Como o próprio nome diz, foi um conflito entre as Coréias do Norte e do Sul - mas também foi a primeira batalha militar a opor capitalistas e socialistas, deixando o mundo quase à beira de uma guerra nuclear. A semente de tudo isso foi plantada em 1945, com o fim da Segunda Guerra. Na ocasião, a Coréia (na época, ainda um único país) estava ocupada pelos japoneses que começavam a se render às tropas aliadas. Os dois principais líderes do bloco, os Estados Unidos e a União Soviética, concordaram em dividir a rendição: os soviéticos receberiam as tropas nipônicas que estivessem na parte norte da Coréia, acima da latitude de 38 graus, enquanto os americanos cuidariam dos soldados do sul. Esse episódio acabou fracionando o país e gerando as duas Coréias. A do Norte, ligada à União Soviética, se tornou comunista. A do Sul continuou abraçada ao capitalismo, apadrinhada pelos americanos. Em 1949, a maior parte das tropas estrangeiras já tinha saído dos dois países, mas, no ano seguinte, a tensão explodiu com a invasão das forças norte-coreanas no lado sul. Dois dias depois, o então presidente americano Harry Truman mandou tropas para lutar ao lado da Coréia do Sul - outros 15 países também enviaram soldados. Enquanto essas tropas avançavam para o norte, a China comunista entrou na história para defender os norte-coreanos. Como resposta, o general Douglas McArthur, comandante dos EUA, propôs atacar territórios chineses, mas Truman não deu aval - o presidente americano temia que isso provocasse uma reação da União Soviética, aliada dos chineses. A situação só começou a mudar em 1952, quando Dwight Eisenhower assumiu a presidência dos Estados Unidos e ameaçou detonar armas nucleares contra a China e a Coréia do Norte se a guerra continuasse. Em julho de 1953, finalmente, foi assinado um cessar-fogo. Não era sem tempo: 4 milhões de pessoas já tinham morrido, a maioria civis. 25 de junho de 1950 Em busca de mais território, tropas da Coréia do Norte, comunista, invadem a parte sul do país, capitalista. A pedido da Organização das Nações Unidas (ONU), 16 países enviam soldados para combater ao lado da Coréia do Sul. Os Estados Unidos lideram o grupo 15 de setembro de 1950 Forças americanas desembarcam em Inchon, no litoral coreano, 160 quilômetros atrás das linhas inimigas. A ofensiva pega de surpresa os norte-coreanos e parte significativa de seus exércitos é destruída 25 de novembro de 1950 O governo socialista da China decide bater de frente com o bloco capitalista: envia 180 mil soldados para combater pelo lado do norte. É um rascunho do que seria uma Terceira Guerra Mundial 31 de dezembro de 1950 Tropas comunistas lançam sua segunda e mais violenta invasão àCoréia do Sul, com meio milhão de soldados chineses e norte-coreanos. Apesar de sua força, o ataque acabou detido, graças a bombardeios aéreos 27 de julho de 1953 Depois de os Estados Unidos ameaçarem usar armas nucleares no conflito, um armistício é assinado para suspender os combates. Isso não representou um acordo de paz entre os dois países, apenas um cessar-fogo. E a tensão militar continua até hoje na região Fonte: O primeiro esboço do fim do mundo
A batalha oriental opôs chineses e americanos e quase detonou a Terceira Guerra Mundial