9.10.10

História Combustíveis: da madeira ao biocombustível

História dos Combustíveis


A busca por fontes de energia aparece desde os tempos da Pré-História.



Ao longo da História, a relação do homem com a natureza foi responsável por uma série de transformações significativas. A busca por condições de vida mais confortáveis acabou trilhando o desenvolvimento dos vários combustíveis que marcam a história humana. Nesse percurso, podemos destacar que a mais recente preocupação de cientistas e estudiosos é desenvolver fontes de energia com impacto ambiental reduzido ou nulo.

A madeira é a mais antiga fonte de energia que se tem conhecimento. Nos tempos pré-históricos, a lenha era instrumento fundamental afastar as temperaturas extremas do inverno, afugentar animais ferozes e incrementar o preparo dos alimentos. Apesar de muito poluente, a madeira ainda é largamente utilizada em países que apresentam um tímido desenvolvimento industrial.

Com a Revolução Industrial, a exploração das fontes de energia sofreu uma de suas mais importantes guinadas. O desenvolvimento de novas tecnologias e a produção em larga escala motivou a busca por novos combustíveis. Nesse contexto, entre os séculos XVIII e XIX, o carvão mineral se tornou indispensável para o funcionamento dos primeiros motores movidos a vapor. Nos dias de hoje, após sofrer uma acentuada queda em seu uso, o carvão mineral dá sinais de recuperação com as crises do setor petrolífero.

Nos primeiros anos do século XX, a popularização dos automóveis ampliou ainda mais a demanda internacional por combustíveis de alto desempenho. Dessa forma, os combustíveis fósseis (então somente empregados na obtenção do querosene) passaram a ser fonte de obtenção da gasolina. Algumas décadas mais tarde, essa mesma tendência transformou o diesel em um combustível de grande uso a partir da Segunda Guerra Mundial.

Na década de 1940, o desenvolvimento da física possibilitou que a energia nuclear fosse explorada por conta do potencial de produção energética. Mesmo com este argumento atrativo, a construção de usinas nucleares gerou grande preocupação entre as autoridades políticas e ambientais. A manutenção desse tipo de unidade energética envolve um rigoroso controle e qualquer acidente pode promover um impacto de sérias proporções.

Ao longo da década de 1970, as duas crises do petróleo instigaram a busca por novas fontes de energia, incluindo o Brasil. Por meio da fermentação da sacarose, o álcool anidro passou a ser empregado em veículos e oferecia índices menores na emissão de gases poluentes. Obtido pela cana-de-açúcar, esse tipo de combustível teve grande demanda até a década de 1980. Atualmente, a sua presença no mercado internacional ganhou novo impulso com o desenvolvimento dos veículos bicombustíveis.

Nas últimas décadas, a preocupação com os impactos ambientais causados pela emissão de gases poluentes demarcou uma fase inédita na história dos combustíveis. A construção das usinas hidrelétricas, as placas de captação da energia solar e a energia eólica ganharam destaque enquanto fontes limpas de energia. Apesar de seu alto custo de produção, esses recursos alternativos respondem à emergência de problemas muito mais urgentes.


Por Rainer Sousa

As principais fontes de energia

por Carlos Minuano

Sólidos, líquidos ou gasosos, há séculos boa parte do mundo não funciona sem eles. No entanto, é cada vez mais evidente que os combustíveis estão diretamente ligados ao aquecimento global. Pesquisas vislumbram um futuro com carros a hidrogênio e uma sociedade movida por fontes não-poluentes, mas isso ainda deve levar algumas décadas.

Pré história

Madeira

Também conhecida como lenha, a madeira – usada no início para aquecer e cozinhar alimentos – tem papel fundamental para o desenvolvimento da humanidade. Por ser barata, ela ainda é muito usada nos países em desenvolvimento, mas, embora seja uma fonte renovável, é poluente.

1850

Carvão mineral

Combustível que se torna popular na Revolução Industrial, com o crescente uso do motor a vapor. Sua utilização entrou em declínio nas últimas décadas, mas, com a atual elevação no preço do petróleo, o consumo voltou a crescer.

1906

Gasolina

O início da fabricação em série dos automóveis provoca uma disparada do uso de combustíveis. Opetróleo, até então conhecido pelo querosene, passa a ser cobiçado por outro derivado, a gasolina. Começa a era dos combustíveis líquidos.

1920

Gás natural

O gás, que desde sua descoberta, em 1859, era usado na iluminação, começa a se destacar como alternativa a combustíveis bem mais poluentes. Ele não precisa ser estocado, pois sua distribuição é feita através de gasodutos. Porém, é uma fonte de energia não-renovável e finita.

1932

Diesel

Com rendimento maior que o dos movidos a gasolina e emissão de poluentes menor, o motor a diesel, apesar de mais caro, se populariza. Esse combustível, outro derivado do petróleo, ganharia o mundo durante a Segunda Guerra.

1942

Energia nuclear

A fissão nuclear de urânio é cogitada como alternativa de geração de energia. A opinião se dividiu a partir de 1986, com o acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em que milhares morreram ou foram contaminados.

1975

Álcool

A crise do petróleo na década de 70 chama atenção para a urgência de novas fontes de energia. O etanol, combustível de origem vegetal, surge como alternativa. A produção inicial de 600 milhões de litros em 1975 sobe para 12 bilhões em 1986. Até 2000, foram fabricados mais de 5 milhões de veículos a álcool.

1984

Energia hidrelétrica

Pela quantidade de água de que o Brasil dispõe, não é de causar espanto que o país seja líder nesse segmento. Apesar de ser aproveitada desde o fim do século 19, seu uso cresce na década de 70. O ápice da expansão ocorre na década de 80 com a construção da hidrelétrica de Itaipu, a maior do planeta.

1990

Energias alternativas

Impulsionada pela preocupação ambiental, a energia eólica, que não polui, ganha os holofotes na década de 90, ao lado da energia solar. Apesar de mais caras, as energias alternativas cresceram 40% em 2006, segundo a ONG Greenpeace.

2000

Biocombustíveis

Com o efeito estufa e a escalada do preço do petróleo, as fontes renováveis voltam ao foco do mercado energético. Combustíveis como o biodiesel e o etanol produzidos a partir de cana-de-açúcar, plantas e resíduos agropecuários, entre outros, ganham a cena como soluções sustentáveis.

Fontes:http://www.brasilescola.com/historia/historia-dos-combustiveis.htm

http://historia.abril.com.br/ciencia/combustiveis-madeira-ao-biocombustivel-435651.shtml