13.2.09

Claude Monet, entre a luz e as flores

e no meio do caminho da vida o poeta Dante Alighieri perdeu-se numa floresta escura dando nas portas do inferno, com o pintor impressionista Claude Monet deu-se o contrário. Ele, que nascera em Paris, em 1840, quando alcançara a mesma idade madura do italiano, encontrou o jardim do paraíso. Depois de viver desde os 17 anos, um tanto como um artista cigano, aos 43 anos, em 1883, conseguiu finalmente um lugar que o abrigaria até os derradeiros dias da sua longa e criativa vida: o sitio de Giverny. Lá, num jardim maravilhoso, rodeado de belíssimas flores e por canteiros cuidados, cercado pelo clã familiar, ele trabalhou até falecer longevo , em 1926.

Em busca da natureza

‘Monet’ (por Renoir)
A sociologia da arte, ciência ainda nos seus primórdios, está a nos dever as motivações mais profundas que fizeram alguns artistas do século XIX a largarem-se pelos campos europeus em busca do ar livre. Foram atrás de belas paisagens e gente comum. Movimento este que consagrou por primeiro a Escola de Barbizon, integrada por pintores de inclinação realista, como Camille Corot, Henri Rousseau, Jean-François Millet, Charles-François Daubigny, Théodore d´Aligny, que , em momentos diferentes, se mudaram para um lugarejo nas proximidades da floresta de Fountainebleau (a uns 60 km ao sul de Paris) para ali acamparem junto às árvores e aos regatos, transformando-a num grande atelier a céu aberto.


Eles abriram caminho para que poucas décadas depois deles, ao redor de 1860, fosse a vez dos impressionistas se lançarem na mesma trilha. Deixando Paris as suas costas, marcharam em direção interior, ao verde, ao multicolorido das flores, ao céu azul ou nublado, sempre orientados pelos raios do sol para captar os efeitos dos raios da maravilhosa estrela luminosa sobre as paisagens, as pessoas e os animais.


Tratou-se algo do tipo ‘ida ao povo’ no qual o artista afastou-se do ambiente confinado ao atelier para ir buscar inspiração nas aforas, enfiando-se em minúsculas aldeias, em descampados ou lugarejos distantes das cidades, ‘longe da multidão enlouquecida’ como era um dos títulos de uma das novelas do romancista inglês Thomas Hardy, celebre por cultivar as coisas rurais. De certo modo, atendiam ao programa do filósofo Jean-Jacques Rousseau, falecido em 1778, que clamara em favor de um retorno à natureza para reencontrar as raízes mais profundas e mais puras dos seres humanos. Mas também tiveram a tarefa facilitada por uma inovação técnica: a difusão da tinta a óleo em bisnagas, o que lhes permitiu andar pelos campos com elas nas mochilas sem mais dependerem dos potes que possuíam nos ateliês. 

O olhar impressionista

Todavia, o que distingue o grupo de Impressionistas (*) que se reunia ao redor de Claude Monet, como Pierre-Auguste Renoir, Frédéric Bazille, Alfred Sisley, Camille Pissarro, Edgar Degas, etc... era um novo olhar sobre os objetos e a natureza. É de Arnold Hauser a percepção que a visão embaralhada, estremecida e enevoada deles foi conseqüência estética das aceleradas transformações urbanas que Paris conheceu a partir da grande reforma do Barão Haussmann (1852-1871).


A antiga capital da Lutécia viu-se sacudida pelas explosões ordenadas pelo prefeito que deram lugar - no ventre da sua parte medieval, uma rede de vielas sujas, escadarias e recantos sórdidos - aos grandes e arrojados bulevares, como por igual passou a abrigar incontáveis edifícios fabris, espalhados pela periferia, enquanto que as Gares, as estações de trem (Saint-Lazare, du Nord, de L´Est, Lyon, Austerlitz e Montparnasse) passaram a receber seus passageiros quase que diretamente dentro da cidade. Foi a geração de Monet, os nascidos ao redor de 1840, quem percebeu isso antes do que qualquer outro grupo de artistas.


A vida trepidante da metrópole em acelerada transformação implicava numa alteração e transformação da percepção visual. A visão realista da Escola de Barbizon estava superada, não somente pela invenção da fotografia mas também pelo impacto das profundas mudanças no cotidiano das multidões urbanas. O olho do artista não poderia manter-se insensível ao que estava acontecendo à sua frente. Então eles descobriram os múltiplos efeitos da luz do sol, dando início à revolução da pintura moderna.


‘A orientação principal da nova pintura’ – observou Ingo F.Walther – ‘era determinada pela procura de novas formas das impressões e das sensações, oriundas da natureza e das suas manifestações variáveis...tratava-se na realidade encontrar forma de expressão que traduzissem as possibilidades positivas de ume existência regida principalmente pela fruição e pela contemplação, no enquadramento de um cenário natural,mas também numa natureza cultivada pelo trabalho humano, onde o homem seria imaginado – e apresentado – em concordância tão harmoniosa quanto possível com o seu ambiente.’ 


(*) O termo impressionismo derivou de um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", por meio do pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha." . A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.

O artista como livre-empreendedor

Descompromissado em ter que atender os desejos das altas esferas, dos magistrados do estado, dos príncipes da igreja ou dos barões da indústria e do comércio, o artista impressionista encontrava-se entregue a sua liberdade. Podia pintar o que lhe visse à mente, seguir apenas o que sua intuição mandava e o seu olhar revelava, ser uma testemunha do seu tempo. Não precisava mais se manter fiel aos cânones acadêmicos, muito menos às imposições de um mestre tirânico. Nem era do seu gosto fixar-se em modelos mitológicos ou histórias sagradas. Se bem que a maioria deles freqüentasse as academias menores, como a famosa ‘Suíça’ de Paris, logo procuram se desembaraçar das lições, assumindo-se como individualidade criadora.

É de Paul Tucker, em seu ensaio sobre Monet (*), a tese de que os impressionistas foram a versão artística dos empresários capitalistas da época do laissez-faire, gente destemida que abria o seu caminho no cenário dos negócios confiando apenas em si mesmo, no seu tino e habilidade em produzir coisas novas e , com isto, ter sucesso financeiro. Esta é uma interpretação totalmente oposta a uma outra que dizia ser a reação antiindustrial dos impressionistas como exemplo do desconforto do artesanato europeu com o avanço do processo fabril, uma espécie de inconformismo estético contra o que estava ocorrendo então.


A insistência de Claude Monet em afirma-se como esteta impressionista vinha da confiança dele nas qualidades superiores da sua técnica e da sua ‘concepção em explorar a cor, descrever as variações climáticas, fazer uso das tintas de modo inusitado’ ao tempo em que ‘preservava sua individualidade e sua visão pessoal’.


Todavia, para Max Weber a busca pela exploração de um ‘ mundo interior’ a ser desbravado pelo artista, caracterizado pela ‘autonomia e no ensemismamento’, era uma maneira deles se colocarem a salvo dos efeitos mais nocivos da modernização. Uma compensação para equilibrar-se frente a crescente racionalização imposta pela sociedade industrial, simultaneamente em formação e expansão.


Encantamento com o mundo circundante



A alienação ou indiferença de Claude Monet em relação às inovações e à difusão das fábricas deveu-se ao seu desinteresse pelas coisas da política ou das idéias em geral, fazendo com que as locomotivas, por exemplo, o atraíssem apenas circunstancialmente como foi o caso das telas dedicadas à chegada dos trens na Gare Saint-Lazare e um e outra contemplando as pontes de ferro. As paisagens e sítios idílicos que escolhia estavam voltados para a recreação burguesa, entendendo a arte como ‘campo do gozo individual’ sem que estivesse associada a idéias ou motivos outros.


Monet era um encantado com as coisas da natureza, com as cores, com a incidência da luz solar sobre os objetos, sobre os prédios, sobre as pessoas, sobre as águas, um admirador do espetáculo de atmosferas fluídas e cambiantes, sempre alteradas pela presença maior ou menor do sol.


Já seu colega Camille Pissarro, de inclinações anarquistas, não hesitou em colocar as chaminés enfumaçadas das industrias em alguns dos seus quadros (4 telas dedicadas a uma usina em Pontoise, 1873) e também retratar o burburinho de um dia de feira numa cidade grande (O mercado de Dieppe), porque as entendeu como cenário do proletariado. 


(*) in Monet in the 90s

Na Normandia

‘O terraço de Saint-Adresse (1867)
O eixo Paris-Normandia tornou-se o favorito dos impressionistas por uma razão muito singular. A partir da segunda metade do século XIX tomou impulso o turismo para aquela bela região atlântica da França. O costume, vindo dos tempos da Duquesa de Berry, de freqüentar a praia em busca de banhos de saúde ou simplesmente para escapar ao calor durante o verão, fez com que a alta sociedade parisiense privilegia-se aquelas costas de areia granulada e águas frias.


Hotéis magníficos foram erguidos de Dieppe a Caen, abrigando a fina flor da fidalguia e da classe média francesa, sendo que a pequena Trouville, no dizer de Alexandre Dumas, ultrapassando as demais, se tornou a ‘rainha das praias’ (num das mansões locais, a Villa la Raspelière. Marcel Proust deu inicio, no verão de1891, ao primeiro esboço do ‘Em busca do tempo perdido’). 


Era natural que estas pessoas sofisticadas se manifestassem inclinadas a adquirir quadros que as recordassem da estação de veraneio. Era uma boa lembrança, quase que um troféu. Daí aquela proliferação de paisagens marinhas, de passeios com veleiros e iates, de turistas sentados à beira do mar, de falésias açoitadas pelas ondas, de pássaros voando ao fundo do oceano, etc... 

O normando Boudin


Foi Eugène Boudin, o mestre de Monet, um filho de marinheiro nascido em Honfleur, em 1824, quem por primeiro descobriu este ‘mercado’, especializando-se em cenas de praia, recantos turísticos, ancoradouros e partidas de navios.


Numa interessante polêmica que manteve em certa ocasião com o pintor Gustave Courbet, um socialista amigo do teórico anarquista Pierre-Joseph Proudhom, que concebia suas telas ‘como comentários sociais’, Boudin argumentou que no entendimento dele aquelas pessoas de classe média que passeavam pelo quebra-mar ao pôr-do-sol, por igual tinham o direto de se verem retratadas na tela, de merecerem a atenção dos artistas.


Muitos vinham de trabalhos estafantes em escritórios, não se tratava de parasitas como a gente da esquerda dizia. Não era somente os camponeses, o prato-forte de Courbet, quem deviam despertar os cuidados de um pintor . Os pequeno-burgueses sem dúvida também davam duro para ganhar a vida e não deviam ser descartados.

Uma saudável influência


Apesar de ter nascido na capital, Monet viveu sua infância e adolescência no porto do Le Havre, onde seu pai mantinha um pequeno negócio. Aluno relapso, um completo vadio, perdia as aulas enchendo os cadernos com caricaturas. Foi Boudin, que tivera certa época uma loja de molduras, olhando seus esboços, quem lhe percebeu o talento, pondo-o no caminho das tintas. 

Disse-lhe certa vez:

‘É sempre com prazer que vejo seus desenhos, são divertidos, ágeis e inventivos…Estude, aprenda ver e a pintar, desenhe , faça paisagens. Faça o céu e o mar, os animais, as pessoas, e as árvores são tão belos como a natureza os criou , com o seu caráter e sua verdadeira maneira de ser, na luz e no ar, tal como são’.

Recomendou-lhe que saísse dos lugares fechados e rarefeitos e buscasse o contato direto com aquilo que desejava retratar: 
‘Tudo que é pintado diretamente no lugar onde se encontra tem sempre uma força, um vigor e uma vivacidade que não se volta a encontrar no ateliê’.


Consciente das limitações do autodidatismo, como era o seu caso, Boudin enfatizou a necessidade do jovem Monet dedicar-se ao estudo pois somente aqueles com ‘vocações poderosas’, uns gênios, é que poderiam lançar-se na aventura da arte sem passar pelas vias dolorosas e cansativas do aprendizado… ‘ninguém inventava a arte sozinho, num lugar provinciano, sem críticas e sem meios de comparação’.


Estas ponderações feitas a ele quando era um pouco mais do que um garoto - , que Monet revelou bem mais tarde numa entrevista publicada no le Temps, em 27 novembro de 1900 - decidiram-lhe o destino.


Depois de ver-se rejeitado pelo conselho de admissão na escola de Belas-Artes do Le Havre, em 1859, reuniu a família e comunicou-a do seu intento de mudar-se definitivamente para Paris para aperfeiçoar-se e manter-se como pintor profissional. Para quem até então lhes parecia um vagabundo quase que irrecuperável, foi uma boa noticia. De posse de uma modesta poupança que colocara nas mãos previdentes da sua tia Lecarde e levando na mochila cartas de apresentação de Boudin a alguns pintores conhecidos, como Troyon e Monginot, partiu então para a grande aventura. (*)


(*) Estas informações pessoais de Monet encontram-se no livro de John Rewald – Historia do Impressionismo, p.36-(7)Ainda que com grandes traumas, sedando feridas e cicatrizes resultantes da derrota francesa na Guerra Franco Prussiana (1870) e da revolta da Comuna de Paris (1871), o mercado das artes de Paris voltou a florescer. De ano para ano ele se impunha como o novo regulador dos negócios dos quadros e das esculturas. O fim do Segundo Império, como o inevitável abalo que provocou nas manifestações culturais e artísticas convencionais apoiadas pelo regime bonapartista caído, abriu caminho para que o público manifestasse a diversidade do seu gosto.


Neste cenário cresceu em importância a figura do marchand, o negociante de arte que executará com habilidade a função de servir como intermediário entre o artista, geralmente um desastrado nos assuntos de dinheiro, com os interessados na aquisição das obras de arte.


Coube a Durand-Ruel ser um desses primeiros homens a perceber a relevância da arte impressionistas, desprezada por muitos por parecerem ‘puras manchas’. Em 1873 ele editou o catálogo ‘Recueil d´estampes’ em 3 volumes fartamente ilustrados, prefaciados pelo escritor Armand Silvestre, e que continham a reprodução de 300 gravuras, entre elas as da elite dos impressionistas (Claude Monet, Camille Pissarro, Alfred Sisley e Edgar Degas).

A diversificação dos temas

A oferta de temas, os ‘motivos’ como se dizia então, era diversificada. Monet, por aquelas alturas se tornara um extraordinário pintor de cenas de jardins, de recantos aprazíveis em moradias rurais (Les coqueliots a Argenteuil, Le Jardin de Monet a Argenteuil, Le déjeuner, etc..), e seu inequívoco amor pela água (praias da Normandia, as falésias de d'Etretat e Trouville) enquanto que Edgar Degas atendia ao público elegante e sofisticado reproduzindo cenas de bailarinas (La classe de dance, Lê foyer de la danse à l`Opéra), ou de turfe (Le champ de courses avant lê départ, Chevaux de courses, etc..).


Auguste Renoir , amigo muito próximo de Monet, especializou-se por sua vez em cenas do esplendor da boa vida das classes médias. São meninas protegendo-se do sol com sombrinhas (Jeune fille à l´ombrelle), de casais em animadas danças (La dance à Bougival, La dance à la champagne, La dance à la ville), ou ainda reunidos numa festa pública em Paris (Le bal du Moulin de la Galette). Um tanto quanto que invadindo a seara de Degas, Renoir por igual retratou as classes altas de Paris freqüentando a ópera (La loge).


Os estilos também eram variados, manifestação da crescente autonomia da individualidade: Frederic Bazille, Edouard Manet, Henri Fantin-Latour, George Seurat, Berthe Morison, Paul Gauguin, Paul Signac, Paul Sérusier, Henri-Edmond Cross, Maxim Maufra, Alfred Sislley, Pierre Bonard, Paul Signac, Jean Béraud, Maximilien Luce, Henry le Sidaner, Henri de Toulouse-Lautrec, e, entre tantos outros mais, destacava-se o gênio de Paul Cézanne, todos com características técnicas e pictóricas muito próprias, como se fossem marcas registradas.

O paraíso em Giverny

A Maison Monet em Giverny
Claude, depois de várias viagens, mudanças de habitação e bem poucas coisa vendida, decidiu-se finalmente fixar-se num lugar permanente. Acompanhado pela sua enorme família, encontrou seu paraíso no sitio de Giverny, há 72 quilômetros de Paris na estrada para a Normandia. Superadas as negociações, conseguiu adquiri-lo por um preço razoável.


Finalmente tinha um local somente para si, uma casa confortável, excentricamente pintada de rosa com janelas verdes, cercada por flores de onde poderia fazer incursões nas proximidades com seus tubos de tintas e com suas telas e depois retornar para a sua oficina domestica para dar os retoques finais no que vira. Obcecado pelos efeitos da luz, olhando de um quarto alugado, pintou a catedral de Rouen por 37 vezes como que para provar a todos os efeitos diversos que ao longo de um dia os raios solares incidem sobre um objeto.


Quando sentiu o peso dos anos, sem poder aventurar-se, Monet dedicou-se a fazer do seu jardim um ateliê ao ar livre. Todos os dias ele colocava seu cavalete num ângulo qualquer daquele espaço sagrado e pintava as maravilhosas flores e os nenúfares que boiavam no lago, bem como reproduziu por inúmeras vezes a pequena ponte de estilo japonês (por influencia de Utagawa Hiroshige) que ele mandara colocar para facilitar-lhe a passagem. Deixou mais de 300 telas com esses motivos.

A capela sixtina do impressionismo

Graças as apoio e admiração incontida que George Clemenceau (1841-1929) lhe devotou, o vitorioso homem de estado que chefiou a França na Primeira Guerra Mundial, visitando-o seguidamente, conseguiu com que a municipalidade de Paris acolhesse as monumentais telas que concebera nos seus derradeiros anos de vida; Les Nymphéas.


Trata-se de uma série de murais que tem como motivo central as famosas ninféias, plantas aquáticas boiando nas águas do seu jardim de Giverny. Então já sofrendo de catarata, Monet repassou-os aos cuidados da capital por ocasião da assinatura do Armistício de Novembro que pôs fim a dolorosa Grande Guerra de 1914-1918.


Nelas não há horizonte, não há terra, céu ou nuvens, apenas as maravilhosas flores aquáticas boiando tranqüilas ou penduradas nas margens plácidas do lago, que ornamentam duas salas elípticas do Museu de l´Orangerie no interior dos Jardins das Tulherias, em Paris. É quase como se fora uma volta ao passado mais remoto da humanidade, um mergulho num jardim do paleolítico.


É monumento à pureza e à reflexão tranqüila, uma exaltação - ainda que artificial como um jardim de inverno ou um orquidário - do reencontro imaginado por Jean-Jacques Rousseau do homem com a natureza. A busca pela paz perdida nos tempos modernos, daí muitos a chamarem de ‘A capela sixtina do impressionismo’.


Bibliografia

David Croal Thomson, David Croal - The Barbizon school of painters : Corot, Rousseau, Diaz, Millet, Daubigny, etc, Londres : Chapman and Hall, 1891.
Hauser, Arnold – Historia social da literatura e da arte. São Paulo : Martins Fontes, 
Heirich, Christoph – Claude Monet. Colônia. Taschen do Brasil 2006.
WALTHER, Ingo F. e outros. Impressionismo: Colônia, Taschen, 2006

Fonte:História por Voltaire e Schilling