13.3.19

Rainha de Sabá



A Rainha de Sabá, de acordo com a narrativa bíblica, era uma mulher de grande riqueza, beleza e poder.


Rei Salomão

Pouco se sabe sobre a rainha de Sabá, inclusive seu próprio nome.

Os autores árabes a tratavam como Balquis, soberana da Arábia que viveu por volta do século 10 a.C. e se tornou famosa principalmente pela visita que fez ao rei Salomão, em 985 a.C..

Nessa época, após haver discutido com seus conselheiros, decidiu procurar pessoalmente o rei de Israel com o intuito de negociar com ele um tratado comercial que lhe assegurasse o monopólio das caravanas que viajavam de Israel e Tiro com destino às Índias, passando pelo seu reino ao sul da Arábia. Este era habitado pelos sabeus, raça semítica de cultura muito antiga e de linguagem semelhante à etíope – cujos povos foram os primeiros colonizadores da Etiópia -, e dele se dizia que possuía grande riqueza e poderosos recursos justamente por estar localizado na rota comercial entre a Índia e a África.

Diz a lenda que a rainha nasceu por volta do ano 1020 a.C. e morreu aos 55 anos de idade, sem nunca ter casado. Tendo assumido o trono com apenas quinze anos, em virtude da morte do pai, ela precisava acompanhar os costumes do seu povo, que tanto dava direitos iguais a homens e mulheres, como exigia que a soberana fosse virgem. Por isso se dedicou aos estudos, à filosofia e ao misticismo. O episódio de sua visita a Jerusalém provavelmente tem tudo a ver com a curiosidade dos estudiosos, pois a presunção é a de que tenha tomado conhecimento da sabedoria e esplendor do monarca, e por isso resolveu verificar pessoalmente se as informações eram verdadeiras.


A Bíblia contém a seguinte passagem (Livro dos Reis 9:26/28), “Equipou também o rei Salomão uma frota em Aslongaber, perto de Aflat, na praia do mar Vermelho, na terra de Edom. Hiram (rei de Tiro) mandou seus próprios servos nessa frota, marinheiros experimentados em náutica, para ajudar os homens de Salomão. Foram a Ofir, donde trouxeram quatrocentos e vinte talentos de ouro, que apresentaram ao rei Salomão”.

Ofir cidade histórica e quase lendária do mundo antigo, ficou conhecida como produtora e exportadora de ouro. Citada no Velho Testamento e em numerosas obras antigas como cidade de grande esplendor, sua situação geográfica permanece desconhecida até hoje, acreditando-se que tenha pertencido à área do oceano Índico.

Ouvindo falar de Salomão, a rainha de Sabá procurou conhecê-lo. No mesmo texto bíblico Livro dos Reis (9:2/8) está escrito que ela “Chegou a Jerusalém com uma numerosa comitiva, com camelos carregados de aromas e uma grande quantidade de ouro e pedras preciosas. Apresentou-se diante do rei Salomão e disse-lhe tudo o que ela tinha no espírito. A tudo lhe respondeu o rei. Nenhuma das suas perguntas lhe pareceu obscura e deu solução a todas. Quando a rainha de Sabá viu toda a sabedoria de Salomão, a casa que ele tinha feito, os manjares de sua mesa, os apartamentos de seus servos, as habitações e uniformês de seus oficiais, os copeiros do rei e os holocaustos que ele oferecia no templo do Senhor, ficou estupefata e disse ao rei: É bem verdade o que ouvi a teu respeito e de tua sabedoria, na minha terra. Eu não quis acreditar no que me diziam, antes de vir aqui e ver com os meus próprios olhos. Mas eis que não contaram nem a metade: tua sabedoria e tia opulência é muito maior do que a fama que havia chegado até mim. Felizes os teus homens, felizes os teus servos que estão sempre contigo e ouvem a tua sabedoria”

E prosseguindo (10/13):


“Presenteou o rei com 120 talentos de ouro e grande quantidade de perfumês e pedras preciosas. Não apareceu jamais uma quantidade de aromas tão grande com a que a rainha de Sabá deu ao rei Salomão. A frota de Hiram, que trazia o ouro de Ofir, trouxe também grande quantidade de madeira de sândalo e pedras preciosas. Com este sândalo fez o rei balaustradas para o templo do Senhor, assim como harpas e flautas. E desde então não se transportou mais desta madeira de sândalo, e não se viu mais dela até o dia de hoje.. O rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo o que ela desejou e pediu, além dos presentes que ele mesmo lhe fez com real liberalidade. E a rainha retomou o caminho de volta com a sua comitiva”.

Nada mais se sabe sobre a rainha de Sabá, a não ser que teve um filho com o rei Salomão. Chamado Menelik, ele assumiu o trono com o título “Novo de Imperador” e “Rei dos Reis de Etiópia”, fundando a “Dinastia Salomonica” que governou aquele país, com poucas interrupções, durante aproximadamente três mil anos ou 225 gerações, terminadas com o Imperador Haile Selassie, em 1974.

Fernando Kitzinger Dannemann

Fonte: www.recantodasletras.com.br

Rainha de Sabá


Lenda

A Rainha de Sabá, uma mulher exótica e misteriosa de poder, é imortalizado em grandes obras religiosas do mundo, entre eles a Bíblia hebraica e no Alcorão muçulmano.

Ela também aparece na pintura turco e persa, em tratados cabalísticos, e em obras místicas cristãs medievais, onde ela é vista como a personificação da Sabedoria Divina e um prognosticador do culto da Santa Cruz.
Quem era

Quem era essa figura lendária que veio exibindo-se (e sua riqueza) na corte do Rei Salomão?

O mais provável é que ela era da Etiópia, uma rainha em seu próprio direito – uma mulher real usado para obter o seu próprio caminho e confiança certeza de seu valor.

Segundo a tradição judaica e islâmica, a rainha de Sabá era uma monarca do antigo reino de Sabá, que se acredita ser na Etiópia ou o Iêmen.

De acordo com a Bíblia, a rainha de Sabá visitou Salomão para testar sua sabedoria, e ela é o tema de um ciclo generalizado de lendas na genealogia árabe, chinês e etíope.
Bíblia

A Rainha de Sabá é uma rainha reinante que aparece na Bíblia. O conto de sua visita ao rei Salomão sofreu extensas celebrações judaicas, árabes e etíopes, e tornou-se o assunto de um dos ciclos mais difundidos e férteis de lendas no Oriente.
Rainha de Sabá nas Escrituras Hebraicas

A Rainha de Sabá é uma das figuras mais famosas da Bíblia, mas ninguém sabe exatamente quem ela era ou de onde ela veio.


De acordo com I Reis 10: 1-13 das escrituras hebraicas, ela visitou o rei Salomão em Jerusalém depois de ouvir de sua grande sabedoria. No entanto, a Bíblia não menciona nem o seu nome dado ou a localização de seu reino.
Origem

Rainha de Sabá era um nome antigo para a Abissínia, um reino no Mar Vermelho nas imediações da Etiópia moderna e Iêmen.

A Rainha de Sabá é mais conhecida por uma história no livro da Bíblia dos Reis: à frente de uma caravana de riquezas, ela visita o rei Salomão de Israel para testar sua sabedoria lendária.

Depois de Salomão ter respondido com sucesso seus enigmas, a rainha agradece-o com presentes.

Segundo a tradição etíope a rainha voltou a Sabá e teve um filho de Salomão, Menelik I, que foi o início da dinastia real etíope.
A Rainha de Sabá

Rainha de Sabá! Este nome traz à imaginação a figura mítica de uma soberana bela, digna, riquíssima. De fato, possuía ela muito ouro, pedras preciosas e perfumes.

Entretanto, seu tesouro mais valioso era outro: a virtude da admiração.

Deslumbrada pela sabedoria, bem como pela grandiosidade e beleza das obras de Salomão, a Rainha de Sabá, embora pagã, entoou louvores ao verdadeiro Deus. Sua atitude mostra o poder da virtude e do esplendor para atrair as almas ao Criador.
Dom da sabedoria

Filho de Davi, Salomão herdou o poder sendo ainda adolescente, e compreendeu que era necessária muita sabedoria para governar o povo de Israel.

Certa noite, Deus apareceu ao rei e lhe disse: “Pede o que desejas, que Eu te dou”.

Salomão respondeu: “Dignai-Vos (…) conceder-me a sabedoria e a inteligência, a fim de que eu saiba como me conduzir à frente desse povo”.

Disse Deus a Salomão: “Já que este é o desejo de teu coração, e não pedes nem riquezas (…), nem uma longa vida, mas me pedes sabedoria e inteligência a fim de bem governar o povo do qual Eu te fiz rei, (…) a sabedoria e a inteligência ser-te-ão concedidas, mas também riquezas, tesouros e glória mais do que jamais possuíram os reis, teus predecessores, e que jamais possuirão teus sucessores” (2Cr 1, 7-8; 10-12).

Salomão recebeu então um espírito de uma visão tão vasta como as areias que estão à beira do mar. Ele era o mais sábio de todos os homens.
Admiração, generosidade, louvor a Deus

A Rainha de Sabá teve notícias da sabedoria e magnificência de Salomão, e quis conhecê-lo. Partiu de suas terras, situadas no sudoeste da Arábia (atual Iêmen), e percorreu longa distância, acompanhada de numerosa comitiva, trazendo grande quantidade de ouro e de pedras preciosas.

Chegando a Jerusalém, foi recebida pelo Rei Salomão e fez-lhe todas as perguntas que desejava. Este deu prontamente resposta certa a todas. Não houve enigma por demais obscuro que ele não pudesse esclarecer.

Diante dessa sabedoria incomparável, da magnificência do Templo e dos holocaustos que lá eram oferecidos ao Senhor, dos esplendores do palácio real, a Rainha de Sabá ficou enlevada de admiração e exclamou: “Felizes esses servos que sempre estão diante de ti e ouvem tua sabedoria! Bendito seja o Senhor teu Deus, que te tomou como objeto de afeição, e te colocou no seu trono, como rei em nome do Senhor, teu Deus!” (2Cr 9, 7-8).

A admiração desinteressada conduz à generosidade. Assim, a Rainha de Sabá presenteou Salomão com grande quantidade de ouro, pedras preciosas e perfumes.

Nada se sabe a respeito do que aconteceu depois a ela. Mas, passados quase mil anos, sua bela atitude recebeu elogios de Nosso Senhor.

Discutindo com os escribas e fariseus, afirmou Jesus: “A Rainha do Meio-Dia [isto é, de Sabá] levantar-se-á no dia do Juízo para condenar os homens desta geração, porque ela veio dos confins da terra ouvir a sabedoria de Salomão! Ora, aqui está Quem é mais que Salomão” (Lc 11, 31).
Desobediência de Salomão

Quanto a Salomão, infelizmente, não foi fiel aos Mandamentos de Deus.

Narra a Sagrada Escritura que tomou para si esposas pertencentes às nações das quais o Senhor dissera aos israelitas :“Não tereis relações com elas, nem elas tampouco convosco, porque certamente vos seduziriam os corações, arrastando- os para os seus deuses” (I Reis 11, 2).


Basílica de El Escorial (Madri) Detalhe da fachada

Aconteceu-lhe o que Deus predissera: sendo já velho, elas seduziram o seu coração e o arrastaram ao abominável pecado de idolatria.

Como pôde degradar-se assim o homem que recebeu em tão alto grau o dom da sabedoria?

Não caiu pelo fato de ser rico, pois “as riquezas são boas para o que não tem pecado na sua consciência” (Eclo 13, 30).

E São Tomás esclarece de forma admirável, na Suma Teológica: “As riquezas, enquanto conduzem à virtude, são boas; mas são más enquanto a impedem; e de igual modo a pobreza” (2-2, 126 – 1 ad 3).

A queda de Salomão deveu-se, sobretudo, à sua falta de vigilância.

“Vigiai e orai para não cairdes em tentação”, recomenda-nos o Divino Mestre (Mt 26, 41).

Então, sirva-nos de advertência a desgraça em que caiu Salomão: peçamos a Nossa Senhora o espírito de oração e uma constante vigilância. Tenhamos sempre diante dos olhos nossas fraquezas e confiemos ilimitadamente n’Aquela que é a Virgem Fortíssima.

Paulo Francisco Martos

Fonte: www.arautos.org.br