Assim como as anteriores, a expedição foi organizada a pedido de um papa, na ocasião Gregório VIII, e buscou construir e consolidar a supremacia européia durante a Idade Média. Além da participação ativa de monarcas cruzados, a Terceira Cruzada, ocorrida entre 1189 e 1192, tem como característica uma maior tolerância entre líderes cristãos e muçulmanos. O período marcou também o surgimento e a participação dos Cavaleiros Teutônicos. Após o apelo de Gregório VIII, Frederico Barba Ruiva deu início à campanha, seguindo por terra à margem do Rio Danúbio. Durante o percurso conquistou Konya, capital do sultanato turco da Ásia Menor, mas no decorrer da expedição acabou morrendo afogado ao atravessar um rio na região da Cilícia. Com a perda de seu líder, boa parte dos cruzados germânicos desistiu da empreitada. Aqueles que não retornaram ao Império Romano-Germânico decidiram avançar até São João de Acre, agora sob liderança de Frederico da Suábia, filho de Frederico. Ricardo I e Filipe Augusto iniciaram a expedição pela Sicília em 1190, onde saquearam algumas cidades e seguiram até a Terra Santa pelo mar. O líder britânico teve alguns problemas com as embarcações e levou dois meses a mais que o rei francês para chegar à Palestina. Nesse meio tempo, conquistou a Ilha de Chipre aos Bizantinos, encorporando-a ao chamado Reino Latino. Com a chegada dos britânicos ao Acre, os cruzados conseguiram sitiar a cidade e, em Julho de 1191, obtiveram a primeira vitória ao reconquistar a região. Apesar do sucesso até então, Filipe Augusto desistiu da cruzada devido às más condições de saúde e retornou à França prometendo não atacar as terras de Ricardo. O rei inglês permaneceu na Palestina onde venceu as batalhas de Arsuf e de Jaffa diante de Saladino, porém suas tropas, agora sem o apoio de Filipe e de grande parte do exército alemão, não contavam com homens suficientes para sitiar a Cidade Santa. Com o exército enfraquecido, Ricardo firma um acordo diplomático com o líder sarraceno: Jerusalém permaneceria sob domínio muçulmano em troca da garantia da abertura da Terra Santa aos peregrinos cristãos, desde que desarmados. Os cruzados mantiveram a área conquistada, uma faixa costeira contínua de Tiro a Jafa, consolidando os estados cristãos no Oriente. Apesar de não conseguir o principal objetivo da Terceira Cruzada que era a reconquista de Jerusalém, Ricardo ganhou prestígio e respeito dos povos cristão e muçulmano, o mesmo acontecendo com Saladino, transformado em herói no Oriente e em exemplo de cavalaria medieval na Europa. Leia mais sobre Cruzadas: Fontes:Por Rodrigo Batista
http://static.recantodasletras.com.br/arquivos/1300076.doc
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u15.jhtm
http://www.arqnet.pt/portal/universal/cruzadas/cruzada04.html
http://www.embuscadaveracruz.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=48&Itemid=54
http://www.seer.ufu.br/index.php/cadernoshistoria/article/view/356/341
http://adlocutio.conquerwindows.com/Historia/IdadeMedia/RicardoCoracaoLeao.htm
9.2.10
Terceira Cruzada
A Terceira Cruzada pode ser compreendida como uma reação cristã à conquista de Jerusalém pelo líder muçulmano Saladino em 1187. A expedição teve como principais condutores os reis da Inglaterra e da França, respectivamente Ricardo I (Ricardo Coração de Leão) e Filipe Augusto, além do imperador do Sacro Império Romano-Germânico,Federico Barba Ruiva (traduzido por alguns como Barbarossa ou Barba-Roxa), o que a levou a ser popularmente conhecida como a Cruzada dos Reis. Embora tenha reunido inicialmente um grande exército, ela se revelou um fracasso no seu objetivo principal.