olhos ficaram intactos. Depositaram-no em um caixão de cristal, que pode ser visto na imagem acima. Santa Catarina também tinha o dom da profecia, e uma das suas profecias, ainda não realizada, refere-se ao grande triunfo de Nossa Senhora: "Oh que maravilha será ouvir 'Maria é a Rainha do universo.' Será um tempo de paz, gozo e bençãos que durará por um tempo bastante longo". Após a morte, bem como durante a vida, Padre Charbel foi considerado um santo. No dia de sua inumação, o superior anotou no diário do mosteiro de São Marun de Annaya o seguinte:"No dia 24 de dezembro de 1898 Padre Charbel de Beqa'Kafra, eremita, foi atacado pela paralisia; recebeu os últimos sacramentos, e morreu aos 70 anos de idade; foi sepultado no cemitério da comunidade, sendo superior o Padre Antônio Michmichâni. Os fatos "post-mortem"(após a morte) me dispensarão de dar maiores detalhes sobre sua vida. Fiel a seus votos, de obediência exemplar, sua conduta era mais angélica que humana". De fato, tratava-se de uma profecia que mais tarde se realizou. O corpo de São Charbel permaneceu intacto depois de sua morte; inclusive transpirava. Este fenômeno de conservação e transpiração de corpo, desafiando as leis da natureza, fascinou os médicos, os homens de ciência e as pessoas mais simples. Em agosto de 1952, eu mesmo toquei no seu corpo; poderia dizer que era um "morto-vivo". Que um cadáver se conserve não é um fenômeno único, porém que os restos mortais se conservem flexíveis, tenros, manejáveis, transpirando incessantemente, é um caso extraordinário e único no gênero. Este foi o caso de nosso Santo, cujo corpo se conservou e transpirou até o dia de sua Beatificação que se realizou no dia 5 de dezembro de 1965, no encerramento do Concilio Ecumênico Vaticano II. Podemos até dizer que seu corpo não conheceu a corrupção: depois de 1965, ele se decompôs simplesmente, e jamais se percebeu o odor que emana normalmente dos cadáveres ao abrir seus túmulos. Era ao contrário um odor agradável. Abriu-se o túmulo no dia 3 de fevereiro de 1976, e eu estive presente como responsável da sua Causa de Canonização; seu corpo está já decomposta, sobrando o esqueleto. No entanto os ossos conservam uma certa frescura e uma cor rosada (cor de vinho). Conforme a ciência, me afirmaram dois médicos, seis meses depois da morte, o esqueleto do ser humano, normalmente, é formado de ossos brancos e perfurados. Até hoje, ano 1998, nunca este fenômeno se encontrou no esqueleto de São Charbel. Em suma, seu corpo foi conservado até a sua Beatificação, depois ele "se volatilizou", sobrando o esqueleto que é conservado de uma maneira extraordinária. Uma santa italiana, Santa Clara de Montefalco, meditou muito sobre o mistério da Santíssima Trindade. Depois de sua morte achou-se no seu fígado três bolinhas iguais. Essas bolinhas tinham esse particular que cada uma delas pesava tanto quanto as três juntas. Que se pesasse uma, duas ou três, era sempre o mesmo peso. Uma imagem impressionante da Santíssima Trindade! Tome uma Pessoa divina: a natureza divina está toda nela. Tome duas Pessoas divinas: ela está toda nas duas. Tome todas as três, ela está toda nas três, mas tanto nas três quanto em uma só, como a bolinha que não pesava mais quando as três juntas ou quando uma só separada. Isso vem do fato que, diz Sto Anselmo, acrescentar Deus a Deus nunca dá mais que um Deus, assim como somar a eternidade à eternidade nunca dá mais que uma eternidade, como juntar uma superfície a uma superfície sempre dá uma superfície. A concepção da natureza divina pede que ela seja una e indivisível; é assim impossível que ela seja multiplicada. O catecismo exprime essa verdade quando diz: O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus; não são três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. João Maria Vianney ficou conhecido no mundo inteiro com o nome de Desde pequeno, Vianney queria ser padre. Todavia, seus problemas eram enormes, porque era pobre e tinha grandes dificuldades nos estudos. Quando conseguiu entrar no seminário, logo teve de sair, pois não conseguia dar conta do Latim e de outras matérias difíceis demais para ele, que era um simples camponês. Um antigo Vigário, Pe. Balley, muito ajudou João Maria a chegar ao sacerdócio. O bispo aceitou e finalmente João Maria pôde ser ordenado. Ordenado sacerdote aos 29 anos, um de seus primeiros trabalhos foi o de pároco numa pobre, esquecida e pequena aldeia chamada Ars, ao norte da França. Em Ars, João Maria encontrou um povo sem religião. A igreja vivia fechada. O pecado imperava ali. Começou, então, pelos contatos carinhosos com seu povo, e ficava lá, na igreja, sozinho, rezando. Já que não podia falar de Deus com o povo, ficava lá falando do povo com Deus. Aos poucos, o povo de Ars começou a rezar, a freqüentar a igreja e os sacramentos da Eucaristia e da Confissão. Padre João Maria Vianney mudou a paróquia. De toda a França vinham muitas pessoas para escutar suas pregações e para confessar-se com ele. Ele passava 15, 16, 18 horas por dia no confessionário. Sem milagres, sem curas, o santo 15 mil pessoas peregrinaram nesta quinta-feira à San Giovanni Rotondo, sul da Itália, para assistir à cerimônia que antecedeu a exibição dos restos mortais do Padre Pio, um dos santos mais venerados do país, canonizado em 2002 por João Paulo II. A iniciativa assinala o 40º aniversário da morte do Santo. Na Celebração Eucarística presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins, os presentes foram convidados a “adorar em silêncio o mistério deste Santo”. O corpo, sepultado em setembro de 1968, quatro dias depois da sua morte, foi exumado em março passado, no santuário de San Giovanni Rotondo, por uma comissão médica, em bom estado de conservação, sem sinal dos famosos estigmas, que apareceram em 1911 e desapareceram pouco antes da sua morte. Dom José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, disse que hoje se inaugurou “um período particularmente intenso de peregrinação”, colocando em evidência o significado da morte e das relíquias. “Somos convidados a compreender que aquilo que se vê não é toda a existência”, indicou. De momento, desde o Vaticano, não há sinais de que Bento XVI possa fazer uma visita ao local. O corpo do Padre Pio permanecerá em exposição até setembro do próximo ano, na cripta do Santuário da Senhora das Graças, com o rosto coberto por uma máscara de silicone. Espera-se a passagem de quase 750 mil peregrinos de todo o mundo durante este período de veneração das relíquias do Santo de Pietrelcina. O Papa Pio V é venerado por ter unido a Europa, acabando com as guerras internas para que todos se voltassem contra o verdadeiro inimigo, os turcos, vencidos finalmente em 1571. Mas é preciso lembrar que ele implantou reformas essenciais também dentro do cristianismo, acabando com o nepotismo na Igreja, um mal que até hoje afeta as comunidades no âmbito político. Também não se pode esquecer que defendeu o catolicismo com corpo e alma, unhas e dentes, quando preciso, chegando a excomungar a Rainha Elisabete I, da Inglaterra. Miguel Ghisleri nasceu em 1504, em Bosco Marengo, na província de Alexandria e, aos quatorze anos já ingressara na congregação dos dominicanos. Depois que se ordenou sacerdote, sua carreira correu na Terra como um raio. Foi professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi e, finalmente, papa, em 1566, tomando o nome de Pio V. Assim que assumiu foi procurado em Roma por dezenas de parentes. Não deu "emprego" a nenhum, afirmando ainda que um parente do papa, se não estiver na miséria, Sua memória, antes homenageada em 5 de maio, com a reforma do calendário litúrgico passou a ser festejada nesta data, 30 de abril. nasceu na ilha da Sardenha, no ano 283. Depois da morte do seu pai, em testemunho da fé em Cristo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, sua mãe levou-o para completar os estudos eclesiásticos em Roma. Assim, muito jovem, Eusébio entrou para o clero, sendo ordenado sacerdote. Aos poucos, foi ganhando a admiração do povo cristão e do papa Júlio I, que o consagrou bispo da diocese de Vercelli em 345. Nessa condição, participou do Concílio de Milão em 355, no qual os bispos adeptos da doutrina ariana tentaram forçá-lo a votar pela condenação do bispo de Alexandria, santo Atanásio. Eusébio, além de discordar do arianismo considerou a votação uma covardia, pois Atanásio, sempre um fiel guardião da verdadeira doutrina católica, estava ausente e não podia defender-se. Como ficou contra a condenação, ele e outros bispos foram condenados ao exílio na Palestina. Porém isso não o livrou da perseguição dos hereges arianos, que infestavam a cidade. Ao contrário, sofreu muito nas mãos deles. Como não mudava de posição e enfrentava os desafetos com resignação e humildade, acabou preso, tendo sido cortada qualquer forma de comunicação sua com os demais católicos. Na prisão, sofreu ainda vários castigos físicos. Contam os escritos que passou, também, por um terrível suplício psicológico. Quando o povo cristão tomou conhecimento do fato, ergueu-se a seu favor. Foram tantos e tão veementes os protestos que os hereges permitiram sua libertação. Contudo o exílio continuou e ele foi mandado para a Capadócia, na Turquia e, de lá, para o deserto de Tebaida, no Egito, onde foi obrigado a permanecer até a morte do então imperador Constantino, a quem sucedeu Juliano, o Apóstata, que deu a liberdade a todos os bispos presos e permitiu que retomassem as suas dioceses. Depois do exílio de seis anos, Eusébio foi o primeiro a participar do Concílio de Alexandria, organizado pelo amigo, santo Atanásio. Só então passou a evangelizar, dirigindo-se, primeiro, a Antioquia e, depois, à Ilíria, onde os arianos, com sua doutrina, continuavam confundindo o povo católico. Batalhou muito combatendo todos eles. Mais tarde, foi para a Itália, sendo recepcionado com verdadeira aclamação popular. Em seguida, na companhia de santo Hilário, bispo de Poitiers, iniciou um exaustivo trabalho pela unificação da Igreja católica na Gália, atual França. Somente quando os objetivos estavam em vias de serem alcançados é que ele voltou à sua diocese em Vercelli, onde faleceu no dia 1o. de agosto de 371. Apesar de ser considerado mártir pela Igreja, na verdade santo Eusébio de Vercelli não morreu em testemunho da fé, como havia ocorrido com seu pai. Mas foram tantos os seus sofrimentos no trabalho de difusão e defesa do cristianismo, passando por exílios e torturas, que recebeu esse título da Igreja, cujo mérito jamais foi contestado. Com a reforma do calendário litúrgico de Roma, de 1969, sua festa foi marcada para o dia 2 de agosto. Nesta data, as suas relíquias são veneradas na catedral de Vercelli, onde foram sepultadas e permanecem até os nossos dias. Figura ímpar nos anais da santidade no século XIX, D. Bosco foi escritor, pregador e fundador de duas congregações religiosas, tendo sobretudo exercido admirável apostolado junto à juventude, numa época de grandes transformações. Dotado de discernimento dos espíritos, do dom da profecia e dos milagres, era admirado pelos personagens mais conhecidos da Europa no seu tempo. Nascido em Murialdo, aldeia de Castelnuovo de Asti, no Piemonte, aos dois anos de idade faleceu-lhe o pai, Francisco Bosco. Mas felizmente tinha ele como mãe Margarida Occhiena, que lembra a mulher forte do Antigo Testamento. Com sua piedade profunda, capacidade de trabalho e senso de organização, conseguiu manter a família, mesmo numa época tão difícil para a Europa como foi a do início do século XIX, dilacerada pelas cruentas guerras napoleônicas. João Bosco tinha um irmão, dois anos mais velho que ele, e um meio-irmão já entrando na adolescência. A influência da mãe sobre o filho caçula foi altamente benéfica. "Parece que a paciência e a doce firmeza de Mamãe Margarida influenciaram São João Bosco, e que toda uma parte de sua amenidade, de seus métodos afáveis, deve ser atribuída aos modos de sua mãe, à sua maneira de ordenar e de prescrever, sem gritos nem tumulto. [...] Margarida terá sido uma dessas grandes educadoras natas, que impõem sua vontade à maneira de doce implacabilidade" [...]. "João Bosco é um entusiasta da Virgem. Mamãe Margarida lhe revelou, pelo seu exemplo, a bondade, a ternura, a solicitude de Mamãe Maria. As duas mães se confundem em seu coração. Dom Bosco será um dos grandes campeões de Maria, seu edificador, seu encarregado de negócios". Nasceu no dia 25 de Novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo (Itália), e nesse mesmo dia foi baptizado com o nome de Angelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmãos, nascidos numa família de camponeses e de tipo patriarcal. Ao seu tio Xavier, ele mesmo atribuirá a sua primeira e fundamental formação religiosa. O clima religioso da família e a fervorosa vida paroquial foram a primeira escola de vida cristã, que marcou a sua fisionomia espiritual. Ingressou no Seminário de Bérgamo, onde estudou até ao segundo ano de teologia. Ali começou a redigir os seus escritos espirituais, que depois foram recolhidos no "Diário da alma". No dia 1 de Março de 1896, o seu director espiritual admitiu-o na ordem franciscana secular, cuja regra professou a 23 de Maio de 1897. De 1901 a 1905 foi aluno do Pontifício Seminário Romano, graças a uma bolsa de estudos da diocese de Bérgamo. Neste tempo prestou, além disso, um ano de serviço militar. Recebeu a Ordenação sacerdotal a 10 de Agosto de 1904, em Roma, e no ano seguinte foi nomeado secretário do novo Bispo de Bérgamo, D. Giacomo Maria R. Tedeschi, acompanhando-o nas várias visitas pastorais e colaborando em múltiplas iniciativas apostólicas: sínodo, redacção do boletim diocesano, peregrinações, obras sociais. Às vezes era também professor de história eclesiástica, patrologia e apologética. Foi também Assistente da Acção Católica Feminina, colaborador no diário católico de Bérgamo e pregador muito solicitado, pela sua eloquência elegante, profunda e eficaz. Naqueles anos aprofundou-se no estudo de três grandes pastores: São Carlos Borromeu (de quem publicou as Actas das visitas realizadas na diocese de Bérgamo em 1575), São Francisco de Sales e o então Beato Gregório Barbarigo. Após a morte de D. Giacomo Tedeschi, em 1914, o Pade Roncalli prosseguiu o seu ministério sacerdotal dedicado ao magistério no Seminário e ao apostolado, sobretudo entre os membros das associações católicas. Em 1915, quando a Itália entrou em guerra, foi chamado como sargento sanitário e nomeado capelão militar dos soldados feridos que regressavam da linha de combate. No fim da guerra abriu a "Casa do estudante" e trabalhou na pastoral dos jovens estudantes. Em 1919 foi nomeado director espiritual do Seminário. Em 1921 teve início a segunda parte da sua vida, dedicada ao serviço da Santa Igreja. Tendo sido chamado a Roma por Bento XV como presidente nacional do Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé, percorreu muitas dioceses da Itália organizando círculos missionários. Em 1925, Pio XI nomeou-o Visitador Apostólico para a Bulgária e elevou-o à dignidade episcopal da Sede titular de Areopolis. Tendo recebido a Ordenação episcopal a 19 de Março de 1925, em Roma, iniciou o seu ministério na Bulgária, onde permaneceu até 1935. Visitou as comunidades católicas e cultivou relações respeitosas com as demais comunidades cristãs. Actuou com grande solicitude e caridade, aliviando os sofrimentos causados pelo terremoto de 1928. Suportou em silêncio as incompreensões e dificuldades de um ministério marcado pela táctica pastoral de pequenos passos. Consolidou a sua confiança em Jesus crucificado e a sua entrega a Ele. Em 1935 foi nomeado Delegado Apostólico na Turquia e Grécia: era um vasto campo de trabalho. A Igreja tinha uma presença activa em muitos âmbitos da jovem república, que se estava a renovar e a organizar. Mons. Roncalli trabalhou com intensidade ao serviço dos católicos e destacou-se pela sua maneira de dialogar e pelo trato respeitoso com os ortodoxos e os muçulmanos. Quando irrompeu a segunda guerra mundial ele encontrava-se na Grécia, que ficou devastada pelos combates. Procurou dar notícias sobre os prisioneiros de guerra e salvou muitos judeus com a Durante os últimos meses do conflito mundial, e uma vez restabelecida a paz, ajudou os prisioneiros de guerra e trabalhou pela normalização da vida eclesial na França. Visitou os grandes santuários franceses e participou nas festas populares e nas manifestações religiosas mais significativas. Foi um observador atento, prudente e repleto de confiança nas novas iniciativas pastorais do episcopado e do clero na França. Distinguiu-se sempre pela busca da simplicidade evangélica, inclusive nos assuntos diplomáticos mais complexos. Procurou agir sempre como sacerdote em todas as situações, animado por uma piedade sincera, que se transformava todos os dias em prolongado tempo a orar e a meditar. Em 1953 foi criado Cardeal e enviado a Veneza como Patriarca, realizando ali um pastoreio sábio e empreendedor e dedicando-se totalmente ao cuidado das almas, seguindo o exemplo dos seus santos predecessores: São Lourenço Giustiniani, primeiro Patriarca de Veneza, e São Pio X. Depois da morte de Pio XII, foi eleito Sumo Pontífice a 28 de Outubro de 1958 e assumiu o nome de João XXIII. O seu pontificado, que durou menos de cinco anos, apresentou-o ao mundo como uma autêntica imagem de bom Pastor. Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, praticou cristãmente as obras de misericórdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e os doentes, recebendo homens de todas as nações e crenças e cultivando um extraordinário sentimento de paternidade para com todos. O seu magistério foi muito apreciado, sobretudo com as Encíclicas Convocou o Sínodo romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e convocou o Concílio Ecuménico Vaticano II. Visitou muitas paróquias da Diocese de Roma, sobretudo as dos bairros mais novos. O povo viu nele um reflexo da bondade de Deus e chamou-o "o Papa da bondade". Sustentava-o um profundo espírito de oração, e a sua pessoa, iniciadora duma grande renovação na Igreja, irradiava a paz própria de quem confia sempre no Senhor. Faleceu na tarde do dia 3 de Junho de 1963. nasceu em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália, no dia 23 de junho de 1872. Aos treze anos foi recebido como Aspirante num Convento Franciscano em Voghera, uma cidade próxima na Região de Pavia; saiu um ano depois devido a doença. De 1886 a 1889 foi aluno de Dom Bosco no Oratório Salesiano de Valdocco em Turim. No dia 16 de outubro de 1889 entrou no Seminário Diocesano de Tortona. Ainda jovem seminarista se dedicava a obras de solidariedade para com os necessitados, participando da «Sociedade de Socorro Mútuo São Marciano» e das Conferências Vicentinas. No dia três de Julho de 1892 abriu seu primeiro Oratório, um centro de educação cristã e de recreação para os meninos pobres. No ano seguinte, no dia 15 de Outubro de 1893, Orione um seminarista de 21 anos, fundou no Bairro de São Bernardino um Colégio, com escola em regime de internato, para rapazes de famílias pobres. No dia 13 de abril de 1895, Luís Orione foi ordenado sacerdote e, no mesmo dia, o bispo deu a batina a seis alunos do Colégio com vocação sacerdotal. Numa seqüência rápida, o Pe. Luís Orione abriu novas fundações em Mornico Losana na Região de Pavia, em Noto na Sicília, em Sanremo e em Roma. Ligados a Dom Orione se uniram Seminaristas e Padres que formaram o primeiro núcleo de uma nova Família Religiosa a «Pequena Obra da Divina Providência». Em 1899 Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os «Eremitas da Divina Providência». O Bispo de Tortona, Dom Igino Bandi, com Decreto datado de 21 de Março de 1903, deu aprovação canônica aos «Filhos da Divina Providência», Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena Obra da Divina Providência. A Congregação e toda a Família Religiosa se propunha «trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade», desejando consagrar-se com um IV Voto «de especial fidelidade ao Papa». Já nas Primeiras Constituições de 1904 constava também o propósito de «trabalhar pela união das Igrejas Separadas». Animado por uma grande paixão pela Igreja e pelas Almas, Dom Orione se envolveu ativamente nos problemas emergente da época: a luta pela liberdade e a unidade da Igreja, a questão romana, o modernismo, o socialismo, a evangelização das massas operárias. Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915). Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos. Vinte anos depois da fundação dos Filhos da Divina Providência, em 29 de junho de 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das «Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade», Religiosas movidas pelo mesmo carisma fundacional. Ao novo ramo se associaram as «Irmãs Sacramentinas Adoradoras não videntes» e algum tempo depois as «Contemplativas de Jesus Crucificado». O Pe. Luís Orione se empenhou em organizar grupos Leigos: as «Damas da Divina Providência», os «Ex-Alunos» e os «Amigos». Nos anos seguintes, outros grupos foram constituídos como o «Instituto Secular Orionita - ISO» e o amplo leque de Associações do «Movimento Laical Orionita - MLO». Depois da primeira Grande Guerra (1914-1918) multiplicaram-se as escolas, colégios, colônias agrícolas, obras caritativas e sociais. Entre as muita obras, as mais características foram os «Pequenos Cotolengos», instituições destinadas aos mais sofredores e abandonados, localizadas nas periferias das grandes cidades, para serem «novos púlpitos» a anunciarem Jesus Cristo e sua Igreja e para serem «faróis de fé e de civilização». O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de Missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida à Argentina e ao Uruguai (1921), à Palestina (1921), à Polônia (1923), a Rodes (1925), aos Estados Unidos (1934), á Inglaterra (1935) e à Albânia (1936). Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile. Recebeu grandes demonstrações de estima de Papas e de Autoridades que lhe confiaram missões importantes e delicadas, para sanar feridas profundas no seio da Igreja e da Sociedade e em difíceis situações de relacionamentos entre a Igreja e a Sociedade civil. Foi Dom Orione pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis. Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias foi enviado e praticamente forçado pelos médicos e confrades a se retirar para Sanremo; foi para lá protestando: «não é entre as palmeiras que eu quero viver e morrer, mas no meio dos pobres que são Jesus Cristo». E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: «Jesus! Jesus! estou indo». O corpo foi sepultado devotamente na cripta do Santuário da Guarda e encontrado incólume vinte e cinco anos depois, em 1965. No dia 26 de Outubro de 1980, João Paulo II declarou Dom Orione bem-aventurado. Nasceu em Bilbao, a 25 de Junho de 1884. A sua vida foi a resposta devota e generosa à chamada de Deus. O dom total da sua vida a Deus nasceu de um amor pessoal, profundo e generoso por Jesus Cristo, por quem se apaixonou e a quem queria seguir e fazer conhecer. Entrou no Mosteiro de clausura das Mercês de Bérriz, onde experimentou uma vida de oração na intimidade com Ele. Após alguns anos abriu as portas do Mosteiro fechadas durante quatro séculos de clausura a fim de que pudessem sair as primeiras monjas Mercedárias Missionárias destinadas a fundar no Extremo Oriente. Tinha início a sua grande obra: o Mosteiro promoveu uma obra missionária entusiasta que, em breve, deu origem ao Instituto das Mercedárias Missionárias de Bérriz. A 19 de Setembro de 1926 partiu o primeiro grupo de missionárias de Bérriz para a missão de Wuhu (China). Tinha iniciado o "êxodo" missionário daquelas mulheres contemplativas, apoiadas e animadas, em todos os momentos, pelo encorajamento de Margarita, então ex-Superiora do Mosteiro. Em seguida, outras missionárias partiram para Tóquio, Saipan (Ilhas Marianas), e Panapé (Ilhas Carolinas). Ela cuidou com grande dedicação da formação das religiosas do Mosteiro para aquele novo serviço e para o testemunho missionário, para o qual o Senhor as tinha chamado. Em pouco tempo o Instituto das Mercedárias Missionárias de Bérriz foi aprovado e abençoado pela Igreja (Janeiro de 1930). Na plenitude dos seus cinquenta anos, após uma dolorosa enfermidade, que contudo não a distanciou das suas responsabilidades na guia do novo Instituto e nem da sua vida de amor e de dedicação missionária, Margarita foi chamada definitivamente por Deus. Deixou este mundo no dia 23 de Julho de 1934. Actualmente o Instituto das Mercedárias Missionárias de Bérriz está presente em cinco continentes. As suas comunidades dedicam-se com entusiasmo à tarefa da redenção libertadora dos mais carentes, desejosas de manter com fidelidade a atitude missionária e profundamente humanizadora de Margarita. Conservam com afecto a sua herança: ser mulheres abertas à vida que seguem as pegadas de Jesus e o seu estilo de vida. A santa das causas impossíveis Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora. Desde jovem, Rita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que ela ficasse sozinha, resolveram casá-la com um jovem de família nobre, mas de temperamento excessivamente violento. Ela suportou pacientemente tal situação por 18 anos. Como ele tinha muitos inimigos, foi assassinado. A viúva suportou a dolorosa perda, perdoando os assassinos. Porém, crescia em seus filhos o desejo de vingança. Rita pediu que Deus os levasse, pois seria melhor que outra tragédia. Assim, perdeu os filhos. Rita estava livre para dedicar-se a Deus e pediu para entrar no Convento das religiosas Agostinianas da cidade. Mas naquela comunidade só podiam entrar virgens. Então, ela transformou sua casa num claustro, onde rezava as orações habituais das religiosas. Uma noite, enquanto rezava, ouviu três batidas violentas em sua porta e uma voz lá de fora dizia: "Rita! Rita!". Abriu a porta e viu em sua frente três Santos, que rapidamente a levaram ao Convento onde havia sido negada três vezes. Os mensageiros fizeram-na entrar, apesar das portas estarem fechadas, e deixaram Rita de Cássia em um dos claustros. Depois desapareceram.A superiora ficou fascinada com essa manifestação Divina. As religiosas decidiram por unanimidade que a viúva fosse recebida. Admitida noviça Rita começou a trabalhar para realizar seus desejos. Consagrou-se à oração e penitência, seu corpo foi seguidamente flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob vigília e oração. Certo dia pediu com extraordinário fervor que um estigma de Jesus aparecesse para sentir a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um espinho cravado em sua testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se vê-la em sua cabeça conservada intacta com o resto do corpo. Um dia uma parente foi visitá-la, ela agradeceu a visita e ao se despedir pediu que lhe trouxesse algumas rosas do jardim. Como era inverno e não tinha rosas, pensaram que Rita estava delirando e sua visitante não ligou para seu pedido. Como para voltar para casa teria que passar pelo jardim olhou e se surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que se abriram entre os ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu as flores e as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito doente e morreu em 22 de Maio de 1547. No dia seguinte, seu corpo foi colocado na Igreja do Convento. Todos os habitantes da cidade foram venerar a religiosa. No século XVII foi beatificada e em 24 de Maio de 1900, canonizada. O corpo de Santa Rita de Cássia continua conservado intacto até hoje. Qualquer pessoa pode contempla-la na Igreja do Convento de Cássia, dentro de um relicário de cristal. Depois de tantos anos, seus membros ainda têm flexibilidade e pela expressão do rosto, parece estar dormindo. A Santa Luzia lhe representou freqüentemente com dois olhos, porque segundo uma antiga tradição, a Santa teriam arrancado os olhos por proclamar firmemente sua fé. Nasceu e morreu em Siracusa, cidade da Itália, e graças a suas múltiplas virtudes entre as que se destaca a simplicidade, a humildade e a honradez, ao Papa São Gregório no século VI pôs seu nome a dois conventos femininos que ele fundou. Segundo a tradição, quando a Santa era muito menina fez a Deus o voto de permanecer sempre pura e virgem, mas quando chegou à juventude quis sua mãe (que era viúva), casá-la com um jovem pagão. Luzia finalmente obteve a permissão de não se casar, mas o jovem pretendente, rechaçado, dispôs como vingança acusá-la diante do governador de que a Santa era cristã, religião que estava totalmente proibida nesses tempos de perseguição. Santa Luzia foi chamada a julgamento; foi atormentada para obrigá-la a adorar a deuses pagãos, mas ela se manteve firme em sua fé, para em seguida ser decapitada. Neste dia, celebramos Santa Verônica Giuliani, cujo nome de batismo era Úrsula Giuliani, que nasceu em Merccatello, perto de Urbino, no ano de 1660. Era a sétima filha do casal Francisco e Benedita Giuliani. Verônica ou Úrsula entrou para as irmãs clarissas aos dezessete anos de idade, na cidade de Castelo. No ano de 1697, lemos em seu diário - na sexta-feira santa, de madrugada, eu estava em oração... "Deus fez penetrar em minha alma a graça ao dar-me os sinais e as dores que o Verbo Divino havia sofrido pela minha redenção. Sentia em meu coração uma dor mortal". Assim descreve a recepção dos estigmas: "Eu vi sair de suas santas chagas cinco raios resplandecentes, e todos vieram perto de mim... Em quatro estavam os pregos, e no outro estava a lança, como de ouro, toda candente e me passou o coração de fora a fora". "chorei muito e roguei ao Senhor que se dignasse escondê-los aos olhos de todos ". Após a sua morte, ocorrida na cidade de Castelo no ano de 1727, numa sexta-feira, após 33 dias de doença, sobre seu corpo, que mostrava ainda as feridas da paixão, foi feita a autópsia e os médicos reconheceram que o coração realmente estava transpassado de fora a fora. Mas as finas páginas de seu diário, escritas durante mais de trinta anos e publicadas, formaram 44 volumes, enriqueceu a nossa literatura. UM OLHAR SOBRE O POBRE - Um pobre para os pobres "Vicente de Paulo nasceu em 1581 no povoado de Pouy, França. Já em criança, conviveu com os pobres e experimentou as condições de sua vida. Em 1600, ordenou-se sacerdote. Muito embora por algum tempo tenha procurado fugir da pobreza de sua origem, contudo, com a orientação de directores espirituais, sentiu em si a urgência de buscar com empenho uma santidade mais profunda. Foi então levado pela Divina Providência, através dos acontecimentos de sua vida, a assumir o firme propósito de se dedicar à salvação dos pobres. Percebeu a grave urgência da evangelização dos pobres, quando exercia seu ministério em Gannes e, a 25 de Janeiro de 1617, em Folleville. Aqui se situa, conforme seu próprio testemunho, a origem tanto da sua vocação como da missão. Finalmente, em Agosto do mesmo ano, ao instituir, em Châtillon-les-Dombes, as "Caridades" para socorro dos enfermos carentes de todo cuidado, verificou e manifestou a íntima conexão existente entre a evangelização e o serviço dos pobres. Foi na contemplação e no serviço de Cristo na pessoa dos pobres que sua experiência espiritual tomou forma gradativamente. Além disso, a visão de Cristo, enviado pelo Pai para evangelizar os pobres, tornou-se o centro tanto de sua vida como de seu trabalho apostólico. Com a atenção voltada para as interpelações da sociedade e do seu mundo, Vicente aprendeu a interpretá-las à luz de um amor cada vez mais intenso a Deus e aos pobres, oprimidos sob o peso de todo tipo de calamidades. Desse modo, sentiu-se chamado a ir em socorro de toda espécie de misérias. Entre diversas actividades, dedicou especial cuidado à Missão. Com efeito, para atender à evangelização dos camponeses, Vicente associou a si, por contrato passado a 17 de abril de 1625, seus primeiros companheiros, e estes, a 4 de setembro de 1626, assinaram um Acto de Associação, obrigando-se a formar uma Congregação, na qual, vivendo em comum, se dedicariam à salvação dos pobres camponeses. Enquanto se aplicavam à evangelização dos pobres, Vicente e seus companheiros chegaram à convicção de que os frutos da missão só poderiam perdurar entre o povo, se fossem tomadas providências para a formação dos sacerdotes. Iniciaram esta obra em 1628, na cidade de Beauvais, pregando, a instâncias do Bispo, retiros espirituais aos clérigos que se preparavam para as Ordens. Desse modo, estavam convictos de prover a Igreja de bons pastores. Para ir ao encontro das mais variadas necessidades, São Vicente reuniu em torno de si o maior número possível de pessoas, ricos e pobres, humildes e poderosos, empregou todos os meios para incutir-lhes o sentido do pobre como imagem privilegiada de Cristo, impelindo-os afinal a amparar directa ou indirectamente os pobres. A Comunidade das Filhas da Caridade, as Associações de Caridade, por ele fundadas, e outras delas derivadas seguiram esse voluntário e generoso devotamento e o assumiram como seu. O mesmo fizeram, até nossos dias, pessoas isoladas que conceberam o propósito de adoptar esse espírito. Seu zelo para com os pobres tomou novo incremento com a iniciativa das Missões ad Gentes, ao enviar seus primeiros coirmãos à Ilha de Madagáscar, em 1648. Enquanto crescia como Instituto, a Congregação definiu paulatinamente sua vocação, organização e vida fraterna. Afirmou cuidadosamente sua índole secular, embora seus membros firmassem sua estabilidade nela por um voto peculiar e pela prática da pobreza, castidade e obediência. Ainda em nossos dias, estas mesmas notas constituem o património da Congregação da Missão" Santa Zita, nasceu no ano 1218, em Monsagrati, numa aldeia próximo a Lucca, na Itália. Filha de camponeses tementes a Deus. Sua mãe, apesar de ser uma mulher muito sofrida e totalmente analfabeta, fazia questão que Zita estudasse e para isso a incentivava dizendo que Deus teria muito orgulho dela se pusese afinco em seu estudo. Era uma criança muito carinhosa e cada segundo livre que tinha corria para um canto isolado para rezar. Foi-lhe confiado o encargo de distribuir as esmolas cada sexta-feira. E dá seu pouco, da sua comida, das suas roupas, daquilo que possuía. Como era muito pobre, foi trabalhar como domestica aos 12 anos de idade na casa de uma rica família. Perguntava-se sempre: "Isto agrada ao Senhor"? ou " Isto desagrada a Jesus"? Seu nome era Fatinelli e ele morava ao lado da Igreja local. Para Zita seu emprego era um presente divino e ela agradecia a Deus todos os dias orando logo pela manhã, quando todos da casa ainda dormiam. Também aproveitava as manhãs para ir à missa e retornava apressada para servir aos seus amos sempre de forma discreta e muito amável. Dizem que um dia foi surpreendida enquanto socorria os necessitados. Mas no seu avental o que era alimento se converteu em flores. Foi domestica por 60 anos. Morreu no dia 27 de abril de 1278, tendo toda a família Fatinelli a quem serviu toda a vida ajoelhada a seus pés. Foi proclamada padroeira das empregadas domésticas do mundo inteiro pelo papa Pio XII. Nasceu no dia 16 de Janeiro de 1884, em Catanzaro (Itália), cidade para onde a família, originária de Palermo, se transferiu por um breve período de tempo devido ao trabalho do pai, Pedro Barba, que era Conselheiro do Tribunal de 1ª Instância; foi baptizada com o nome de Maria Barba. Quando a menina completou dois anos, a família retornou para a capital siciliana e ali Maria viveu a sua juventude. Aos quinze anos manifestou a sua vocação religiosa à qual seus pais, apesar de serem profundamente crentes, se opuseram com determinação. De facto, Maria teve que esperar quase vinte anos para poder realizar a sua aspiração, demonstrando, nestes anos de expectativa e de sofrimento interior, uma força de ânimo surpreendente e uma fidelidade incomum. Depois da morte de sua mãe, seguindo o conselho do Cardeal Alessandro Lualdi, entrou finalmente no Mosteiro das Carmelitas Descalças de Ragusa, a 25 de Setembro de 1919, que tinha surgido havia pouco tempo e era muito pobre. Maria Barba, sempre estimulada por uma devoção especial ao mistério eucarístico, no qual ela via o mistério da presença sacramental de Deus no mundo, e a concretização do seu amor infinito pelos homens, motivo da nossa confiança plena nas suas promessas, constrói alguns anos mais tarde um novo mosteiro, que ainda hoje existe. O amor pela Eucaristia manifestou-se nela desde a primeira infância quando, com 10 anos, foi admitida à Primeira Comunhão e a sua maior alegria era poder comungar. Desde então, privar-se da Santa Comunhão tornou-se para ela "uma cruz pesada e angustiante". Entrou no Carmelo a 16 de Abril de 1920, onde assumiu o nome, em certos aspectos profético, de Maria Cândida da Eucaristia. Em 17 de Abril de 1921 pronunciou a profissão simples e a solene no dia 23 de Abril de 1924. Quis "fazer companhia a Jesus no seu estado de Eucaristia quanto mais fosse possível". Prolongava as suas horas de adoração e, sobretudo, das 23 às 24 horas de cada quinta-feira, prostava-se diante do Tabernáculo em adoração. A Eucaristia polarizava verdadeiramente toda a sua vida espiritual, não tanto pelas manifestações devocionais, quanto pela incidência vital da relação da sua alma com Deus. Seis meses depois da profissão solene, em 10 de Novembro de 1924 foi nomeada pela primeira vez Priora do seu Mosteiro: um cargo que aceitou e uma responsabilidade que desempenhou em sinal de obediência a Deus, com dedicação total e grande seriedade. Durante os três primeiros anos como Priora, revestiu também o cargo de Mestra das noviças. Maria Cândida consagrou-se a Deus no dia 1 de Novembro de 1927. Desenvolveu plenamente o que ela mesma definia como a sua "vocação pela Eucaristia", ajudada pela espiritualidade carmelita, na qual se apoiou depois da leitura de "História de uma Alma". São muito conhecidas as páginas em que Santa Teresa do Menino Jesus descreve a sua especialíssima devoção à Eucaristia e como na Eucaristia a Santa Fundadora experimentasse o mistério fecundo da Humanidade de Cristo. Durante os anos em que guiou o seu Mosteiro, de 1924 a 1947, infundiu na sua comunidade um profundo amor pela Regra de Santa Teresa do Menino Jesus e contribuiu de modo directo para a expansão do Carmelo Teresiano na Sicília, fundação de Siracusa, e para a reinstituição do ramo masculino da Ordem. A partir da solenidade do Corpus Domini de 1933, Maria Cândida iniciou a escrever a sua pequena "obra-prima" de espiritualidade eucarística, "A Eucaristia, verdadeira alegria de espiritualidade vivida". O Senhor chamou-a a si, depois de alguns meses de sofrimentos físicos atrozes, no dia 12 de Junho de 1949, na Solenidade da Santíssima Trindade. Nasceu na cidade La Mure (França), no ano de 1811. Depois de ter sido ordenado sacerdote e se ter dedicado durante alguns anos à actividade apostólica, entrou na Sociedade de Maria. Exímio apóstolo do mistério eucarístico, fundou congregações de religiosos e de religiosas, para se consagrarem ao culto eucarístico, e tomou muitas e excelentes iniciativas entre as pessoas de todas as condições para promover o amor para com a santa Eucaristia. Morreu no primeiro dia de Agosto de 1868, na sua cidade natal. Deus de infinita bondade, que inspirastes a São Pedro Julião uma devoção admirável aos santos mistérios do Corpo e Sangue do vosso Filho, concedei-nos que, seguindo o seu exemplo, possamos saborear dignamente a suavidade deste banquete sagrado. Por Nosso Senhor. Liturgia das horas Dos escritos de São Pedro Julião, presbítero (La présence réelle, vol. I, Paris 1950, pp. 270-271 e 307-308) A Eucaristia é a vida de todos os povos. A Eucaristia é para todos a fonte da vida. Todos se podem reunir na Igreja, sem impedimento algum, quer de raça quer de língua, para celebrar a festa sacrossanta. A Eucaristia dá-lhes a lei da vida, ou melhor, da caridade, de que este sacramento é a fonte. Deste modo ela estabelece entre eles um vínculo comum, uma certa familiaridade cristã. Todos comem o mesmo pão, todos são comensais de Jesus Cristo, que estabelece sobrenaturalmente entre eles uma certa concórdia de hábitos fraternos. Lede os Actos dos Apóstolos. Eles afirmam que a multidão dos cristãos, quer dos judeus convertidos quer dos pagãos baptizados, provenientes de diversas regiões, tinham um só coração e uma só alma. Porquê? Porque eram assíduos a escutar a doutrina dos Apóstolos e perseveravam na fracção do pão. A Eucaristia é também a vida da alma e da sociedade humana, como o sol é a vida dos corpos e da face da terra. Sem o sol, a terra é estéril; ele alegra-a, adorna-a e enriquece-a; ele dá aos corpos a eficácia, a força e a beleza. Perante estes factos admiráveis, não nos admiremos de que os pagãos o tenham venerado como o deus do mundo. Ele obedece ao Astro do dia e segue o supremo Sol, o Verbo divino, Jesus Cristo, que ilumina todos os homens que vêm a este mundo, e que, pela Eucaristia, como sacramento da vida, actua no íntimo das almas, de tal modo que transforma as famílias e as nações. Ditosa a alma fiel que encontra este tesouro escondido, que assiduamente mata a sua sede nesta fonte da vida, que come incessantemente este Pão da vida! A comunidade dos cristãos é realmente uma família e o vínculo entre os seus membros é Jesus na Eucaristia. Ele é o pai que prepara a mesa da família. A fraternidade cristã foi promulgada na Ceia simultaneamente com a paternidade de Jesus Cristo; Ele chama aos seus Apóstolos filioli, isto é, meus filhos, e manda-lhes que se amem mutuamente como Ele os amou. Na santa mesa todos são filhos que recebem o mesmo alimento; e por isso São Paulo conclui que eles constituem uma família e formam o mesmo corpo, porque participam do mesmo pão, que é Jesus Cristo. Finalmente, a Eucaristia proporciona à comunidade cristã a capacidade de observar a lei do respeito e da caridade para com o próximo. Jesus Cristo manda honrar e amar os seus irmãos. É por isso que Ele próprio os assume em Si mesmo, dizendo: Tudo o que fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes; Ele dá-Se a cada um na santa comunhão. O futuro Papa Santo veio ao mundo em 1835, na cidade de Risse, no Vêneto. Era de origem humilde. Foi o segundo dos dez filhos da pobre família do servidor do município e se chamou Giuseppe Sarto. Em 1903, com a morte do Papa Leão XIII foi eleito cardeal Giuseppe Sarto para ocupar a cátedra de São Pedro. Um dos primeiros atos do novo Papa foi recorrer à constituição "Comissum nobis" a fim de terminar, de uma vez por todas, com qualquer suposto direito de qualquer poder civil para interferir em uma eleição papal, pelo veto ou outro procedimento. Mais adiante deu um passo cauteloso mas definitivo para a reconciliação entre a Igreja e o Estado, na Itália, ao praticamente suspender o "Non Expedit". O nome Pio X se vincula geralmente, ao movimento que purgou à Igreja desse "resumo de todas as heresias", ao que alguém teve a idéia de chamar "Modernismo". Um decreto do Santo Ofício datado de 1907, condenou certos escritores e certas idéias; muito em breve seguiu-se a carta encíclica "Pascendi dominici gregis", em que se indicavam perigosas tendências de alcance imprevisível, destacavam-se e condenavam as manifestações do modernismo em todos os campos. O modernismo na Igreja ficou praticamente aniquilado ao primeiro golpe. Já tinha conquistado bastante terreno entre os católicos e, entretanto, não foram poucos, até entre os ortodoxos, que opinaram que a condenação do Papa tinha sido excessiva e à beira de uma dissimulação obscurantista. Em sua primeira encíclica, Pio X anunciava que sua meta primordial era a de "renovar tudo em Cristo" e, com esse propósito em mente, redigiu e aprovou seus decretos sobre o sacramento da Eucaristia. Também estabeleceu uma comissão corretora e revisora do texto Vulgata da Bíblia (este trabalho foi encomendado aos monges beneditinos) e, em 1909, fundou o Instituto Bíblico para o estudo das Escrituras e o deixou a cargo da Companhia de Jesus. Deus tinha dado a Pio X o dom de fazer milagres, a maioria deles curas. Foi canonizado por Pio XII, em 1954, perante uma multidão que enchia a praça São Pedro. Aquele foi o primeiro Papa a ser canonizado desde Pio V Nasceu no dia 9 de maio em Mornese, Itália. Sendo uma simples camponesa, pobre e ignorante, chegou a ser Fundadora da que é hoje a segunda Comunidade religiosa feminina no mundo (em relação ao número de religiosas), a Comunidade de irmãs Salessianas. Fundou em seu povoado um "Oratório" ou escola de catecismo para meninas. Ela e suas amigas lhes ensinavam costura e outras artes caseiras, enquanto iam conseguindo que as jovens aprendessem muito bem a religião, observassem excelente comportamento em casa, fossem à missa e recebessem os sacramentos. Paralelamente, São João Bosco utilizava em Turim uma metodologia similar, mas aplicada aos varões. O Padre Pestarino observou que em Maria Mazzarello e em suas amigas havia grande caridade para com os necessitados e um enorme amor a Deus, ademais de fortes desejos de conseguir a santidade. Então as reuniu em uma Associação Juvenil que se chamou: "De Maria Imaculada". Ele mesmo as confessava, lhes dava instrução religiosa. No decorrer de uma viagem, o Padre Pestarino se encontrou com São João Bosco, quem neste momento se encontrava meditando sobre a possibilidade de ampliar seus ensinamentos também a meninas pobres. Pestarino contou-lhe sobre a obra que realizava junto com Santa Maria e o convidou a conhecê-la pessoalmente. Assim, no dia 7 de outubro de 1864, São João Bosco foi por primeira vez a Mornese. Dom Bosco constatou que aquelas jovens que dirigia o Padre Pestarino eram excelentes candidatas para ser religiosas, e com elas fundou a Comunidade das Filhas de Maria Auxiliadora, ou salessianas, que hoje em dia são mais de 16.000 em 75 países. O Papa Pio IX aprovou a nova congregação, no dia 5 de agosto de 1572. Maria Mazzarello foi superiora geral até o dia da sua morte, o 14 de maio de 1881. Seus três grandes amores foram a Eucaristia, Maria Auxiliadora e a juventude pobre, à qual educou e salvou. Nasceu em Roma no primeiro século. Por vários séculos a história dizia que ela era filha de São Pedro e que era tão bela e como havia recusado a proposta de casamento de um rico romano pagão chamado Flaccus foi presa em uma torre, mas teria feito uma greve de fome e morreu em três dias. Entretanto, em inscrições antigas e recentemente encontradas, ela está listada como uma mártir da forma mais tradicional da época. Noutra versão ela seria uma servente, que trabalhava com São Pedro e uma das várias convertidas por ele e seria a sua "filha espiritual". Parece ter sido parente de Santa Domitilla e foi curada de paralisia por São Pedro. Sua relíquias estão na Basílica de São Pedro em Roma, Itália. Sua capela tem vários trabalhos de Miguelangelo e Bramante. Diz ainda a tradição que quando seu caixão foi aberto para o traslado, seu corpo estava incorrupto e a cabeça coberta com flores. Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada sendo curada por São Pedro; 2) segurando as chaves para ele ;3) uma virgem com uma vassoura;4) ao lado de São Pedro; 5) recusando uma proposta de casamento, e 6) recusando um anel oferecido por um rei. É a padroeira dos viajantes e dos golfinhos visto que em seu sarcófago havia um golfinho encravado nele. Sua festa é celebrada no dia 31 de maio Virgem da Terceira Ordem Franciscana, viveu de 1715 a 1791 e foi canonizada pelo Papa Pio IX a 29 de junho de 1867. No batismo recebeu o nome de Ana Maria. Desde pequena tinha fama de santa e era conhecida por todos como a “Santinha”. Mesmo contrariando o pai, que lhe preparava um “vantajoso casamento”, tomou o hábito franciscano com apenas 16 anos de idade, mudando seu nome para Maria Francisca das Cinco Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Êxtases, transes, arroubos místicos, profecia, eram para ela situações vulgares. Parecia viver em outro mundo, sendo, por isso, incompreendida, perseguida e submetida a vários exames pelas autoridades eclesiásticas. Em sete anos de duro martírio suportou todos os mal-entendidos com inalterável mansidão. Nos últimos anos da sua vida estava impedida de participar da Santa Missa por causa de uma grave doença que a obrigava estar em cama. Muitos sacerdotes, principalmente o religioso barnabita, padre Bianchi, viam que durante a Missa desaparecia um pedaço da Hóstia Magna consagrada e um pouco de vinho consagrado. Era o Anjo da Guarda da Santa que levava a Comunhão à religiosa. Para Santa Maria Francisca das Cinco Chagas era a Comunhão Espiritual o único alívio para a dor aguda que sentia, quando ficava fechada em casa, longe do seu Amor, especialmente quando não lhe era permitido fazer a Comunhão Sacramental. Então, ela subia ao terraço da casa e, olhando para a Igreja, suspirava entre lágrimas: “Felizes aqueles que hoje Te puderam receber no Sacramento, ó Jesus! Felizes os Sacerdotes que estão sempre perto do Amabilíssimo Jesus!” E assim só a Comunhão Espiritual podia tranqüilizá-la um pouco. Faleceu com 76 anos, em 06 de outubro de 1791 e foi sepultada na igreja de Santa Luzia do Monte onde é venerada, pois seu corpo ficou incorruptível após sua morte. - Senhor nosso Deus, que comulastes de graça a Santa virgem Maria Francisca das Cinco Chagas, fazei que,incentivados na terra por suas virtudes, sejamos a ela associados na felicidade do céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Santa Ágape Beata Maria de Sâo Jose Beato Sanna de Andreasi Beato Bellesini Santa Eufemia de Calcedonia Santa Maria de Jesus de Agreda Santa Patricia Santo Ezequiel Moreno São Francisco Javier São Ignacio de Laconi São Salvador de Horta São Ubaldo de Gubbio Beato Aloysius Stepinac Santo SylvanoVeja alguns exemplos de santos que tiveram seu corpo preservado:
Beata Ana Maria Taigi (1769-1837)
Ângela da Cruz (1846-1932)
Beato Gaetano Catanoso
Santa Bernardete - 16 de abril
São Carlos Sezze, Franciscano - 25 de setembro
Santa Catarina Labouré
São Charbel Makluf
Santa Clara de Montefalco
São Cura D'Ars
São Pio de Pietrelcina
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Voltar ao TopoSão Pio V - 30 de abril
Eusébio de Roma
São João Bosco
Plinio Maria Solimeo
Lar pobre e religioso; a mãe, exemplo de virtudes
Papa João XXIII
Luís Orione
Margarida Maria Lópes de Maturana (1884-1934)
Santa Rita de Cássia - 22 de maio
Santificação e corpo intacto
Santa Luzia - 13 de dezembro
Santa Verônica Giuliani - 9 de Julho
São Vicente de Paulo
Evangelização e caridade
Formação do clero
Mobilizador de vontades
Missões ad gentes
Santa Zita - 27 de Abril
Maria Cândida da Eucaristia (1884-1949)
S. Pedro Julião Eymard - 2 Agosto
Nota História
ORAÇÃO
A Eucaristia, sacramento da vida
São Pio X, Papa - 21 Agosto
Santa Maria Mazzarello - 9 de maio
Santa Aurélia ou Santa Petronilla
Santa Maria Francisca das Cinco Chagas - 6 de Outubro
ORAÇÃO
Outras Fotos de Santos Incorruptos
9.2.10
Corpos Incorruptos
O Beato Gaetano Catanoso nasceu a 14 de Fevereiro de 1879, em Chorio di San Lorenzo (Itália). Fundou as Irmãs Verónicas do Santo Rosto. Morreu em Reggio Calábria a 4 de Abril de 1963.
Voltar ao TopoTodas estas coisas levadas ao termo por divino impulso por uma ignorante e inculta menina, Deus a leva longe para a solidão de um convento, e quase desprezada pelo mundo, preparou-se para coisas mais admiráveis, para que, pregada na cruz com Cristo e com ele quase sepultada, atingisse profundamente na humildade a vida interior sobrenatural e, um dia na luz da santidade ressurgindo ao mundo, com este estábil testemunho da santidade unisse nova glória ao Santuário de Lourdes. Por isto, obedecendo ao chamamento de Deus, em julho de 1867 se transferiu para Nevers, para iniciar a vida religiosa na Casa-Mãe das Irmãs da Caridade e instrução cristã. Terminado o noviciado no mesmo ano, fez os votos temporais e onze anos depois os perpétuos.
Tendo ficado até este ponto como debaixo do alqueire da humildade, com a morte tornou-se resplandecente a todo o mundo. Debaixo do pontificado de Pio X, em 1923, foi iniciado o processo de sua beatificação. A 14 de julho de 1925 o Papa Pio XI lançou o nome da serva de Deus nos fatos dos bem-aventurados. Em contemplação aos grandes e inegáveis milagres, que Deus se dignou operar por sua serva, a causa foi reassumida em junho de 1926 e levada ao fim em 2 de julho de 1933.