A Batalha das Navas de Tolosa foi travada entre cristãos e mouros pelo domínio da Península Ibérica, mas também uniu reinos até então opostos.
Por Adriano Curado
Na Batalha das Navas de Tolosa os mouros foram derrotados e expulsos da Península Ibérica, em 16 de julho de 1212.
Diversas incursões de muçulmanos punham em perigo toda a Península Ibérica, com ataques constantes aos cristãos. E para combatê-los o Papa Inocêncio III convocou uma Cruzada.
Como o exército mouro era inúmeras vezes maior que o contingente cristão, foi preciso a união de vários reinos. Além disso, uma estratégia de guerra foi estudada com cuidado para não haver erros.
Contexto Histórico
Com um temido exército de centenas de milhas de soldados, o califa Muhammad Al-Nasir iniciou uma ofensiva sangrenta. Ele começou uma série de invasões que foram conquistando a Península Ibérica, posto que ninguém conseguia resistir.
Preocupado com a situação, o Papa Inocêncio III decidiu convocar uma Cruzada para combater os infiéis e resguardar os cristãos. Como os invasores eram muito fortes, foi preciso uma coligação de reinos, sendo alguns inimigos históricos que se uniram.
O comando ficou com Afonso VIII de Castela e a aliança foi composta por nada menos que nove exércitos. Dela fizeram parte, a saber: Castela, Navarra, Aragão, Portugal, reino de Leão, além das ordens militares de Calatrava, Hospitalários, Santiago e Templários.
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Uma união internacional
A chamada Santa Coligação, que Afonso VIII foi escolhido para liderar, se constituiu numa união internacional. Dela participaram Sancho VII, rei de Navarra, além de Pedro II, que era rei de Aragão. Tinha também destacamentos do rei português Afonso II e do Reino de Leão.
Uniram-se à Cruzada também cavaleiros da França e das ordens militares de Calatrava, Hospitalários, Santiago e Templários. Portanto, inimigos históricos lutaram lado a lado para bater um desafeto em comum.
Juntado todas essas forças internacionais o exército aliado chegou a 70.000 soldados, portanto uma força considerável. O problema é que o exército mouro era calculado em 400.000 homens fanáticos e prontos a morrer, tanto que lutavam acorrentados para que ninguém fugissem.
A Batalha de Navas de Tolosa
O grande estrategista cristão foi o rei Afonso VIII, que pensou em cada detalhe de como enfrentar os mouros. Para isso ele gastou uma década, considerando sempre a inferioridade numérica de combatentes.
Os exércitos se encontraram próximo a Navas de Tolosa, na Espanha, porém os muçulmanos conseguiram melhor posição. Fato é que, no dia 16 de julho de 1212, ocorreu a Batalha. As forças de Castela, mais numerosa, seguiram pelo meio, posto que nos flancos foram os reis de Navarra e de Aragão.
A estratégia do rei Afonso foi fingir que a infantaria central estava vacilante, portanto atraindo em massa o inimigo. Nesse meio tempo, o grosso da cavalaria atacou e deu a vitória à minoria cristã.
E para evitar que os mouros se reorganizassem e novamente atacassem, o Rei Afonso determinou a morte a todos. Então o exército muçulmano em retirada foi atacado sem clemência e dizimado até o último homem.
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Fonte: Wikipédia, Infopédia, As Cruzadas, Glaudius, PG Portugal, Ibmce Online, Mundo Português, Revelações, Geopedrados.
Fonte das imagens: As Cruzadas, Wikiwand,
3.3.19
Batalha de Navas de Tolosa: a expulsão dos mouros da Península Ibérica
Fonte:https://conhecimentocientifico.r7.com/batalha-de-navas-de-tolosa-a-expulsao-dos-mouros-da-peninsula-iberica/